terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Engenheiro aponta ao menos quatro falhas que levaram à tragédia

Sobre a tragédia de Santa Maria, mesmo sem o resultado das investigações e sem uma simulação, ele afirma ter certeza sobre ao menos quatro falhas. “Havia mais gente que a capacidade da boate, menos portas de saída, saídas menores do que a capacidade de pessoas e o extintor de incêndio sem funcionamento”, fala Rosa.
Ele alerta que as recargas de extintores devem ser feitas anualmente e com empresas confiáveis. “Não é só lá dar uma olhadinha. Se tivesse um extintor funcionando, o vocalista da banda poderia ter contido o fogo”, lamenta. O engenheiro também chama a atenção para falta de um laudo técnico dos bombeiros sobre a realização da apresentação com pirotecnia. “A legislação que dispõe sobre shows pirotécnicos alerta para ter um engenheiro responsável que avalie o que será feito e onde será feito. Um lança-chamas de cinco metros e de material de alta toxicabilidade ser usado em um ambiente com teto tão baixo é o mesmo que criança brincando com fogo. Requer bom senso”, afirma.
A tragédia na boate de Santa Maria é considerada a segunda maior envolvendo incêndio no Brasil. Até o momento foram registradas 231 mortos, a maioria jovens. Pelo menos 101 das vítimas identificadas eram estudantes da Universidade Federal de Santa Maria. Para o estudante do DCE da UFSM, Leonardo Soares, que além de mobilizar apoio na cidade perdeu cinco amigos próximos, o clima é de solidariedade e silêncio na cidade. “No domingo só ouvíamos sirenes de ambulâncias e helicópteros. No resto da cidade era um silêncio doloroso”, recorda.
O DCE da UFSM está oferecendo alojamentos para familiares que estão na cidade acompanhando os procedimentos fúnebres das vítimas. Uma caminhada foi organizada voluntariamente e sairá da Praça Saldanha Marinho, às 22 horas desta segunda-feira. Em Porto Alegre, os familiares que acompanha os pacientes removidos dos hospitais do interior estão recebendo apoio nos hospitais da capital. Voluntários também auxiliam na recepção dos hospitais e oferecem café ou abrigo em suas residências.
PS do Viomundo: O Jornal Nacional fez uma boa simulação sobre o acidente e a necessidade de portas de emergência (a boate Kiss só tinha uma).
Fonte: Sul 21

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