sábado, 18 de agosto de 2012

ALCA

A implementação de blocos econômicos regionais tem como objetivo reduzir as barreiras para a circulação de capitais, mercadorias, serviços e pessoas que existem entre os países e fortalecer a economia dos mesmos frente ao processo de globalização.

Área de Livre Comércio das Américas (ALCA)

As primeiras negociações da ALCA ocorreram em 1994, durante a Cúpula das Américas. Nessa ocasião, foram assinadas a Declaração de Princípios e o Plano de Ação, para que se eliminasse, até 2005, as barreiras alfandegárias entre os países do continente americano. A proposta, feita pelos Estados Unidos, foi de se estabelecer um espaço de circulação de mercadorias, serviços e capitais entre todos os 34 países da América, exceto Cuba.

Oposição

Atualmente, vários países americanos fazem forte oposição ao acordo. Dentre eles, se destacam o Brasil e o Argentina, que defendem o fortalecimento do comércio regional ao invés de se submeter à competição com as enormes empresas norte-americanas. Nesse ponto, é preciso lembrar que existe uma grande disparidade entre a economia do EUA e dos outros países da América, uma vez que o primeiro figura entre as principais potências econômicas mundiais.
Na Venezuela, o Presidente Hugo Chavez também lidera um forte movimento de oposição a ALCA. O país encabeça uma proposta alternativa em relação ao bloco, chamada ALBA (Aliança Bolivariana das Américas), balizada pela integração solidária entre os países latinos. Essa integração solidária buscaria gerar o desenvolvimento econômico e social mútua, assim como valorizar a cultura latino-americana.

Dificuldade de Implementação

Os Estados Unidos são quem conduzem as negociações para implementação do bloco. Caso seja criada ALCA será um dos maiores blocos econômicos do mundo, com um PIB de cerca de US$ 12 trilhões e uma população de mais de 850 milhões de habitantes.
No entanto, devido às críticas e oposição de vários países, o plano de implementação do bloco está “engavetado” desde 2005, quando houve a última Cúpula das Américas. Nessa ocasião, o então presidente dos Estados Unidos George W. Bush não abriu mão de algumas medidas protecionistas em relação aos produtores norte-americanos, o que desagradou outros países.
Segundo os documentos oficiais, disponibilizados esse ano pelo site Wikileaks, o governo norte-americano responsabilizou o Brasil pelo fracasso das negociações em 2005. De acordo com os relatórios vazados, o governo brasileiro não tinha um interesse real na implementação do bloco econômico pois estaria mais preocupado em fortalecer as relações comerciais regionais com os países vizinhos e renovar o Mercosul, bloco econômico que integra os países da América.
(adaptado)
Fonte: cursinho ENEM

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