sábado, 27 de março de 2021

Recursos naturais: o que são, classificação e importância - Geografia e Atualidades

Em geral, são os recursos naturais a quem, nós - seres humanos -, recorremos para suprir/satisfazer nossas necessidades. Eles são úteis no dia a dia, fornecem alimento, energia e garantem o desenvolvimento da sociedade, bem como das diversas atividades que produzimos.

Os recursos naturais são também fundamentais para o desenvolvimento econômico. Junto a isso, está o fato de não estarem distribuídos de forma homogênea no planeta, havendo, assim, lugares com maior ou menor disponibilidade de determinado elemento. Tal fato faz com que determinadas áreas apresentem insuficiência de recursos naturais para suprir as necessidades da população, gerando conflitos entre os indivíduos, como é o caso do petróleo.

Voltando aos recursos naturais, eles são frequentemente divididos em recursos não-renováveis e renováveis. Confira-os a seguir:

Os recursos não-renováveis são aqueles que não se renovam ou demoram milhares de anos para que isso aconteça. É o caso, por exemplo, do petróleo: que é retirado da terra rapidamente, apesar de demorar longos períodos para que seja formado. Minérios como o cobre, ouro e ferro são exemplos de recursos com potencial para se esgotarem em um futuro próximo.

Os recursos renováveis, por sua vez, são aqueles que podem ser renovados/regenerados pela natureza ou até mesmo pela ação do homem. É o caso da vegetação, dos animais e da água.

Além de serem classificados em renováveis ou não, alguns recursos naturais são também considerados como inesgotáveis.

Os recursos naturais inesgotáveis (também renováveis) são aqueles disponibilizados pela natureza que não se esgotam ao longo do tempo, por mais que sejam utilizados/explorados economicamente pelo homem. Ou seja, os recursos inesgotáveis são aqueles que não acabam, sendo representados principalmente pelo vento e pela luz solar️.

Vale ter em mente que o termo "inesgotável" é utilizado para tais recursos, pois considera-se que os mesmos não virão a se esgotar no período em que a HUMANIDADE estiver habitando o planeta Terra.

Embora os recursos inesgotáveis não corram o risco de se extinguirem (ao menos, na escala temporal humana), é preciso que o uso dessas fontes esteja sempre associado a um gerenciamento adequado, uma vez que a exploração desses recursos pode gerar diversos impactos ambientais e sociais. O uso de energia eólica, por exemplo, embora não leve ao esgotamento do vento, pode afetar o comportamento de migração das aves e estar associado à poluição sonora: o vento que bate nas pás produz um ruído constante de aproximadamente 43 decibéis.

O mesmo pode ser aplicado à geração de energia solar️, que exige a instalação de usinas e equipamentos e pode culminar numa considerável degradação da área, que perde cobertura vegetal e sofre terraplanagem para receber os painéis solares para captação, geração e armazenamento de energia.

A imagem, a seguir, sintetiza a diferença entre recursos naturais renováveis, não-renováveis e inesgotáveis. Veja:


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sábado, 20 de março de 2021

O que é "barlavento" e "sotavento"? - Geografia e Atualidades

Chuvas orográficas são também chamadas de chuvas de relevo, por ocorrerem pela ação do relevo sobre o clima (lembre-se que o relevo é um dos fatores climáticos). Assim, quando uma massa de ar é "bloqueada" por uma área de altitude elevada (serras ou montanhas, por exemplo), é obrigada a se elevar para atravessá-la. Neste movimento ascendente induzido da massa de ar, a umidade satura o ar ao redor e provoca fortes índices de precipitação (no "barlavento" ). Em consequência, é comum que a região para onde a massa de ar úmido deveria ir (o "sotavento") apresente problemas de secas recorrentes.

Compreendeu a chuva orográfica? Mas, se você ficou com uma 'pulga atrás da orelha' para saber o que é "barlavento" e "sotavento", isso será resolvido agora. Preste atenção!

Barlavento: lado para onde sopra o vento ("barra o vento"); 

- Sotavento: lado por onde sai o vento ("solta o vento").

 Confira a imagem abaixo:

Imagem meramente ilustrativa.

Na imagem, é possível visualizar de forma mais clara o mecanismo de formação das chuvas orográficas. Em relação ao clima e ao relevo, o ar que vai em direção à montanha, à barlavento, é forçado a subir e condensa-se, provocando as chuvas orográficas ('oro' vem de montanha; lembre-se de "orogênese"). Após passar a barreira de relevo (montanha) formada por movimentos orogenéticos das placas tectônicas, já desprovido de umidade, o ar passa à sotavento da montanha. Por isso, é frequente encontrar-se florestas à barlavento de uma montanha, e desertos à sotavento dela.

A exemplos de regiões que veem regularmente precipitação induzida por elevação orográfica, destacam-se o noroeste dos Estados Unidos e o sopé do Front Range, no norte do Colorado.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

TIPOS DE VEGETAÇÃO

No mundo há climas secos, úmidos, alternadamente úmidos e secos ao longo do ano, quentes, frios, alternadamente quentes e frios etc. Esses diferentes de climas refletem-se na cobertura vegetal, definindo a altura das plantas, a forma das folhas, a espessura dos caules, a fisionomia geral da vegetação e servem de base para classificá-las. Confira a seguir alguns desses tipos! 
- PERENE: é a vegetação em que suas folhas não caem, permanecendo verdes durante todo o ano. É comum principalmente em áreas de florestas equatoriais e tropicais do mundo, como a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica no Brasil.
- XERÓFILA: é a vegetação que se adapta facilmente à aridez (ou seja, a regiões de baixa umidade). Essa característica é atribuída por apresentar caules e folhas carnudas para armazenar água, além de possuírem espinhos, como, os cactos. Esse é o tipo de vegetação encontrado na Caatinga brasileira.
- ACICUFOLIADA: apresenta folhas em forma de agulhas, o que facilita o escoamento da neve em áreas de altas/médias latitudes. É o caso, por exemplo, da Taiga nas regiões temperadas do Hemisfério Norte. No Brasil, ela pode ser encontrada na mata de Araucárias, sendo uma grande fornecedora de madeira.
- CADUCIFÓLIA: apresenta folhas "caducas". Ou seja, perdem as folhas em determinadas épocas do ano. Apesar de ser bastante comum em países mais frios, pode-se encontrar plantas desse tipo no Brasil, como na Caatinga e no Cerrado. Porém, no Cerrado brasileiro, as plantas não trocam suas folhas ao mesmo tempo, fazendo cada espécie "caduca" perder suas folhas em diferentes períodos; sendo, por isso, chamado de vegetação semicaducifólia ou semidecídua. 
- LATIFOLIADA: ao contrário da acicufoliada, apresenta folhas largas que permitem intensa transpiração; sendo geralmente nativas de regiões muito úmidas, por exemplo, a Floresta Amazônica.
- TROPÓFILA: é a vegetação adaptada às variações de umidade, segundo a estação, seca ou chuvosa; tendo característica caducifólia 🍂. Assim como as Savanas africanas, o Cerrado brasileiro  é um exemplo de vegetação tropófila, por apresentar um clima típico dos trópicos (quente e úmido).
- HIGRÓFILA: é a vegetação adaptada a ambientes úmidos, geralmente perenes . No Brasil

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Bônus demográfico brasileiro

Bonus demográfico carece que o país invista nas populações mais jovens, tenha um sistema de ensino de qualidade, um ambiente de negócios que fomente a inovação e o empreendedorismo e boa governança dos recursos públicos, atributos que nem sempre estão presentes por aqui. Nesse sentido, faz-se necessário que determinado país tenha propriedade intelectual a partir do desenvolvimento científico e tecnológico independente dos países centrais.

Alguns países aproveitaram sua fase de bônus demográfico para alavancarem suas economias, como China, Japão, Coreia do Sul e Cingapura, entre as décadas de 1960 e 1990, mantendo suas economias elevadas por um grande período enquanto estavam em transição demográfica.

A transição demográfica é quando as faixas etárias onde estão concentradas a maior parte da população mudam, como por exemplo, é previsto que na década de 2030 a maior parte da população brasileira se encontre na faixa etária idosa, diminuindo a quantidade de força de trabalho, já que hoje a mesma se encontra na adulta.

Com a faixa etária de crianças baixa, devido a diminuição da taxa de fecundidade, o país perderá em números a população ativa economicamente, o que acarretará em um problema econômico para o país, como é visto atualmente em alguns países da Europa, onde a maior parte da população se encontra na faixa etária idosa, e as arrecadações financeiras da população trabalhadora não supre a necessidade de pagamentos de previdência da população idosa, acarretando em problemas de gastos públicos.

No caso do Brasil, o país vem passando por uma estagnação econômica, sendo visto que órgãos como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial afirmaram que o país perdeu a chance de aproveitar o impulso do bônus demográfico para alavancar sua economia, acreditando que são necessárias reformas para aumentar a produtividade e corrigir o desequilíbrio nas finanças públicas. Ou seja, o Brasil não aproveitou o bônus demográfico, e continuou pobre.

O bônus demográfico deve ser visto como uma oportunidade única de elevação da economia antes da transição demográfica, onde o país deve incentivar a educação, profissionalizar os jovens, investir em meios que melhorem as formas de produção, focando no aumento da economia, mas muitos países veem o alto número de jovens como um problema e não como uma solução.

Brasil corre o risco de ser o primeiro país a envelhecer antes de enriquecer. Outros países já passaram por processos de envelhecimento, como Japão, Espanha e Alemanha, mas eles possuem uma situação social e econômica bastante diferente da brasileira.

Bônus demográfico não acontece se não há oportunidades para as pessoas em idade produtiva.

No Brasil, dez milhões de jovens são nem nem, ou seja, nem trabalham e nem estudam. Os indicadores econômicos são negativos há vários anos e a política tem sido uma usina de más notícias.

A janela do bônus demográfico no Brasil e na América Latina como um todo ainda está aberta, mas não por muito tempo. Breve essa tendência vai se inverter e teremos uma proporção menor de pessoas em idade produtiva. É necessário investir em Educação, Inovação e no principal ativo da Economia do Futuro: o capital humano, porque o bônus demográfico é um fenômeno histórico que não se repete.

Fontes: InfoEscola e Revolução Prateada



Por: lucinhahb

 

quarta-feira, 20 de maio de 2020

EFEITO ESTUFA!

O efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra, essencial para a manutenção da vida. Sem ele, o planeta seria muito frio, dificultando o desenvolvimento das espécies. 
Observe a imagem:

Por Vitor Colleto

A GEOGRAFIA FÍSICA DO JAPÃO!

Localizado a sudeste do continente asiático, o Japão - ou, o país do Sol nascente - é um país muito pequeno, visto que é, na verdade, um arquipélago formado por um conjunto de ilhas de origem vulcânica e, por esse motivo, configura-se em uma área de grande instabilidade geológica (o Cinturão de Fogo do Pacífico). 
Quanto ao relevo, além de contar com um sistema de planícies próximo a faixas litorâneas, o Japão tem seu território marcado por extensos dobramentos modernos, portanto, com relevo extremamente montanhoso; sendo o Monte Fuji o ponto culminante do país com 3.776 metros acima do nível do mar. Além disso, é importante salientar que este país é pobre em recursos naturais, minerais ou energéticos, o que faz com que o governo realize pesados investimentos no setor industrial, tornando o Japão a terceira maior economia do mundo atualmente.

mountainview.jpg - Montanhas atrás de Takayama

Montanhas atrás de Takayama 

Por Vitor Colleto


CONFLITO SUDÃO X SUDÃO DO SUL!

Assim como a maior parte da África, as fronteiras do Sudão foram definidas artificialmente pelas potências ocidentais durante o processo de implantação do colonialismo e, por isso, desde sua independência em relação ao Reino Unido no ano de 1956, o país vivencia profundas crises políticas, que confluíram para uma série de guerras civis. Um desses conflitos armados, por exemplo, já durava 12 anos e  só foi solucionado graças a grande pressão internacional, estabelecendo acordos em 2005 na cidade de Nairóbi, Nigéria, onde se decidiu pelo referendo de 2011, que culminou na separação e na emancipação da parte meridional do país.
Feita essa divisão do Sudão em dois países (Sudão e Sudão do Sul), as diferenças entre os dois territórios continuaram batendo na mesma tecla tanto nos aspectos físicos quanto nas composições étnicas, já que enquanto o norte é majoritariamente composto por regiões desérticas, com escassez de água e recursos naturais; o sul, por sua vez, possui uma maior quantidade de vegetação e pântanos. Além disso, o Sudão do Sul é basicamente composto por povos cristãos e animistas, que não aceitavam a dominação política e legislativa dos povos do norte, de maioria islâmica. Apesar dessas diferenças étnico-culturais, a razão para a existência dos conflitos está plenamente centrada na disputa pelos recursos naturais, principalmente o petróleo, produto do qual os dois países são dependentes e - neste quesito - podemos observar que boa parte da produção petrolífera na região é detida pelos povos do Sudão do Sul, que, em contrapartida, necessitam dos oleodutos localizados no Sudão para escoar suas produções.

 
 Acampamento de refugiados no Sudão 
Imagem: Brasil Escola 

Texto:Vitor Colleto

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