quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Regiões brasileiras - 3º ano

Regiões brasileiras - 3º ano
A ocupação humana e econômica do território brasileiro produziu modificações importantes no espaço natural. Em vastas áreas, a vegetação original foi quase inteiramente destruída, como aconteceu com as matas tropicais dos mares de morros ou a mata de araucária nos planaltos do sul do país. No seu lugar, surgiram pastagens, campos cultivados, regiões industriais, cidades. 

As primeiras propostas de divisão regional do Brasil baseavam-se nas diferenças da paisagem natural. Atualmente, porém, não faz mais sentido elaborar uma divisão regional que não leve em conta as alterações da paisagem produzidas pelo homem.

Por isso, a divisão oficial do Brasil em regiões baseia-se principalmente nas características humanas e econômicas do território nacional. A regionalização elaborada pelo IBGE divide o país em cinco macrorregiões. Os limites de todas elas acompanham as fronteiras político-administrativas dos estados que formam o país. 

Cada uma das macrorregiões do IBGE apresenta características particulares. São "sinais" que ajudam a identificá-las, como os sinais de nascença ou as impressões digitais distinguem as pessoas. Alguns desses sinais são muito antigos, como se a região já tivesse nascido com eles: trata-se das características naturais impressas na paisagem. Outros são recentes: foram, e continuam sendo, produzidos pela atividade social de construção do espaço geográfico.

A região Sudeste é a mais industrializada do país e também a mais urbanizada. As maiores empresas instaladas no país têm as suas sedes no Sudeste. Nessa região, estão as duas principais metrópoles brasileiras: São Paulo e Rio de Janeiro. O domínio natural mais importante é o dos mares de morros, antigamente recoberto por verdes matas tropicais.

A região Sul caracteriza-se pela presença de numerosos descendentes de europeus: alemães, italianos ou eslavos. Os imigrantes europeus contribuíram para o desenvolvimento da economia, baseada na pequena e média propriedade rural de policultura (cultivo de vários produtos agrícolas).
O Rio Grande do Sul recebeu imigrantes italianos, eslavos e alemães.Não houve o desenvolvimento da pecuária extensiva em grandes propriedades, permanecendo o cultivo de grãos em pequenas e médias propriedades. No Paraná, houve fluxos migratórios de italianos, alemães e japoneses e, mais recentemente, paraguaios na fronteira oeste.A porção oeste de Santa Catarina foi colonizada por imigrantes italianos. A agricultura foi desenvolvida em pequenas e médias propriedades, outro fator errado nesse item refere-se ao cultivo de cana-de-açúcar, sendo os principais produtos, a erva mate e o café.  Essa região apresenta também os melhores indicadores sociais do país. A sua agropecuária, moderna e produtiva, transformou-a em fornecedora de alimentos para todo o país. É a única do Brasil com clima subtropical.
A região Sul do Brasil é a menor das regiões do país.4 Sua área terrestre é de 576 409,6 km²,4 superior à da França mas menor do que a do estado brasileiro de Minas Gerais. Pertence ao Centro-Sul do Brasil.5 É formada por três Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.4 Limita-se ao sul com o Uruguai; a oeste com a Argentina e o Paraguai; a noroeste e ao norte com os Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo; a leste com o oceano Atlântico.6É a única região do Brasil localizada fora da zona tropical, com variações nítidas quanto às estações, porém a parte norte situa-se acima do Trópico de Capricórnio.7 No inverno, há formação de geadas e neve.7 O relevo é pouco acidentado, com predominância de um vasto planalto, em geral pouco elevado.8
A população urbana na região Sul tem aumentado nos últimos anos. Curitiba é a maior cidade da região e também a que possui o maior PIB, estando em 4º lugar no ranking nacional.1 A indústria começou a se desenvolver nas últimas décadas, principalmente no Rio Grande do Sul, nordeste catarinense e região de Curitiba.
 Na região de Criciúma, em Santa Catarina, ficam praticamente todas as reservas de carvão exploradas no Brasil. O potencial energético, representado pelas numerosas cachoeiras dos rios das bacias hidrográficas do Paraná e do Uruguai, hoje é muito aproveitado por usinas hidrelétricas como a de Machadinho, próximo a Piratuba.13
O relevo da região Sul é dominado, na maior parte de seu território, por duas divisões do planalto Brasileiro: o planalto Atlântico (serras e planaltos do Leste e Sudeste) e o planalto Meridional. Nessa região, o planalto Atlântico é também denominado planalto Cristalino, e o Meridional é subdividido em duas partes: planalto Arenito-basáltico e Depressão Periférica. A região apresenta ainda algumas planícies.8 O ponto mais elevado da região sul é o Pico Paraná, com 1922 metros de altitude, localizado no estado do Paraná. Porém o Morro da Igreja está situado a 1.822 metros de altitude, sendo o ponto habitado mais alto da região Sul e onde foi registrada, não oficialmente, a temperatura mais baixa do Brasil: -17,8 °C, em 29 de junho de 1996.

A região Nordeste já foi a mais rica, na época colonial. Depois, sua economia declinou e ela se transformou na mais pobre região brasileira. Por isso, tornou-se foco de repulsão de população. Os migrantes nordestinos, ao longo do século XX, espalharam-se por todo o país. Atualmente, o rápido crescimento econômico de algumas áreas do Nordeste está mudando essa situação. Extrativismo mineral e o crescimento populacional acelerado marcam a contemporaneidade.
É a região menos industrializada do país, possui o segmento intensivo em capital concentrado na Bahia, com destaque para as atividades química; derivados de petróleo; metalurgia básica, também relevante no Maranhão; e extração de petróleo, importante, adicionalmente, no Rio Grande do Norte e em Sergipe.
As regiões Centro-Oeste e Norte são os espaços geográficos de povoamento mais recente, que continuam a sofrer um processo de ocupação. Por isso, a paisagem natural encontra-se, em grande parte, preservada.
A região Centro-Oeste, espaço dos cerrados, começou a ser ocupada mais rapidamente após a construção de Brasília, inaugurada em 1960. De lá para cá aumentou bastante a população regional. Aumentaram também a criação de gado e a produção agrícola. Mesmo assim, existem áreas com densidades demográficas muito baixas, como o Pantanal.

A região Norte, espaço da floresta equatorial, é de ocupação ainda mais recente. Mas essa ocupação vem crescendo rapidamente. A derrubada da mata, as queimadas, a poluição dos cursos de água por garimpos e os conflitos pela posse da terra são conseqüências ambientais e sociais da colonização da Amazônia.

Existe outra forma de regionalizar o Brasil, de uma maneira que capta melhor a situação sócio-econômica e as relações entre sociedade e o espaço natural. Trata-se da divisão do país em três grandes complexos regionais: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia. Ao contrário da divisão regional oficial, esta regionalização não foi feita pelo IBGE. Ela surgiu com o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger no final da década de 60, nela o autor levou em consideração o processo 
histórico de formação do território brasileiro em especial a industrialização, associado aos aspectos naturais.
  complexos regionais não respeita o limite entre os estados.
O Norte de Minas Gerais encontra-se no Nordeste, enquanto o restante do território mineiro encontra-se no Centro-Sul. O leste do Maranhão encontra-se no Nordeste, enquanto o oeste encontra-se na Amazônia. O sul de Tocantins e do Mato Grosso encontra-se no Centro-Sul, mas a maior parte desses estados pertencem ao complexo da Amazônia. 
Como as estatísticas econômicas e populacionais são produzidas por estados, essa forma de regionalizar não é útil sob certos aspectos, mas é muito útil para a geografia, porque ajuda a contar a história da produção do espaço brasileiro.

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segunda-feira, 29 de julho de 2013

ORIGEM DAS CIDADES:


As primeiras aldeias e cidades surgiram no período neolítico (cerca de 3.500 anos a. C, na Mesopotâmia), apesar de os fatores que as originaram terem surgido no paleolítico, quando o ser humano começou a se relacionar com maior estabilidade em um determinado lugar, seja para sepultar seus mortos, ter segurança e abrigo no caso das cavernas. Também a domesticação de animais e a utilização de agricultura por meio de mudas ajudaram o ser humano a se relacionar com maior intensidade e tempo com um determinado local.
CIDADES ESPONTÂNEAS: são aquelas que surgem lentamente, resultando do aumento progressivo de população e de atividades econômicas na área. Podem ser originadas por meio de núcleos de mineração, capelas, pousadas de gado, etc. São cidades que vão crescendo naturalmente, sem planos ou projetos. A maioria das cidades do mundo surgiram desta forma.
CIDADES PLANEJADAS:  são aquelas que nascem com base num planejamento e vão  surgindo à medida que o ser humano vai chegando. São aquelas cidades em que as construções a serem erguidas obedecem a normas impostas, quanto ao recuo da rua, especificações técnicas e finalidade. Boa parte das cidades paulistas e paranaenses que surgiram com a marcha do café são cidades planejadas.
CIDADES ARTIFICIAIS: SÃO AQUELAS QUE SÃO PRECEDIDAS DE PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÃO. Somente depois de prontas é que são ocupadas. A cidade de Brasília é uma cidade artificial.
FATORES DE URBANIZAÇÃO:
Dois fatores marcaram a urbanização: A Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial.
A Revolução Industrial foi o principal fator de urbanização nos países europeus e nos Estados Unidos.
A Segunda Guerra Mundial marcou o início da intensa urbanização que até hoje ocorre nos países subdesenvolvidos.
Também se nota que a urbanização nos países de economia de mercado foi mais intensa e mais rápida do que nos países de economia planificada.
A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA:
 A urbanização brasileira é recente, pois surgiu após a década de 40, resultado da implantação industrial sem ter sido realizada a Reforma Agrária em seu sentido mais amplo. A industrialização brasileira trouxe uma série de benefícios ao trabalhador urbano, como o salário mínimo, férias remuneradas, aposentadoria, entre outros, que não foram estendidos ao trabalhador rural. O acesso à escola e aos hospitais e empregos na indústria e no comércio também passaram a ser maiores nas cidades, estimulando o intenso êxodo rural.
O ÊXODO RURAL E SUAS CAUSAS:
Até a década de 40, a população rural estava estabilizada em 70% do total da população brasileira. A partir daí começa a declinar, igualando-se à população urbana na década de 60. Atualmente, a população rural brasileira é inferior a 30% e a urbana, superior a 70%.
Entre as principais causas que determinam o êxodo rural estão:
- precárias condições de trabalho com desresppeito aos direitos trabalhistas;
- dispensa de mão-de-obra por crises eventuais;
- mecanização e mudança de atividade (agricultura para pecuária), liberaando mão-de-obra;
- divisão da propriedade por herança ou crise financeira, tornando-a improdutiva;
- atração pela cidade;
Falta de apoio dos órgãos governamentais para a agricultura familiar.
PROBLEMAS URBANOS:
O desemprego, subemprego, moradia, infraestrutura urbana, inchaço urbano, violência urbana e má qualidade dos serviços públicos.


GEOGRAFIA URBANA: CONCEITOS


- Cidade: é o aglomerado humano onde predominam as atividades do setor secundário e terciário. Estas atividades tendem a concentrar mais população pelo fato de ofertarem mais postos de trabalho em menor espaço físico.
- Capital regional: cidade polo (cidade mais importante de uma microrregião).
- Microrregião: conjunto de municípios vizinhos que apresentam identidades físicas, sociais e econômicas.
- Metrópoles: cidades que apresentam população superior a 1 milhão de habitantes e várias funções econômicas.
- Metrópoles regionais: São as cidades mais importantes de uma região. As principais metrópoles regionais brasileiras são: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA),Recife (PE), Fortaleza (CE) e Belém (PA).
- Metrópoles Nacionais: São as cidades mais importantes de um país. As metrópoles nacionais brasileiras são São Paulo e Rio de Janeiro.
- Rede urbana: conjunto de cidades de um país que apresentam hierarquia de pólos de desenvolvimento, como capital regional, metrópole regional e metrópole nacional.
- Megalópolis: gigantescos aglomerados urbanos, constituídos de várias cidades que se uniram pela conurbação.
- Projeto Cingapura: projeto de urbanização de favelas realizado no próprio local, desenvolvido primeiramente em Cingapura (Ásia) e posteriormente adaptado para diversas cidades, inclusive São Paulo.
- Urbanização: é o fenômeno de crescimento populacional urbano em porcentagem superior ao crescimento populacional do país. Crescimento urbano maior do que o da área rural. O crescimento urbano pode ocorrer sempre, pois a cidade tende a crescer por si mesma, enquanto que a urbanização é limitada ao êxodo rural. Em alguns países europeus, onde a população urbana é superior a 80%, a urbanização, nestes países, estabilizou e deixou de ocorrer.
- Desmetropolização: fenômeno que tem ocorrido em algumas metrópoles de países desenvolvidos onde a falta de trabalho, de moradia e segurança, além do deslocamento demorado, faz com que a população procure deslocar-se para centros urbanos de médio porte, em busca de melhor qualidade de vida. Atualmente, já se verifica a tendência de desmetropolização em São Paulo e Rio de Janeiro.




ECONOMIA BRASILEIRA: REGIÃO NORTE


Assim como o Centro-Oeste, a região Norte é uma região nova de agropecuária e também corresponde ao resultado da expansão econômica do Centro-Sul, com a pecuária de corte e policultura, com destaque ao cultivo de soja, café e cacau.
ZONA BRAGANTINA:
É a região compreendida entre os municípios de Bragança (PA) e Belém (PA), com destaque aos cultivos de arroz, de pimenta do reino e de frutas desenvolvidos pelos imigrantes japoneses e seus descendentes.
OUTRAS ÁREAS:
Os Chapadões do leste de Goiás e do Tocantins, sul do Meio-Norte e oeste baiano são áreas típicas de pecuária extensiva, com o gado criado solto e de maneira simples.
A ilha de Marajó (PA) é um dos mais antigos núcleos de criação de bovinos e búfalos.
Atualmente, o estado que tem  suas atividades mais centralizadas em latifúndios de cdriação de gado é Tocantins.

Entre as áreas mais tradicionais de pecuária no Brasil, destacam-se o Sertão Nordestino (Vale do São Francisco), O rio Grande do Sul, o Pantanal Mato-Grossense e a ilha do Marajó.

ECONOMIA BRASILEIRA: REGIÃO NORDESTE


ZONA DA MATA:
Corresponde a uma das mais antigas áreas de agricultura do Brasil, com o cultivo de cana-de-açúcar desde os tempos do Brasil Colônia.
ZONA CACAUEIRA:
Compreendendo o litoral centro-sul da Bahia, também é uma área antiga de atividades agropastoris,onde destacam-se os municípios de Ilheus e Itabuna pela produção de cacau.
AGRESTE NORDESTINO:
É uma área de policultura de subsistência, com o cultivo de milho, feijão e mandioca.
SERTÃO NORDESTINO:
É uma região de pecuária tradicional, onde a atividade agrícola não tem regularidade em função das chuvas. Porém, áreas mais úmidas se destaca a policultura de alimentos (milho, feijão e mandioca), além do cultivo do algodão.
MEIO NORTE:

É uma região de atividades agropastoris e extrativa. Destaque ao cultivo do arroz, principalmente nos vales inferiores dos rios Mearim, Pindaré e Grajaú, e a sojicultura, que tem sido ampliada.A pecuária é de corte e ainda ocorre a extração de cera de carnaúba e óleo de babaçu.

ECONOMIA BRASILEIRA: CENTRO- OESTE


As atividades agropecuárias têm se desenvolvido bastante nos últimos trinta anos, em função da expansão econômica das regiões Sudeste e Sul.
A migração de sulistas foi muito importante para o desenvolvimento da agricultura nesta região, por implantarem técnicas que permitiriam o aproveitamento dos solos ácidos, como a utilização da cal, resultando em bons rendimentos.

Aí se destacam áreas como o Pantanal Mato-Grossense (área tradicional de pecuária de corte), Rio Verde (GO) e Jataí (GO) com a rizicultura, Dourados (MS) com policultura, Rondonópolis (MT), etc.

ECONOMIA BRASILEIRA: REGIÃO SUL:


Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também apresentam um bom desenvolvimento agropecuário, com técnicas aprimoradas, equipamentos modernos e bons índices de rendimento.
PARANÁ:
No norte do Paraná destacam-se: algodão, cítricos, soja, trigo, cana-de-açúcar e bovinos; no oeste e o sudoeste destacam-se: soja, trigo, milho, rami, bovinos e suínos; no sul: trigo, soja, milho e bovinos.
SANTA CATARINA:
A produção agropecuária é diversificada, com as áreas de lebon Régis, São Joaquim e Fraiburgo (maçãs), Curitibanos (alho), Vale do Itajaí (arroz), Corupá (banana), Concórdia e Chapecó (avicultura e suinocultura e o Vale do Rio Uruguai (fumo).
RIO GRANDE DO SUL:

Neste estado destacam-se: no Vale do Rio Jacuí (arroz), Vale superior do Rio Uruguai (fumo), no Planalto das Missões (soja, trigo, milho), Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves (uva). Além disso é uma das áreas mais tradicionais por apresentar o melhor rebanho de bovinos do país. O rebanho de ovinos também é numeroso e desenvolvido.

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