domingo, 21 de julho de 2019

GEOPOLÍTICA MUNDIAL/ VITOR COLLETO


[...] Como sabemos, vivemos em um mundo globalizado, onde a cada dia novas tecnologias são criadas para facilitar uma maior interação entre pessoas, empresas, ou até mesmo países de diversas partes do globo. Essa interação, portanto, promove a interpendência econômica, política e social de todas as partes envolvidas nela, fazendo com que se estabeleçam relações entre si.
É a partir do exposto acima que apresentaremos o conteúdo deste documento, segundo o título: “Geopolítica Mundial”, abordando desde o processo histórico de formação do cenário político internacional, bem como das relações econômicas e financeiras dos envolvidos neste cenário até as questões atuais relativas ao tema. 

[...] A geopolítica é o ramo da Ciência Política que estuda as relações entre espaço, poder e posição, em outras palavras, ela compreende as análises de geografia, história e ciências sociais mescladas com teoria política em vários níveis, desde o Estado até o internacional, com o objetivo de interpretar a realidade global e realizar o estudo de guerras, conflitos, disputas ideológicas e territoriais, questões políticas, acordos internacionais, entre outros.
O termo “geopolítica” é relativamente novo, uma vez que foi introduzido nos estudos da geografia a partir do século XX, segundo as ideias desenvolvidas no século XIX pelo sociólogo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904). Como Ratzel, jamais utilizou essa expressão, ele pode ser considerado criador da “Geografia Política”, a qual será abordada no próximo item deste trabalho. Sendo assim, o pioneiro nos estudos da Geopolítica foi o pensador sueco Rudolf Kjellen. [...]
[...] É de suma importância destacar que ela por muitas décadas teve como objeto de estudo os interesses dos Estados nacionais. Hoje, contudo, a geopolítica crítica também considera os interesses e as necessidades de atores sociais como sindicatos, empresas, partidos políticos, movimentos sociais e outros segmentos da sociedade civil. 
A Geopolítica, muitas vezes, é confundida com a Geografia Política, já que compartilham alguns conceitos, porém a abordagem de cada uma é distinta e, portanto, são áreas autônomas. [...]

[...] 1.1.      Capitalismo X Socialismo

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) mudou o destino e a geopolítica do mundo estabelecendo uma nova ordem mundial. Os impérios coloniais desmoronaram e em seu lugar surgiram duas novas superpotências: Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A partir do momento em que a União Soviética passou a existir como potência mundial e outras nações adotaram o socialismo, o capitalismo deixou de ser o único sistema econômico do mundo. Pela primeira vez, o mundo ficou dividido entre dois sistemas econômicos opostos: o capitalismo norte-americano (Oeste) versus o socialismo soviético (Leste). Foram quase cinco décadas de disputas entre os dois blocos, cada um querendo impor seu modo de produção. Durante a guerra fria foram criados arsenais bélicos e nucleares que a qualquer momento poderiam destruir a humanidade.
De acordo com os americanos, o capitalismo simbolizava a liberdade, uma vez que cada indivíduo poderia ser dono do seu próprio negócio, pagar seus funcionários e investir onde bem entendesse. O regime capitalista já tinha tomado suas proporções. Ele culminou no período das manifestações, revoluções como a Revolução Industrial, a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa.
O capitalismo gera desigualdades sociais por causa da má distribuição de renda, o desemprego e outros fatores. Por outro lado, o socialismo visava uma economia voltada para o bem coletivo – diferente do individualismo do sistema econômico não planejado. No socialismo, a economia está em poder do Estado.
A distribuição dos recursos de forma justa, executada pelo governo vigente, bem como a remuneração dada a cada trabalhador, segundo sua produção e qualidade do exercício formam algumas das características do sistema de economia planejada ou planificada. Dessa forma, o capitalismo e o socialismo são totalmente opostos em suas ideias. [...]


 1.1.1. Guerra Fria

A Guerra Fria teve início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética disputaram a hegemonia política, econômica e militar no mundo. A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar, em outros países, os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão "guerra fria" é: um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, com ausência de embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém, ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como ocorreu, por exemplo, na Coreia e no Vietnã.
Durante a Guerra Fria, os interesses geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos se mesclaram e se complementaram. Os exemplos mais significativos foram, na própria origem desse período, a elaboração da Doutrina Truman, de cunho geopolítico, e o Plano Marshall, de cunho econômico. Os norte-americanos constituíram blocos militares com o objetivo de impedir a expansão da zona de influência da União Soviética, a superpotência rival. Naquela época, muitos setores da sociedade americana acreditavam que, se a União Soviética estendesse sua influência a outros países além do Leste Europeu e da China (que aderiu o socialismo em 1949, como consequência da revolução liderada por Mao Tsé-Tung), todos os países, sucessivamente, acabariam caindo nas “garras” do inimigo. Esse pressuposto geopolítico ficou conhecido como efeito dominó. Para contê-lo, os Estados Unidos criaram várias alianças militares na Europa, na Ásia e na Oceania, estabelecendo um cinturão de isolamento em torno da superpotência rival que ficou conhecido como cordão sanitário. [...]
[...] 1.1.      Liberalismo econômico

O liberalismo emergiu no século XVIII como reação ao absolutismo, tendo como valores primordiais o individualismo, a liberdade e a propriedade privada. Ganhou projeção como adversário da concentração do poder pelo Estado, principalmente no que dizia respeito às atividades econômicas.
O Estado liberal apresentava-se como representante de toda a sociedade, tendo o papel de “guardião da ordem”: não lhe caberia intervir nas relações entre os indivíduos, mas manter a segurança para que todos pudessem desenvolver livremente suas atividades. Com o Estado liberal, estabeleceu-se a distinção do público e do privado. [...] 

[...]  Essas concepções do pensamento liberal começaram ruir no final do século XIX e caíram definitivamente por terra com a Primeira Guerra Mundial. Isso ocorreu porque a intensa concorrência entre as empresas foi provocando o desaparecimento de pequenas firmas, que faliam ou eram compradas pelas maiores, tornando as crises econômicas mais frequentes, por exemplo, em 1929, nos Estados Unidos, pois o livre mercado sem a interferência do Estado fez com que a produção continuasse a aumentar enquanto que a demanda diminui sensivelmente. [...]
[...] 1.1.      Neoliberalismo econômico

A partir da década de 1970, após a crise do petróleo, houve uma necessidade de mudança na organização estatal. O capitalismo enfrentava então vários desafios. As empresas multinacionais precisavam expandir-se, ao mesmo tempo em que havia um desemprego crescente nos Estados Unidos e nos países europeus; os movimentos grevistas se intensificavam em quase toda a Europa e aumentava o endividamento dos países em desenvolvimento.
Os analistas, tendo como referência os economistas Friedrich Von Hayek (1899-1992) e Milton Friedman (1912-2006), atribuíam a crise aos gastos dos Estados com políticas sociais, o que gerava déficits orçamentários, mais impostos e, portanto, aumento da inflação. Dizima que a política social estava comprometendo a liberdade do mercado e até mesmo a liberdade individual, valores básicos do capitalismo. Por causa disso, o bem-estar dos cidadãos deveria ficar por conta deles mesmo, já que se gastava muito com saúde e educação públicas, com previdência e apoio aos desempregados idosos. Ou seja, os serviços públicos deveriam ser privatizados e pagos por quem os utilizasse. Defendia-se assim o Estado mínimo, o que significa voltar o que propunha o liberalismo antigo, com o mínimo de intervenção estatal na vida das pessoas.
Nasceu dessa maneira o que se convencionou chamar de Estado neoliberal. As expressões mais claras da atuação dessa forma estatal foram os governos de Margareth Thatcher, na Inglaterra, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos. Más mesmo nesse período o Estado não deixou de intervir em vários as aspectos, mantendo orçamentos militares altíssimos e muitos gastos para amparar as grandes empresas e o sistema financeiro. Os setores mais atingidos por essa “nova” forma de liberalismo formam aqueles que beneficiavam mais diretamente os trabalhadores e os setores marginalizados da sociedade, como assistência social, habitação, transportes, saúde pública, previdência e direitos trabalhistas. [...]
[...]  Com essas propostas, o que se viu foi à presença cada vez maior das grandes corporações produtivas e financeiras na definição dos atos do Estado, fazendo com que as questões políticas passassem a ser determinadas pela economia. Além disso, o que era público (e, portanto, comum a todos) passou a ser determinado pelos interesses privados (ou seja, por aquilo que era particular). [...]

[...]  Prós e contras do neoliberalismo:
Segundo os defensores desse sistema, ele é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem. Por outro lado, há quem critique, alegando principalmente que ela só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional. Além disso, evidenciam-se outros pontos negativos dessa vertente econômica, as quais podem citar: corte em relação aos servidores públicos, flexibilização e a precarização das leis trabalhistas, além da famosa “guerra fiscal” (quando as empresas recebem incentivos fiscais para implantarem suas atividades em um dado país, mas quando recebem propostas melhores em outro local, podem se deslocar facilmente, deixando uma parte da população desempregada). [...]

[...] 1.   Conclusão

  Ao encerrar esse trabalho, fica evidente a percepção de que todo e qualquer país tem uma contribuição na geopolítica mundial, especialmente no século XXI, na era de esplendor da globalização. Deve-se ter em mente, portanto, que todos os acontecimentos históricos, transcritos ao longo deste documento, serviram de base e tiveram importância para reforçar ideologias, superar crises, realizar alianças, bem como firmar pactos, acordos ou tratados para que a relação entre os países da Velha e da Nova Ordem Mundial sejam consideravelmente pacíficas.
Além das percepções acima mencionadas, pode-se concluir que para que se tenha melhor entendimento das ações e ideologias de um país na atual conjuntura global é importante entender o processo histórico que leva aquela nação a adotar tais medidas. [...] 

  Vitor colleto dos Santos (colégio Tiradentes da Brigada Militar- Santo Ângelo RS).

1.   Referências Bibliográficas

MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio da. Geografia. 1 ed. Vol.único. São Paulo: Scipione, 2009.
                
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da Globalização: O espaço geografico globlizado. 1 ed. Vol. 2. São Paulo: Ática, 2012.

TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Geografia: conexões Vol. Único, parte 3. São Paulo: Moderna, 2017.

COTRIM, Gilberto. História Global 3: Brasil e Geral. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio. Vol único. São Paulo: Saraiva, 2012.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 6 ed. São Paulo: Moderna, 2016.

KURZ, R. O colapso da modernização: da derrocada do socialismo de caserna à crise da economia mundial. São Paulo: Paz e Terra, 1993.

RIBEIRO, D. O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

SEGRILLO, A. O fim da URSS e a nova Rússia: de Gorbachev ao pós-Yeltsin. Petropólis: Vozes, 2000.

SKIDMORE, T. Brasil: de Getúlio a Castelo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

PENA, Rodolfo F. Alves.    Muro do México. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/muro-mexico.htm. Acesso em 16 de junho de 2019.

INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Disponível em: <www.ibge.gov.br>.

BANCO Mundial. Disponível em: < www.obancomundial.org>.

G1. Disponível em: <g1.globo.com>.








domingo, 19 de maio de 2019

CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO


Por: Vitor Colleto Dos Santos    


As formas de relevo se desenvolvem sobre a estrutura do planeta. As principais formas são os planaltos, as planícies e as depressões. A principal diferença entre elas se dá de acordo com o processo que as originaO processo de formação dessas estruturas se dá pela contraposição entre as forças internas e externas do planeta Terra. 
O desenvolvimento do sensoriamento remoto, tanto no uso de fotos áreas como na evolução e aperfeiçoamento das imagens de satélites, permitiu um aprimoramento da representação e do entendimento da geologia e geomorfologia terrestre. Nesse sentido, a exata delimitação do objeto de estudo e manutenção do seu foco fez com que a geologia usasse dessa inovação tecnologica para aprimorar e padronizar seu processo de representação, ao contrário da geomorfologia que, com leque informações, possibilitadas pelo sensoriamento remoto, perdeu seu foco em seu principal objeto de estudo, a descrição das formas do relevo.  
Em se tratando dos estudos sobre o relevo brasileiro, destacam-se três autores: Aroldo de Azevedo, Aziz Ab’Saber e Jurandyr L.S. Ross.

http://lucinhahb.blogspot.com/  

terça-feira, 30 de abril de 2019

COMÉRCIO INTERNACIONAL


Brasil na OCDE:

- A entrada do Brasil na OCDE é importante, pois assim ele estará entre as economias mais ricas e influentes do Mundo. Porém, terá que aceitar perder os privilégios dados aos países subdesenvolvidos na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Por Vitor Colleto

O processo ensino aprendizagem é muito complexo uma vez que que ocorre por tempo indeterminado e, quanto mais exercitamos o cérebro, mais capacidade de compreender os diversos saberes.
Parabéns, Vitor! Excelente vídeo!
Lucinhahb

domingo, 31 de março de 2019

MUNICÍPIO DE SANTO ÂNGELO/ DISTRITO DE BURITI

Município de Santo Ângelo
O município de Santo Ângelo localiza-se no estado do Rio Grande do Sul, pertencente à mesorregião do Noroeste do estado e à microrregião de Santo Ângelo. É o maior município da região das Missões com uma área de 680,498 km². Em termos populacionais possui uma população absoluta de 78.908 habitantes, sendo o segundo município mais populoso do Noroeste gaúcho (IBGE, 2014) e, por conseguinte, possui uma densidade demográfica equivalente a 115,96 hab./km². É popularmente chamado de "Capital das Missões", pois se destaca como um centro de serviços públicos, bem como por sediar vários órgãos das esferas estadual e federal.
























Mapa: Localização de Santo Ângelo no Rio Grande do Sul.

A economia do município está baseada principalmente na exploração agropecuária, como, no cultivo da soja, do milho e do trigo. Já na pecuária, destacam-se as criações de bovinos e suínos. O comércio da cidade é bem estruturado, conta com inúmeras opções no setor de prestação de serviços, bons locais para entretenimento e lazer, boa gastronomia e hotelaria. Também apresenta o turismo como importante atividade econômica no município, sendo a Fenamilho Internacional o principal evento do município.
Em resultado disso, temos um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a R$1878,066 mil e um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) apontado como muito alto (0,821, segundo o PNUD).
Características físicas – O relevo do município é construído predominantemente por planaltos, já que temos a presença de áreas mais ou menos planas que apresentam médias altitudes, delimitações bem nítidas, geralmente compostas por escarpas, e são cercadas por regiões mais baixas. Há o predomínio da erosão. O clima é subtropical úmido (transição do clima tropical para o temperado, com as chuvas e estações do ano bem definidas). O solo é do tipo terra roxa ou terra vermelha, caracteriza-se por ser muito fértil, sendo resultado de milhões de anos de decomposição de rochas basálticas. A vegetação é rica e diversificada. Não há incidência de desertificação ou arenização.
O município divide-se em 14 distritos, além da sede. São eles: Buriti, Comandaí, Colônia Municipal, Rincão dos Mendes, Restinga Seca, Lajeado Cerne, Atafona, Ressaca da Buriti, Cristo Rei, Sossego, Rincão dos Roratos, União, Lajeado Micuim e Rincão dos Meotti. Aqui falaremos sobre o Distrito Buriti.
Distrito Buriti
O distrito Buriti é um dos quatorze distritos rurais do município de Santo Ângelo, na região Noroeste do Rio Grande do Sul.
História e criação - O distrito foi fundado como colônia de agricultores de origem alemã, na década de 1910. Ainda na condição de colônia, já contava com três casas comerciais, três serrarias, três moinhos, uma ferraria, uma marcenaria, um curtume, uma fábrica de aguardente e até um hotel. Em 17 de julho de 1956, foi reconhecido oficialmente, através da Lei Municipal nº 7.
Possui uma área de 41,4 km², com uma população absoluta de 684.756 habitantes e, em consequência uma densidade demográfica de 16,54 hab./km². Seus limites territoriais ou áreas limítrofes são os distritos Ressaca da Buriti, União, Restinga Seca, Atafona e o município de Vitória das Missões. O acesso ao distrito se dá pela Rodovia Municipal Elóy Nelson Pedrazza ou Estrada da Buriti.
O Monumento ao Colono e Motorista, o Santuário Nossa Senhora de Fátima de Buriti e o Templo da Comunidade Luterana são os pontos turísticos do distrito, além de todos os anos acontecer a famosa festa do Colono e Motorista.


Foto: Monumento ao Colono e Motorista.

Os setores econômicos são movidos na agricultura baseada no cultivo do trigo, da soja, do milho e do feijão. Na pecuária, pela criação de suínos, bovinos e aves. Na área industrial, pelas fábricas de cerâmica e de bomba de chimarrão. Já, no comércio pelos mini mercados, armazéns, lanchonetes, postos de combustíveis e por um posto de saúde, no setor de serviços.
As características físicas do Buriti são praticamente as mesmas do município de Santo Ângelo, clima subtropical úmido, relevo planalto com leves ondulações (coxilhas), vegetação rica e variada, solo do tipo terra roxa (muito fértil, próprio para a agricultura e criação de animais, argiloso), a hidrografia do local é baseada em dois cursos d’água, Arroio do Meio e Arroio Buriti, os quais são afluentes do Rio Ijuí, que por sua vez desagua no Rio Uruguai, o que forma a grandiosa Bacia do Rio da Prata ou Platina.
Sabemos que, atualmente as práticas agrícolas contribuem para a degradação do solo, entre os fatores que geram essa degradação podemos citar a erosão pluvial (quando falamos em forças da natureza) e a erosão antrópica, aquela feita por intervenção humana, como, o desmatamento que resulta na retirada da cobertura vegetal de uma área, portanto ela perde sua consistência, pois a água, que antes era absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar, o que pode causar instabilidade do solo e erosão. Além disso, outro fator determinante é a compactação (processo decorrente da manipulação intensiva, fazendo o solo perder sua porosidade pelo adensamento de suas partículas, na prática é acentuada pela utilização de máquinas agrícolas).


 
Vitor colleto dos Santos (colégio Tiradentes da Brigada Militar- Santo Ângelo RS).

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

DESASTRE AMBIENTAL EM MARIANA (MG) 2015

No dia 05 de novembro de 2015, o Brasil presenciou o maior acidente da história com rejeitos de mineração. O material liberado, além de destruir completamente o distrito de Bento Rodrigues, avançou por outras regiões do Município de Mariana, deixando por onde passava um rastro de destruição.
O acidente:
A barragem de Fundão da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, rompeu-se no dia 05 de novembro de 2015 e liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. Inicialmente, acreditava-se que duas barragens haviam se rompido, entretanto, a mineradora desmentiu o fato dias após o acidente e explicou que o rompimento de Fundão fez com que a barragem de Santarém transbordasse.
A lama liberada, que, segundo a Samarco, é formada apenas por óxido de ferro, água e areia, destruiu uma grande área, desabrigando centenas de pessoas, principalmente no distrito de Bento Rodrigues. Os rejeitos, além dos danos materiais, provocaram um grande desastre natural que pode afetar o meio ambiente por décadas..
Impactos ambientais:
Apesar de, segundo a mineradora Samarco, a lama não ser tóxica, os efeitos dos rejeitos no meio ambiente são extremamente graves, principalmente em razão da quantidade de material liberado. De acordo com o IBAMA, a quantidade de rejeitos seria capaz de encher mais de 20 mil piscinas olímpicas.
O primeiro impacto causado pela lama foi observado nos municípios atingidos, que foram parcialmente cobertos. Essa cobertura, quando secar, pavimentará o local, formando uma espécie de capa de cimento, onde nada cresce. Além disso, o material possui pouca matéria orgânica, o que dificultará o surgimento de uma nova vegetação. Nesse local, será impossível, por exemplo, o desenvolvimento de agricultura. Podem ocorrer ainda desestruturação química do solo e alteração do PH.
Vale frisar que a grande quantidade de lama demorará anos para secar completamente e, enquanto isso, nada poderá ser construído ali. Sem resistência para a construção de casas e sem formas de desenvolvimento de vida, a área tornou-se completamente inabitável.
A lama também atingiu os rios da região, começando pelo rio Gualaxo, atingindo o rio Carmo até chegar ao rio Doce, responsável pelo abastecimento de vários municípios. Ao atingir os rios, a lama tornou a água imprópria para consumo humano e para a sobrevivência de várias espécies.
os rios atingidos tiveram grande perda em biodiversidade. Após o acidente, os peixes, por exemplo, tiveram suas brânquias obstruídas pela lama, morrendo em consequência da falta de oxigênio. Além de peixes, outras espécies morreram, tanto macroscópicas quanto microscópicas, o que significa que, em alguns pontos dos rios atingidos, todo o ecossistema aquático foi destruído. Segundo alguns biólogos, o rio Doce, por exemplo, precisará de 10 anos para se recuperar do dano causado pelo acidente.
É relevante ressaltar que os rios foram afetados também de outras formas. Além da morte trágica da vida aquática, a lama pode provocar assoreamento dos rios, desvios de cursos de água, diminuição da profundidade e soterramento de nascentes. A mata ciliar ao redor dos rios também foi destruída. Com a passagem dos resíduos, muitas árvores foram arrancadas e algumas espécies vegetais foram completamente soterradas pela lama.
Como toda a lama que está no rio Doce chegará ao mar, no Espírito Santo, os rejeitos podem prejudicar também a vida marinha. Estima-se que os efeitos sejam sentidos em pelo menos três áreas de conservação marinha, como os recifes de corais de Abrolhos, que se destaca pela grande biodiversidade.

POR QUE ANALISAR AS CAUSAS E AS CONSEQUÊNCIAS DE UM DESASTRE AMBIENTAL?
É de suma importância entender os problemas gerados pela falta de fiscalização de grandes obras, a falta de planejamento em caso de acidentes, os efeitos negativos desses acidentes para o meio ambiente e quais medidas podem ser tomadas para reverter , mesmo que parcialmente, a situação e até evitar outras tragédias ambientais futuras.
No caso de Mariana, é importante entender como esse acidente afetou diferentes ecossistemas e que todas as nossas ações causam impactos não somente locais. Entre os pontos que merecem destaque, podem ser citados os efeitos dos rejeitos na cadeia alimentar e os problemas desencadeados pelo assoreamento dos rios e soterramento de nascentes.

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

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sábado, 2 de fevereiro de 2019

ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE BRUMADINHO- CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS


VALE : MINA CÓRREGO DO FEIJÃO (25/01/2019):
Sem motivo aparente ocorreu em Minas Gerais, o rompimento de mais duas barragens pelo efeito de transbordamento.
O material despejado com o rompimento de uma barragem é conhecido como rejeito de mineração. Lama muito densa composta por materiais e sedimentos, como argila, silte e areia. Centenas de moradores e funcionários foram atingidos e centenas de pessoas ainda estão desaparecidas.
É impossível não comparar esse desastre ambiental com o ocorrido em Mariana também em Minas Gerais (2015). Apesar da similaridade, a magnitude das duas ocorrências é diferente, pois o volume despejado com o rompimento da barragem de Brumadinho foi de aproximadamente 1 milhão de metros cúbicos e o de Mariana foi de 50 milhões de metros cúbicos, ou seja, 50 vezes maior. Os resíduos alcançam dois estados causando danos ambientais irreversíveis. Segundo o presidente da Vale, a barragem não apresentava problemas, pois tinha passado por duas vistorias. Disse também que a barragem estava inativa, não recebia mais rejeitos há três anos.
Quais seriam as causas desse rompimento?
Analisando a situação é possível cogitar 3 possibilidades:
1-      Aumento do volume de água devido a intensa pluviosidade, porém segundo a meteorologia, as chuvas não foram abundantes nesse período comparados ao mesmo período dos anos anteriores.
2-      Por infiltração horizontal da água ou percolação da água que pode gerar uma lâmina de separação entre as camadas do solo compactado da barragem gerando uma seção de cisalhamento que pode causar o rompimento.
3-      Aumento ou acúmulo de material sobre a barragem excedendo a capacidade o que pode ter gerado o rompimento.
 A partir daí, podemos ter uma noção do que poderia ter causado tamanha destruição, mas são apenas suposições que merecem um estudo mais aprofundado do caso em questão.

POR QUE ANALISAR AS CAUSAS E AS CONSEQUÊNCIAS DE UM DESASTRE AMBIENTAL?
É de suma importância entender os problemas gerados pela falta de fiscalização de grandes obras, a falta de planejamento em caso de acidentes, os efeitos negativos desses acidentes para o meio ambiente e quais medidas podem ser tomadas para reverter , mesmo que parcialmente, a situação e até evitar outras tragédias ambientais futuras.
No caso de Mariana, é importante entender como esse acidente afetou diferentes ecossistemas e que todas as nossas ações causam impactos não somente locais. Entre os pontos que merecem destaque, podem ser citados os efeitos dos rejeitos na cadeia alimentar e os problemas desencadeados pelo assoreamento dos rios e soterramento de nascentes.

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

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ACIDENTE EM MARIANA (MG) 2015

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

PERCOLAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO

Percolação é o movimento descendente da água no interior do solo, de cima para baixo. Recebendo o nome de água subterrânea.





Segundo Dr. Paulo Sant'Anna e Castro, o solo é um sistema complexo constituído de materiais sólidos, líquidos e gasosos. A parte sólida é formada por partículas organizadas de tal forma que entre elas se formem pequenos espaços vazios, denominados de poros, que podem se encontrar preenchidos por água e, ou ar. “A forma como essas partículas se agrupam entre si, determina a estrutura do solo”.
O solo funciona, portanto, como um meio poroso com capacidade de armazenar água em seus poros. Dependendo da quantidade de água armazenada no solo, ele poderá apresentar três níveis distintos de umidade, que são:
1- Seco
Quando todos os poros do solo estiverem preenchidos apenas por ar;
2- Úmido
Quando existe água e ar no interior dos poros; e
3- Saturado
Um solo é considerado saturado quando todos os seus poros estiverem preenchidos apenas com água, significando que ele não mais conseguirá reter água.
Assim, parte da água que infiltrou através da superfície do solo será evapotranspirada para atmosfera e outra parte será gradativamente armazenada no perfil de solo. Dependendo da umidade inicial, da intensidade e duração dessa chuva, em um determinado momento, a capacidade de armazenamento de água do solo poderá ser esgotada, ou seja, ele ficará saturado. A partir desse momento, devido à ação da gravidade, o excesso de água que infiltrar diretamente será drenado para as camadas mais profundas do solo, indo abastecer os reservatórios subterrâneos. Esse movimento descendente da água no interior do solo, de cima para baixo, é chamado de percolação.
A parte da água que percolou, agora chamada de água subterrânea, poderá voltar à superfície da terra, através das nascentes, somando-se às águas superficiais, quando, então, poderá evaporar, transformar-se em nuvens e, novamente, voltar à superfície através da precipitação: fechando o ciclo hidrológico.
A percolação da água, ou seja, o movimento da água subterrânea é o mais lento de todos. Isso, porque a água de uma chuva que não se infiltrou (escoamento superficial) levará poucos dias para percorrer vários quilômetros. Já a água subterrânea poderá levar dias para percorrer poucos metros. Vale ressaltar que, tanto as águas do escoamento subterrâneo como do escoamento superficial alimentarão os rios, lagos e oceanos, dando origem ao recomeço do ciclo.
Nesse sentido, pode-se dizer que o volume de água existente no planeta Terra é praticamente constante, mas que se encontra em permanente transformação. Essa água é suficiente para suprir todas e quaisquer necessidades que venham a ocorrer, tanto as do homem, como as dos animais e as dos vegetais. No entanto, a interferência humana no ciclo hidrológico, de forma incorreta, tal como vem acontecendo, de maneira generalizada, tem causado desequilíbrio natural desse ciclo. Devemos compreender que as consequências do desequilíbrio ambiental são altamente danosas para todos os seres vivos, podendo comprometer, inclusive, a sua sobrevivência.
Fonte: Cursos. CPT 

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

RIOS

Formam-se principalmente da água da chuva, durante o ciclo hidrológico. Entretanto, alguns rios são formados a partir do degelo, como por exemplo, o rio Amazonas, no Brasil, considerado um rio misto ou complexo, pois além de ser de regime pluvial (chuva), também é de regime nival (Neve) decorrente do derretimento da neve dos Andes. Os pequenos cursos fluviais (rios), os primeiros a nutrir toda a bacia, geralmente brotam de fontes subterrâneas, da água pluvial armazenada nas rochas ou em camadas do solo. A água dessas nascentes logo se junta àquela que escoa sobre a superfície dos vales.

A extensão do curso de um rio, desde a nascente até a foz ou desembocadura, é dividida em três partes:
1- Curso superior ou alto curso: é o primeiro terço do trajeto do rio, contado desde a sua nascente principal;
2- Curso médio: é o terço intermediário de toda a extensão do curso fluvial;
3- Curso inferior ou baixo curso: Corresponde ao último terço do rio, que culmina na foz.
Ao descer um rio, segue-se a jusante do rio. Quando o deslocamento ocorre em direção à nascente, segue-se a montante do rio (topo de montanhas).


Leito ou Canal:
Denomina-se leito ou canal a superfície sobre a qual as águas do curso fluvial se encontram e por onde elas fluem. A parte mais profunda do leito é chamada de talvegue.
Thalweg.svg

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

ECLIPSE TOTAL DA SUPER LUA (21/01/2019)



[...] Na madrugada de 21 de janeiro vai ocorrer um eclipse total da Lua, que se encontra em Super Lua. A Lua entra na penumbra da Terra às 2h35min e a partir deste instante a Lua escurece progressivamente adquirindo tons mais acinzentados. A seguir, às 3h34min a Lua entra na sombra da Terra, começando a ficar com tons mais avermelhados e acastanhados.







O começo do eclipse total ocorre às 4h41min, quando a Lua entra totalmente dentro do cone de sombra da Terra. Embora fique totalmente na sombra, a Lua não deixa de ser visível mas apresenta uma cor avermelhada e acastanhada. De facto, durante um eclipse lunar os raios solares incidem na Lua após atravessarem a atmosfera terrestre onde são dispersados e perdem uma grande quantidade de luz azul e verde. Assim, durante o eclipse, a Lua não é iluminada com luz branca mas sim com luz mais avermelhada.

O máximo do eclipse ocorre às 5h12min e, passados 4 minutos, pelas 5h16min ocorre o instante da fase de Lua Cheia. Como o instante de Lua Cheia ocorre próximo do do perigeu (que atingirá no final do dia) teremos então um Eclipse Total da Super Lua.  Pelas 5h44min termina o eclipse total e progressivamente a Lua sairá da sombra, perdendo o tom avermelhado e ganhando o tom de cinzento-escuro e, por fim às 7h50min a Lua sai completamente da penumbra voltando à sua tonalidade habitual. Mais tarde às 19h59min, a Lua estará no perigeu da sua órbita a uma distância de 357342 km da Terra. Esta proximidade faz com a Lua pareça 14% maior no céu do que quando a Lua cheia ocorre no apogeu. [...]

(continuar lendo):  Fonte: OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO DE LISBOA

OS TRÊS PODERES: EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO


Nas últimas décadas, com diferentes ações na política, estamos sempre ouvindo falar nos três Poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário. Mas quais são as funções de cada um desses poderes e quais são as responsabilidades de cada um?
A primeira divisão de poderes na política foi instituída pelo filósofo grego Aristóteles e foi reforçada pelo filósofo do liberalismo inglês John Locke em 1653. No entanto, quem  consolidou essa teoria foi o francês Montesquieu, na obra O Espírito das Leis, publicada em 1748.
Nesse sentido, determinou-se que um grupo ficaria responsável pela criação das leis (Poder Legislativo), outro pela execução dessas leis (Poder Executivo) e um terceiro deveria verificar se elas estão sendo cumpridas (Poder Judiciário).

Legislativo – Criação das Leis
No Brasil quem cria a s leis, é o Congresso Nacional, que é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. As características dessas duas casas são diferentes, mas o poder é equivalente.
A Câmara dos Deputados é formada pelo voto popular e a quantidade de deputados depende da população de cada Estado. Já o Senado é sempre formado por três senadores por Estado, independente da população. Mas também são eleitos por voto direto. Cada senador é eleito com dois suplentes.
Nos Estados, os deputados são eleitos também através de voto direto e a quantidade é proporcional ao número da população. Os deputados estaduais são representados pelas assembleias legislativas.
A Câmara dos Vereadores representa o Poder Legislativo nos municípios através dos vereadores, que também são eleitos por voto direto de forma proporcional à população.
A Câmara e o Senado têm comissões, que podem ser permanentes ou especiais. Entre as permanentes podemos citar a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Finanças e Orçamento, responsável por analisar os gastos de um projeto, por exemplo. Já as Comissões Parlamentares de Inquérito, conhecidas como CPIs, são especiais e têm como objetivo investigar e julgar determinadas questões. Um caso recente é o escândalo do mensalão.

Executivo – Execução das Leis
O Presidente da República é o representante do Poder Executivo no âmbito federal, os governadores são os representantes no âmbito estadual e os prefeitos no âmbito municipal. Eles são eleitos por voto direto e precisam de voto majoritário (mais de 50%) para ganhar uma eleição em primeiro turno, caso contrário, a eleição tem um segundo turno com os dois mais votados. No caso das eleições para prefeito, somente os municípios com mais de 200 mil habitantes têm segundo turno. Para se candidatar a um cargo do poder executivo ou do legislativo, é preciso se filiar a algum partido.
O Poder Executivo é composto ainda pelos ministros de Estado, que são nomeados pela presidência da república. A principal função desse poder é administrar o Estado, aplicando a lei. De maneira limitada, também legisla por meio da edição de medidas provisórias.

Judiciário – Fiscaliza o Cumprimento das Leis
Verificar a legalidade das leis em relação à constituição é a principal função do poder judiciário. O Supremo Tribunal Federal é um dos principais representantes em âmbito federal. Já o Supremo Tribunal de Justiça, por exemplo, situado em Brasília, trabalha com assuntos não constitucionais, como recursos, por exemplo.
Podemos citar outros tribunais superiores na capital federal, que são mais especializados, como o TSE – Tribunal Superior Eleitoral e o TST – Tribunal Superior do Trabalho. Os juízes que trabalham nos tribunais são indicados pelo Poder Legislativo, e não através de voto direto.
Já os desembargadores trabalham nos tribunais de justiça dos estados. Eles trabalham apenas com o direito comum, como direito civil, penas e da fazenda. Se alguém quer abrir uma ação trabalhista, por exemplo, precisa recorrer ao tribunal à vara do trabalho.
O Poder Judiciário é controlado pelo Conselho Nacional de Justiça.
Fontes: ENEM / G1

domingo, 20 de janeiro de 2019

REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL


Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes latifundiários.
No Brasil, historicamente há uma distribuição desigual de terras. Esse problema teve início em 1530, com a criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias (distribuição de terra pela Coroa portuguesa a quem tivesse condições de produzir, tendo que pagar para a Coroa um sexto da produção). Essa política de aquisição da terra formou vários latifúndios. Em 1822, com a independência do Brasil, a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte, resultando em grande violência e concentração de terras para poucos proprietários, sendo esse problema prolongado até os dias atuais.
A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras, entre elas podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais (latifundiários), dificuldades jurídicas, além do elevado custo de manutenção das famílias assentadas, pois essas famílias que recebem lotes de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas, os assentamentos necessitam de infraestrutura, entre outros aspectos. Porém, é de extrema importância a realização da reforma agrária no país, proporcionando terra para a população trabalhar, aumentando a produção agrícola, redução das desigualdades sociais, democratização da estrutura fundiária, etc.
Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) exerce grande pressão para a distribuição de terras, sendo a ocupação de propriedades consideradas improdutivas sua principal manifestação.
As propriedades rurais destinadas para a reforma agrária podem ser obtidas pela União de duas formas: expropriação e compra. A expropriação é a modalidade original para a obtenção de terras para a reforma. Está prevista na Lei 8.629/93, que diz: “a propriedade rural que não cumprir a função social é passível de desapropriação”. Quem estabelece se uma propriedade cumpre sua função social prevista na lei é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que a partir de índices de produtividade predeterminados avalia se a terra é produtiva ou não.
A outra forma de aquisição da propriedade rural para fins de reforma agrária é a compra direta de terras de seus proprietários. Conforme dados do INCRA, de 2003 a 2009, o Governo do Brasil comprou mais de 40 milhões de hectares para realizar a reforma, enquanto a expropriação atingiu apenas 3 milhões de hectares.
A obtenção de terras através da compra é muito criticada, pois a União, ao pagar pelo imóvel rural, proporciona as condições para permitir a reconversão do dinheiro retido na terra em dinheiro disponível para os capitalistas-proprietários de terra.
Conforme dados do INCRA, o Brasil destinou mais de 80 milhões de hectares para fins da reforma agrária, realizando o assentamento de, aproximadamente, 920 mil pessoas.


AGROPECUÁRIA NO MUNDO

A agropecuária a a partir do século XX sofreu inúmeras transformações, decorrentes da introdução de novas tecnologias. O agronegócio passou a dominar a produção em diversos países. Mas nos países subdesenvolvidos, as atividades agrícolas não gera alimentos suficientes para acabar com a fome e a miséria. Entretanto, diversos países emergentes se tornaram celeiros agrícolas e a exemplo do Brasil, a agricultura familiar responde por boa parte da produção de alimentos, como mandioca, café, milho,arroz, feijão, soja e leite.

As nações industrializadas apresentam alto grau de urbanização e agropecuária ocupa uma pequena parcela de mão-de-obra.
A maior parte dos países subdesenvolvidos não-industrializados possui baixos índices de urbanização. Outra parte conta com intensa urbanização em virtude do elevado êxodo rural, que se deve, entre outros fatores, ao baixo padrão de vida no campo.
Nos casos da África e da Ásia, grande parte da população economicamente ativa continua empregada no setor primário, embora esses continentes sejam os que mais apresentam problemas de fome e de subnutrição. Neles, a população rural ultrapassa a média de 62%, chegando a representar mais de 80% da população total em muitos países, como Burkina Faso, Burundi, Etiópia, Ruanda, Malavi, e Uganda, na África, e Butão, Nepal, Camboja e Laos, na Ásia.
A agricultura nos países subdesenvolvidos
Os sistemas agrícolas nativos asiático, africano e latino-americano, fundamentados na apropriação e na produção coletivas, foram desorganizados, d o século XVI, com a inserção destas regiões no modo de produção capitalista
Como consequência, em grande parte desses países predomina uma agricultura de subsistência complementar à plantation, esta última desenvolvida nas melhores terras. O aumento da produção se faz, na maioria das vezes pela extensão da área cultivada, pois não contam com capital e tecnologia modernizadora para promover aumento de produtividade. Esses países ainda constituem sociedades rurais de baixo poder aquisitivo, com mercado interno muito fraco e submissão ao mercado mundial de commodities.
Embora os produtos primários representem mais de 50% do PNB de muitos países (como Afeganistão, Burundi, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Etiópia, Guiné-Bissau, Laos, Libéria, Mianma, Serra Leoa e Somália), nem sempre eles são os maiores produtores ou exportadores
A agricultura nos países Desenvolvidos
A tecnologia empregada pelos países industrializados na agricultura permite grande produtividade e coloca muitos deles entre os maiores produtores e exportadores mundiais, como é o caso dos EUA.
Agrogropecuária dos Estados Unidos
O país é o principal representante da agricultura contemporânea, com produção excedente, especializada, e essencialmente especulativa e de mercado.
A partir da segunda metade do século XIX, a agricultura dos Estados Unidos alcançou grande desenvolvimento. A preocupação europeia com a produção industrial acarretou uma crise generalizada em sua produção agrícola.
Devido ao menor custo de produção em relação à Europa, países como EUA, Austrália, Argentina e Canadá passaram a conquistar o mercado europeu de produtos agropecuários.
O desenvolvimento da agricultura estadunidense resultou, portanto, de seu caráter competitivo no plano externo combinado a diversos outros fatores internos, como a abolição da escravatura, a agilidade governamental no processo de acesso à terra, o elevado contingente de imigrantes (sobretudo europeus), a conquista e a expansão territorial (disponibilidade de terras), as grandes extensões de solos férteis (principalmente pradarias) e a rápida modernização e mecanização da agricultura.
Com exceção das regiões Nordeste (de povoamento mais antigo e agricultura semelhante à europeia) e da região Sul (lavouras subtropicais de plantation), a agricultura estadunidense estruturou-se com base na produção especializada e na média e grande propriedade familiar, os farmers.
A produção especializada deu origem aos cinturões agrícolas (belts), tensas áreas do território destinadas ao cultivo de um produto principal (monocultura), nas quais se desenvolve uma moderna agricultura comercial, por exemplo, wheat belt (trigo), cotton belt (algodão), corn belt (milho) ranching belt (pecuária extensiva). A associação de produtores permite a integração entre agricultura, comércio e indústria, garantindo contratos de exportação, fornecimento de matérias-primas, utilização de tecnologia, máquinas etc. Os green belts ou cinturões verdes são pequenas propriedades, geralmente em torno das cidades, nas quais se pratica agricultura intensiva para abastecer os centros urbanos.
Apesar de contar com Limitações naturais (montanhas, temperaturas baixas), os Estados Unidos possuem disponibilidade de áreas agrícolas, coma as planícies e os baixos planaltos, regiões de solos férteis. A pecuária extensiva é desenvolvida nas regiões áridas e semi-áridas do Oeste, do país.
Apesar de a agropecuária participar em 2002 com apenas 2% do PBN dos Estados Unidos e absorver apenas 2% de sua população econômica ativa, o país é a principal potência agrícola atual, o maior produtor e mundial de alimentos. Sua agropecuária é muito produtiva, ocupando posição de vanguarda no desenvolvimento de técnicas modernas, como a biotecnologia.
A influência estadunidense no comércio agrícola internacional (preços e transações) é tão grande que qualquer mudança na sua política agrícola tem conseqüências mundiais.
Quanto aos demais países e regiões cujo sistema agrícola assemelha-se ao dos EUA (agricultura mecanizada, comercial e especializada), podemos citar Canadá, Austrália, África do Sul, Argentina, Região Centro-Sul do Brasil, todos exportadores de cereais (trigo, milho etc.) e outros produtos agropecuários (soja, carne, lã etc.) de grande consumo mundial.
A agricultura europeia
O primeiro período de grande desenvolvimento da agricultura europeia (por volta de 1780 a 1880) coincide coma primeira fase da Revolução Industrial. Este desenvolvimento deu-se principalmente graças à utilização de técnicas agrícolas como a rotação de culturas (técnica que alterna em uma mesma área culturas diferentes ou períodos de cultivo e de repouso, para não esgotar o solo e permitir que os nutrientes sejam repostos). Também se deveu à maior utilização de máquinas e ferramentas agrícolas (fornecidas pela indústria) e ao maior consumo de alimentos pela população. Entretanto, a concorrência cada vez maior dos produtos estrangeiros (mais baratos) levou a agricultura européia a uma grave crise, que teve início no final do século XIX.
O período posterior a essa crise generalizada (agravada pela Depressão econômica de 1929) foi marcado por uma reorganização e modernização da agropecuária européia, cujas principais características foram:
• substituição da tradicional policultura pela agricultura especializada de mercado (trigo, vinho, batata, entre outras);
• melhoria da infra-estrutura do setor agropecuário (armazéns, silos, estábulos, escoamento e comercialização da produção) e maior emprego da mecanização, da adubação química etc.;
• reagrupamento das propriedades (concentração fundiária), maior participação empresarial no setor, maior submissão do produtor ao capital e maior participação do Estado no financiamento da produção;
• difusão do cooperativismo agropecuário (em países como Dinamarca, Países Baixos, Suécia etc.) tanto na compra de insumos agropecuários (adubos, máquina etc.) quanto na comercialização dos produtos.
Essa grande modernização tornou a agricultura européia mais eficiente e competitiva. Entretanto, os países europeus ocidentais continuam sendo, em sua maioria, deficitários na produção de alimentos.
Apesar da modernização pela qual passou, a agricultura européia ainda emprega alguns métodos agrícolas clássicos, como a rotação de culturas e a associação agricultura-pecuária.
Mudanças na paisagem rural do mundo em transição: Rússia e China
Rússia
A partir da Revolução de 1917 a propriedade privada foi abolida na Rússia e as terras foram coletivizadas. Predominava o modelo de exploração agrícola baseado nos kolkhozes (fazendas coletivas) e nos sovkhozes (fazendas estatais).
A antiga-URSS chegou a se tornar uma das maiores potências agropecuárias do mundo (devido a fatores como grande extensão territorial, mão-de-obra numerosa, mecanização etc.), apesar das condições naturais desfavoráveis de grande parte de seu território (secas e invernos muito rigorosos) e da prioridade dada à produção industrial e bélica. A participação do capital estatal foi decisiva nesses avanços.
O período que antecedeu as reformas (1981-1985) que deram origem à transição para a economia de mercado, a União Soviética passou por uma série de insucessos nas colheitas, gastou suas reservas na importação de cereais e não investiu na modernização para ampliar a produção.
A partir de 1990, com os novos planos de transição para a economia de mercado, os kolkhozes foram desativados (alguns abandonados), as lavouras foram arrendadas às famílias e as terras do Estado foram privatizadas e distribuídas.
Em 1991 ocorreu a dissolução da União Soviética e a criação da CEI (Comunidade dos Estados Independentes).
Desde a década de 1990 têm sido elaborados planos de organização e modernização de empresas agrícolas adaptadas às regras de mercado. Apesar de todos os problemas, a Rússia, principal Estado da CEI, ainda é uma grande produtora agrícola, destacando-se na produção mundial de cevada, aveia, centeio (primeiro lugar mundial), batata (segundo lugar) e trigo (terceiro lugar).
CHINA
A Revolução Socialista de 1949, a agricultura passou a ser vista como a base do desenvolvimento da China. As terras e seu uso foram coletivizados. As tradicionais práticas de agricultura comunitária deram origem inicialmente às cooperativas agrícolas e, mais tarde (1957), às comunas populares (comunidades agrícolas coletivas).
Embora contando com o maior contingente populacional do mundo (mais de 1,3 bilhão de habitantes) e dispondo de condições naturais muito adversas na maior parte de seu território, o desempenho da agricultura chinesa no período pós-revolução foi sem dúvida excelente, contando com grandes projetos de irrigação e recuperação dos solos.
Em 1984 o governo chinês anunciou oficialmente um conjunto de reformas econômicas que vinham sendo experimentadas desde o final da década de 1970: permissão para a exploração individual ou familiar da agricultura, introdução do conceito de lucro nas atividades econômicas, adoção de tecnologias e capitais estrangeiros, estímulo à produtividade do trabalhador, flutuação dos preços, criação do cartão de crédito, criação da Bolsa de Valores, estímulo ao consumo etc.
Quanto à agricultura, e mais especificamente às comunas populares, a principal mudança foi a permissão dada às famílias de explorarem individualmente a terra e comercializarem diretamente a produção excedente. A produção passou a ter três destinos: uma parte é vendida ao Estado, outra é destinada à comunidade local e a terceira é comercializada livremente pela família produtora. Este sistema tem propiciado maior produtividade, maior produção e maiores ganhos.
A distribuição de terras para plantio PUBLICIDADE A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social. Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras para famílias camponesas.

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