quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

DESASTRE AMBIENTAL EM MARIANA (MG) 2015

No dia 05 de novembro de 2015, o Brasil presenciou o maior acidente da história com rejeitos de mineração. O material liberado, além de destruir completamente o distrito de Bento Rodrigues, avançou por outras regiões do Município de Mariana, deixando por onde passava um rastro de destruição.
O acidente:
A barragem de Fundão da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, rompeu-se no dia 05 de novembro de 2015 e liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. Inicialmente, acreditava-se que duas barragens haviam se rompido, entretanto, a mineradora desmentiu o fato dias após o acidente e explicou que o rompimento de Fundão fez com que a barragem de Santarém transbordasse.
A lama liberada, que, segundo a Samarco, é formada apenas por óxido de ferro, água e areia, destruiu uma grande área, desabrigando centenas de pessoas, principalmente no distrito de Bento Rodrigues. Os rejeitos, além dos danos materiais, provocaram um grande desastre natural que pode afetar o meio ambiente por décadas..
Impactos ambientais:
Apesar de, segundo a mineradora Samarco, a lama não ser tóxica, os efeitos dos rejeitos no meio ambiente são extremamente graves, principalmente em razão da quantidade de material liberado. De acordo com o IBAMA, a quantidade de rejeitos seria capaz de encher mais de 20 mil piscinas olímpicas.
O primeiro impacto causado pela lama foi observado nos municípios atingidos, que foram parcialmente cobertos. Essa cobertura, quando secar, pavimentará o local, formando uma espécie de capa de cimento, onde nada cresce. Além disso, o material possui pouca matéria orgânica, o que dificultará o surgimento de uma nova vegetação. Nesse local, será impossível, por exemplo, o desenvolvimento de agricultura. Podem ocorrer ainda desestruturação química do solo e alteração do PH.
Vale frisar que a grande quantidade de lama demorará anos para secar completamente e, enquanto isso, nada poderá ser construído ali. Sem resistência para a construção de casas e sem formas de desenvolvimento de vida, a área tornou-se completamente inabitável.
A lama também atingiu os rios da região, começando pelo rio Gualaxo, atingindo o rio Carmo até chegar ao rio Doce, responsável pelo abastecimento de vários municípios. Ao atingir os rios, a lama tornou a água imprópria para consumo humano e para a sobrevivência de várias espécies.
os rios atingidos tiveram grande perda em biodiversidade. Após o acidente, os peixes, por exemplo, tiveram suas brânquias obstruídas pela lama, morrendo em consequência da falta de oxigênio. Além de peixes, outras espécies morreram, tanto macroscópicas quanto microscópicas, o que significa que, em alguns pontos dos rios atingidos, todo o ecossistema aquático foi destruído. Segundo alguns biólogos, o rio Doce, por exemplo, precisará de 10 anos para se recuperar do dano causado pelo acidente.
É relevante ressaltar que os rios foram afetados também de outras formas. Além da morte trágica da vida aquática, a lama pode provocar assoreamento dos rios, desvios de cursos de água, diminuição da profundidade e soterramento de nascentes. A mata ciliar ao redor dos rios também foi destruída. Com a passagem dos resíduos, muitas árvores foram arrancadas e algumas espécies vegetais foram completamente soterradas pela lama.
Como toda a lama que está no rio Doce chegará ao mar, no Espírito Santo, os rejeitos podem prejudicar também a vida marinha. Estima-se que os efeitos sejam sentidos em pelo menos três áreas de conservação marinha, como os recifes de corais de Abrolhos, que se destaca pela grande biodiversidade.

POR QUE ANALISAR AS CAUSAS E AS CONSEQUÊNCIAS DE UM DESASTRE AMBIENTAL?
É de suma importância entender os problemas gerados pela falta de fiscalização de grandes obras, a falta de planejamento em caso de acidentes, os efeitos negativos desses acidentes para o meio ambiente e quais medidas podem ser tomadas para reverter , mesmo que parcialmente, a situação e até evitar outras tragédias ambientais futuras.
No caso de Mariana, é importante entender como esse acidente afetou diferentes ecossistemas e que todas as nossas ações causam impactos não somente locais. Entre os pontos que merecem destaque, podem ser citados os efeitos dos rejeitos na cadeia alimentar e os problemas desencadeados pelo assoreamento dos rios e soterramento de nascentes.

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

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sábado, 2 de fevereiro de 2019

ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE BRUMADINHO- CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS


VALE : MINA CÓRREGO DO FEIJÃO (25/01/2019):
Sem motivo aparente ocorreu em Minas Gerais, o rompimento de mais duas barragens pelo efeito de transbordamento.
O material despejado com o rompimento de uma barragem é conhecido como rejeito de mineração. Lama muito densa composta por materiais e sedimentos, como argila, silte e areia. Centenas de moradores e funcionários foram atingidos e centenas de pessoas ainda estão desaparecidas.
É impossível não comparar esse desastre ambiental com o ocorrido em Mariana também em Minas Gerais (2015). Apesar da similaridade, a magnitude das duas ocorrências é diferente, pois o volume despejado com o rompimento da barragem de Brumadinho foi de aproximadamente 1 milhão de metros cúbicos e o de Mariana foi de 50 milhões de metros cúbicos, ou seja, 50 vezes maior. Os resíduos alcançam dois estados causando danos ambientais irreversíveis. Segundo o presidente da Vale, a barragem não apresentava problemas, pois tinha passado por duas vistorias. Disse também que a barragem estava inativa, não recebia mais rejeitos há três anos.
Quais seriam as causas desse rompimento?
Analisando a situação é possível cogitar 3 possibilidades:
1-      Aumento do volume de água devido a intensa pluviosidade, porém segundo a meteorologia, as chuvas não foram abundantes nesse período comparados ao mesmo período dos anos anteriores.
2-      Por infiltração horizontal da água ou percolação da água que pode gerar uma lâmina de separação entre as camadas do solo compactado da barragem gerando uma seção de cisalhamento que pode causar o rompimento.
3-      Aumento ou acúmulo de material sobre a barragem excedendo a capacidade o que pode ter gerado o rompimento.
 A partir daí, podemos ter uma noção do que poderia ter causado tamanha destruição, mas são apenas suposições que merecem um estudo mais aprofundado do caso em questão.

POR QUE ANALISAR AS CAUSAS E AS CONSEQUÊNCIAS DE UM DESASTRE AMBIENTAL?
É de suma importância entender os problemas gerados pela falta de fiscalização de grandes obras, a falta de planejamento em caso de acidentes, os efeitos negativos desses acidentes para o meio ambiente e quais medidas podem ser tomadas para reverter , mesmo que parcialmente, a situação e até evitar outras tragédias ambientais futuras.
No caso de Mariana, é importante entender como esse acidente afetou diferentes ecossistemas e que todas as nossas ações causam impactos não somente locais. Entre os pontos que merecem destaque, podem ser citados os efeitos dos rejeitos na cadeia alimentar e os problemas desencadeados pelo assoreamento dos rios e soterramento de nascentes.

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

PERCOLAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO

Percolação é o movimento descendente da água no interior do solo, de cima para baixo. Recebendo o nome de água subterrânea.





Segundo Dr. Paulo Sant'Anna e Castro, o solo é um sistema complexo constituído de materiais sólidos, líquidos e gasosos. A parte sólida é formada por partículas organizadas de tal forma que entre elas se formem pequenos espaços vazios, denominados de poros, que podem se encontrar preenchidos por água e, ou ar. “A forma como essas partículas se agrupam entre si, determina a estrutura do solo”.
O solo funciona, portanto, como um meio poroso com capacidade de armazenar água em seus poros. Dependendo da quantidade de água armazenada no solo, ele poderá apresentar três níveis distintos de umidade, que são:
1- Seco
Quando todos os poros do solo estiverem preenchidos apenas por ar;
2- Úmido
Quando existe água e ar no interior dos poros; e
3- Saturado
Um solo é considerado saturado quando todos os seus poros estiverem preenchidos apenas com água, significando que ele não mais conseguirá reter água.
Assim, parte da água que infiltrou através da superfície do solo será evapotranspirada para atmosfera e outra parte será gradativamente armazenada no perfil de solo. Dependendo da umidade inicial, da intensidade e duração dessa chuva, em um determinado momento, a capacidade de armazenamento de água do solo poderá ser esgotada, ou seja, ele ficará saturado. A partir desse momento, devido à ação da gravidade, o excesso de água que infiltrar diretamente será drenado para as camadas mais profundas do solo, indo abastecer os reservatórios subterrâneos. Esse movimento descendente da água no interior do solo, de cima para baixo, é chamado de percolação.
A parte da água que percolou, agora chamada de água subterrânea, poderá voltar à superfície da terra, através das nascentes, somando-se às águas superficiais, quando, então, poderá evaporar, transformar-se em nuvens e, novamente, voltar à superfície através da precipitação: fechando o ciclo hidrológico.
A percolação da água, ou seja, o movimento da água subterrânea é o mais lento de todos. Isso, porque a água de uma chuva que não se infiltrou (escoamento superficial) levará poucos dias para percorrer vários quilômetros. Já a água subterrânea poderá levar dias para percorrer poucos metros. Vale ressaltar que, tanto as águas do escoamento subterrâneo como do escoamento superficial alimentarão os rios, lagos e oceanos, dando origem ao recomeço do ciclo.
Nesse sentido, pode-se dizer que o volume de água existente no planeta Terra é praticamente constante, mas que se encontra em permanente transformação. Essa água é suficiente para suprir todas e quaisquer necessidades que venham a ocorrer, tanto as do homem, como as dos animais e as dos vegetais. No entanto, a interferência humana no ciclo hidrológico, de forma incorreta, tal como vem acontecendo, de maneira generalizada, tem causado desequilíbrio natural desse ciclo. Devemos compreender que as consequências do desequilíbrio ambiental são altamente danosas para todos os seres vivos, podendo comprometer, inclusive, a sua sobrevivência.
Fonte: Cursos. CPT 

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

RIOS

Formam-se principalmente da água da chuva, durante o ciclo hidrológico. Entretanto, alguns rios são formados a partir do degelo, como por exemplo, o rio Amazonas, no Brasil, considerado um rio misto ou complexo, pois além de ser de regime pluvial (chuva), também é de regime nival (Neve) decorrente do derretimento da neve dos Andes. Os pequenos cursos fluviais (rios), os primeiros a nutrir toda a bacia, geralmente brotam de fontes subterrâneas, da água pluvial armazenada nas rochas ou em camadas do solo. A água dessas nascentes logo se junta àquela que escoa sobre a superfície dos vales.

A extensão do curso de um rio, desde a nascente até a foz ou desembocadura, é dividida em três partes:
1- Curso superior ou alto curso: é o primeiro terço do trajeto do rio, contado desde a sua nascente principal;
2- Curso médio: é o terço intermediário de toda a extensão do curso fluvial;
3- Curso inferior ou baixo curso: Corresponde ao último terço do rio, que culmina na foz.
Ao descer um rio, segue-se a jusante do rio. Quando o deslocamento ocorre em direção à nascente, segue-se a montante do rio (topo de montanhas).


Leito ou Canal:
Denomina-se leito ou canal a superfície sobre a qual as águas do curso fluvial se encontram e por onde elas fluem. A parte mais profunda do leito é chamada de talvegue.
Thalweg.svg

Por: Lúcia Helena Barobosa Ávila (lucinhahb.blogspot.com)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

ECLIPSE TOTAL DA SUPER LUA (21/01/2019)



[...] Na madrugada de 21 de janeiro vai ocorrer um eclipse total da Lua, que se encontra em Super Lua. A Lua entra na penumbra da Terra às 2h35min e a partir deste instante a Lua escurece progressivamente adquirindo tons mais acinzentados. A seguir, às 3h34min a Lua entra na sombra da Terra, começando a ficar com tons mais avermelhados e acastanhados.







O começo do eclipse total ocorre às 4h41min, quando a Lua entra totalmente dentro do cone de sombra da Terra. Embora fique totalmente na sombra, a Lua não deixa de ser visível mas apresenta uma cor avermelhada e acastanhada. De facto, durante um eclipse lunar os raios solares incidem na Lua após atravessarem a atmosfera terrestre onde são dispersados e perdem uma grande quantidade de luz azul e verde. Assim, durante o eclipse, a Lua não é iluminada com luz branca mas sim com luz mais avermelhada.

O máximo do eclipse ocorre às 5h12min e, passados 4 minutos, pelas 5h16min ocorre o instante da fase de Lua Cheia. Como o instante de Lua Cheia ocorre próximo do do perigeu (que atingirá no final do dia) teremos então um Eclipse Total da Super Lua.  Pelas 5h44min termina o eclipse total e progressivamente a Lua sairá da sombra, perdendo o tom avermelhado e ganhando o tom de cinzento-escuro e, por fim às 7h50min a Lua sai completamente da penumbra voltando à sua tonalidade habitual. Mais tarde às 19h59min, a Lua estará no perigeu da sua órbita a uma distância de 357342 km da Terra. Esta proximidade faz com a Lua pareça 14% maior no céu do que quando a Lua cheia ocorre no apogeu. [...]

(continuar lendo):  Fonte: OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO DE LISBOA

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