Para analisar esse e outros temas
da atualidade com mais consistência faz-se necessário entender o processo
histórico relacionado. Por exemplo, bactérias, vírus entre outros, já causaram
estragos tão grandes à humanidade quanto as mais terríveis guerras, terremotos
e vulcanismo. A partir de 1948 com a
criação da OMS (fundada
em 7
de abril de 1948 e
subordinada à Organização
das Nações Unidas.
Sua sede é em Genebra, na Suíça. O diretor-geral é, desde julho
de 2017, o etíope Tedros Adhanom.) devido à fiscalização evita-se a propagação
da doença.
A palavra quarentena nasce com a peste
negra, pois durante aproximadamente 12 dias, o vírus era assintomático, mas
após 22 dias a doença inicia seu processo de contágio e nos próximos 5 dias
provoca a morte.
PESTE NEGRA
(BUBÔNICA)- 50 milhões de mortos (Europa e Ásia) – 1333 a 1351 (IDADE MÉDIA)
História: A peste bubônica ganhou o nome de
peste negra por causa da pior epidemia que atingiu a Europa, no século 14, principalmente em Veneza e Genova (cidades
comerciais). Ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e o
saneamento das cidades, diminuindo a população de ratos urbanos.
Contaminação: Causada pela bactéria Yersinia pestis, comum em roedores como o rato. É
transmitida para o homem pela pulga desses animais contaminados
Sintomas: Inflamação dos gânglios linfáticos,
seguida de tremedeiras, dores localizadas, apatia, vertigem e febre alta
Tratamento: À
base de antibióticos. Sem tratamento, mata em 60% dos casos.
VARÍOLA- 300
milhões de mortos - 1896 a 1980
História –
A doença atormentou a humanidade por mais de 3.000 anos. Até figurões como o
faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da
França tiveram a temida “bixiga”. A vacina foi descoberta em 1796.
Contaminação – O Orthopoxvírus variolae era transmitido de
pessoa para pessoa, geralmente por meio das vias respiratórias.
Sintomas – Febre, seguida de erupções na garganta, na boca e
no rosto. Posteriormente, pústulas que podiam deixar cicatrizes no corpo.
Tratamento – Erradicada do planeta desde 1980, após campanha
de vacinação em massa
CÓLERA
História – Conhecida desde a Antiguidade,
teve sua primeira epidemia global em 1817. Desde então, o vibrião colérico (Vibrio cholerae) sofreu diversas mutações, causando
novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos
Contaminação – Por meio de água ou alimentos
contaminados
Sintomas – A bactéria se multiplica no
intestino e elimina uma toxina que provoca diarreia intensa.
Consequências da Peste Negra: (pode cair como tema de redação)
A Peste Negra provocou
transformações na forma de enxergar o mundo na Eurásia (século 14), como por
exemplo, mulheres não tinham o direito de ter propriedades, mas com a morte
massiva de homens isso muda drasticamente
já que elas eram as únicas que restavam em determinadas cidades. Por isso
passaram a ser titulares de direito no século xv em várias regiões da Europa.
O sistema Feudal é atingido,
pois vários servos morreram devido a propagação da peste, assim como, alguns senhores
feudais, também. Nesse sentido, era necessário criar acordos para suprir as
necessidades. Inicia-se então, o fim da sociedade feudal.
A representação da morte com a
foice e/ou cadáver negro.
Questionamento em relação à
ordem religiosa da época e do Teocentrismo. Dessa forma, nas décadas seguintes
vai surgir na Itália, a região mais atingida pela peste, o Antropocentrismo, a
ideia do Humanismo Renascentista, a crença de que o homem é o centro.
Começa uma fase em que surgem
os poetas, como Giovanni
Boccaccio
foi um importante escritor e poeta italiano do século XIV. Sua principal obra
é Decameron.
Francesco Petrarca foi
um poeta, orador e escritor humanista italiano. Um dos precursores do
Renascimento italiano, bem como o fundador do Humanismo.
Com a diminuição da
população também diminui a produção de alimentos, aumenta a fome.
Surge a lenda dos 4
cavalheiros do apocalipse.
Obs. Se a Peste Negra
ocorresse hoje, morreriam, aproximadamente, 1, 5 bilhão de pessoas.
VARÍOLA (300
milhões de mortos – 1896 a 1980)
História – A doença atormentou a humanidade
por mais de 3 000 anos. Até figurões como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha
Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga”. A
vacina foi descoberta em 1796
Contaminação – O Orthopoxvírus variolae era
transmitido de pessoa para pessoa, geralmente por meio das vias respiratórias
Sintomas – Febre, seguida de erupções na
garganta, na boca e no rosto. Posteriormente, pústulas que podiam deixar
cicatrizes no corpo
Tratamento – Erradicada do planeta desde
1980, após campanha de vacinação em massa.
GRIPE ESPANHOLA (a partir da carne do
porco) (1918/19)- Final da Guerra)
[...] A gripe espanhola – como ficou conhecida devido ao grande número
de mortos na Espanha – apareceu em duas ondas diferentes durante 1918. Na
primeira, em fevereiro, embora bastante contagiosa, era uma doença branda não
causando mais que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda, em agosto,
tornou-se mortal.
Enquanto a primeira onda de gripe atingiu especialmente os Estados
Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro: também caíram doentes as
populações da Índia, Sudeste Asiático, Japão, China e Américas Central e do
Sul.
No Brasil, a epidemia
chegou em setembro de 1918: o navio inglês "Demerara", vindo
de Lisboa, desembarca doentes em Recife, Salvador e Rio de Janeiro (então
capital federal). No mesmo mês, marinheiros que prestaram serviço militar em
Dakar, na costa atlântica da África, desembarcaram doentes no porto de Recife.
Em pouco mais de duas semanas, surgiram casos de gripe em outras cidades do
Nordeste e em São Paulo. Matando,
inclusive, o presidente Rodrigues Alves, no RJ.
Nos jornais multiplicavam-se receitas: cartas enviadas por leitores
recomendavam pitadas de tabaco e queima de alfazema ou incenso para evitar o
contágio e desinfetar o ar. Com o avanço da pandemia, sal de quinino, remédio
usado no tratamento da malária e muito popular na época, passou a ser
distribuído à população, mesmo sem qualquer comprovação científica de sua eficiência
contra o vírus da gripe. [...] (Invivo Fiocruz).
Foto:Clube de Engenharia.
FEBRE
AMARELA- (30 000 mortos (Etiópia) – 1960 a 1962)
História – O Flavivírus, que tem uma versão
urbana e outra silvestre, já causou grandes epidemias na África e nas Américas
Contaminação – A vítima é picada pelo
mosquito transmissor, que picou antes uma pessoa infectada com o vírus
Sintomas – Febre alta, mal-estar, cansaço,
calafrios, náuseas, vômitos e diarréia. 85% dos pacientes recupera-se em três
ou quatro dias. Os outros podem ter sintomas mais graves, que podem levá-los à
morte
Tratamento – Existe vacina, que pode ser
aplicada a partir dos 12 meses de idade e renovada a cada dez anos.
SARAMPO- (6 milhões de mortos por ano – Até 1963)
História – Era uma das causas principais de
mortalidade infantil até a descoberta da primeira vacina, em 1963. Com o passar
dos anos, a vacina foi aperfeiçoada, e a doença foi erradicada em vários países
Contaminação – Altamente contagioso, o
sarampo é causado pelo vírus Morbillivirus, propagado por meio das secreções
mucosas (como a saliva, por exemplo) de indivíduos doentes
Sintomas – Pequenas erupções avermelhadas na
pele, febre alta, dor de cabeça, mal-estar e inflamação das vias respiratórias
Tratamento – Existe vacina, aplicada aos nove
meses de idade e reaplicada aos 15 meses
EBOLA- (1976)
Ebola, vírus originário do Congo e
identificado em 1976, matou milhares de pessoas.
Há 40 anos, jovem médico belga descobriu agente que causa hemorragia
e devastou aldeias africanas, matando até 90% dos habitantes. Doença chegou aos
EUA e Europa.
[...] Assustados por
surtos de uma febre hemorrágica avassaladora, países da África eram vítimas na
década de 70 de um vírus desconhecido e fatal. Em até 90% dos casos letal, dava
os seus primeiros sinais com febre alta, vômitos e dores pelo corpo das
pessoas, provocando erupções, hemorragias internas e externas. Sangrando e com
diarreia, os pacientes chegavam a morrer em apenas três dias. Foi um cientista
belga, recém-formado em medicina, que identificou, em 1976, o novo vírus, o
Ebola, originário do Norte do Zaire (atual República Democrática do Congo).
Peter Piot descobriu que o vírus, extramamente agressivo, era o causador da
febre hemorrágica que havia matado pessoas que viviam às margens do Rio Ebola.
No Sudão, o vírus também já havia deixado um rastro de centenas de mortos.[...]
MALÁRIA- (3 milhões de mortos
por ano – Desde 1980)
História – Em 1880, foi descoberto o
protozoário Plasmodium, que causa a doença. A OMS considera a malária a pior
doença tropical e parasitária da atualidade, perdendo em gravidade apenas para
a Aids.
Contaminação – Pelo sangue, quando a vítima é
picada pelo mosquito Anopheles contaminado com o protozoário da malária.
Sintomas – O protozoário destrói as células
do fígado e os glóbulos vermelhos e, em alguns casos, as artérias que levam o
sangue até o cérebro.
Tratamento – Não existe uma vacina eficiente,
apenas drogas para tratar e curar os sintomas.
AIDS –(22 milhões de mortos – Desde 1981)
História – A doença foi identificada em 1981,
nos Estados Unidos, e desde então foi considerada uma epidemia pela Organização
Mundial de Saúde.
Contaminação – O vírus HIV é transmitido
através do sangue, do esperma, da secreção vaginal e do leite materno.
Sintomas – Destrói o sistema imunológico,
deixando o organismo frágil a doenças causadas por outros vírus, bactérias, parasitas
e células cancerígenas.
Tratamento – Não existe cura. Os
soropositivos são tratados com coquetéis de drogas que inibem a multiplicação
do vírus, mas não o eliminam do organismo.
CORONAVÍRUS- (surge, provavelmente, pelo
mercado de frutos do mar)- 2019-2020
Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral,
conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em
seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam
doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. A
maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida,
sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os coronavírus
comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e beta
coronavírus OC43, HKU1.
Alguns coronavírus podem causar
síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que
ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory
Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo
os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente
para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia,
infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da
epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS
tem sido relatado mundialmente.
Em 2012, foi isolado outro novo
coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada.
Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua
identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros
países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados
fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com
viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar,
Emirados Árabes e Jordânia.
Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome
respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East
Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS (MERS-CoV).
A propagação
do novo coronavírus segue em ritmo acelerado. Além da Ásia, América do Norte e
Europa já têm casos confirmados e aqui, no Brasil.
Na China,
epicentro da crise, a situação se agrava: o número de infectados é superior a
4.500 casos e o de mortos, já passa de 130. O governo chinês restringiu os
acessos de entrada e saída de Wuhan, cidade onde o vírus surgiu em humanos, e
de toda província de Hubei, mas reconhece, que antes da medida,
mais de 5 milhões de chineses já tinham deixado a região.
A epidemia chinesa
ligou o sinal de alerta em economias de todo o mundo. Os preços das commodities
caíram e
as mais importantes bolsas de valores começaram a semana em queda
acentuada. E o quadro pode se agravar.
China tem 909 mortes por coronavírus e atinge
recorde em 1 dia; nº de novos casos se estabiliza
No Brasil, há 11 casos suspeitos; nenhum foi
confirmado. Brasileiros que estavam na China chegaram ao país neste domingo e
já estão em quarentena na Base Aérea de Anápolis (GO). Primeiro boletim médico
aponta que nenhum deles apresenta sintomas.
Por G1
10/02/2020 08h45 Atualizado há uma
hora
909 mortes por coronavírus na China; 1 morte nas Filipinas; 40.235 casos confirmados na
China; 3.283 infectados já se recuperaram na China; 319 casos confirmados em outros 24 países, de acordo com a OMS. No Brasil, há 11 casos suspeitos e nenhum confirmado até as 13h30
deste domingo (9). O segundo hospital feito para tratar pacientes
com coronavírus recebeu os primeiros pacientes no sábado.Cruzeiro japonês
confirma 65 novos casos de coronavírus; total vai a 135.
DICAS DE LEITURA:
Giovanni Boccaccio
Giovanni Boccaccio foi um importante escritor e poeta
italiano do século XIV. Sua principal obra é Decameron, um
conjunto de histórias curtas (contos). Boccaccio é considerado, por muitos
estudiosos, como um dos precursores do humanismo, que foi de extrema
importância no Renascimento Italiano na literatura e também nas artes
plásticas. É também considerado uma dos maiores contadores de historias da
Europa do século XIV.
[...] Boccaccio nasceu na cidade de Certaldo (Itália)
em 16 de junho de 1313. Faleceu, aos 61 anos, em sua cidade natal, em 21 de
dezembro de 1375.
- Retratou, em seus contos de Decameron, a peste negra, que assolou a Europa em
1348.
- Boccaccio buscou dar utilidade prática para suas
obras humanistas. [...]
Francesco
Petrarca foi um poeta,
orador e escritor humanista italiano. Um dos precursores do Renascimento
italiano, bem como o fundador do Humanismo, a Petrarca está atribuída a criação
e disseminação da forma fixa literária chamada “soneto”
(poema formado por catorze versos).
[...] Francesco Petrarca nasceu
em Arezzo, Itália, dia 20 de julho de 1304. Desde pequeno, sua família morou em
diversas cidades francesas e italianas, uma vez que seu pai fora um exilado
político. Estudou Direito em Montpellier, na França, curso que terminou em
Bolonha, Itália, no ano de 1326.
Além disso, Petrarca estudou
línguas, literatura, gramática, retórica e dialética. Durante sua vida, obteve
grande influência na sociedade a partir do momento em que foi devoto da igreja,
entrando para o Clero, em 1330. Já reconhecido como poeta e grande intelectual
da época, Petrarca recebeu o título de “Poeta Laureado” em 18 de abril de 1341.
Foi amigo do poeta italiano Giovanni Boccaccio (1313-1375), que o considerava
seu mestre espiritual e cultural. [...]
Ruy
Castro publicou o livro Metrópole a Beira Mar “O que aconteceu no Rio entre o carnaval de 1919 e a
Revolução de 30?”
Obs. A Epidemia
da gripe Espanhola estava no final e a população usou o carnaval de 2019 como
forma de comemorar a vida.
Uma cidade
em convulsão na imprensa, na literatura, na música popular, na ópera, no
teatro, nas artes plásticas, no cinema, na caricatura, na praia, na ciência, na
arquitetura, no futebol, na luta das mulheres, nos costumes, no sexo e nas
drogas. Se o Brasil dos anos 20 ainda engatinhava rumo à modernização, o Rio de
Janeiro tinha vida própria e já era sinônimo de arrojo e vanguarda.
É essa capital fervilhante o cenário e a protagonista do
novo livro de Ruy Castro.
Em Metrópole
à beira-mar, um de nossos maiores biógrafos faz uma saborosa
reconstituição histórica dos anos loucos cariocas, entrelaçando eventos
políticos e culturais à trajetória dos personagens — os lembrados e os
esquecidos —, que fizeram e mudaram a história.
ANÁLISE CONTEXTUAL DE EXTREMA IMPORTÂNCIA.
FAK NEWS:
O Ebola que tem
origem em regiões do continente africano de extrema pobreza terá como consequência,
o preconceito, como se as epidemias fossem originárias, sempre, de países
periféricos. O que não se confirma, pois a gripe espanhola espalhou-se por
vários continentes, oriunda dos países do Norte. Trazendo, inclusive, para a
América, matando milhares de índios, entre outros.
Assim como, a SARS (causada pelo corona vírus), a Peste
Bubônica, o Corona vírus (2019) que surgiram na China, não significa dizer que
a cultura chinesa seja a causadora. Devemos analisar que assim como ocorreu na
China a epidemia poderia ter ocorrido em qualquer região do planeta. O fato é
que nesse local se concentram o maior número de pessoas, ou seja, mais de
1bilhão e 300 mil, o que favorece a contaminação.
Sinofobia (por parte dos ocidentais); afirmar que o
corona vírus veio do morcego quando todas as evidências levam ao mercado de
frutos do mar.
É importante pesquisar em diversas fontes de
informações.
Fontes: Organização Mundial de Saúde (OMS) e
Fundação Oswaldo Cruz
Professora:
Lúcia Helena Barbosa Ávila Blog: Geografia
e Atualidades- (lucinhahb.blogspot.com)