segunda-feira, 29 de julho de 2013

ORIGEM DAS CIDADES:


As primeiras aldeias e cidades surgiram no período neolítico (cerca de 3.500 anos a. C, na Mesopotâmia), apesar de os fatores que as originaram terem surgido no paleolítico, quando o ser humano começou a se relacionar com maior estabilidade em um determinado lugar, seja para sepultar seus mortos, ter segurança e abrigo no caso das cavernas. Também a domesticação de animais e a utilização de agricultura por meio de mudas ajudaram o ser humano a se relacionar com maior intensidade e tempo com um determinado local.
CIDADES ESPONTÂNEAS: são aquelas que surgem lentamente, resultando do aumento progressivo de população e de atividades econômicas na área. Podem ser originadas por meio de núcleos de mineração, capelas, pousadas de gado, etc. São cidades que vão crescendo naturalmente, sem planos ou projetos. A maioria das cidades do mundo surgiram desta forma.
CIDADES PLANEJADAS:  são aquelas que nascem com base num planejamento e vão  surgindo à medida que o ser humano vai chegando. São aquelas cidades em que as construções a serem erguidas obedecem a normas impostas, quanto ao recuo da rua, especificações técnicas e finalidade. Boa parte das cidades paulistas e paranaenses que surgiram com a marcha do café são cidades planejadas.
CIDADES ARTIFICIAIS: SÃO AQUELAS QUE SÃO PRECEDIDAS DE PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÃO. Somente depois de prontas é que são ocupadas. A cidade de Brasília é uma cidade artificial.
FATORES DE URBANIZAÇÃO:
Dois fatores marcaram a urbanização: A Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial.
A Revolução Industrial foi o principal fator de urbanização nos países europeus e nos Estados Unidos.
A Segunda Guerra Mundial marcou o início da intensa urbanização que até hoje ocorre nos países subdesenvolvidos.
Também se nota que a urbanização nos países de economia de mercado foi mais intensa e mais rápida do que nos países de economia planificada.
A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA:
 A urbanização brasileira é recente, pois surgiu após a década de 40, resultado da implantação industrial sem ter sido realizada a Reforma Agrária em seu sentido mais amplo. A industrialização brasileira trouxe uma série de benefícios ao trabalhador urbano, como o salário mínimo, férias remuneradas, aposentadoria, entre outros, que não foram estendidos ao trabalhador rural. O acesso à escola e aos hospitais e empregos na indústria e no comércio também passaram a ser maiores nas cidades, estimulando o intenso êxodo rural.
O ÊXODO RURAL E SUAS CAUSAS:
Até a década de 40, a população rural estava estabilizada em 70% do total da população brasileira. A partir daí começa a declinar, igualando-se à população urbana na década de 60. Atualmente, a população rural brasileira é inferior a 30% e a urbana, superior a 70%.
Entre as principais causas que determinam o êxodo rural estão:
- precárias condições de trabalho com desresppeito aos direitos trabalhistas;
- dispensa de mão-de-obra por crises eventuais;
- mecanização e mudança de atividade (agricultura para pecuária), liberaando mão-de-obra;
- divisão da propriedade por herança ou crise financeira, tornando-a improdutiva;
- atração pela cidade;
Falta de apoio dos órgãos governamentais para a agricultura familiar.
PROBLEMAS URBANOS:
O desemprego, subemprego, moradia, infraestrutura urbana, inchaço urbano, violência urbana e má qualidade dos serviços públicos.


GEOGRAFIA URBANA: CONCEITOS


- Cidade: é o aglomerado humano onde predominam as atividades do setor secundário e terciário. Estas atividades tendem a concentrar mais população pelo fato de ofertarem mais postos de trabalho em menor espaço físico.
- Capital regional: cidade polo (cidade mais importante de uma microrregião).
- Microrregião: conjunto de municípios vizinhos que apresentam identidades físicas, sociais e econômicas.
- Metrópoles: cidades que apresentam população superior a 1 milhão de habitantes e várias funções econômicas.
- Metrópoles regionais: São as cidades mais importantes de uma região. As principais metrópoles regionais brasileiras são: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA),Recife (PE), Fortaleza (CE) e Belém (PA).
- Metrópoles Nacionais: São as cidades mais importantes de um país. As metrópoles nacionais brasileiras são São Paulo e Rio de Janeiro.
- Rede urbana: conjunto de cidades de um país que apresentam hierarquia de pólos de desenvolvimento, como capital regional, metrópole regional e metrópole nacional.
- Megalópolis: gigantescos aglomerados urbanos, constituídos de várias cidades que se uniram pela conurbação.
- Projeto Cingapura: projeto de urbanização de favelas realizado no próprio local, desenvolvido primeiramente em Cingapura (Ásia) e posteriormente adaptado para diversas cidades, inclusive São Paulo.
- Urbanização: é o fenômeno de crescimento populacional urbano em porcentagem superior ao crescimento populacional do país. Crescimento urbano maior do que o da área rural. O crescimento urbano pode ocorrer sempre, pois a cidade tende a crescer por si mesma, enquanto que a urbanização é limitada ao êxodo rural. Em alguns países europeus, onde a população urbana é superior a 80%, a urbanização, nestes países, estabilizou e deixou de ocorrer.
- Desmetropolização: fenômeno que tem ocorrido em algumas metrópoles de países desenvolvidos onde a falta de trabalho, de moradia e segurança, além do deslocamento demorado, faz com que a população procure deslocar-se para centros urbanos de médio porte, em busca de melhor qualidade de vida. Atualmente, já se verifica a tendência de desmetropolização em São Paulo e Rio de Janeiro.




ECONOMIA BRASILEIRA: REGIÃO NORTE


Assim como o Centro-Oeste, a região Norte é uma região nova de agropecuária e também corresponde ao resultado da expansão econômica do Centro-Sul, com a pecuária de corte e policultura, com destaque ao cultivo de soja, café e cacau.
ZONA BRAGANTINA:
É a região compreendida entre os municípios de Bragança (PA) e Belém (PA), com destaque aos cultivos de arroz, de pimenta do reino e de frutas desenvolvidos pelos imigrantes japoneses e seus descendentes.
OUTRAS ÁREAS:
Os Chapadões do leste de Goiás e do Tocantins, sul do Meio-Norte e oeste baiano são áreas típicas de pecuária extensiva, com o gado criado solto e de maneira simples.
A ilha de Marajó (PA) é um dos mais antigos núcleos de criação de bovinos e búfalos.
Atualmente, o estado que tem  suas atividades mais centralizadas em latifúndios de cdriação de gado é Tocantins.

Entre as áreas mais tradicionais de pecuária no Brasil, destacam-se o Sertão Nordestino (Vale do São Francisco), O rio Grande do Sul, o Pantanal Mato-Grossense e a ilha do Marajó.

ECONOMIA BRASILEIRA: REGIÃO NORDESTE


ZONA DA MATA:
Corresponde a uma das mais antigas áreas de agricultura do Brasil, com o cultivo de cana-de-açúcar desde os tempos do Brasil Colônia.
ZONA CACAUEIRA:
Compreendendo o litoral centro-sul da Bahia, também é uma área antiga de atividades agropastoris,onde destacam-se os municípios de Ilheus e Itabuna pela produção de cacau.
AGRESTE NORDESTINO:
É uma área de policultura de subsistência, com o cultivo de milho, feijão e mandioca.
SERTÃO NORDESTINO:
É uma região de pecuária tradicional, onde a atividade agrícola não tem regularidade em função das chuvas. Porém, áreas mais úmidas se destaca a policultura de alimentos (milho, feijão e mandioca), além do cultivo do algodão.
MEIO NORTE:

É uma região de atividades agropastoris e extrativa. Destaque ao cultivo do arroz, principalmente nos vales inferiores dos rios Mearim, Pindaré e Grajaú, e a sojicultura, que tem sido ampliada.A pecuária é de corte e ainda ocorre a extração de cera de carnaúba e óleo de babaçu.

ECONOMIA BRASILEIRA: CENTRO- OESTE


As atividades agropecuárias têm se desenvolvido bastante nos últimos trinta anos, em função da expansão econômica das regiões Sudeste e Sul.
A migração de sulistas foi muito importante para o desenvolvimento da agricultura nesta região, por implantarem técnicas que permitiriam o aproveitamento dos solos ácidos, como a utilização da cal, resultando em bons rendimentos.

Aí se destacam áreas como o Pantanal Mato-Grossense (área tradicional de pecuária de corte), Rio Verde (GO) e Jataí (GO) com a rizicultura, Dourados (MS) com policultura, Rondonópolis (MT), etc.

ECONOMIA BRASILEIRA: REGIÃO SUL:


Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também apresentam um bom desenvolvimento agropecuário, com técnicas aprimoradas, equipamentos modernos e bons índices de rendimento.
PARANÁ:
No norte do Paraná destacam-se: algodão, cítricos, soja, trigo, cana-de-açúcar e bovinos; no oeste e o sudoeste destacam-se: soja, trigo, milho, rami, bovinos e suínos; no sul: trigo, soja, milho e bovinos.
SANTA CATARINA:
A produção agropecuária é diversificada, com as áreas de lebon Régis, São Joaquim e Fraiburgo (maçãs), Curitibanos (alho), Vale do Itajaí (arroz), Corupá (banana), Concórdia e Chapecó (avicultura e suinocultura e o Vale do Rio Uruguai (fumo).
RIO GRANDE DO SUL:

Neste estado destacam-se: no Vale do Rio Jacuí (arroz), Vale superior do Rio Uruguai (fumo), no Planalto das Missões (soja, trigo, milho), Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves (uva). Além disso é uma das áreas mais tradicionais por apresentar o melhor rebanho de bovinos do país. O rebanho de ovinos também é numeroso e desenvolvido.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

ECONOMIA BRASILEIRA- AGROPECUÁRIA- REGIÃO SUDESTE:


Comandada pelas duas metrópoles nacionais São Paulo e Rio de Janeiro, essa região é a principal área agropecuária do Brasil de onde se comandam todas as atividades econômicas do país, incluindo as agropastoris. Praticamente todas as formas de exploração da terra são encontradas nesta área. Desde a agricultura familiar à agricultura de exportação, da plantation à agropecuária integrada e da roça tropical à agricultura climatizada.
Essa liderança da região Sudeste é explicada por várias razões:
- Maior concentração do capital para investimentos.
- Maior concentração populacional, tornando o maior mercado consumidor nacional. Até hoje o maior centro distribuidor de produtos agropecuários do país é o CEASA da cidade de São Paulo.
- Maior concentração de sedes de empresas que compram e industrializam produtos agropecuários.
SÃO PAULO:
O estado de São Paulo apresenta o maior desenvolvimento de agropecuária do Brasil, com a maior diversidade de produtos, com destaque a técnicas aprimoradas, maquinário moderno e vias de transporte eficientes, garantindo o rápido transporte entre os centros produtores e os consumidores.
A região de Ribeirão Preto é conhecida como a Califórnia brasileira, devido ao seu grande desenvolvimento econômico baseado em policultura agroindustrial de cana-de-açúcar, cítricos, café e algodão, além de pecuária e avicultura.
O Planalto Ocidental paulista é uma das principais áreas de cultivo de cítricos, responsável por aproximadamente 80% da produção nacional. Também se destacam outras áreas, como o Vale do Rio Ribeira (banana, chá e criação de búfalos), o Vale do Rio Paraíba do Sul (arroz e pecuária intensiva), os municípios de Limeira e Bebedouro (cítricos), Piracicaba e Araraquara (cana-de-açúcar), etc.
MINAS GERAIS:
O Triângulo Mineiro, além de ser área tradicional de pecuária de bovinos, destaca-se pela policultura.
O Sul de Minas também se destaca pela agricultura de cafés finos, com destaque para o Município de Varginha. É a região de pecuária leiteira mais importante do país.
O Vale do São Francisco, em Minas Gerais, é uma área de criação de gado. Nos Vales do Jequitinhonha (MG) e do Rio Doce, também se cultiva o café da variedade robusta.
ESPÍRITO SANTO:
É um estado que se destaca pelo cultivo de cacau (norte). No médio Vale do Rio Doce se cultiva o café da variedade robusta e em toda a extensão da Planície Litorânea se cultiva cana-de açúcar e se criam bovinos.
RIO DE JANEIRO:
É um estado que se destaca no cultivo de cana-de-açúcar, arroz, milho e na criação de bovinos.

Fonte: Geografia- Estudo e Ensino. Farias, Adilson (adaptado)


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