Portugal, à beira do oceano, era uma colônia de artesãos e pescadores. Daí sua devoção ao mar. E o mar, que alimentava o homem, o intimidava também. A navegação era costeira. Avançar no Oceano Atlântico era uma coisa impensável, pois as lendas sobre monstros marinhos que devoravam embarcações, e o terrível abismo do fim do mundo, desestimulavam as tentativas. Naquela época, o forte na Economia na Europa eram as especiarias, que ajudava a conservar os alimentos e eram indispensáveis na mesa e nos bolsos dos comerciantes.
E, ao mesmo tempo em que expandia o seu comércio, Portugal também se armava. Durante um século, desenvolveu sua marinha mercante e militar. E, para facilitar a nevagação, adaptou o astrolábio na leitura das estrelas, substituiu os portulanos pelas cartas de marear, e adotou os roteiros de viagens que mapeavam o litoral, o clima e as correntes marítimas.
De todas as invenções portuguesas, a que mais ajudou os navegadores foi a caravela. Na verdade, os árabes já a utilizavam, mas foram os portugueses que inventaram um sistema misto de velas, possibilitando maior rapidez nas manobras e cursos de maior distância.
Em 1453, os turcos otomanos entraram em Constantinopla e bloquearam a passagem terrestre para o Oriente. Assim, arota da seda, do ouro, do sal e das especiarias estava fechada. Era o fim do Império Bizantino e o começo dos novos descobrimentos, pois de agora em diante, restava para os países europeus apenas uma direção: o caminho para o mar. E seria preciso enfrentá-lo.
Durante o século XV, Portugal foi colonizando a costa ocidental e as ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. Graças ao infante Dom Henrique, Portugal aos poucos descia o Atlântico e explorava o litoral africano.
Até que, em 1948, Vasco da Gama seguiu pelo caminho de Bartolomeu Dias, que havia conseguido ultrapassar o Cabo da Boa Esperança, no Sul da África, e assim alcançou Calicute, nas Índias. Estava realizada a mais longa viagem marítima até então apreendida. E, finalmente, havia sido descoberto um novo caminho para as ìndias. Os países Ibéricos, Portugal e Espanha, lideravam as Navegações, e com suas empreitadas mudariam as fronteriras do mundo. No dia 12 de outubro de 1492, Cristóvão Colombo descobriu a América, numa viagem de dois meses, a serviço dos reis católicos da Espanha, ele ancorou em San Salvador, na América Central. Colombo imagina chegar ao Oriente viajando pelo Atlântico. Seu sonho não se realizou, mas acabou descobrindo um novo continente.