As
mudanças climáticas podem ter causas naturais como alterações na radiação solar
e dos movimentos orbitais da Terra ou podem ser consequência das atividades
humanas, devido principalmente ao aquecimento global que, por sua vez,
significa o aumento das taxas de gases efeito estufa na atmosfera e, diante disso,
provoca o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à
superfície da Terra. É de suma importância lembrar que, o efeito estufa é um
processo natural essencial para a manutenção da vida, pois sem ele nosso
planeta poderia se tornar muito frio, inviabilizando a sobrevivência de
diversas espécies.
Na sexta-feira, 20 de setembro,
pessoas do mundo inteiro se mobilizaram, a fim de mostrar a sua preocupação em
relação às mudanças climáticas que as ações antrópicas vêm causando nos últimos
anos, e, o mais importante, a disposição em superar essa crise do clima. O que
mais marcou foi o fato de que muitas dessas manifestações foram protagonizadas
por crianças.
É de conhecimento geral que, no mês
de agosto teve início uma série de queimadas em meio à Floresta Amazônica, como
consequência do desmatamento e da exploração ilegal de terras por parte dos
posseiros. Além disso, não se pode deixar de mencionar a questão das reservas
indígenas, as quais mesmo tendo legislação específica pré-determinadas, não
obtêm a devida fiscalização. É diante desse cenário que a Floresta Amazônica
também é um dos motivos que levaram o mundo a se mobilizar na greve do dia 20.
A greve pelo clima tem origem no "Fridays
For Future" (Sextas-feiras Pelo Futuro, em inglês), que ganhou repercussão
com a adolescente sueca de 16 anos, Greta Thunberg, a qual há mais ou menos um
ano atrás resolveu faltar aulas às sextas-feiras para protestar sobre o clima.
Essa iniciativa da jovem sueca conquistou o apreço da população mundial, o que
fez com que ela fosse indicada para o prêmio Nobel da Paz.
Cerca de 150 países, acolheram o
movimento, dentre eles o Brasil, no entanto o maior ato aconteceu em Nova York,
onde foi realizada a Cúpula pelo Clima da ONU na segunda-feira, 23 de setembro.
As multidões se reúnem em pontos turísticos como o Portão de Brandemburgo, em
Berlim, e a Abadia de Westminster, em Londres. Já, no Brasil os principais
focos foram em São Paulo, na Avenida Paulista, no Rio de Janeiro, nas escadarias
da Assembleia Legislativa, em Brasília (DF), na Esplanada dos Ministérios até o
Congresso Nacional, entre outras capitais brasileiras.
Realizadas um dia antes da Cúpula pelo Clima, da
Organização das Nações Unidas (ONU), as manifestações não só exigiram medidas
concretas para frear as emissões de gases causadores do efeito estufa e
combater o aquecimento global como também pressionar os governantes com a
intenção de que tomem medidas para manter o aumento das temperaturas médias
globais abaixo de 1,5ºC até o final deste século, e as emissões de dióxido de
carbono (CO2) reduzidas em 45% até 2030.
O protesto contou ainda com o apoio
de muitas celebridades em suas redes sociais, por exemplo, Dalai Lama (líder
espiritual dos budistas tibetanos), a modelo Gisele Bündchen, o ator Leonardo
DiCaprio, a atriz francesa Marion Cotillard, além de Leandra Leal, Maria Gadú e
Fábio Assunção.
Diante da crise
climática que o mundo enfrenta nos últimos anos é de real importância que
manifestações a respeito do tema sejam organizadas e realizadas, portanto, e,
da mesma forma, é necessário se ter consciência dos impactos que as ações
humanas causam no meio ambiente e partir para a ação. Um exemplo disso é um
aplicativo, criado no Líbano, que visa à reciclagem de materiais que prejudicam
a natureza. O aplicativo se chama “Live Love Recycle”, o qual emprega
pessoas abaixo da linha de pobreza para resolver a crise de resíduos no Líbano,
recolhendo resíduos recicláveis e distribuindo-os para instalações de
reciclagem. A ferramenta é um belo exemplo de que a união da sociedade, não
importando a situação social, pode contribuir para melhorar as condições do
ambiente em que vivem. |
| Cartaz anuncia "greve global pelo clima" em protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, na sexta (20). |
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Cartaz publicitário da campanha do
movimento “greve global pelo clima”.
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Referências:
G1,
Globo. Disponível em: g1.globo.com. Acesso em: 21/09/2019.
EBC,
Agência Brasil. Disponível em: agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 21/09/2019.
Vitor Colleto dos Santos
