Querido (a) estudante, a julgar pela vida modesta e infância sofrida, quem diria que
Abraham Lincoln se tornaria um dos presidentes mais notórios dos Estados Unidos? Talvez por ter tido que largar os estudos para trabalhar, por exigência de seu pai, tenha contribuído para que seu discurso, em 1863, fosse favorável à libertação dos escravos, isso entre outras causas pelas quais lutou. Interessante é analisar que durante sua vida política, teve momentos de introspecção e amadurecimento que fez com que reavaliasse suas atitudes, de certa forma, arrogantes e passasse a visualizar a vida e as pessoas por outro ângulo.
Vale a pena pesquisar mais profundamente sobre a vida de Abraham Lincoln!
O 16º presidente dos Estados Unidos nasceu em 1809 no Estado de Kentucky, no sul desse mesmo país. Filho de um homem da fronteira, teve que lutar para sobreviver, com esforços para estudar enquanto trabalhava em uma fazenda e dirigia uma loja em Illinois.
Lincoln foi capitão contra um levante dos índios, passou oito anos na Assembléia Legislativa do Estado de Illinois, no norte do país, e exerceu advocacia por muitos anos no circuito de tribunais.
Em 1858, Lincoln concorreu contra Stephen A. Douglas para o Senado. Ele perdeu a eleição. Mas no debate com Douglas ganhou uma reputação nacional que lhe valeu a indicação republicana para a disputa presidencial em 1860, que ele venceu com facilidade, devido ao colapso do Partido Democrata, decorrente da crise entre norte e sul em torno da escravidão (o norte era contra, e o sul, a favor).
Lincoln alertou o sul em seu discurso de posse: "em suas mãos, meus compatriotas insatisfeitos, e não nas minhas, se encontra esta questão momentosa da guerra civil". Para ele, a secessão era ilegal. Ele estava disposto a usar a força para defender a lei federal e a União. Quando as baterias dos confederados dispararam contra o Forte Summer e forçaram sua rendição, ele pediu aos estados 75 mil voluntários. Foi o início da Guerra Civil.
Como presidente, ele transformou o Partido Republicano em uma forte organização naciona, atraindo democratas do Norte para a causa da União. Em 1º de janeiro de 1863 ele divulgou a Proclamação da Emancipação que declarava a libertação dos escravos.
Na inauguração do cemitério militar em Gettysburg, Lincoln declarou: "Que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação, com a graça de Deus, venha gerar uma nova liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da terra".
Ele venceu a reeleição em 1864, enquanto os triunfos militares da União prenunciavam o fim da guerra. Em seus planos para a paz, o presidente era flexível e generoso, encorajando os sulistas a baixarem suas armas e voltarem à União. O espírito que o guiava era claramente o de seu segundo discurso de posse, atualmente gravado em uma parede do Memorial de Lincoln em Washington, DC:
"Sem malícia contra ninguém; com caridade para com todos; com firmeza no correto, que Deus nos permita ver o certo, nos permita lutar para concluirmos o trabalho que começamos; para fechar as feridas da nação..."
Em 14 de abril de 1865, uma sexta-feira santa, Lincoln foi assassinado no Teatro Ford em Washington por John Wilkes Booth, um ator que achava estar ajudando o Sul. O resultado foi o oposto pois, com a morte de Lincoln, morreu a possibilidade de paz com magnanimidade.
Lembrado como o presidente que emancipou os escravos de seu país, Lincoln é considerado um dos inspiradores da moderna democracia e uma das maiores figuras da história americana.
Abraham Lincoln nasceu em Hodgenville, Kentucky, em 12 de fevereiro de 1809.
Filho de lavradores, desde cedo teve de trabalhar arduamente.
Aos sete anos foi para Indiana com a família, em busca de melhor situação econômica.
Pouco depois perdeu a mãe, e o pai casou-se outra vez.
Devido à dificuldade de encontrar uma escola no novo domicílio e desejoso de progredir, o jovem Lincoln pedia livros a amigos e vizinhos para ler depois das tarefas diárias.
Empregou-se numa serraria e mais tarde em barcos dos rios Ohio e Mississipi.
Em 1836, aprovado em exames de direito, tornou-se um advogado muito popular.
No ano seguinte, sua família mudou-se para Springfield, Illinois, onde Lincoln encontrou melhores oportunidades profissionais.
Casou-se em 1842 com Mary Todd, mulher inteligente e ambiciosa.
Início político.
Filiado ao partido whig (conservador), Lincoln, entre 1834 e 1840, havia se elegido quatro vezes para a assembléia estadual, onde defendera um grande projeto para a construção de ferrovias, rodovias e canais.
Nessa época, sua atitude diante do abolicionismo era reservada.
Embora considerasse a escravatura uma injustiça social, temia que a abolição dificultasse a administração do país.
Entre 1847 e 1849, foi representante de Illinois no Congresso, onde propôs a emancipação gradativa para os escravos, tese que desagradou tanto aos abolicionistas quanto aos escravistas.
Mais decisiva foi sua oposição à guerra no México, que o fez perder muitos votos.
Sem conseguir se reeleger, afastou-se da política durante cinco anos.
Presidência.
A guerra contra o México ampliara o território da União e não era possível prever se a população das novas terras se declararia a favor da escravidão.
Instalou-se uma grande polêmica nacional.
Lincoln assumiu atitude antiescravagista e transformou-se no paladino dessa tendência após o debate que travou com o senador democrata Stephen Douglas.
Em 1858, candidato ao Senado pelo novo Partido Republicano, perdeu as eleições para Douglas, mas tornou-se líder dos republicanos.
Em 1860, disputou o pleito para a presidência da república e elegeu-se o 16º presidente dos Estados Unidos.
Guerra de secessão.
Ao iniciar seu governo, em 4 de março de 1861, Lincoln teve de enfrentar o separatismo de sete estados escravistas do sul, que formaram os Estados Confederados da América.
O presidente foi firme e prudente: não reconheceu a secessão, ratificou a soberania nacional sobre os estados rebeldes e convidou-os à conciliação, assegurando-lhes que nunca partiria dele a iniciativa da guerra.
Os confederados, porém, tomaram o forte Sumter, na Virgínia Ocidental.
Lincoln encontrou o governo sem recursos, sem exército e com uma opinião pública que lhe era favorável somente em reduzida escala.
Com vontade férrea, profunda fé religiosa e confiança no povo, iniciou uma luta que primeiramente lhe foi adversa.
Só conseguiu armar sete mil soldados, com os quais começou a guerra.
Num só ano, decuplicou o Exército, organizou a Marinha e obteve recursos.
Os confederados haviam consolidado sua situação, com a adesão de mais quatro estados aos sete sublevados.
Em meados de 1863 chegaram à Pensilvânia e ameaçaram Washington.
Foi nesse grave momento que se travou, em 3 de julho de 1863, a batalha de Gettysburg, vencida pelas forças do norte.
Lincoln, que decretara a emancipação dos escravos e tomara outras providências liberais, pronunciou, meses depois, ao inaugurar o cemitério nacional de Gettysburg, o célebre discurso em que definiu o significado democrático do governo do povo, pelo povo e para o povo, e que alcançou repercussão mundial.
A guerra continuou ainda por dois anos, favorável à União.
Lincoln foi reeleito presidente em 1864.
Em 9 de abril de 1865, os confederados renderam-se em Appomattox.
Embora considerado conservador ou reformista moderado no início da presidência, as últimas proposições de Lincoln foram avançadas.
Preparava um programa de educação dos escravos libertados e chegou a sugerir que fosse concedido, de imediato, o direito de voto a uma parcela de ex-escravos.
Inclinou-se também à exigência dos radicais por uma ocupação militar provisória de alguns estados sulistas, para implantar uma política de reestruturação agrária.
Em 14 de abril de 1865, Lincoln assistia a um espetáculo no Teatro Ford, em Washington, quando foi atingido na nuca por um tiro de pistola desferido por um escravista intransigente, o ex-ator John Wilkes Booth.
Transportado para uma casa vizinha, Lincoln morreu na manhã do dia seguinte.
Fonte: Portal São Francisco /www.alemaysabe.com.br