sábado, 24 de setembro de 2016

AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA DO BRASIL



habit007.jpg - Forest

Com o crescimento do ambientalismo e o reconhecimento da necessidade de defender da ação humana o que restou nos diversos espaços geográficos brasileiros, o país procurou tomar providências para defender seus ecossistemas e seu patrimônio (flora, fauna, recursos hídricos, solo, monumentos naturais como grutas, picos dunas etc.).
A Constituição brasileira de 1988 deu um tratamento amplo à questão ambiental. No artigo 225, III, se refere ao meio ambiente, ela estabelece que há necessidade de se criar em todas as unidades da Federação, espaços territoriais para que seus ambientes sejam protegidos por lei.
os espaços territoriais a que se refere a Constituição Brasileira são as UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, isto é,  áreas delimitadas e demarcadas com a finalidade de protegê-las oficialmente da ação destruidora do ser humano.
Podemos destacar os seguintes objetivos:
a- manutenção, preservação e restauração da biodiversidade;
b- proteção dos recursos hídricos;
c- manejo correto dos recursos naturais.
A Constituição Brasileira de 1988 prevê a criação, por parte do governo Federal e dos governos estaduais e municipais, de órgão para realizar a fiscalização do meio ambiente. Para tanto, o governo federal criou um órgão poderoso, O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que atua em todo o território nacional.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Mavis MacCrae- Mission Blue/ Dr. Sylvia Earle , Mavis McRae , azul missão


Para mergulhador Canadian Mavis McRae, tendo a chance de se juntar com o Dr. Earle em Bahamas esperança Mancha expedição de maio foi um sonho tornado realidade. Quatorze anos atrás, McRae pegou 'Sea Change: A mensagem dos Oceanos' na livraria da Universidade de Manitoba. O livro mudou sua visão sobre o nosso planeta oceano, e ela determinou que um dia ela encontraria seu herói, Dr. Earle em pessoa. [...]
[...] Comunicando-se com as crianças que passaram suas vidas inteiras na pradaria sobre algo que muitos deles nunca tinham visto ou tocado - o mar era um desafio constante. McRae usado mapas para mostrar aos alunos como Calgary lixo que entra nos rios no interior distante pode viajar para o mar através da baía de Hudson. Terminando cada apresentação com ideias sobre como cada aluno e suas famílias podem ajudar a proteger o oceano, McRae espalhar a mensagem inspirada de Mission Blue onde quer que ela falou.




REPASSANDO: Nossos oceanos estão morrendo!!!

https://avaazimages.avaaz.org/20693_two_turtles_2_300x150.jpg

Nossos oceanos estão morrendo.
 Mas, em questão de dias, nossos governos irão decidir se apoiam um projeto inovador para proteger 30% dos oceanos. Neste momento, a votação está muito apertada, mas podemos virar a maré. Vamos levar um milhão de assinaturas diretamente para os tomadores de decisão: 

Queridos amigos,

Nossos oceanos estão à beira do colapso. Segundo relatos, vastas áreas consideradas mortas estão se expandindo no Oceano Pacífico. Mas ainda há esperança: no ano passado, quebramos o recorde de áreas marinhas protegidas.

Esta semana será decisiva. Podemos perder a batalha da proteção dos oceanos ou conseguir uma vitória sem precedentes para a conservação. Os cientistas afirmam que
 conservar 30% dos oceanos seria o suficiente para recuperar o resto, plano que na verdade está na mesa de negociações do Congresso de Conservação Mundial que começa hoje!

Países fortes no lobby da pesca, como o Japão, estão se opondo ao plano, por isso cabe a nós equilibrar essas forças com o poder popular.
 Este pode ser o momento da virada da maré – vamos enviar um milhão de assinaturas em defesa dos oceanos diretamente para os tomadores de decisão que estarão no Congresso: 

Clique aqui para salvar nossos oceanos

Os oceanos fornecem metade do oxigênio que respiramos. Mas a pesca excessiva, a poluição e as mudanças climáticas estão destruindo a fonte de vida de nosso planeta. A menos que façamos alguma coisa agora, a voracidade humana poderá causar a pior extinção em massa dos últimos 55 milhões de anos.
 

180 governos irão votar
 no Congresso de Conservação e isso pode definir um padrão global para proteger 30% dos oceanos até 2030. Esta votação não tem poder de lei, mas será a base para um acordo obrigatório que será discutido ainda esse ano.

Em 2015, mais reservas oceânicas foram criadas do que em toda a história após grandes campanhas populares. Sabemos como fazer a nossa voz ser ouvida.
 Vamos nos unir mais uma vez para que os oceanos não sejam devastados até a última gota: 

Clique aqui para salvar nossos oceanos

Cobrindo 71% do nosso planeta e lar de milhares de espécies que ainda nem descobrimos, os oceanos sustentam toda a vida na Terra. Esse é o milagre e a maravilha dos oceanos. Eles são tão resilientes e têm tanta força que podem se curar da destruição causada pelo homem. Mas para isso, precisamos dar ao coração azul de nosso planeta a chance de lutar. E esse é o dom da nossa comunidade, quando unida. 

Um abraço com esperança e determinação,
 
Dalia, Nell, Danny, Lisa, Ari, Diego, Fatima, Alice e toda a equipe da Avaaz
 


ENVIADO POR: AVAAZ- UM MUNDO EM AÇÃO

MAIS INFORMAÇÕES:
 

Preservar oceanos é fundamental para a manutenção da vida em todo o planeta, destaca chefe da ONU (Nações Unidas)
https://nacoesunidas.org/preservar-oceanos-e-fundamental-para-a-manutencao-da-vida-em-todo-o-planeta-destaca-chefe-da-onu/
 

Havaí recebe esta semana maior congresso sobre proteção da natureza (Zero Hora)
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/08/havai-recebe-esta-semana-maior-congresso-sobre-protecao-da-natureza-7357854.html
 

Proteger 30% dos oceanos pode trazer muitos benefícios (University of York) (em inglês)
https://www.york.ac.uk/news-and-events/news/2016/research/oceans-conservation-fisheries/
 

Esperança: um plano viável para salvar os oceanos (National Geographic) (em inglês)
http://voices.nationalgeographic.com/2016/06/08/hope-spots-an-actionable-plan-to-save-the-ocean/
 

Aumente áreas de proteção para conservação eficaz da biodiversidade marinha (IUCN) (em inglês)
https://portals.iucn.org/congress/motion/053
 

Obama cria a maior área de proteção do planeta no Havaí (Washington Post) (em inglês)
https://www.washingtonpost.com/politics/obama-to-create-the-largest-protected-place-on-the-planet-off-hawaii/2016/08/25/54ecb632-6aec-11e6-99bf-f0cf3a6449a6_story.html
 

terça-feira, 20 de setembro de 2016

MOVIMENTOS AMBIENTALISTAS: AS ONGs (ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS)


img_0955.jpg - Catbird

No decorrer das décadas de 1950, 1960 e 1970, o mundo viveu um período de grande desenvolvimento econômico, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países emergentes (países de industrialização tardia), como no caso do Brasil. A industrialização e a urbanização se intensificaram, e ocorreu também um grande crescimento populacional. Esses fatos foram acompanhados de intervenções humanas, na maioria das vezes muito negativas para o meio ambiente. A exploração dos recursos naturais aumentou consideravelmente para atender às novas “necessidades” humanas criadas pela chamada sociedade de consumo.
Muitas pessoas críticas a esse modelo de desenvolvimento, por causa dos estragos que ele está causando ao meio ambiente, começaram a se organizar para combate- los e detê-los. A organização de grupos de pessoas para tal fim deu origem ao que se conhece por movimento ambientalista.
Desse movimento, por sua vez, nasceram as ONGs (Organizações Não Governamentais), isto é, organizações formadas por pessoas da sociedade civil, sem a participação dos governos dos países onde elas atuam. Os objetivos são amplos, e cada uma se especializou em determinada área de atuação. Por exemplo: combate à destruição do meio ambiente, defesas dos direitos das mulheres, das minorias raciais, da criança e dos adolescentes, dos velhos, dos deficientes etc. Isso demonstra a deficiência dos governos em cuidar desses assuntos de forma eficaz, mesmo nos países de grande desenvolvimento econômico.
Foi por causa dessas Organizações que começou a surgir em âmbito mundial uma maior consciência social e ecológica. As questões ambientais passaram, então, a serem discutidas em reuniões internacionais.Em 1972, a ONU (Organização das Nações Unidas) realizou a prim,eira conferência da Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, na cidade de Estocolmo, capital da Suécia, ocasião em que alertou governos, empresas e toda a sociedade sobre os graves riscos que corre a Terra por causa da destruição ambiental e da desmedida exploração dos recursos naturais.
Nessa Conferência nasceu a ideia do desenvolvimento ecologicamente sustentável, ou seja, de que os recursos naturais sejam explorados de forma racional (Utilizar-se dos recursos naturais, mas sem levá-los à exaustão).
Mas acredita-se que é praticamente impossível colocar em prática o desenvolvimento ecologicamente sustentável enquanto existir o modelo de vida baseado na sociedade de consumo, pois esse tipo de sociedade vê a natureza e seus recursos naturais apenas como fonte de lucro.
Em 1992, foi realizada a Segunda Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, na cidade do Rio de Janeiro (ECO-92). Reuniu 114 chefes de Estado, 170 delegações oficias e mais de 3.200 ONGs de todo o mundo.
A Terceira Conferência foi realizada em 2002, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul, com o nome de Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, e ficou conhecida como Rio + 10.
Nas últimas décadas Leis severas foram criadas para proteger o meio ambiente, existe maior consciência social ecológica e procuram-se novos caminhos para o desenvolvimento econômico e social. No entanto, há muito o que se fazer.
Fonte: MODERNA (adaptado)
SAIBA MAIS:
CONVENÇÃO DA BIODIVERSIDADE 
A BIODIVERSIDADE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO 
FLORESTA AMAZÔNICA PROBLEMAS AMBIENTAIS 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 

A CONVENÇÃO DA BIODIVERSIDADE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL




Até 1993, não havia um acordo internacional quanto ao reconhecimento da soberania dos países possuidores de biodiversidade, como é o caso do Brasil.
Naquele ano, representantes de 160 países assinaram um documento chamado Convenção da Biodiversidade, no qual consta:
- a necessidade de conservação da biodiversidade;
- a exploração dos recursos naturais de forma sustentável, ou seja, racional, para que o meio ambiente natural seja preservado;
- a divisão justa dos benefícios obtidos através de pesquisas científicas, isto é, o país possuidor de uma planta da qual foi obtida uma substância para a fabricação de um medicamento terá participação nos lucros de sua comercialização..
Apesar do acordo, existe a biopirataria, ou seja, o “roubo de animais, plantas e conhecimentos tradicionais (principalmente das culturas indígenas) para fins de exploração comercial sem o consentimento ou controle dom país de origem e das suas comunidades locais.” (ISA. Almanaque Brasil socioambiental. São Paulo: ISA, 2005.p. 451.)
Pesquisadores estrangeiros e também biopiratas levam para fora do país seres vivos e deles extraem substâncias que são patenteadas, ou seja, a descoberta é registrada em nome da pessoa ou empresa que fez o registro, proibindo o seu uso por outros. Logo, o acordo da convenção é burlado.
Para assegurar que o Brasil não preca s direitos sobre sua biodiversidade ou sobre os resultados das pesquisas realizadas por empresas estrangeiras, em junho de 2000 o governo brasileiro publicou uma regulamentação que coloca em prática a Convenção da Biodiversidade.
 O desafio agora, entre outros, é fiscalizar o cumprimento da regulamentação, mas sobretudo incentivar a pesquisa científica nacional relativa à nossa biodiversidade. Isso nos tornaria menos dependentes de centros de pesquisas dos países desenvolvidos, dando-nos a verdadeira soberania sobre a questão. Afinal, temos pessoal qualificado e polos de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico de qualidade internacional; o que lhes falta é um maior apoio financeiro.
Entre esses polos de pesquisa, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), por exemplo, possui bancos de germoplasma, isto é, bancos de mudas e sementes de plantas nativas com a finalidade, não só de reprodução, mas também de proteção e criação de formas híbridas, ou seja, de novas plantas.

A BIODIVERSIDADE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO




Calcula-se que no Brasil existam mais de 50 mil espécies vegetais (22% do total do planeta), 524 espécies de mamíferos, 3 mil peixes, 1.622 de pássaros, 517 de anfíbios, 466 répteis, 10 a 15 milhões de insetos, além de milhões de espécies de microrganismos.
A Mata Atlântica é a floresta que apresenta a maior diversidade de vegetais da Terra. Estima-se que sejam mais de 25 mil espécies, muitas exclusivas do ecossistema. Para efeito de comparação, enquanto numa floresta de clima temperado na Europa existem em média dez espécies vegetais por hectare, na Mata Atlântica existem em média, 150.
A Floresta Amazônica possui cerca de 20% de todas as espécies vivas do planeta; desse total, aproximadamente 20 mil são de vegetais, 1.400 são peixes, 300 são mamíferos e 1.300 são pássaros, além de milhares de insetos, invertebrados e microrganismos. Muitas espécies vegetais e animais da Floresta Amazônica são endêmicas.
A biodiversidade do Cerrado, da Caatinga, do Pantanal, dos manguezais e dos campos é também muito grande. Como nem todas as espécies foram estudadas, ainda na se sabe quais substâncias podem ser extraídas delas para serem usadas como matéria-prima de medicamentos e outras substâncias ricas em vitaminas e proteínas para diversos usos. Pode ser que aí esteja a solução para a cura de várias doenças que afligem a humanidade.
A biodiversidade brasileira tem chamado a atenção de vários outros países, principalmente europeus e norte-americanos, que há tempos já devastaram os seus recursos biológicos e agora lançam seus olhos para o Brasil.
O uso das plantas para a elaboração de medicamentos é uma prática antiga. Com o desenvolvimento da biotecnologia, nos últimos anos esse fato se acentuou. Os denominados produtos fitoterápicos ganharam grande importância e suas vendas aumentaram de forma crescente. Até 1991, o faturamento mundial desse tipo de produto era de aproximadamente de 30 milhões de dólares. Nesse sentido, fica fácil de entender a corrida dos laboratórios, principalmente estrangeiros, na pesquisa de plantas, como também de animais e microrganismos. Os novos medicamentos representam “a galinha dos ovos de ouro” para as indústrias farmacêuticas.
Endêmica: refere-se à espécie vegetal ou animal que existe apenas em certa região da Terra.

FLORESTA AMAZÔNICA PROBLEMAS AMBIENTAIS
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA DO BRASIL

Fonte: Editora Moderna (Adaptado)

sábado, 10 de setembro de 2016

VÍDEO: ESCOLA DEBATE- CANAL FUTURA


SALA DEBATE CANAL FUTURA- ESCOLA SEM PARTIDO

DEBATE SOBRE ESCOLA SEM PARTIDO- VÍDEO



ESCOLA SEM PARTIDO- LEIA PRIMEIRO!!!

Alunos!
Tenho consciência que, como professora, sou formadora de opiniões, por esse motivo faço o possível para não interferir no processo de discernimento de meus alunos. E quero deixar claro que não estou me posicionando nem contra nem a favor da ESCOLA SEM PARTIDO, pois também estou estudando essa questão. Mas é minha obrigação mantê-los informados sobre o que acontece em âmbito local, regional e mundial.
Gostaria de salientar que, para opinar sobre determinado assunto, é de suma importância procurar várias fontes. Existem estudiosos no assunto tanto a favor como contra a escola sem partido. Nesse sentido, analise os dois lados, buscando sempre fundamentação teórica. A partir daí forme a sua opinião. O importante é respeitar quem pensa diferente e agir de forma consciente, lembrando-se sempre que o entendimento de algo polêmico leva tempo e que os dois lados da moeda tem alguma verdade que também deve ser analisada cuidadosamente. E o mais importante, mantenha a cabeça fria, pois somos seres inteligentes e como tais devemos agir com cautela. Bons estudos!
ESCOLA SEM PARTIDO
COMPETÊNCIA DAS ESFERAS: A lei aprovada em Alagoas foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin). O julgamento ainda não chegou ao fim, mas, no fim de julho, o governo federal em exercício se manifestou contra a lei. Por meio de um parecer, a Advocacia-Geral da União (AGU) classificou o projeto como inconstitucional.
De acordo com o órgão, o teor das novas regras altera o conteúdo da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), uma competência que não cabe aos estados, mas sim à União.
CONSTITUIÇÃO: A AGU também afirmou que a lei alagoana fere o artigo 206 da Constituição Federal, que garante a “pluralidade de ideias e de concepções pedagógicas” no ambiente escolar. A Promotoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal (MPF), por sua vez, divulgou uma nota técnica afirmando que os projetos de lei na Câmara dos Deputados também são inconstitucionais pelo mesmo motivo.
 “Pode um projeto de lei ordinária ficar alterando a Constituição? Eles excluem esta parte de ‘concepções pedagógicas’”, questiona Penna, da UFF. “Falam que o professor não tem liberdade de expressão no exercício da profissão. Isso é muito grave”, disse ele, em entrevista ao G1.
A procuradora Deborah Duprat, após publicar nota técnica sobre o projeto de lei da Câmara, na semana passada, afirmou que "a Constituição fala expressamente na liberdade de expressão do professor quando ela fala na liberdade de cátedra dele, e não poderia ser diferente", disse Deborah à reportagem. De acordo com ela, quando a Constituição cita a liberdade do professor de "divulgar o pensamento", está garantindo sua liberdade de expressão.
Nagib rebateu essa crítica por e-mail. Segundo ele, “liberdade de expressão é a liberdade de dizer qualquer coisa sobre qualquer assunto. Se o professor desfrutasse dessa liberdade em sala de aula, ele sequer poderia ser obrigado (como é) a transmitir aos alunos o conteúdo da sua disciplina: poderia passar todo o tempo de suas aulas falando e divagando sobre futebol, religião, cinema, novela etc. Ora, o simples fato de o professor ser obrigado a transmitir certo conteúdo aos alunos já demonstra que ele não desfruta da liberdade de expressão em sala de aula”.
NEUTRALIDADE: Duprat diz ainda que não existe ensino neutro. “Isso não existe no mundo real, todos estamos inseridos na sociedade, temos as nossas concepções, que vêm da família, do nosso entorno, do trabalho.”
 Sobre a neutralidade, Nagib afirma que “as ideologias existem e sempre existirão. Isto é apenas um fato”. De acordo com ele, "a perfeita neutralidade não existe. Mas isso não exime o professor (ou autor de livro didático) do dever profissional de persegui-la. Assim como a cobiça não legitima o roubo, a inexistência da neutralidade não legitima a doutrinação."
Outra organização que se manifestou contra o movimento “Escola sem Partido” foi o Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH), uma organização não-governamental sediada em Santa Catarina. A ONG denunciou o grupo para os relatores especiais das Nações Unidas para o Direito à Educação e para a Liberdade de Opinião e Expressão. Em um comunicado, o instituto afirmou que encaminhou a denúncia à relatoria em 18 de julho. Em nota, o IDDH afirmou que “resta clara que a preocupação de fundo não é garantir direitos, mas vigiar e cercear a liberdade de ensino nas escolas. Defendem que a educação moral, religiosa e política deve ser de responsabilidade exclusiva dos pais. O perigo é que, em nome da liberdade de crença e consciência dos estudantes, difundem a falsa ideia de que o aluno formará sua personalidade isento de reflexão e crítica. Ao proporem a neutralidade na escola, na verdade, visam anular a individualidade e o poder emancipatório do próprio aluno, ignorando sua condição de sujeito de direitos e questionando sua capacidade de formar opiniões próprias”.
Por e-mail, Nagib, líder do “Escola sem Partido”, respondeu à denúncia afirmando que o instituto diz se preocupar com a liberdade de expressão, mas não se preocupa com a violação à liberdade de consciência e de crença que, segundo ele, “milhões de estudantes” sofrem porque “são obrigados a escutar o discurso (ideológico, político, partidário, religioso ou moral) dos seus professores”. Segundo ele, essa liberdade “é a mais importante de todas as liberdades asseguradas pela Constituição Federal”. Ele também acusou o instituto de não se preocupar “com a violação ‒ pelo governo, pelas escolas e pelos professores ‒ do direito dos pais sobre a educação religiosa e moral dos seus filhos”.
 Qual é a posição do governo em exercício sobre o ‘Escola sem Partido’? (Foto: Editoria de Arte/G1)
 Em entrevista ao G1, o ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que a discussão sobre o "Escola sem Partido" ainda não foi feita dentro do governo, que ele defende uma educação "de qualidade, plural e que ofereça ao aluno a oportunidade de ter ampla visão de mundo e a acesso as diversas matizes do conhecimento, desenvolvendo senso crítico".
 “Conceitualmente, tenho a posição de que não será por meio de uma legislação assim que se resolve a questão”, afirmou o ministro da Educação. Leia a entrevista na íntegra
 O ministro Mendonça Filho falou ao G1 sobre o 'Escola sem Partido' 
 Mendonça Filho afirmou que o debate em torno do projeto de lei é “salutar para a sociedade e para o Congresso Nacional”, mas ressaltou a “quase impossibilidade de aplicabilidade de uma medida como essa”.
De acordo com o professor Clovis Gruner, caso a lei saia do papel, o professor teria de seguir um programa estabelecido consensualmente por um grupo de especialistas. “Eu não defendo que o professor possa dizer o que ele quiser em sala de aula, não é isso. Mas a escola não pode ser alheia à diversidade, inclusive geográfica e social. E se os projetos virarem lei, os conteúdos seriam ministrados sem ser contextualizados.” Além disso, segundo ele, “outro risco é o de criar uma geração de alunos dedo duros, de professores que eventualmente escapem [e comentem sobre algo proibido por lei]”.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A INFLUÊNCIA DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA ECONOMIA BRASILEIRA

O Brasil teve um processo de colonização promovido pelos portugueses, que acabou por envolver os povos indígenas e africanos.
É importante ressaltar que o Brasil teve uma colonização diferenciada da que ocorreu com o Canadá, Estados Unidos e Austrália, que tiveram uma colonização conhecida como de povoamento, já no nosso país, ocorreu a colonização de exploração.
Mas isso não significa que na colonização de exploração não houve povoamento, e que na colonização de povoamento, não havia pretensão.
Nesse sentido, pode-se dizer que a colonização brasileira incluiu o povoamento, isso porque, segundo importantes historiadores, Portugal jamais seria capaz de controlar um território com dimensões continentais como o Brasil sem criar uma população para zelar por ele.
No entanto, o que determinou, primeiramente, a diferença entre a colonização brasileira e outras diversas foi o grande interesse de Portugal por manter o controle sobre o território brasileiro e, em seguida, a forma como fazia isso. Portugal, ao contrário dos países do norte da Europa, que se industrializaram e se modernizaram, permaneceu como um país agrário por muito tempo, tendo como fonte de riqueza o processo de colonização.
Nesse contexto, a colonização do Brasil não só foi montada para exportar riquezas para a Europa como, para garantir o controle de Portugal sobre o território, foi caracterizada por uma elite fortemente ligada às grandes propriedades de terra, ao trabalho escravo e a uma economia voltada à exportação de bens primários.
Em suma, mesmo com o fim da colonização a economia brasileira mantém, na antiga Divisão Internacional do Trabalho (DIT), uma posição periférica na economia global.


Fonte: Poliedro- adaptado

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O TRABALHO INFANTIL NO BRASIL


Diariamente, milhares de crianças brasileiras acordam antes de amanhecer e deixam seus lares para enfrentar mais uma jornada de trabalho. Com essa rotina, muitas delas não têm tempo nem disposição para brincar, se divertir ou ir à escola.
Para muitas, o trabalho toma a maior parte do tempo, tira a possibilidade de um futuro melhor e impedem que seus sonhos sejam realizados.
O trabalho está entre os mais graves problemas sociais enfrentados pelo Brasil. Segundo pesquisas do IBGE, em 2009 havia cerca de 4,1 milhões de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos trabalhando. Esse número corresponde a aproximadamente 4,5% da população economicamente ativa do país.
Muitas crianças e adolescentes são obrigados a trabalhar desde cedo, porque precisam ajudar na renda da família.
Gráfico:
Perfil das crianças trabalhadoras no Brasil:
- 50% manuseiam algum tipo de produto ou equipamento perigoso.
- 33% trabalham oito horas ou mais por dia.
- 65% só trabalham e não estudam.
- 49% não recebem remuneração.
Grande número de crianças cumpre longas jornadas de trabalho, algumas vezes ultrapassando 40 horas semanais. Muitas não conseguem conciliar trabalho com os estudos, pois exercem atividades que exigem muito esforço e, por isso, ao final do período de trabalho, não têm mais disposição para estudar.
Além disso, grande parte dessas crianças lida com instrumentos perigosos, como foices, martelos, picaretas, fornos, etc., ou produtos químicos tóxicos, como defensivos agrícolas.
Dessa forma, elas realizam atividades insalubres, que podem colocar em risco sua integridade física e mental.
PROBLEMAS DE SAÚDE QUE UMA CRIANÇA PODE CONTRAIR DE ACORDO COM A ATIVIDADE EXERCIDA:
1-      Perda da visão provocada pelo trabalho em pedreiras.
2-      Perda da visão provocada pelo trabalho em pedreiras e em cerâmicas.
3-      Intoxicação por agrotóxicos provocada pelo trabalho da cultura da laranja, na cana-de-açúcar e na produção de seda.
4-      Problemas de coluna provocados pela cultura da laranja, em cerâmicas, na extração do sal e no garimpo do lixo.
5-      Problemas respiratórios provocados pelo trabalho em pedreiras e carvoarias.
6-      Cortes e mutilações.
7-      Intoxicação por alimentos deteriorados e por substâncias químicas, provocada pelo trabalho no garimpo do lixo.
8-      Picadas de insetos.
PESQUISA:
1-      Esse assunto é muito importante e polêmico uma vez que interfere nos direitos humanos. O Brasil, além de ter assinado a Declaração, possui uma legislação própria, que visa garantir os direitos da criança e do adolescente. Pesquise algumas leis na Constituição Federal e como elas tratam a questão do trabalho infantil. Faça uma resenha argumentativa.
2-      Em quais regiões brasileiras há o maior número de crianças trabalhadoras?
3-      Qual é o objetivo da Declaração Universal, quando e por quem foi criado esse documento?
4-      Como está distribuído o trabalho infantil no mundo, isto é, em todos os continentes?

5-      Procure notícias referentes ao trabalho infantil no Brasil e no mundo.

domingo, 19 de junho de 2016

CAPITALISMO, CONSUMO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL


Capitalismo é um sistema socioeconômico caracterizado pela propriedade privada dos meios de produção e a liberdade dos indivíduos para realizar contratos que regulem seus próprios interesses. De modo geral a atividade econômica está orientada a rentabilidade ou obtenção de benefícios numa ideologia neoliberal, ou seja, em que o Estado não intervém.  O sistema capitalista é baseado numa economia de mercado, pois a finalidade da produção é o intercâmbio e não o consumo direto. Nesse sentido, a competitividade é o motor e o regulador da atividade econômica.

Desse modo, o consumo torna-se uma parte fundamental do processo de expansão do capitalismo, na medida em que se coloca como condição determinante para a acumulação do capital. Essa acumulação que garante os avanços tecnológicos, permitindo a fabricação de produtos mais modernos, que reaquecem o consumo.

Com o crescimento do consumo, o ritmo das atividades econômicas tornou-se muito mais intenso, o que faz ampliar de modo considerável a interferência do ser humano sobre a natureza. Para atender ao grande aumento da produção, foi preciso explorar uma quantidade cada vez maior de recursos. Desse modo, a natureza passou a ser vista apenas como fonte de matérias-primas, o que deflagrou um intenso processo de degradação ambiental.

tanza027.jpg - Animals on the plains of Tanzania

No Brasil e em vários outros países, as florestas e matas são devastadas para ceder lugar às lavouras e pastagens ou apenas para a retirada de madeira, levando um grande número de seres vivos à beira da extinção. A exemplo disso, podemos citar os solos da região do Sahel ( África), tornam-se improdutivos por causa do manejo inadequado. A poluição aumenta progressivamente, seja nas águas continentais e oceânicas, ou na atmosfera. Além de tudo, o lixo acumula-se em grandes quantidades nos maiores centros urbanos, assim como, muitos recursos, sobretudo os de origem fóssil, estão em crescente esgotamento, pois os energéticos fósseis, apresentam reservas limitadas na natureza.
O petróleo, por exemplo, constitui a principal fonte de energia utilizada atualmente, sobretudo na forma de combustível (querosene, gasolina e óleo diesel). A falta de petróleo levaria à paralisação de muitas atividades industriais e de grande parte dos meios de transporte.
Atualmente, o petróleo é a fonte de 35% da energia consumida no planeta, mas segundo estimativas as reservas conhecidas serão suficientes para atender ao consumo mundial por apenas mais 40 anos.
O crescente aumento dos padrões de consumo e suas relações com os problemas ambientais ocorrem de maneira distinta entre os países. Dados estatísticos comprovam que a maior parte da poluição gerada no planeta, assim como, a intensa exploração de recursos naturais, é causada pelo alto nível de consumo de apenas 18% da população mundial. Grande parte dessa população encontra-se nos países desenvolvidos, onde a renda per capita é bastante elevada, possibilitando maior acesso ao consumo.
Em contrapartida, nos países subdesenvolvidos uma imensa parcela da população não tem acesso a bens e serviços para satisfazer às suas necessidades básicas. Aproximadamente 39% da população mundial não tem acesso a saneamento básico em suas residências; 13% não têm acesso à água potável; 12% não dispõem de habitações adequadas; e 11% das crianças em todo o mundo sofrem de grave desnutrição.
Os países desenvolvidos consomem mais recursos; por isso eles são responsáveis pela maior parte dos problemas ambientais existentes na atualidade. Porém, ainda que as nações subdesenvolvidas apresentem níveis de consumo bem mais reduzido, não se pode dizer que estão isentas de responsabilidade diante das questões ambientais. Na verdade, a questão da preservação ambiental não tem sido tratada como prioritária pelos governos dos países subdesenvolvidos, que alegam “falta de recursos” para enfrentar questões essenciais básicas, como pobreza, fome e educação. Nesse sentido, o fato desses países adotarem legislações ambientais pouco rígidas favorece o desenvolvimento de atividades incompatíveis com a proteção do meio ambiente propiciando condições para a instalação de transnacionais nesses países, nas áreas de controle e preservação ambiental. Tais empresas pagam, muitas vezes, indenizações irrisórias em casos de acidentes que provoquem danos ao meio ambiente.
Assim sendo, constata-se que o modelo capitalista, baseado em inovações tecnológicas, na busca do lucro e no aumento contínuo nos níveis de consumo, precisa ser substituído por outro que leve em consideração o desenvolvimento sustentável em prol de um planeta mais saudável e digno de se viver. Pois consumir não é uma atitude condenável, mas é de suma importância não deixar que o consumo exacerbado controle nossa vida, fazendo com que a segurança sobre nossos valores esteja sempre ligada à roupa que vestimos ou ao carro que andamos.
Fontes: Levon Boligian e Wanessa Garcia; Andreia Schmidt (ADAPTADO)






segunda-feira, 11 de abril de 2016

A NATUREZA POLÍTICA DO IMPEACHMENT

Queridos (as) alunos (as)!
A partir de 15 de março, várias manifestações aconteceram, organizadas pelo movimento: Vem Pra Rua!
Essas manifestações foram impulsionadas por inúmeras causas, como por exemplo, a favor da operação Lava Jato, investigações em torno do Petrolão e o escândalo envolvendo a Petrobras. Foram protestos a favor das reformas políticas. Além disso, a mídia focou nas questões envolvendo a presidente Dilma e as suas medidas de austeridade do segundo mandato.

Com certeza é de suma importância que haja manifestações, afinal vivemos numa democracia, ainda verde, mesmo assim, democracia. Mas será que essas pessoas que querem o impeachment conhecem a Lei?
A lei que define o impeachment no Brasil é uma lei antiga, é a Lei 1079/1950. Orienta como os recursos podem ser utilizados com esse fim.
O impeachment é um recurso legal, onde você impede um determinado político de realizar as suas atribuições. O impeachment parte da idéia do poder executivo, ou seja, só quem pode sofrer o impeachment no Brasil são os cargos políticos: presidente, governador e prefeito. Mas na prática, o que essa lei define?
Define que qualquer cidadão brasileiro pode pedir o impeachment, no entanto essa acusação deve ser bem fundamentada e documentada, isto é, deve ser provada. Explicando:
1-      Cinco representantes de cada partido são escolhidos para acompanhar o pedido devendo realizar uma leitura do mesmo.
2-      Logo após, devem encaminhar o documento para o presidente da câmara dos deputados. Atualmente esse posto é ocupado por Eduardo Cunha do PMDB, que por sua vez possui o poder de vetar ou não o pedido. Caso ele aprove, colocará para apreciação na câmara dos deputados, ou seja, o pedido será votado.
3-      A câmara dos deputados é formada por 513 deputados e o pedido só seguirá adiante se dois terços dos deputados aprovarem o impeachment, isto é, 342 deputados a favor do pedido.
4-      Depois o documento segue para o senado (são três senadores para cada estado, totalizando 81 senadores) e, novamente vai para apreciação e deverá ser aprovado por dois terços dos membros (54 senadores).
5-      Após a aprovação do impeachment pelo Senado, será formada, então, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para novamente apreciar o pedido e posicionar-se a favor ou não, do impeachment. Só então o presidente sai do cargo ficando 8 anos inelegível (perde seus direitos políticos). Na década de 1990, Fernando Collor de Mello sofreu o impeachment, passou 8 anos inelegível, mas atualmente é senador de Alagoas.
6-      Abre-se uma vacância, uma vaga para ser preenchida pelo vice- presidente da República: Michel Temer do PMDB. Mas se o vice presidente também estiver envolvido em alguma ilegalidade ou abuso de poder, entrará em seu lugar, o presidente da câmara dos deputados (Eduardo Cunha do PMDB). Caso o mesmo também seja impedido, quem assume é Renan Calheiros (presidente do senado) também do PMDB. Caso ele também seja impedido de assumir, o Supremo Tribunal Federal entrará em ação presidido por Ricardo Lewandowski, mas supondo que o mesmo não possa assumir, vai ocorrer ELEIÇÕES INDIRETAS. O Congresso e a Câmara dos Deputados escolheriam o novo presidente da República.


Fonte: Guilherme Lemos- ADAPTADO

domingo, 3 de abril de 2016

SISTEMA ECONÔMICO BRASILEIRO E O SISTEMA DA DÍVIDA

Queridos (as) alunos (as)! 
Não sou comunista e muito menos neoliberal, sou apenas uma cidadã brasileira a expressar os sentimentos em torno de uma realidade tão conflitante em que se encontra o nosso país. 
Fato!
Veto de Dilma prejudica a transparência de gasto que consome mais de 40% do orçamento federal
Explicando:
Anualmente o pagamento da dívida pública (interna e externa) consome mais de 50% do orçamento geral da união, considerando o refinanciamento por meio da emissão de títulos para pagar amortizações da mesma. Apenas em 2007 o governo brasileiro gastou R$ 237 bilhões com o pagamento das dívidas interna e externa contra apenas R$ 40 bilhões em saúde, R$ 20 bilhões em educação e R$ 3,5 bilhões com a reforma agrária. Assim, o pagamento dessa dívida ilegítima é hoje um dos principais obstáculos para o avanço e a garantia absoluta dos direitos da população brasileira.

A dívida pública atual guarda relação direta com a dívida gerada durante os anos da ditadura militar e nas décadas seguintes (portanto independente de partido!!!), abrindo a porta para a intervenção de organismos como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional na política econômica e social brasileira. Na década de 1990, esta mesma dívida pública foi colocada a disposição do sistema financeiro e da especulação, através da transformação da mesma em títulos negociáveis. Assim, ao manter o pagamento da dívida pública o governo brasileiro apenas reforça seu compromisso com os mesmos princípios que hoje são responsáveis pela crise econômica global.
Entendam, quem paga a dívida privada é a sociedade, ou seja, uma dívida que deveria ser privada é repassada para a sociedade em forma de impostos abusivos, isso por quê o sistema econômico é integrado ao sistema da dívida e esse por sua vez só existe pela corrupção. É ela, a corrupção que move a máquina!
E em 14/1/2016, o Diário Oficial da União (Seção 1, pág 9) divulgou o veto da Presidência da República à realização de auditoria da dívida pública com participação de entidades da sociedade civil, no âmbito do Ministério da Fazenda.
O governo tem a chance de reparar um erro de décadas e veta???
Por que um governo com uma ideologia populista toma tal atitude? Como assim???
É para pensar!!!

sábado, 2 de abril de 2016

SISTEMA ECONÔMICO BRASILEIRO E CORRUPÇÃO

Queridos (as) alunos (as)!
Fico triste com tudo o que está acontecendo no Brasil, muita informação, pouco conhecimento e pessoas brigando por causa de ideologias políticas contrárias. Se realmente queremos fazer algo de concreto para mudar a situação crítica em que se encontra o nosso país devemos nos UNIR e buscar fundamentação e não apenas usar informações para extravasar nossas frustrações! Devemos nos atentar para a questão da dívida interna brasileira que alcança números exorbitantes, causados pela cobrança de juros aos bancos. E não se enganem, TODOS os governos, eu disse TODOS, independente de partido político, contribuíram para isso, ou o melhor, não fizeram NADA para mudar esse quadro, e isso acontece desde a ditadura, aliada ao capitalismo imperialista dos Estados Unidos.

OU SEJA:
O Sistema brasileiro é legal, mas imoral, pois financia a corrupção, que está inclusa no sistema econômico.
É um conjunto de engrenagens articuladas tendo no centro o sistema da dívida -orçamento, sacrificando todas as demais áreas sociais. Devido ao modelo econômico vigente pelas leis do país- sistema político financiado pelo capitalismo que detém privilégios financeiros.
Para o sistema funcionar a corrupção é essencial para que as pessoas não percebam como o sistema da dívida é articulado. Caracterizado pela utilização do endividamento às avessas. O endividamento público é utilizado para subtração de recursos de forma continuada, se reproduz internamente e internacionalmente e visam lucro mundialmente.

Características:
1-  O nosso modelo econômico é voltado para concentrar renda decorrentes das políticas adotadas: Meta de superávit: aumento de impostos para sobrar recursos para pagar as dívidas; Meta de inflação: que não combate a inflação- juros excessivos para combater a inflação (provocados pelo aumento da energia, dos combustíveis, da água, dos transportes, dos alimentos...) Portanto os juros não combatem a inflação, somente favorecem o sistema da dívida.
2-      Reformas neoliberais para retirar direitos, privatizações, patrimônio estatal entregues para a iniciativa privada- modelo tributário aleijado- impostos diretos. Sem contrapartida.
3-      Privilégios financeiros: toda a arrecadação é destinado por LEI ao pagamento das dívidas. O Tesouro cobre as dívidas, emissão de novos títulos para pagar despesas correntes.
4-      Em 2008- medidas provisórias tudo o que sobrar em qualquer hora, o tesouro pode destinar para pagar dívidas e não para o IDH.
5-      Temos uma super estrutura para pagar dívidas presentes na constituição Art 166- não chegou a ser votado pelos constituintes, ele foi embutido na constituição e aparece também nas leis orçamentárias. A LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias) justifica, então, essa atualização da dívida.
6-      A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: controla com muito rigor os gastos sociais e deixa a vontade o gasto com a política monetária.
7-      Em 2009 foram 147 bilhões de prejuízo operacional do banco central. O Tesouro cobriu, pois não é considerado responsabilidade fiscal.
8-      O sistema econômico está presente no financiamento de ditaduras Al e Africa, no financiamento de campanhas políticas, submetendo os países por modelos econômicos de outros países. Quem manda é o setor financeiro, Falta a soberania.

9-      DÍVIDA EXTERNA: 554 BILHÕES DE DÓLARES, DÍVIDA INTERNA:3 TRILHÕES.
10-  Dívida decorrente 1970- ditadura.
11-  1990 transformada em títulos para a compra de empresas privadas. A dívida só trocou de mãos. Deixamos de dever ao FMI e passamos a dever para as empresas, deixamos de dever 5% ao ano e passamos a pagar 19% ao ano.
12-  O tesouro resgatou dívidas e tudo isso já foi denunciado. Dívida externa privada transformada em dívida pública.
13-  As tabelas do banco central, incluem a divida privada.
14-  A dívida interna passou a crescer com o plano Real. CPI investigou que a dívida através de juros sobre juros. Quem define são representantes do setor financeiro.
Nós somos a 7ª economia mundial, o Brasil é muito rico, mas nós temos a pior distribuição de renda do mundo, estamos no 79º no ranking de respeito aos direitos humanos- IDH, penúltimo no ranking da educação e o 128º lugar do crescimento econômico.
A partir da análise do gráfico realizado pela Orçamento Geral da União é possível constatar que quem ganha com os altos juros é o setor financeiro, que desde meados da década de 1990 ultrapassou 70 bilhões por ano!!! Ou seja, são os bancos que lucram em detrimento do setor produtivo, em detrimento da classe trabalhadora, da previdência e da educação. Em suma em detrimento da população brasileira.
Mas vamos clarear essa questão, analisem bem.
A classe trabalhadora e os mais pobres pagam a conta, de que forma?
a)      Tributação excessiva
b)      Insuficiência de serviços públicos
c)      Aposentadoria baixa no regime geral e do alto risco nos fundos de pensão
d)     Ilusória distribuição de riqueza:
- Pequenos ganhos para os pobres: Bolsa Família.
- Pífios reajustes para trabalhadores.
- Acesso a produtos baratos proporcionando sensação de melhoria de vida.
- Acesso a crédito e financiamentos.

FONTE: AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA / ADAPTADO

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