domingo, 8 de setembro de 2019

RESUMÃO GEOGRAFIA ENEM

 RESUMÃO GEOGRAFIA ENEM
Caros alunos! Em se tratando de Geografia é de suma importância entender que todos os tópicos estão relacionados entre si e que a compreensão dos conceitos: globalização e capitalismo são essenciais para o entendimento das mudanças ocorridas no espaço geográfico local, regional e global e em todos os aspectos, econômicos, sociais e ambientais.
Os tópicos mais cobrados no ENEM:
1-        ESPAÇO RURAL: 
É de suma importância saber que o espaço rural, hoje, é bem diferente do que era no passado.  Isto se deve à Revolução Verde ocorrida em 1940 em outros países, e em 1960, aqui no Brasil (introdução da tecnologia no campo), modernização conservadora. Com o uso de máquinas na área rural, fertilizantes, agrotóxicos, sementes geneticamente modificadas entre outros. Tendo por principal objetivo aumentar a produtividade no campo. É importante salientar que produção e produtividade são conceitos diferentes, ou seja, produtividade é a produção por área. Com o aumento da eficiência da produção aliada ao uso das práticas modernas, é possível aumentar a produção de alimentos sem, necessariamente, aumentar a área plantada. Mas agricultores que adotaram esse pacote tecnológico da Revolução Verde, tornaram-se mais dependentes dessa tecnologia e de insumos agrícolas que, muitas vezes, não são fabricados no Brasil. Propiciando a concentração fundiária: “que ocorre desde a introdução das Sesmarias (colonização portuguesa) e a Lei de Terras (1850) que inviabilizou o acesso à terra a quem não tive boas condições financeiras para isso”. Nesse processo histórico, o problema é agravado no século XX, já que nem todos conseguem investir nessa modernização. É a chamada fagocitose rural, ou seja, é quando as grandes propriedades englobam as propriedades menores, e se tornam ainda maiores. Esse não é um problema que acomete só o Brasil, mas vários outros lugares do mundo. É relevante saber a diferença entre os modelos agrícolas: extensivo e intensivo, sistema de plantation, de subsistência, empresarial e de jardinagem, pois as técnicas de agricultura variam muito nos diferentes países. Nesse sentido, é importante saber o que é um alimento transgênico e também qual é o papel dos agrotóxicos no processo de produção. Favorecendo a compreensão do que é um alimento orgânico e o que utiliza veneno na sua produção. As novas ruralidades, isto é, o espaço rural e o espaço urbano estão bem mais próximos. É necessário entender a importância do agronegócio para o desenvolvimento econômico do Brasil, assim como, a expansão da fronteira agrícola e suas implicações ambientais, assim como, as questões relacionadas à Reforma Agrária, no Brasil, decorrentes da concentração fundiária ocorrida desde a colonização europeia.
2-        ESPAÇO URBANO:
Atualmente, o mundo é mais urbano que rural. A urbanização é um processo recente, em que o crescimento populacional nas áreas urbanas supera o crescimento populacional nas áreas rurais. A primeira onda de urbanização que ocorreu primeiro nos países desenvolvidos concomitantemente às Revoluções Industriais (século XVIII e XIX), de forma mais lenta e mais estruturada, do que a segunda onda que ocorreu nos países subdesenvolvidos (metade do século XX). A partir de 1930, no governo de Getúlio Vargas, no Brasil (política de substituição de importações), implicando ao longo do processo histórico, nos países subdesenvolvidos, na macrocefalia urbana. São fenômenos decorrentes do processo de urbanização: metropolização ( crescimento de uma área a ponto de que se torne tão importante e comece a exercer uma grande influência sobre os municípios vizinhos, a metrópole), conturbação (junção física ou socioeconômicas de duas ou mais áreas urbanas) , desmetropolização ( é a desaceleração do ritmo das metrópoles). Dessa forma, é importante ressaltar que as grandes metrópoles crescem menos em comparação às médias cidades, consequência do processo de desmetropolização. Assim sendo, podemos citar o processo de desconcentração industrial ( as indústrias vão em busca de novos espaços nas cidades de médio porte). Aparecem os grandes conglomerados urbanos, as megacidades ( com mais de 10 milhões de pessoas), megalópoles (duas ou mais metrópoles conturbadas), cidades globais (  possuem influência mundial por possuírem bancos, internacionais, tecnologia de ponta em várias áreas, entre outros). Para concluir esse tema é importante saber outros conceitos relacionados como: rede urbana, malha urbana, verticalização, especulação imobiliária e plano diretor. Problemas socioambientais urbanos oriundos do crescimento exacerbado das áreas metropolitanas (macrocefalia urbana). Vale lembrar que nos países desenvolvidos o processo de urbanização praticamente cessou.
3-        POPULAÇÃO E MIGRAÇÕES:
A população brasileira, atualmente, cresce em ritmo menos acelerado do que no passado. Ou seja, há uma diminuição nas taxas de natalidade e fecundidade, assim como, uma queda na taxa de mortalidade e um aumento na expectativa de vida, pois o Brasil já passou pela fase da explosão demográfica (baby boom). Encontra-se na fase 3, segundo a teoria da transição demográfica. Dessa forma, é possível concluir que daqui algumas décadas, o Brasil começará a reduzir sua população passando para a fase em que os países desenvolvidos encontram-se, hoje, a chamada fase 4 ou 5 da teoria da transição demográfica, isto é, a fase de envelhecimento populacional em que há aumento do número de idosos e sensível diminuição no número de crianças. Todos esses fatores estão diretamente relacionados ao processo de industrialização e urbanização pelo qual todos os países passaram ou passarão ao longo do processo de evolução científica e tecnológica advindas das revoluções industriais. A maioria dos países africanos, ainda, encontra-se na segunda fase de transição demográfica. Isso significa dizer que o processo de urbanização, assim como, a taxa de crescimento populacional ainda ocorre de forma acelerada, essa é uma característica dos países subdesenvolvidos. Cada país adota diferentes políticas tanto para diminuir o ritmo do crescimento populacional, como para criar leis que incentivem as famílias a terem mais filhos, diminuindo, assim, os gastos com a previdência. Como é o caso dos países desenvolvidos em que a população encontra-se envelhecida, refletindo na diminuição da população economicamente ativa, fazendo-se necessário equilibrar a falta dos jovens no mercado de trabalho a partir de políticas voltadas para o aumento da taxa de natalidade.
MIGRAÇÕES:
O conceito de migraçãoimigração e emigração é comumente confundido, para falar sobre migrações é preciso saber que:
·                                   Migração: movimento de entrada ou saída de indivíduos em países diferentes ou dentro de um mesmo país (de um estado para o outro, de uma cidade para a outra etc).
·                                   Imigração: entrada de estrangeiros em um país; estabelecimento de indivíduos em cidade, estado ou região do seu próprio país, que não é de sua origem ou país que também não é de sua origem.
·                                   Emigração: saída espontânea de um país; movimentação de uma para outra região dentro de um mesmo país; sair de um país ou lugar onde se vive para viver em outro, provisória ou definitivamente.
Com frequência, a imprensa noticia a entrada ilegal de pessoas em países ricos, bem como a reação dos governos desses países no sentido de conter a imigração.
Segundo relatório das migrações do mundo , realizado em 2011, os meios de comunicação noticiaram com frequência o aumento da entrada ilegal de africanos na Europa, em decorrência da crise que abalou a África setentrional. No entanto, apenas uma pequena parte dos deslocados buscou refúgio na Europa; a maior parte deles migrou para países vizinhos, reforçando, assim, os fluxos intrarregionais. Esses dados constam que a migração dentro de uma mesma região é maior do que a migração entre regiões menos desenvolvidas para outras mais desenvolvidas. Mesmo assim, os conflitos mais intensos ocorrem quando migrantes de países pobres tentam cruzar as fronteiras de países ricos.
O fluxo anual de migrantes no mundo ganhou força a partir dos anos 1980. As catástrofes naturais, a busca de oportunidade de emprego, as perseguições por motivos etnorreligiosos ou as guerras motivaram a emigração (saída) de um grande número de pessoas de diversos países. Entre 1950 e 1970, esses fluxos migratórios eram bem vindos, principalmente na Europa, em virtude dos esforços necessários para a reconstrução do continente após a Segunda Guerra Mundial. Os europeus necessitavam de mão de obra menos qualificada para atividades como a construção civil.
De acordo com relatório da ONU, apesar das persistências dos efeitos da crise econômica mundial que se instalou a partir de 2008, houve apenas uma ligeira retração no número de pessoas deslocadas para as regiões mais ricas do planeta. Os Estados Unidos, por exemplo, receberam certa de 1,150 mil imigrantes (em 2009) e esse número recuou somente para 1,142 mil (em 2010). A análise dos dados dos últimos cinco anos, as migrações ainda ocorrem deforma significativa no mundo. Em 2005, o total de imigrantes no mundo foi de 191 milhões, e em 2010, esse número saltou para 240 milhões. Porém, o número de migrantes internos foi muito mais acentuado, chegando a 740 milhões em 2010. Essa situação demonstra que 1 em cada 7 habitantes da população mundial é emigrante.
A imigração é responsável por um grande fluxo de recursos financeiros de países ricos para países pobres. As remessas de dinheiro de trabalhadores imigrantes para suas famílias, que continuam residindo em seus países de origem, são muito relevantes para as economias de países menos desenvolvidos. Só em 2010, as remessas enviadas para os países da América Latina foram de mais de 58 milhões de dólares.
4-        INDÚSTRIA:
A localização industrial não é aleatória, as fábricas escolhem locais de acordo com as vantagens do local em questão, ou seja, fatores ou vantagens locacionais. Por exemplo, na primeira revolução industrial, a fábricas buscavam estar próximas das fontes de matéria- prima e de carvão mineral. Com o processo de evolução industrial, as fábricas, principalmente aquelas com grande desenvolvimento tecnológico, buscam áreas com mão-de-obra qualificada, os tecnopolos e a locais onde possa haver um custo baixo na legislação ambiental e trabalhista. Por isso tem ocorrido nas últimas décadas a desconcentração industrial. Ou seja, as fábricas saem de países desenvolvidos e se deslocam para países subdesenvolvidos e/ou emergentes em busca de custo de produção menores. Em consequência disso, áreas como a China, Indonésia, Brasil, entre outros. São mais industrializados do que há cinquenta anos atrás. Para melhor compreensão do processo histórico industrial e suas implicações, faz-se necessário analisar os diferentes modos de produção:
Taylorismo
Teve início no começo do século passado, tinha como objetivo principal dinamizar o trabalho na indústria. O criador desse sistema produtivo foi Frederick Taylor, que acreditava na especialização de tarefas, ou seja, o trabalhador desenvolvia uma única atividade, por exemplo, alguém que colocava os faróis nos automóveis na indústria automobilística faria apenas isso o dia todo sem conhecer os procedimentos das outras etapas da produção, além de monitorar o tempo gasto para a realização de tarefas e premiação àqueles que tivessem um grande rendimento em seu trabalho.
Fordismo
Essa modalidade de produção foi criada a partir do Taylorismo, com seu mentor Henry Ford na década de 20. Sua ideia foi elaborada em sua própria indústria de automóvel, a Ford, baseado na especialização da função e na instalação de esteiras sem fim na linha de montagem, à medida que o produto deslocava na esteira o trabalhador desenvolvia sua função. Com isso, visava diminuir o tempo gasto no trabalho, aumentar a produtividade, diminuir o custo de produção e, principalmente, realizar a produção em massa para o consumo ocorrer no mesmo passo.
Toyotismo
Sistema de produção criado no Japão que tinha em sua base a tecnologia da informática e da robótica, isso ocorreu na década de 1970, e primeiramente foi usado na fábrica da Toyota. Nessa modalidade de produção o trabalhador não fica limitado a uma única tarefa, o operário desenvolve diversas atividades na produção. Outra criação desse sistema é o just-in-time, produzir a partir de um tempo já estipulado com intenção de regular os estoques e a matéria-prima.
Volvismo
No fim do século passado emergiu um novo modelo de organizar e gerenciar a produção industrial. Como na maioria dos outros modelos de produção, esse foi desenvolvido na fábrica da Volvo, e conciliou execução manual e automação. No Volvismo há um grande investimento no trabalhador em treinamentos e aperfeiçoamento, no sentido que esse consiga produzir por completo um veículo em todas as etapas, além de valorizar a criatividade e o trabalho coletivo e a preocupação da empresa com o bem estar do funcionário, bem como sua saúde física e mental.
5-        MEIO AMBIENTE:
É relevante saber que determinados impactos ambientais são de origem natural, outros são intensificados pela ação humana e alguns são de origem exclusivamente antrópica. Como por exemplo, o El Niño e a La Niña são consequência da mudança de temperatura do oceano Pacífico (não se sabe a causa, embora seja natural). O primeiro, a partir do aquecimento anormal das águas superficiais do Pacífico, o segundo, do resfriamento das águas. Ambos alteram as condições de temperatura e umidade em todo o mundo. O El Niño é o fenômeno resultante do aquecimento anormal das águas do Pacífico na costa litorânea do Peru, onde geralmente as águas são frias. Tal fenômeno produz algumas massas de ar quentes e úmidas, que geram algumas chuvas na região de entorno com a diminuição do regime de chuvas em outras localidades, tais como a Amazônia, o Nordeste brasileiro, a Austrália, Indonésia e outras. No Brasil, o fenômeno também contribui para o aumento de chuvas nas regiões Sul e em partes do Sudeste e do Centro-Oeste.  O La Niña é um fenômeno exatamente inverso. Ela representa um esfriamento anormal das águas do oceano Pacífico em virtude do aumento da força dos ventos alísios. No Brasil, o La Niña provoca os efeitos opostos, com a intensificação das chuvas na Amazônia, no Nordeste e em partes do Sudeste. Além disso, o La Niña provoca a queda das temperaturas na América do Norte e na Europa. Os eventos climáticos anômalos do Pacífico são cíclicos, ou seja, repetem-se durante um determinado tempo, podendo manifestar-se a cada três ou até sete anos. O El Niño, no entanto, vem sendo mais comum que o La Niña em razão dos eventos climáticos globais e também da Oscilação Decadal do Pacífico, um comportamento igualmente cíclico de variações das águas do maior oceano do mundo e que dura, em média, 20 anos. Já o aquecimento global é um fenômeno natural que é agravado pela ação humana, isso porque, o efeito estufa é natural e necessário para que ocorra vida na Terra. O fato é que alguns estudiosos afirmam que com as revoluções industriais houve um aumento da espessura da camada de gases que envolvem o globo, ocasionando a elevação da temperatura terrestre. Ainda que não haja um aumento de temperatura em todos os locais. Na verdade, é um processo de mudanças climáticas porque algumas áreas ficam mais quentes, outras ficam mais frias, outras secas e/ou enchentes, ocorrendo, também furacões com maior intensidade e maior frequência.
E existem impactos ambientais que acontecem exclusivamente pela ação humana. Como por exemplo, a chuva ácida que é composta por diversos ácidos como, por exemplo, o óxido de nitrogênio e os dióxidos de enxofre, que são resultantes da queima de combustíveis fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva ou neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares.  
Desmatamentos: a chuva ácida faz clareiras, matando duas ou três árvores. Imagine uma floresta com muitas árvores utilizando mutuamente, agora duas árvores são atingidas pela chuva ácida e morrem, algum tempo após muitas plantas que se utilizavam da sombra destas árvores morrem e assim vão indo até formar uma clareira. Essas reações podem destruir florestas.
Agricultura: a chuva ácida afeta as plantações quase do mesmo jeito que das florestas, só que é destruída mais rápido já que as plantas são do mesmo tamanho, tendo assim mais áreas atingidas.
A ilha de calor é um aumento de temperatura nas áreas mais densamente ocupadas das grandes metrópoles. A diferença de temperatura entre estas áreas adensadas e a região periférica das mesmas cidades pode chegar a quase 10º C.
Os fatores que provocam este aquecimento anormal dos centros urbanos são: poluição do ar, verticalização e muito concreto e pouca vegetação.
O uso intenso de ônibus, carros e de caminhões, além da atividade industrial comum a muitas cidades, produzem um grande aumento do nível de gás carbônico e micropartículas. Ambos colaboram para o aumento do efeito estufa local, o que produz uma maior absorção do calor pela atmosfera.
Já a radiação solar que chega até a superfície é absorvida pelo concreto, pelo asfalto ou pelas plantas. No caso destas últimas, cerca de 50% da energia se transforma em calor, já que colabora como calor latente para a evaporação da água presente nas folhas. No asfalto, no concreto e no vidro, quase todo o calor absorvido acaba resultando em um aumento da temperatura. Dessa forma, quanto maior a intensidade de construções e menor a arborização, maior será o aumento da temperatura no centro das cidades.
A verticalização, ou seja, a ampliação do número de prédios nas cidades, acaba tendo origem do aumento do preço do solo urbano, colaborando assim para a formação das ilhas de calor, ao passo que são formadas muitas barreiras para a circulação atmosférica, o que dificulta a dispersão de calor e de poluentes.
A inversão térmica é um processo considerado natural, que ocorre em áreas circundadas por montanhas, estando ligado de maneira direta ao processo de circulação atmosférica local. Durante o dia o ar das áreas mais baixas está mais quente, devido ao aquecimento solar. Por isso ele se torna menos denso e, portanto, sobe. Ao mesmo tempo, o ar mais frio das áreas mais altas em torno daquela região rebaixada, desce para ocupar o lugar do ar que subiu. Este ar frio será aquecido pelos raios solares e subirá também, enquanto aquele primeiro bolsão de ar que havia subido perde temperatura nas áreas mais altas e desce. Este processo continua ocorrendo durante o dia todo.
Quando chega a noite, as últimas porções de ar frio que descem das montanhas não são mais aquecidas, pois o sol já se pôs. Enquanto isso, uma camada de ar aquecido eu subiu no final da tarde fica estacionada a poucas dezenas de metros do solo. A partir desse momento, o movimento vertical do ar diminui muito, criando um sistema quase estável, a qual podemos identificar uma camada de ar quente entre duas de ar frio, próxima ao solo, outra em cima.
Esta situação só é alterada, quando os raios solares voltam a aquecer a região, fazendo com que o ar frio próximo ao solo rompa a camada chamada de tampão, de ar quente, que havia se formado. Durante o inverno, como o sol acaba demorando mais para esquentar o ar, a inversão térmica pode ser mais acentuada e mais prolongada.
O processo descrito recebe o nome de inversão térmica natural, que nada tem de problema ambiental. O problema começa quando uma região em que tal processo ocorre passa a ser intensamente urbanizada e industrializada. Nestas condições a poluição atmosférica é muito grande, o que fica ainda pior quando a inversão térmica ocorre no inverno, uma vez que ela dificulta a dispersão dos poluentes. O principal problema do aumento da poluição conjugado ao fenômeno de inversão térmica é a intensificação das doenças respiratórias.
Conferências ambientais:
As conferências sobre o meio ambiente são responsáveis por reunir os maiores líderes do planeta para discutirem soluções relacionadas à conservação da natureza e elaborarem projetos de desenvolvimento sustentável.
Durante o século XX, o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e das técnicas utilizadas em pesquisas de observação dos fenômenos naturais tornaram possíveis ao homem detectar os danos decorrentes da evolução capitalista e industrial. Áreas do conhecimento, como a ecologia, já apontavam para esse discurso no século anterior e consolidaram a base para diversos cientistas abrirem caminho para um “despertar da consciência ecológica”.
Todo esse processo foi caracterizado, principalmente, pela adoção de práticas alternativas de desenvolvimento, que tinham como objetivo a preservação da natureza e de todos os seus recursos. Nesse contexto, surgiram as grandes conferências mundiais sobre o meio ambiente, que reúnem de tempos em tempos as lideranças globais.

Primeira conferência mundial:
Uma grande conferência da ONU, realizada em 1949, promoveu um debate em torno da conservação e utilização de recursos naturais. Nesse momento, eles estavam preocupados com os prejuízos ambientais causados pela poluição gerada por indústrias e cidades, além das ameaças causadas por testes nucleares.
Todos esses problemas, acrescentados de um risco ambiental cada vez maior, conduziram a um novo encontro na cidade de Roma no ano de 1968. Dentre vários assuntos que foram tratados, a preocupação em planejar soluções para os problemas ambientais ganharam destaque.
Após essas grandes reuniões, foi realizada a primeira conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente em 1972, na cidade de Estocolmo – Suécia. Ela teve como intuito conscientizar a sociedade sobre sua relação com o ambiente, principalmente quanto à exploração dos recursos naturais, a poluição do ar e das águas.





Objetivo das conferências ambientais:

Se você observar bem os desequilíbrios ambientais e as crises de injustiça social a que grande parte das pessoas estão submetidas, vai começar a questionar as relações entre sociedade e natureza. Pense bem e verá que essas relações precisam ser reconstruídas.
Os problemas socioambientais levantam diversas posições no cenário mundial, como a indiferença, as justificativas banais e, também, a busca por alternativas de enfrentamento desses conflitos. Dessa maneira, após a ciência apontar para os impactos ambientais gerados pelo homem, diversas lideranças de peso tomaram a iniciativa de tentar reverter esse quadro, criando assim as conferências do meio ambiente.
Hoje em dia, essas conferências se tornaram referência na conscientização planetária, e têm o objetivo de debater questões socioambientais, relacionadas ao desenvolvimento e a natureza, além de apresentarem soluções para o futuro da sociedade.
Conferências ambientais e sustentabilidade:
O termo sustentabilidade vem suscitando debates intensos no cenário internacional. Ele propõe a exploração dos recursos naturais sem deteriorá-los, pensando sempre na sua preservação para as gerações futuras. Em decorrência dos problemas ambientais, presenciados nas últimas décadas, ser sustentável é uma prática cada vez mais aceita.
Durante as conferências internacionais sobre o meio ambiente, lideranças mundiais reúnem-se para discutir a relação do homem com a natureza. São abordados assuntos como o aquecimento global, os buracos na camada de ozônio e a poluição de rios e oceanos, ou seja, desastres que para serem solucionados necessitam de toda uma reestruturação no modo de produção e consumo da sociedade.
É aí que as conferências ambientais e sustentabilidade entram em contato, pois o segundo termo aparece como solução a longo prazo e vem ganhando grande destaque entre as lideranças mundiais.

OBS. A Geografia física nos últimos anos tem aparecido com mais frequência nas provas, mas com um nível maior de dificuldade. Vem atrelada, principalmente, aos problemas ambientais. Nesse sentido, o estudo do clima, biomas, solos e hidrografia devem ser foco de estudo, também.
Por: Lúcia Helena Barbosa Ávila/ lucinhahb.blogspot.com
Fontes: Brasil Escola, https://www.diferenca.com/taylorismo-fordismo-e-toyotismo/, Leandro Almeida (ProEnem), Descomplica, https://blogdoenem.com.br/migracoes-geografia-enem/

domingo, 21 de julho de 2019

GEOPOLÍTICA MUNDIAL/ VITOR COLLETO


[...] Como sabemos, vivemos em um mundo globalizado, onde a cada dia novas tecnologias são criadas para facilitar uma maior interação entre pessoas, empresas, ou até mesmo países de diversas partes do globo. Essa interação, portanto, promove a interpendência econômica, política e social de todas as partes envolvidas nela, fazendo com que se estabeleçam relações entre si.
É a partir do exposto acima que apresentaremos o conteúdo deste documento, segundo o título: “Geopolítica Mundial”, abordando desde o processo histórico de formação do cenário político internacional, bem como das relações econômicas e financeiras dos envolvidos neste cenário até as questões atuais relativas ao tema. 

[...] A geopolítica é o ramo da Ciência Política que estuda as relações entre espaço, poder e posição, em outras palavras, ela compreende as análises de geografia, história e ciências sociais mescladas com teoria política em vários níveis, desde o Estado até o internacional, com o objetivo de interpretar a realidade global e realizar o estudo de guerras, conflitos, disputas ideológicas e territoriais, questões políticas, acordos internacionais, entre outros.
O termo “geopolítica” é relativamente novo, uma vez que foi introduzido nos estudos da geografia a partir do século XX, segundo as ideias desenvolvidas no século XIX pelo sociólogo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904). Como Ratzel, jamais utilizou essa expressão, ele pode ser considerado criador da “Geografia Política”, a qual será abordada no próximo item deste trabalho. Sendo assim, o pioneiro nos estudos da Geopolítica foi o pensador sueco Rudolf Kjellen. [...]
[...] É de suma importância destacar que ela por muitas décadas teve como objeto de estudo os interesses dos Estados nacionais. Hoje, contudo, a geopolítica crítica também considera os interesses e as necessidades de atores sociais como sindicatos, empresas, partidos políticos, movimentos sociais e outros segmentos da sociedade civil. 
A Geopolítica, muitas vezes, é confundida com a Geografia Política, já que compartilham alguns conceitos, porém a abordagem de cada uma é distinta e, portanto, são áreas autônomas. [...]

[...] 1.1.      Capitalismo X Socialismo

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) mudou o destino e a geopolítica do mundo estabelecendo uma nova ordem mundial. Os impérios coloniais desmoronaram e em seu lugar surgiram duas novas superpotências: Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A partir do momento em que a União Soviética passou a existir como potência mundial e outras nações adotaram o socialismo, o capitalismo deixou de ser o único sistema econômico do mundo. Pela primeira vez, o mundo ficou dividido entre dois sistemas econômicos opostos: o capitalismo norte-americano (Oeste) versus o socialismo soviético (Leste). Foram quase cinco décadas de disputas entre os dois blocos, cada um querendo impor seu modo de produção. Durante a guerra fria foram criados arsenais bélicos e nucleares que a qualquer momento poderiam destruir a humanidade.
De acordo com os americanos, o capitalismo simbolizava a liberdade, uma vez que cada indivíduo poderia ser dono do seu próprio negócio, pagar seus funcionários e investir onde bem entendesse. O regime capitalista já tinha tomado suas proporções. Ele culminou no período das manifestações, revoluções como a Revolução Industrial, a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa.
O capitalismo gera desigualdades sociais por causa da má distribuição de renda, o desemprego e outros fatores. Por outro lado, o socialismo visava uma economia voltada para o bem coletivo – diferente do individualismo do sistema econômico não planejado. No socialismo, a economia está em poder do Estado.
A distribuição dos recursos de forma justa, executada pelo governo vigente, bem como a remuneração dada a cada trabalhador, segundo sua produção e qualidade do exercício formam algumas das características do sistema de economia planejada ou planificada. Dessa forma, o capitalismo e o socialismo são totalmente opostos em suas ideias. [...]


 1.1.1. Guerra Fria

A Guerra Fria teve início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética disputaram a hegemonia política, econômica e militar no mundo. A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar, em outros países, os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão "guerra fria" é: um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, com ausência de embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém, ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como ocorreu, por exemplo, na Coreia e no Vietnã.
Durante a Guerra Fria, os interesses geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos se mesclaram e se complementaram. Os exemplos mais significativos foram, na própria origem desse período, a elaboração da Doutrina Truman, de cunho geopolítico, e o Plano Marshall, de cunho econômico. Os norte-americanos constituíram blocos militares com o objetivo de impedir a expansão da zona de influência da União Soviética, a superpotência rival. Naquela época, muitos setores da sociedade americana acreditavam que, se a União Soviética estendesse sua influência a outros países além do Leste Europeu e da China (que aderiu o socialismo em 1949, como consequência da revolução liderada por Mao Tsé-Tung), todos os países, sucessivamente, acabariam caindo nas “garras” do inimigo. Esse pressuposto geopolítico ficou conhecido como efeito dominó. Para contê-lo, os Estados Unidos criaram várias alianças militares na Europa, na Ásia e na Oceania, estabelecendo um cinturão de isolamento em torno da superpotência rival que ficou conhecido como cordão sanitário. [...]
[...] 1.1.      Liberalismo econômico

O liberalismo emergiu no século XVIII como reação ao absolutismo, tendo como valores primordiais o individualismo, a liberdade e a propriedade privada. Ganhou projeção como adversário da concentração do poder pelo Estado, principalmente no que dizia respeito às atividades econômicas.
O Estado liberal apresentava-se como representante de toda a sociedade, tendo o papel de “guardião da ordem”: não lhe caberia intervir nas relações entre os indivíduos, mas manter a segurança para que todos pudessem desenvolver livremente suas atividades. Com o Estado liberal, estabeleceu-se a distinção do público e do privado. [...] 

[...]  Essas concepções do pensamento liberal começaram ruir no final do século XIX e caíram definitivamente por terra com a Primeira Guerra Mundial. Isso ocorreu porque a intensa concorrência entre as empresas foi provocando o desaparecimento de pequenas firmas, que faliam ou eram compradas pelas maiores, tornando as crises econômicas mais frequentes, por exemplo, em 1929, nos Estados Unidos, pois o livre mercado sem a interferência do Estado fez com que a produção continuasse a aumentar enquanto que a demanda diminui sensivelmente. [...]
[...] 1.1.      Neoliberalismo econômico

A partir da década de 1970, após a crise do petróleo, houve uma necessidade de mudança na organização estatal. O capitalismo enfrentava então vários desafios. As empresas multinacionais precisavam expandir-se, ao mesmo tempo em que havia um desemprego crescente nos Estados Unidos e nos países europeus; os movimentos grevistas se intensificavam em quase toda a Europa e aumentava o endividamento dos países em desenvolvimento.
Os analistas, tendo como referência os economistas Friedrich Von Hayek (1899-1992) e Milton Friedman (1912-2006), atribuíam a crise aos gastos dos Estados com políticas sociais, o que gerava déficits orçamentários, mais impostos e, portanto, aumento da inflação. Dizima que a política social estava comprometendo a liberdade do mercado e até mesmo a liberdade individual, valores básicos do capitalismo. Por causa disso, o bem-estar dos cidadãos deveria ficar por conta deles mesmo, já que se gastava muito com saúde e educação públicas, com previdência e apoio aos desempregados idosos. Ou seja, os serviços públicos deveriam ser privatizados e pagos por quem os utilizasse. Defendia-se assim o Estado mínimo, o que significa voltar o que propunha o liberalismo antigo, com o mínimo de intervenção estatal na vida das pessoas.
Nasceu dessa maneira o que se convencionou chamar de Estado neoliberal. As expressões mais claras da atuação dessa forma estatal foram os governos de Margareth Thatcher, na Inglaterra, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos. Más mesmo nesse período o Estado não deixou de intervir em vários as aspectos, mantendo orçamentos militares altíssimos e muitos gastos para amparar as grandes empresas e o sistema financeiro. Os setores mais atingidos por essa “nova” forma de liberalismo formam aqueles que beneficiavam mais diretamente os trabalhadores e os setores marginalizados da sociedade, como assistência social, habitação, transportes, saúde pública, previdência e direitos trabalhistas. [...]
[...]  Com essas propostas, o que se viu foi à presença cada vez maior das grandes corporações produtivas e financeiras na definição dos atos do Estado, fazendo com que as questões políticas passassem a ser determinadas pela economia. Além disso, o que era público (e, portanto, comum a todos) passou a ser determinado pelos interesses privados (ou seja, por aquilo que era particular). [...]

[...]  Prós e contras do neoliberalismo:
Segundo os defensores desse sistema, ele é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem. Por outro lado, há quem critique, alegando principalmente que ela só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional. Além disso, evidenciam-se outros pontos negativos dessa vertente econômica, as quais podem citar: corte em relação aos servidores públicos, flexibilização e a precarização das leis trabalhistas, além da famosa “guerra fiscal” (quando as empresas recebem incentivos fiscais para implantarem suas atividades em um dado país, mas quando recebem propostas melhores em outro local, podem se deslocar facilmente, deixando uma parte da população desempregada). [...]

[...] 1.   Conclusão

  Ao encerrar esse trabalho, fica evidente a percepção de que todo e qualquer país tem uma contribuição na geopolítica mundial, especialmente no século XXI, na era de esplendor da globalização. Deve-se ter em mente, portanto, que todos os acontecimentos históricos, transcritos ao longo deste documento, serviram de base e tiveram importância para reforçar ideologias, superar crises, realizar alianças, bem como firmar pactos, acordos ou tratados para que a relação entre os países da Velha e da Nova Ordem Mundial sejam consideravelmente pacíficas.
Além das percepções acima mencionadas, pode-se concluir que para que se tenha melhor entendimento das ações e ideologias de um país na atual conjuntura global é importante entender o processo histórico que leva aquela nação a adotar tais medidas. [...] 

  Vitor colleto dos Santos (colégio Tiradentes da Brigada Militar- Santo Ângelo RS).

1.   Referências Bibliográficas

MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio da. Geografia. 1 ed. Vol.único. São Paulo: Scipione, 2009.
                
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da Globalização: O espaço geografico globlizado. 1 ed. Vol. 2. São Paulo: Ática, 2012.

TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Geografia: conexões Vol. Único, parte 3. São Paulo: Moderna, 2017.

COTRIM, Gilberto. História Global 3: Brasil e Geral. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio. Vol único. São Paulo: Saraiva, 2012.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 6 ed. São Paulo: Moderna, 2016.

KURZ, R. O colapso da modernização: da derrocada do socialismo de caserna à crise da economia mundial. São Paulo: Paz e Terra, 1993.

RIBEIRO, D. O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

SEGRILLO, A. O fim da URSS e a nova Rússia: de Gorbachev ao pós-Yeltsin. Petropólis: Vozes, 2000.

SKIDMORE, T. Brasil: de Getúlio a Castelo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

PENA, Rodolfo F. Alves.    Muro do México. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/muro-mexico.htm. Acesso em 16 de junho de 2019.

INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Disponível em: <www.ibge.gov.br>.

BANCO Mundial. Disponível em: < www.obancomundial.org>.

G1. Disponível em: <g1.globo.com>.








domingo, 19 de maio de 2019

CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO


Por: Vitor Colleto Dos Santos    


As formas de relevo se desenvolvem sobre a estrutura do planeta. As principais formas são os planaltos, as planícies e as depressões. A principal diferença entre elas se dá de acordo com o processo que as originaO processo de formação dessas estruturas se dá pela contraposição entre as forças internas e externas do planeta Terra. 
O desenvolvimento do sensoriamento remoto, tanto no uso de fotos áreas como na evolução e aperfeiçoamento das imagens de satélites, permitiu um aprimoramento da representação e do entendimento da geologia e geomorfologia terrestre. Nesse sentido, a exata delimitação do objeto de estudo e manutenção do seu foco fez com que a geologia usasse dessa inovação tecnologica para aprimorar e padronizar seu processo de representação, ao contrário da geomorfologia que, com leque informações, possibilitadas pelo sensoriamento remoto, perdeu seu foco em seu principal objeto de estudo, a descrição das formas do relevo.  
Em se tratando dos estudos sobre o relevo brasileiro, destacam-se três autores: Aroldo de Azevedo, Aziz Ab’Saber e Jurandyr L.S. Ross.

http://lucinhahb.blogspot.com/  

terça-feira, 30 de abril de 2019

COMÉRCIO INTERNACIONAL


Brasil na OCDE:

- A entrada do Brasil na OCDE é importante, pois assim ele estará entre as economias mais ricas e influentes do Mundo. Porém, terá que aceitar perder os privilégios dados aos países subdesenvolvidos na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Por Vitor Colleto

O processo ensino aprendizagem é muito complexo uma vez que que ocorre por tempo indeterminado e, quanto mais exercitamos o cérebro, mais capacidade de compreender os diversos saberes.
Parabéns, Vitor! Excelente vídeo!
Lucinhahb

domingo, 31 de março de 2019

MUNICÍPIO DE SANTO ÂNGELO/ DISTRITO DE BURITI

Município de Santo Ângelo
O município de Santo Ângelo localiza-se no estado do Rio Grande do Sul, pertencente à mesorregião do Noroeste do estado e à microrregião de Santo Ângelo. É o maior município da região das Missões com uma área de 680,498 km². Em termos populacionais possui uma população absoluta de 78.908 habitantes, sendo o segundo município mais populoso do Noroeste gaúcho (IBGE, 2014) e, por conseguinte, possui uma densidade demográfica equivalente a 115,96 hab./km². É popularmente chamado de "Capital das Missões", pois se destaca como um centro de serviços públicos, bem como por sediar vários órgãos das esferas estadual e federal.
























Mapa: Localização de Santo Ângelo no Rio Grande do Sul.

A economia do município está baseada principalmente na exploração agropecuária, como, no cultivo da soja, do milho e do trigo. Já na pecuária, destacam-se as criações de bovinos e suínos. O comércio da cidade é bem estruturado, conta com inúmeras opções no setor de prestação de serviços, bons locais para entretenimento e lazer, boa gastronomia e hotelaria. Também apresenta o turismo como importante atividade econômica no município, sendo a Fenamilho Internacional o principal evento do município.
Em resultado disso, temos um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a R$1878,066 mil e um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) apontado como muito alto (0,821, segundo o PNUD).
Características físicas – O relevo do município é construído predominantemente por planaltos, já que temos a presença de áreas mais ou menos planas que apresentam médias altitudes, delimitações bem nítidas, geralmente compostas por escarpas, e são cercadas por regiões mais baixas. Há o predomínio da erosão. O clima é subtropical úmido (transição do clima tropical para o temperado, com as chuvas e estações do ano bem definidas). O solo é do tipo terra roxa ou terra vermelha, caracteriza-se por ser muito fértil, sendo resultado de milhões de anos de decomposição de rochas basálticas. A vegetação é rica e diversificada. Não há incidência de desertificação ou arenização.
O município divide-se em 14 distritos, além da sede. São eles: Buriti, Comandaí, Colônia Municipal, Rincão dos Mendes, Restinga Seca, Lajeado Cerne, Atafona, Ressaca da Buriti, Cristo Rei, Sossego, Rincão dos Roratos, União, Lajeado Micuim e Rincão dos Meotti. Aqui falaremos sobre o Distrito Buriti.
Distrito Buriti
O distrito Buriti é um dos quatorze distritos rurais do município de Santo Ângelo, na região Noroeste do Rio Grande do Sul.
História e criação - O distrito foi fundado como colônia de agricultores de origem alemã, na década de 1910. Ainda na condição de colônia, já contava com três casas comerciais, três serrarias, três moinhos, uma ferraria, uma marcenaria, um curtume, uma fábrica de aguardente e até um hotel. Em 17 de julho de 1956, foi reconhecido oficialmente, através da Lei Municipal nº 7.
Possui uma área de 41,4 km², com uma população absoluta de 684.756 habitantes e, em consequência uma densidade demográfica de 16,54 hab./km². Seus limites territoriais ou áreas limítrofes são os distritos Ressaca da Buriti, União, Restinga Seca, Atafona e o município de Vitória das Missões. O acesso ao distrito se dá pela Rodovia Municipal Elóy Nelson Pedrazza ou Estrada da Buriti.
O Monumento ao Colono e Motorista, o Santuário Nossa Senhora de Fátima de Buriti e o Templo da Comunidade Luterana são os pontos turísticos do distrito, além de todos os anos acontecer a famosa festa do Colono e Motorista.


Foto: Monumento ao Colono e Motorista.

Os setores econômicos são movidos na agricultura baseada no cultivo do trigo, da soja, do milho e do feijão. Na pecuária, pela criação de suínos, bovinos e aves. Na área industrial, pelas fábricas de cerâmica e de bomba de chimarrão. Já, no comércio pelos mini mercados, armazéns, lanchonetes, postos de combustíveis e por um posto de saúde, no setor de serviços.
As características físicas do Buriti são praticamente as mesmas do município de Santo Ângelo, clima subtropical úmido, relevo planalto com leves ondulações (coxilhas), vegetação rica e variada, solo do tipo terra roxa (muito fértil, próprio para a agricultura e criação de animais, argiloso), a hidrografia do local é baseada em dois cursos d’água, Arroio do Meio e Arroio Buriti, os quais são afluentes do Rio Ijuí, que por sua vez desagua no Rio Uruguai, o que forma a grandiosa Bacia do Rio da Prata ou Platina.
Sabemos que, atualmente as práticas agrícolas contribuem para a degradação do solo, entre os fatores que geram essa degradação podemos citar a erosão pluvial (quando falamos em forças da natureza) e a erosão antrópica, aquela feita por intervenção humana, como, o desmatamento que resulta na retirada da cobertura vegetal de uma área, portanto ela perde sua consistência, pois a água, que antes era absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar, o que pode causar instabilidade do solo e erosão. Além disso, outro fator determinante é a compactação (processo decorrente da manipulação intensiva, fazendo o solo perder sua porosidade pelo adensamento de suas partículas, na prática é acentuada pela utilização de máquinas agrícolas).


 
Vitor colleto dos Santos (colégio Tiradentes da Brigada Militar- Santo Ângelo RS).

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

DESASTRE AMBIENTAL EM MARIANA (MG) 2015

No dia 05 de novembro de 2015, o Brasil presenciou o maior acidente da história com rejeitos de mineração. O material liberado, além de destruir completamente o distrito de Bento Rodrigues, avançou por outras regiões do Município de Mariana, deixando por onde passava um rastro de destruição.
O acidente:
A barragem de Fundão da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, rompeu-se no dia 05 de novembro de 2015 e liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. Inicialmente, acreditava-se que duas barragens haviam se rompido, entretanto, a mineradora desmentiu o fato dias após o acidente e explicou que o rompimento de Fundão fez com que a barragem de Santarém transbordasse.
A lama liberada, que, segundo a Samarco, é formada apenas por óxido de ferro, água e areia, destruiu uma grande área, desabrigando centenas de pessoas, principalmente no distrito de Bento Rodrigues. Os rejeitos, além dos danos materiais, provocaram um grande desastre natural que pode afetar o meio ambiente por décadas..
Impactos ambientais:
Apesar de, segundo a mineradora Samarco, a lama não ser tóxica, os efeitos dos rejeitos no meio ambiente são extremamente graves, principalmente em razão da quantidade de material liberado. De acordo com o IBAMA, a quantidade de rejeitos seria capaz de encher mais de 20 mil piscinas olímpicas.
O primeiro impacto causado pela lama foi observado nos municípios atingidos, que foram parcialmente cobertos. Essa cobertura, quando secar, pavimentará o local, formando uma espécie de capa de cimento, onde nada cresce. Além disso, o material possui pouca matéria orgânica, o que dificultará o surgimento de uma nova vegetação. Nesse local, será impossível, por exemplo, o desenvolvimento de agricultura. Podem ocorrer ainda desestruturação química do solo e alteração do PH.
Vale frisar que a grande quantidade de lama demorará anos para secar completamente e, enquanto isso, nada poderá ser construído ali. Sem resistência para a construção de casas e sem formas de desenvolvimento de vida, a área tornou-se completamente inabitável.
A lama também atingiu os rios da região, começando pelo rio Gualaxo, atingindo o rio Carmo até chegar ao rio Doce, responsável pelo abastecimento de vários municípios. Ao atingir os rios, a lama tornou a água imprópria para consumo humano e para a sobrevivência de várias espécies.
os rios atingidos tiveram grande perda em biodiversidade. Após o acidente, os peixes, por exemplo, tiveram suas brânquias obstruídas pela lama, morrendo em consequência da falta de oxigênio. Além de peixes, outras espécies morreram, tanto macroscópicas quanto microscópicas, o que significa que, em alguns pontos dos rios atingidos, todo o ecossistema aquático foi destruído. Segundo alguns biólogos, o rio Doce, por exemplo, precisará de 10 anos para se recuperar do dano causado pelo acidente.
É relevante ressaltar que os rios foram afetados também de outras formas. Além da morte trágica da vida aquática, a lama pode provocar assoreamento dos rios, desvios de cursos de água, diminuição da profundidade e soterramento de nascentes. A mata ciliar ao redor dos rios também foi destruída. Com a passagem dos resíduos, muitas árvores foram arrancadas e algumas espécies vegetais foram completamente soterradas pela lama.
Como toda a lama que está no rio Doce chegará ao mar, no Espírito Santo, os rejeitos podem prejudicar também a vida marinha. Estima-se que os efeitos sejam sentidos em pelo menos três áreas de conservação marinha, como os recifes de corais de Abrolhos, que se destaca pela grande biodiversidade.

POR QUE ANALISAR AS CAUSAS E AS CONSEQUÊNCIAS DE UM DESASTRE AMBIENTAL?
É de suma importância entender os problemas gerados pela falta de fiscalização de grandes obras, a falta de planejamento em caso de acidentes, os efeitos negativos desses acidentes para o meio ambiente e quais medidas podem ser tomadas para reverter , mesmo que parcialmente, a situação e até evitar outras tragédias ambientais futuras.
No caso de Mariana, é importante entender como esse acidente afetou diferentes ecossistemas e que todas as nossas ações causam impactos não somente locais. Entre os pontos que merecem destaque, podem ser citados os efeitos dos rejeitos na cadeia alimentar e os problemas desencadeados pelo assoreamento dos rios e soterramento de nascentes.

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

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sábado, 2 de fevereiro de 2019

ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE BRUMADINHO- CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS


VALE : MINA CÓRREGO DO FEIJÃO (25/01/2019):
Sem motivo aparente ocorreu em Minas Gerais, o rompimento de mais duas barragens pelo efeito de transbordamento.
O material despejado com o rompimento de uma barragem é conhecido como rejeito de mineração. Lama muito densa composta por materiais e sedimentos, como argila, silte e areia. Centenas de moradores e funcionários foram atingidos e centenas de pessoas ainda estão desaparecidas.
É impossível não comparar esse desastre ambiental com o ocorrido em Mariana também em Minas Gerais (2015). Apesar da similaridade, a magnitude das duas ocorrências é diferente, pois o volume despejado com o rompimento da barragem de Brumadinho foi de aproximadamente 1 milhão de metros cúbicos e o de Mariana foi de 50 milhões de metros cúbicos, ou seja, 50 vezes maior. Os resíduos alcançam dois estados causando danos ambientais irreversíveis. Segundo o presidente da Vale, a barragem não apresentava problemas, pois tinha passado por duas vistorias. Disse também que a barragem estava inativa, não recebia mais rejeitos há três anos.
Quais seriam as causas desse rompimento?
Analisando a situação é possível cogitar 3 possibilidades:
1-      Aumento do volume de água devido a intensa pluviosidade, porém segundo a meteorologia, as chuvas não foram abundantes nesse período comparados ao mesmo período dos anos anteriores.
2-      Por infiltração horizontal da água ou percolação da água que pode gerar uma lâmina de separação entre as camadas do solo compactado da barragem gerando uma seção de cisalhamento que pode causar o rompimento.
3-      Aumento ou acúmulo de material sobre a barragem excedendo a capacidade o que pode ter gerado o rompimento.
 A partir daí, podemos ter uma noção do que poderia ter causado tamanha destruição, mas são apenas suposições que merecem um estudo mais aprofundado do caso em questão.

POR QUE ANALISAR AS CAUSAS E AS CONSEQUÊNCIAS DE UM DESASTRE AMBIENTAL?
É de suma importância entender os problemas gerados pela falta de fiscalização de grandes obras, a falta de planejamento em caso de acidentes, os efeitos negativos desses acidentes para o meio ambiente e quais medidas podem ser tomadas para reverter , mesmo que parcialmente, a situação e até evitar outras tragédias ambientais futuras.
No caso de Mariana, é importante entender como esse acidente afetou diferentes ecossistemas e que todas as nossas ações causam impactos não somente locais. Entre os pontos que merecem destaque, podem ser citados os efeitos dos rejeitos na cadeia alimentar e os problemas desencadeados pelo assoreamento dos rios e soterramento de nascentes.

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

SAIBA MAIS:

E ISSO JÁ ACONTECEU!!!
ACIDENTE EM MARIANA (MG) 2015

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