quinta-feira, 29 de abril de 2021

Tipos de Erosão - Geografia e Atualidades

Erosão é o nome dado ao processo de desgaste, transporte e deposição de sedimentos pelo qual os solos e as rochas passam em decorrência das ações dos agentes exógenos ou externos do relevo. Ela pode ocorrer de forma natural, como pelo vento ou pela água, ou através dos chamados processos antrópicos (humanos). 

Funciona da seguinte forma: o solo ou a rocha sofre um desgaste causado por um agente erosivo, que transporta os sedimentos de um local ao outro (é o "transporte" que diferencia a erosão do intemperismo). Isso pode ser percebido de algumas formas, por exemplo, através da poeira - no caso da erosão pelo vento - ou da lama - no caso da erosão pela água. 

Existem vários tipos de erosão, que variam de acordo com o agente erosivo. Veja-os a seguir! 

EROSÃO PLUVIAL: 
Por meio da erosão pluvial (com "P"), as chuvas são capazes de transformar o relevo, especialmente em regiões conhecidas pela intensidade e frequência desse fenômeno como as áreas tropicais e equatoriais. Esse tipo de erosão pode ocorrer através dos próprios respingos da chuva, pelo escoamento da água ou pelo transporte de partículas do solo por meio de canais.
Erosão pluvial.

EROSÃO FLUVIAL: 
A erosão fluvial (com "F") ocorre quando o solo ou as rochas são desgastados através da força dos rios. A capacidade erosiva de um rio depende principalmente da sua velocidade, que, quanto maior for, maior será a rapidez com que o solo será transformado. Rios localizados em áreas de altitude elevada tendem a ser mais velozes por conta da gravidade.
Erosão fluvial.

EROSÃO EÓLICA: 
A erosão eólica é causada pelo vento que, sem dúvidas, é um poderoso agente de erosão, capaz de transportar poeira, areia e cinzas de um lugar para outro. Em áreas mais secas, a areia que é levada através do vento pode, até mesmo, desgastar certos tipos de rochas, mas vale lembrar que é um processo lento e que as modificações podem levar milhares de anos para acontecer.
Erosão eólica.

EROSÃO GLACIAL: 
A erosão glacial é causada pelas geleiras ou pela neve, que se tornam abrasivas quando entram em contato com as rochas. Um fato importante a ser considerado é que o poder da erosão glacial é bem maior do que o da fluvial, o que se deve aos processos de congelamento e descongelamento da água comum nos polos do planeta, comprimindo e dilatando o solo e as rochas.
Erosão glacial.

EROSÃO MARINHA: 
A erosão marinha - também chamada de abrasão marinha - ocorre através da força do mar, que impacta diretamente o relevo das áreas litorâneas. Falésias, cavernas, restingas, praias, arcos e colunas de rocha estão entre os principais elementos que compõem paisagens costeiras e que são gerados através desse tipo de erosão.
Erosão marinha.

EROSÃO ANTRÓPICA: 
A erosão antrópica ocorre através de ações do ser humano. O desmatamento de florestas para dar origem a pastos, a construção de estradas e o aplainamento de morros são exemplos dessas ações.

Erosão antrópica.

É bom sempre ter em mente que, ao contrário das erosões que acontecem através de forças naturais, a antrópica possui um ritmo acelerado e, por isso, é considerada como a mais danosa para a natureza. 

domingo, 11 de abril de 2021

Regionalização do Brasil: tudo o que você precisa saber! - Geografia e Atualidades

Inicialmente, vamos entender o conceito de regionalização. Em poucas palavras, regionalizar significa nada mais que dividir por critérios, isto é, divide-se um determinado espaço observando nele suas características comuns, a fim de serem regionalizadas, formando uma região (área que possui uma ou um conjunto de características comuns, diferenciada de outras).

Com isso, regionalização é o nome dado a todo e qualquer processo que divida um grande território em áreas menores. Essa divisão pode ser feita a partir de uma série de fatores, como: características de relevo; características das bacias hidrográficas; características sociais e culturais da população e características políticas.

Feito tal esclarecimento, quando falamos em regionalização brasileira, os modelos mais conhecidos para regionalizar nosso território são: o de Pedro Pinchas (as regiões geoeconômicas), o de Milton Santos e Maria Laura Silveira (Os Quatro Brasis) e o do IBGE (o oficial). Confira-os a seguir:

Regiões geoeconômicas do Brasil

Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do país, em três regiões geoeconômicas ou complexos regionais, baseando-se no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização. Desta forma, as regiões geoeconômicas do Brasil são:

  • Centro-sul: a região geoeconômica mais populosa, industrializada e desenvolvida do país. Compreende Mato Grosso do Sul, parte do Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, parte do Tocantins e os estados do Sudeste e Sul;
  • Nordeste: a primeira a ser povoada pelos colonizadores, é a região geoeconômica onde se verifica mais problemas sociais. Abrange parte de Minas Gerais e todos os estados do Nordeste, menos uma pequena porção do território maranhense;
  • Amazônia: menos povoada, é onde se encontra a fronteira agrícola e de povoamento do país. Compreende todos os estados do Norte (menos parte do Tocantins), uma porção do Maranhão e o Mato Grosso.

Essa organização regional favorece a compreensão das relações sociais e políticas de nosso país, uma vez que não só associa os espaços de acordo com suas semelhanças econômicas, históricas e culturais, como também não se prende aos limites territoriais dos estados - é o caso, por exemplo, do norte de Minas Gerais que encontra-se no Nordeste, enquanto o restante do território mineiro está localizado no Centro-Sul.

Os Quatro Brasis

Milton Santos e Maria Laura Silveira são responsáveis pela elaboração desse modelo de regionalização. Eles adotaram  como critério a permeabilidade do meio técnico-científico-informacional, isto é, o quão presentes são a técnica, a ciência e a informação no território.

Com base nestas diferenças, definiu-se quatro áreas, da mais tecnificada para a menos tecnificada: Concentrada; Centro-Oeste; Nordeste e Amazônia.

  • Concentrada: a soma das regiões Sudeste e Sul do Brasil, que "concentra" a densidade técnica, espacial, financeira e econômica do território (especialmente São Paulo e Rio de Janeiro). Nesta área, estão os "espaços iluminados" que aglomeram as maiores empresas, indústrias e redes de transporte, comunicação e finanças do país;
  • Centro-oeste: com exceção do Tocantins, é exatamente igual a do IBGE. De ocupação recente, destaca-se o agronegócio mecanizado, que dada sua importância, recebe grande fluxo do meio técnico-científico-informacional;
  • Nordeste: ao contrário do Centro-Oeste, o Nordeste possui povoamento antigo, apesar de a introdução do meio técnico-científico-informacional ocorrer apenas de forma pontual, pouco densa e concentrada no litoral. No geral, sobretudo no sertão e no meio norte, há baixa densidade técnica;
  • Amazônia: polo oposto à Região Concentrada, é a menos tecnificada do país. Apresenta baixa fluidez de comunicação, transporte e circulação, caracterizando os chamados "territórios viscosos".
Regionalização do IBGE

É a regionalização oficial do Brasil, determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Criado na Era Vargas, em 1936, o IBGE logo começaria a pensar as formas de dividir o Brasil, tanto para conhecer o território quanto para seu ordenamento e gestão.

Em seguida, na década de 1940, surgiu a primeira regionalização, no entanto, muito diferente da atual. Foi somente na década de 1970, após muitos ajustes, que o mapa atual foi finalmente concebido em cinco regiões: Norte; Nordeste; Centro-Oeste; Sudeste; e Sul.

Desde então, a única mudança realmente impactante - além da emancipação de Mato Grosso do Sul e da extinção dos territórios federais - foi a criação do estado do Tocantins, em 1988, cujo território deixou de ser parte do Centro-Oeste (estado de Goiás) e passou a integrar a Região Norte.

Enfim, a regionalização do IBGE, apesar de algumas críticas, inovou ao considerar tanto aspectos antrópicos (economia, sociedade, cultura) quanto aspectos físicos (clima, relevo, hidrografia, etc), sendo teoricamente completa em sua composição.

Não é por acaso que, por exemplo, a Amazônia, de baixa densidade técnica e grande biodiversidade, "coincide" com a Região Norte; e que o Cerrado, agroexportador, "coincide" com o Centro-Oeste. Tudo foi pensado para ser exatamente assim, combinando natureza e sociedade.

As regiões brasileiras, de acordo com o IBGE, são:
  • Centro-Oeste: constituída por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, totaliza uma área de 1.604 852 km2 que abriga aproximadamente 14 milhões de pessoas;
  • Nordeste: região caracterizada pela seca ocupa uma área de 1.556.001 km2, onde vivem aproximadamente 53 milhões de pessoas. É composta pelos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão;
  • Norte: formada pelos estados do Acre, Tocantins, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará e Amapá. O território é constituído por uma área de 3.851 560 km2, ocupada por aproximadamente 15,8 milhões de pessoas;
  • Sudeste: região onde vivem cerca de 80,3 milhões de habitantes distribuídos em uma área de 927. 286 km2. O sudeste é constituído por quatro estados, são eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo;
  • Sul: ocupa uma extensão territorial de 575. 316 km2, onde se encontram distribuídos cerca de 27,3 milhões de habitantes. A menor das regiões brasileiras é formada pelos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Esses são os principais modelos de regionalização do Brasil (ao menos, os mais cobrados nos concursos e vestibulares país afora). Agora, como prometido, segue a tabela de fixação desses modelos:

 Imagem meramente ilustrativa.

sábado, 3 de abril de 2021

É necessário desprender-se da visão eurocêntrica - Geografia e Atualidades

Atenção, atenção! Essa publicação possui um viés reflexivo e crítico, ou seja, é aquele tipo de texto que te faz olhar fora da caixa, sabe?! Ao menos, essa é a intenção daquele que vos escreve.

Para começar, observe a imagem:

    Imagem meramente ilustrativa.


Conseguiu entender a imagem acima? Caso não tenha entendido, saiba que é normal. O mapa que trouxe aqui é totalmente fora do padrão que estamos acostumados a ver nos demais, então não se assuste: você não aprendeu errado!

É tudo uma questão de referência - e perceber isso torna-se, com certeza, uma tarefa nada fácil, sobretudo pelo fato de sermos ensinados e/ou doutrinados sob os moldes de uma cultura europeia, mas também pela nossa nacionalidade. Afinal, o Brasil é a prova disso.

Assim, eu te convido a desprender-se da visão eurocêntrica a qual estamos habituados e, de fato, comprender a imagem em questão. Segue o texto, vem comigo!

O eurocentrismo é a perspectiva que coloca a Europa no centro do mundo. Nossa sociedade é toda baseada em um modelo europeu, inclusive na ciência. Para ser mais prático, basta olhar o mapa-mundi e ver qual é a linha que divide os hemisférios Ocidental e Oriental: é o meridiano de Greenwich.

Tal meridiano passa sobre a localidade de mesmo nome, Greenwich, onde fica o Observatório Real, nos arredores de Londres, e que, por convenção, divide o globo terrestre em ocidente e oriente, permitindo medir a longitude. Visualizou a influência do eurocentrismo na representação cartográfica?

E se, ao invés de Greenwich, o meridiano 0° passasse sobre Brasília (ou qualquer outra capital de país americano)? Sim, o mapa seria diferente, pois esse seria o "centro do mundo". No entanto, o grande problema dos mapas é que vemos o mundo como um começo, um meio e um fim, já que foi achatado e colocado num papel que o distorce. 

Lembre-se sempre que o planeta é redondo (não é uma esfera perfeita, mas é redondo) e, portanto, não tem "em cima" ou "embaixo", "lado certo" ou "lado errado" e - muito menos - um padrão a ser seguido. É nós que colocamos isso nele!

sábado, 27 de março de 2021

Recursos naturais: o que são, classificação e importância - Geografia e Atualidades

Em geral, são os recursos naturais a quem, nós - seres humanos -, recorremos para suprir/satisfazer nossas necessidades. Eles são úteis no dia a dia, fornecem alimento, energia e garantem o desenvolvimento da sociedade, bem como das diversas atividades que produzimos.

Os recursos naturais são também fundamentais para o desenvolvimento econômico. Junto a isso, está o fato de não estarem distribuídos de forma homogênea no planeta, havendo, assim, lugares com maior ou menor disponibilidade de determinado elemento. Tal fato faz com que determinadas áreas apresentem insuficiência de recursos naturais para suprir as necessidades da população, gerando conflitos entre os indivíduos, como é o caso do petróleo.

Voltando aos recursos naturais, eles são frequentemente divididos em recursos não-renováveis e renováveis. Confira-os a seguir:

Os recursos não-renováveis são aqueles que não se renovam ou demoram milhares de anos para que isso aconteça. É o caso, por exemplo, do petróleo: que é retirado da terra rapidamente, apesar de demorar longos períodos para que seja formado. Minérios como o cobre, ouro e ferro são exemplos de recursos com potencial para se esgotarem em um futuro próximo.

Os recursos renováveis, por sua vez, são aqueles que podem ser renovados/regenerados pela natureza ou até mesmo pela ação do homem. É o caso da vegetação, dos animais e da água.

Além de serem classificados em renováveis ou não, alguns recursos naturais são também considerados como inesgotáveis.

Os recursos naturais inesgotáveis (também renováveis) são aqueles disponibilizados pela natureza que não se esgotam ao longo do tempo, por mais que sejam utilizados/explorados economicamente pelo homem. Ou seja, os recursos inesgotáveis são aqueles que não acabam, sendo representados principalmente pelo vento e pela luz solar️.

Vale ter em mente que o termo "inesgotável" é utilizado para tais recursos, pois considera-se que os mesmos não virão a se esgotar no período em que a HUMANIDADE estiver habitando o planeta Terra.

Embora os recursos inesgotáveis não corram o risco de se extinguirem (ao menos, na escala temporal humana), é preciso que o uso dessas fontes esteja sempre associado a um gerenciamento adequado, uma vez que a exploração desses recursos pode gerar diversos impactos ambientais e sociais. O uso de energia eólica, por exemplo, embora não leve ao esgotamento do vento, pode afetar o comportamento de migração das aves e estar associado à poluição sonora: o vento que bate nas pás produz um ruído constante de aproximadamente 43 decibéis.

O mesmo pode ser aplicado à geração de energia solar️, que exige a instalação de usinas e equipamentos e pode culminar numa considerável degradação da área, que perde cobertura vegetal e sofre terraplanagem para receber os painéis solares para captação, geração e armazenamento de energia.

A imagem, a seguir, sintetiza a diferença entre recursos naturais renováveis, não-renováveis e inesgotáveis. Veja:


Copyright © 2021, Instagram @geography.planet (Por Vitor Colleto). Todos os direitos reservados. 

sábado, 20 de março de 2021

O que é "barlavento" e "sotavento"? - Geografia e Atualidades

Chuvas orográficas são também chamadas de chuvas de relevo, por ocorrerem pela ação do relevo sobre o clima (lembre-se que o relevo é um dos fatores climáticos). Assim, quando uma massa de ar é "bloqueada" por uma área de altitude elevada (serras ou montanhas, por exemplo), é obrigada a se elevar para atravessá-la. Neste movimento ascendente induzido da massa de ar, a umidade satura o ar ao redor e provoca fortes índices de precipitação (no "barlavento" ). Em consequência, é comum que a região para onde a massa de ar úmido deveria ir (o "sotavento") apresente problemas de secas recorrentes.

Compreendeu a chuva orográfica? Mas, se você ficou com uma 'pulga atrás da orelha' para saber o que é "barlavento" e "sotavento", isso será resolvido agora. Preste atenção!

Barlavento: lado para onde sopra o vento ("barra o vento"); 

- Sotavento: lado por onde sai o vento ("solta o vento").

 Confira a imagem abaixo:

Imagem meramente ilustrativa.

Na imagem, é possível visualizar de forma mais clara o mecanismo de formação das chuvas orográficas. Em relação ao clima e ao relevo, o ar que vai em direção à montanha, à barlavento, é forçado a subir e condensa-se, provocando as chuvas orográficas ('oro' vem de montanha; lembre-se de "orogênese"). Após passar a barreira de relevo (montanha) formada por movimentos orogenéticos das placas tectônicas, já desprovido de umidade, o ar passa à sotavento da montanha. Por isso, é frequente encontrar-se florestas à barlavento de uma montanha, e desertos à sotavento dela.

A exemplos de regiões que veem regularmente precipitação induzida por elevação orográfica, destacam-se o noroeste dos Estados Unidos e o sopé do Front Range, no norte do Colorado.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

TIPOS DE VEGETAÇÃO

No mundo há climas secos, úmidos, alternadamente úmidos e secos ao longo do ano, quentes, frios, alternadamente quentes e frios etc. Esses diferentes de climas refletem-se na cobertura vegetal, definindo a altura das plantas, a forma das folhas, a espessura dos caules, a fisionomia geral da vegetação e servem de base para classificá-las. Confira a seguir alguns desses tipos! 
- PERENE: é a vegetação em que suas folhas não caem, permanecendo verdes durante todo o ano. É comum principalmente em áreas de florestas equatoriais e tropicais do mundo, como a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica no Brasil.
- XERÓFILA: é a vegetação que se adapta facilmente à aridez (ou seja, a regiões de baixa umidade). Essa característica é atribuída por apresentar caules e folhas carnudas para armazenar água, além de possuírem espinhos, como, os cactos. Esse é o tipo de vegetação encontrado na Caatinga brasileira.
- ACICUFOLIADA: apresenta folhas em forma de agulhas, o que facilita o escoamento da neve em áreas de altas/médias latitudes. É o caso, por exemplo, da Taiga nas regiões temperadas do Hemisfério Norte. No Brasil, ela pode ser encontrada na mata de Araucárias, sendo uma grande fornecedora de madeira.
- CADUCIFÓLIA: apresenta folhas "caducas". Ou seja, perdem as folhas em determinadas épocas do ano. Apesar de ser bastante comum em países mais frios, pode-se encontrar plantas desse tipo no Brasil, como na Caatinga e no Cerrado. Porém, no Cerrado brasileiro, as plantas não trocam suas folhas ao mesmo tempo, fazendo cada espécie "caduca" perder suas folhas em diferentes períodos; sendo, por isso, chamado de vegetação semicaducifólia ou semidecídua. 
- LATIFOLIADA: ao contrário da acicufoliada, apresenta folhas largas que permitem intensa transpiração; sendo geralmente nativas de regiões muito úmidas, por exemplo, a Floresta Amazônica.
- TROPÓFILA: é a vegetação adaptada às variações de umidade, segundo a estação, seca ou chuvosa; tendo característica caducifólia 🍂. Assim como as Savanas africanas, o Cerrado brasileiro  é um exemplo de vegetação tropófila, por apresentar um clima típico dos trópicos (quente e úmido).
- HIGRÓFILA: é a vegetação adaptada a ambientes úmidos, geralmente perenes . No Brasil

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Bônus demográfico brasileiro

Bonus demográfico carece que o país invista nas populações mais jovens, tenha um sistema de ensino de qualidade, um ambiente de negócios que fomente a inovação e o empreendedorismo e boa governança dos recursos públicos, atributos que nem sempre estão presentes por aqui. Nesse sentido, faz-se necessário que determinado país tenha propriedade intelectual a partir do desenvolvimento científico e tecnológico independente dos países centrais.

Alguns países aproveitaram sua fase de bônus demográfico para alavancarem suas economias, como China, Japão, Coreia do Sul e Cingapura, entre as décadas de 1960 e 1990, mantendo suas economias elevadas por um grande período enquanto estavam em transição demográfica.

A transição demográfica é quando as faixas etárias onde estão concentradas a maior parte da população mudam, como por exemplo, é previsto que na década de 2030 a maior parte da população brasileira se encontre na faixa etária idosa, diminuindo a quantidade de força de trabalho, já que hoje a mesma se encontra na adulta.

Com a faixa etária de crianças baixa, devido a diminuição da taxa de fecundidade, o país perderá em números a população ativa economicamente, o que acarretará em um problema econômico para o país, como é visto atualmente em alguns países da Europa, onde a maior parte da população se encontra na faixa etária idosa, e as arrecadações financeiras da população trabalhadora não supre a necessidade de pagamentos de previdência da população idosa, acarretando em problemas de gastos públicos.

No caso do Brasil, o país vem passando por uma estagnação econômica, sendo visto que órgãos como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial afirmaram que o país perdeu a chance de aproveitar o impulso do bônus demográfico para alavancar sua economia, acreditando que são necessárias reformas para aumentar a produtividade e corrigir o desequilíbrio nas finanças públicas. Ou seja, o Brasil não aproveitou o bônus demográfico, e continuou pobre.

O bônus demográfico deve ser visto como uma oportunidade única de elevação da economia antes da transição demográfica, onde o país deve incentivar a educação, profissionalizar os jovens, investir em meios que melhorem as formas de produção, focando no aumento da economia, mas muitos países veem o alto número de jovens como um problema e não como uma solução.

Brasil corre o risco de ser o primeiro país a envelhecer antes de enriquecer. Outros países já passaram por processos de envelhecimento, como Japão, Espanha e Alemanha, mas eles possuem uma situação social e econômica bastante diferente da brasileira.

Bônus demográfico não acontece se não há oportunidades para as pessoas em idade produtiva.

No Brasil, dez milhões de jovens são nem nem, ou seja, nem trabalham e nem estudam. Os indicadores econômicos são negativos há vários anos e a política tem sido uma usina de más notícias.

A janela do bônus demográfico no Brasil e na América Latina como um todo ainda está aberta, mas não por muito tempo. Breve essa tendência vai se inverter e teremos uma proporção menor de pessoas em idade produtiva. É necessário investir em Educação, Inovação e no principal ativo da Economia do Futuro: o capital humano, porque o bônus demográfico é um fenômeno histórico que não se repete.

Fontes: InfoEscola e Revolução Prateada



Por: lucinhahb

 

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