sábado, 20 de março de 2021

O que é "barlavento" e "sotavento"? - Geografia e Atualidades

Chuvas orográficas são também chamadas de chuvas de relevo, por ocorrerem pela ação do relevo sobre o clima (lembre-se que o relevo é um dos fatores climáticos). Assim, quando uma massa de ar é "bloqueada" por uma área de altitude elevada (serras ou montanhas, por exemplo), é obrigada a se elevar para atravessá-la. Neste movimento ascendente induzido da massa de ar, a umidade satura o ar ao redor e provoca fortes índices de precipitação (no "barlavento" ). Em consequência, é comum que a região para onde a massa de ar úmido deveria ir (o "sotavento") apresente problemas de secas recorrentes.

Compreendeu a chuva orográfica? Mas, se você ficou com uma 'pulga atrás da orelha' para saber o que é "barlavento" e "sotavento", isso será resolvido agora. Preste atenção!

Barlavento: lado para onde sopra o vento ("barra o vento"); 

- Sotavento: lado por onde sai o vento ("solta o vento").

 Confira a imagem abaixo:

Imagem meramente ilustrativa.

Na imagem, é possível visualizar de forma mais clara o mecanismo de formação das chuvas orográficas. Em relação ao clima e ao relevo, o ar que vai em direção à montanha, à barlavento, é forçado a subir e condensa-se, provocando as chuvas orográficas ('oro' vem de montanha; lembre-se de "orogênese"). Após passar a barreira de relevo (montanha) formada por movimentos orogenéticos das placas tectônicas, já desprovido de umidade, o ar passa à sotavento da montanha. Por isso, é frequente encontrar-se florestas à barlavento de uma montanha, e desertos à sotavento dela.

A exemplos de regiões que veem regularmente precipitação induzida por elevação orográfica, destacam-se o noroeste dos Estados Unidos e o sopé do Front Range, no norte do Colorado.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

TIPOS DE VEGETAÇÃO

No mundo há climas secos, úmidos, alternadamente úmidos e secos ao longo do ano, quentes, frios, alternadamente quentes e frios etc. Esses diferentes de climas refletem-se na cobertura vegetal, definindo a altura das plantas, a forma das folhas, a espessura dos caules, a fisionomia geral da vegetação e servem de base para classificá-las. Confira a seguir alguns desses tipos! 
- PERENE: é a vegetação em que suas folhas não caem, permanecendo verdes durante todo o ano. É comum principalmente em áreas de florestas equatoriais e tropicais do mundo, como a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica no Brasil.
- XERÓFILA: é a vegetação que se adapta facilmente à aridez (ou seja, a regiões de baixa umidade). Essa característica é atribuída por apresentar caules e folhas carnudas para armazenar água, além de possuírem espinhos, como, os cactos. Esse é o tipo de vegetação encontrado na Caatinga brasileira.
- ACICUFOLIADA: apresenta folhas em forma de agulhas, o que facilita o escoamento da neve em áreas de altas/médias latitudes. É o caso, por exemplo, da Taiga nas regiões temperadas do Hemisfério Norte. No Brasil, ela pode ser encontrada na mata de Araucárias, sendo uma grande fornecedora de madeira.
- CADUCIFÓLIA: apresenta folhas "caducas". Ou seja, perdem as folhas em determinadas épocas do ano. Apesar de ser bastante comum em países mais frios, pode-se encontrar plantas desse tipo no Brasil, como na Caatinga e no Cerrado. Porém, no Cerrado brasileiro, as plantas não trocam suas folhas ao mesmo tempo, fazendo cada espécie "caduca" perder suas folhas em diferentes períodos; sendo, por isso, chamado de vegetação semicaducifólia ou semidecídua. 
- LATIFOLIADA: ao contrário da acicufoliada, apresenta folhas largas que permitem intensa transpiração; sendo geralmente nativas de regiões muito úmidas, por exemplo, a Floresta Amazônica.
- TROPÓFILA: é a vegetação adaptada às variações de umidade, segundo a estação, seca ou chuvosa; tendo característica caducifólia 🍂. Assim como as Savanas africanas, o Cerrado brasileiro  é um exemplo de vegetação tropófila, por apresentar um clima típico dos trópicos (quente e úmido).
- HIGRÓFILA: é a vegetação adaptada a ambientes úmidos, geralmente perenes . No Brasil

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Bônus demográfico brasileiro

Bonus demográfico carece que o país invista nas populações mais jovens, tenha um sistema de ensino de qualidade, um ambiente de negócios que fomente a inovação e o empreendedorismo e boa governança dos recursos públicos, atributos que nem sempre estão presentes por aqui. Nesse sentido, faz-se necessário que determinado país tenha propriedade intelectual a partir do desenvolvimento científico e tecnológico independente dos países centrais.

Alguns países aproveitaram sua fase de bônus demográfico para alavancarem suas economias, como China, Japão, Coreia do Sul e Cingapura, entre as décadas de 1960 e 1990, mantendo suas economias elevadas por um grande período enquanto estavam em transição demográfica.

A transição demográfica é quando as faixas etárias onde estão concentradas a maior parte da população mudam, como por exemplo, é previsto que na década de 2030 a maior parte da população brasileira se encontre na faixa etária idosa, diminuindo a quantidade de força de trabalho, já que hoje a mesma se encontra na adulta.

Com a faixa etária de crianças baixa, devido a diminuição da taxa de fecundidade, o país perderá em números a população ativa economicamente, o que acarretará em um problema econômico para o país, como é visto atualmente em alguns países da Europa, onde a maior parte da população se encontra na faixa etária idosa, e as arrecadações financeiras da população trabalhadora não supre a necessidade de pagamentos de previdência da população idosa, acarretando em problemas de gastos públicos.

No caso do Brasil, o país vem passando por uma estagnação econômica, sendo visto que órgãos como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial afirmaram que o país perdeu a chance de aproveitar o impulso do bônus demográfico para alavancar sua economia, acreditando que são necessárias reformas para aumentar a produtividade e corrigir o desequilíbrio nas finanças públicas. Ou seja, o Brasil não aproveitou o bônus demográfico, e continuou pobre.

O bônus demográfico deve ser visto como uma oportunidade única de elevação da economia antes da transição demográfica, onde o país deve incentivar a educação, profissionalizar os jovens, investir em meios que melhorem as formas de produção, focando no aumento da economia, mas muitos países veem o alto número de jovens como um problema e não como uma solução.

Brasil corre o risco de ser o primeiro país a envelhecer antes de enriquecer. Outros países já passaram por processos de envelhecimento, como Japão, Espanha e Alemanha, mas eles possuem uma situação social e econômica bastante diferente da brasileira.

Bônus demográfico não acontece se não há oportunidades para as pessoas em idade produtiva.

No Brasil, dez milhões de jovens são nem nem, ou seja, nem trabalham e nem estudam. Os indicadores econômicos são negativos há vários anos e a política tem sido uma usina de más notícias.

A janela do bônus demográfico no Brasil e na América Latina como um todo ainda está aberta, mas não por muito tempo. Breve essa tendência vai se inverter e teremos uma proporção menor de pessoas em idade produtiva. É necessário investir em Educação, Inovação e no principal ativo da Economia do Futuro: o capital humano, porque o bônus demográfico é um fenômeno histórico que não se repete.

Fontes: InfoEscola e Revolução Prateada



Por: lucinhahb

 

quarta-feira, 20 de maio de 2020

EFEITO ESTUFA!

O efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra, essencial para a manutenção da vida. Sem ele, o planeta seria muito frio, dificultando o desenvolvimento das espécies. 
Observe a imagem:

Por Vitor Colleto

A GEOGRAFIA FÍSICA DO JAPÃO!

Localizado a sudeste do continente asiático, o Japão - ou, o país do Sol nascente - é um país muito pequeno, visto que é, na verdade, um arquipélago formado por um conjunto de ilhas de origem vulcânica e, por esse motivo, configura-se em uma área de grande instabilidade geológica (o Cinturão de Fogo do Pacífico). 
Quanto ao relevo, além de contar com um sistema de planícies próximo a faixas litorâneas, o Japão tem seu território marcado por extensos dobramentos modernos, portanto, com relevo extremamente montanhoso; sendo o Monte Fuji o ponto culminante do país com 3.776 metros acima do nível do mar. Além disso, é importante salientar que este país é pobre em recursos naturais, minerais ou energéticos, o que faz com que o governo realize pesados investimentos no setor industrial, tornando o Japão a terceira maior economia do mundo atualmente.

mountainview.jpg - Montanhas atrás de Takayama

Montanhas atrás de Takayama 

Por Vitor Colleto


CONFLITO SUDÃO X SUDÃO DO SUL!

Assim como a maior parte da África, as fronteiras do Sudão foram definidas artificialmente pelas potências ocidentais durante o processo de implantação do colonialismo e, por isso, desde sua independência em relação ao Reino Unido no ano de 1956, o país vivencia profundas crises políticas, que confluíram para uma série de guerras civis. Um desses conflitos armados, por exemplo, já durava 12 anos e  só foi solucionado graças a grande pressão internacional, estabelecendo acordos em 2005 na cidade de Nairóbi, Nigéria, onde se decidiu pelo referendo de 2011, que culminou na separação e na emancipação da parte meridional do país.
Feita essa divisão do Sudão em dois países (Sudão e Sudão do Sul), as diferenças entre os dois territórios continuaram batendo na mesma tecla tanto nos aspectos físicos quanto nas composições étnicas, já que enquanto o norte é majoritariamente composto por regiões desérticas, com escassez de água e recursos naturais; o sul, por sua vez, possui uma maior quantidade de vegetação e pântanos. Além disso, o Sudão do Sul é basicamente composto por povos cristãos e animistas, que não aceitavam a dominação política e legislativa dos povos do norte, de maioria islâmica. Apesar dessas diferenças étnico-culturais, a razão para a existência dos conflitos está plenamente centrada na disputa pelos recursos naturais, principalmente o petróleo, produto do qual os dois países são dependentes e - neste quesito - podemos observar que boa parte da produção petrolífera na região é detida pelos povos do Sudão do Sul, que, em contrapartida, necessitam dos oleodutos localizados no Sudão para escoar suas produções.

 
 Acampamento de refugiados no Sudão 
Imagem: Brasil Escola 

Texto:Vitor Colleto

JUST IN TIME!

Como se sabe o Japão é um país  pequeno, muito povoado e pobre em recursos, por isso fez-se necessário criar um modelo de produção que buscasse evitar enormes estoques, poupando espaço e, ao mesmo tempo, todo um conjunto de recursos que têm que ser disponibilizados para manter esses estoques. Sendo assim, imediatamente após a Segunda Guerra fora sido implementado no Japão o 'Just in Time' (em português, "na hora certa"), com o objetivo também de reerguer as empresas nesse período. 
A primeira empresa que o utilizou foi a montadora de veículos Toyota, que a fez criar uma cultura de pouco desperdício e alto valor agregado e ganhar vantagens competitivas no mercado. Basicamente, esse modelo visa alavancar a produtividade global da empresa e eliminar desperdícios. Além disso, pretende reduzir custos por meio do fornecimento de bens e serviços na quantidade e locais corretos e no momento exato em que eles forem solicitados, fazendo com que a empresa passe a utilizar minimamente seus equipamentos, materiais, instalações e recursos humanos, não deixando o estoque parado muito tempo nem os clientes há espera - em demasia - pela entrega do produto final.

tokyoskytree.jpg - A Tokyo Sky Tree é a mais nova torre de rádio no horizonte de Tóquio
A Tokyo Sky Tree é a mais nova torre de rádio no horizonte de Tóquio


Por Vitor Colleto

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Sistema de Castas na Índia


De acordo com o Hinduísmo - religião com a maior parte de adeptos do país -, o sistema de castas, ainda, vigora na Índia, apesar dessa forma de estratificação social ser proibida atualmente em nível mundial, visto que este é um modelo bastante rígido, fechado e segregacionista. Essa última característica é atribuída ao fato de, principalmente, os dálits ou intocáveis serem menosprezados e/ou discriminados pelas demais castas por serem considerados "impuros", conforme a tradição hindu. Social e economicamente falando, deve-se mencionar que não é possível mudar de casta, ou seja, uma vez que você nasce em uma determinada casta, você permanece nela durante toda a sua vida; isso faz com que esse seja um dos motivos pelos quais o governo indiano realiza pesados investimentos em educação, a fim de oferecer maiores oportunidades a partes inferiores dessa sociedade estamentária, mesmo que (ainda) o país conserve profundas desigualdades sociais.
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

AS EPIDEMIAS MUNDIAIS/ CORONAVÍRUS- COVID-19


Para analisar esse e outros temas da atualidade com mais consistência faz-se necessário entender o processo histórico relacionado. Por exemplo, bactérias, vírus entre outros, já causaram estragos tão grandes à humanidade quanto as mais terríveis guerras, terremotos e vulcanismo. A partir de 1948 com a criação da OMS (fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à Organização das Nações Unidas. Sua sede é em Genebra, na Suíça. O diretor-geral é, desde julho de 2017, o etíope Tedros Adhanom.) devido à fiscalização evita-se a propagação da doença.
A palavra quarentena nasce com a peste negra, pois durante aproximadamente 12 dias, o vírus era assintomático, mas após 22 dias a doença inicia seu processo de contágio e nos próximos 5 dias provoca a morte.

PESTE NEGRA (BUBÔNICA)- 50 milhões de mortos (Europa e Ásia) – 1333 a 1351 (IDADE MÉDIA)

História: A peste bubônica ganhou o nome de peste negra por causa da pior epidemia que atingiu a Europa, no século 14, principalmente em Veneza e Genova (cidades comerciais). Ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e o saneamento das cidades, diminuindo a população de ratos urbanos.
Contaminação: Causada pela bactéria Yersinia pestis, comum em roedores como o rato. É transmitida para o homem pela pulga desses animais contaminados
Sintomas: Inflamação dos gânglios linfáticos, seguida de tremedeiras, dores localizadas, apatia, vertigem e febre alta
Tratamento: À base de antibióticos. Sem tratamento, mata em 60% dos casos.
VARÍOLA- 300 milhões de mortos - 1896 a 1980
História – A doença atormentou a humanidade por mais de 3.000 anos. Até figurões como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga”. A vacina foi descoberta em 1796. 
Contaminação – O Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, geralmente por meio das vias respiratórias. 
Sintomas – Febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Posteriormente, pústulas que podiam deixar cicatrizes no corpo. 
Tratamento – Erradicada do planeta desde 1980, após campanha de vacinação em massa

CÓLERA
História – Conhecida desde a Antiguidade, teve sua primeira epidemia global em 1817. Desde então, o vibrião colérico (Vibrio cholerae) sofreu diversas mutações, causando novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos
Contaminação – Por meio de água ou alimentos contaminados
Sintomas – A bactéria se multiplica no intestino e elimina uma toxina que provoca diarreia intensa.

Consequências da Peste Negra: (pode cair como tema de redação)
A Peste Negra provocou transformações na forma de enxergar o mundo na Eurásia (século 14), como por exemplo, mulheres não tinham o direito de ter propriedades, mas com a morte massiva de homens  isso muda drasticamente já que elas eram as únicas que restavam em determinadas cidades. Por isso passaram a ser titulares de direito no século xv em várias regiões da Europa.
O sistema Feudal é atingido, pois vários servos morreram devido a propagação da peste, assim como, alguns senhores feudais, também. Nesse sentido, era necessário criar acordos para suprir as necessidades. Inicia-se então, o fim da sociedade feudal.
A representação da morte com a foice e/ou cadáver negro.
Questionamento em relação à ordem religiosa da época e do Teocentrismo. Dessa forma, nas décadas seguintes vai surgir na Itália, a região mais atingida pela peste, o Antropocentrismo, a ideia do Humanismo Renascentista, a crença de que o homem é o centro.
Começa uma fase em que surgem os poetas, como Giovanni Boccaccio foi um importante escritor e poeta italiano do século XIV. Sua principal obra é Decameron.
Francesco Petrarca foi um poeta, orador e escritor humanista italiano. Um dos precursores do Renascimento italiano, bem como o fundador do Humanismo.
Com a diminuição da população também diminui a produção de alimentos, aumenta a fome.
Surge a lenda dos 4 cavalheiros do apocalipse.
Obs. Se a Peste Negra ocorresse hoje, morreriam, aproximadamente, 1, 5 bilhão de pessoas.

VARÍOLA (300 milhões de mortos – 1896 a 1980)

História – A doença atormentou a humanidade por mais de 3 000 anos. Até figurões como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga”. A vacina foi descoberta em 1796
Contaminação – O Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, geralmente por meio das vias respiratórias
Sintomas – Febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Posteriormente, pústulas que podiam deixar cicatrizes no corpo
Tratamento – Erradicada do planeta desde 1980, após campanha de vacinação em massa.

GRIPE ESPANHOLA (a partir da carne do porco) (1918/19)- Final da Guerra)
[...] A gripe espanhola – como ficou conhecida devido ao grande número de mortos na Espanha – apareceu em duas ondas diferentes durante 1918. Na primeira, em fevereiro, embora bastante contagiosa, era uma doença branda não causando mais que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda, em agosto, tornou-se mortal.
Enquanto a primeira onda de gripe atingiu especialmente os Estados Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro: também caíram doentes as populações da Índia, Sudeste Asiático, Japão, China e Américas Central e do Sul.
No Brasil, a epidemia chegou em setembro de 1918: o navio inglês "Demerara", vindo de Lisboa, desembarca doentes em Recife, Salvador e Rio de Janeiro (então capital federal). No mesmo mês, marinheiros que prestaram serviço militar em Dakar, na costa atlântica da África, desembarcaram doentes no porto de Recife. Em pouco mais de duas semanas, surgiram casos de gripe em outras cidades do Nordeste e em São Paulo. Matando, inclusive, o presidente Rodrigues Alves, no RJ.
Nos jornais multiplicavam-se receitas: cartas enviadas por leitores recomendavam pitadas de tabaco e queima de alfazema ou incenso para evitar o contágio e desinfetar o ar. Com o avanço da pandemia, sal de quinino, remédio usado no tratamento da malária e muito popular na época, passou a ser distribuído à população, mesmo sem qualquer comprovação científica de sua eficiência contra o vírus da gripe. [...] (Invivo Fiocruz).
Foto:Clube de Engenharia.
Foto:Clube de Engenharia.

FEBRE AMARELA- (30 000 mortos (Etiópia) – 1960 a 1962)

História – O Flavivírus, que tem uma versão urbana e outra silvestre, já causou grandes epidemias na África e nas Américas
Contaminação – A vítima é picada pelo mosquito transmissor, que picou antes uma pessoa infectada com o vírus
Sintomas – Febre alta, mal-estar, cansaço, calafrios, náuseas, vômitos e diarréia. 85% dos pacientes recupera-se em três ou quatro dias. Os outros podem ter sintomas mais graves, que podem levá-los à morte
Tratamento – Existe vacina, que pode ser aplicada a partir dos 12 meses de idade e renovada a cada dez anos.

SARAMPO- (6 milhões de mortos por ano – Até 1963)
História – Era uma das causas principais de mortalidade infantil até a descoberta da primeira vacina, em 1963. Com o passar dos anos, a vacina foi aperfeiçoada, e a doença foi erradicada em vários países
Contaminação – Altamente contagioso, o sarampo é causado pelo vírus Morbillivirus, propagado por meio das secreções mucosas (como a saliva, por exemplo) de indivíduos doentes
Sintomas – Pequenas erupções avermelhadas na pele, febre alta, dor de cabeça, mal-estar e inflamação das vias respiratórias
Tratamento – Existe vacina, aplicada aos nove meses de idade e reaplicada aos 15 meses

EBOLA- (1976)

Ebola, vírus originário do Congo e identificado em 1976, matou milhares de pessoas.

Há 40 anos, jovem médico belga descobriu agente que causa hemorragia e devastou aldeias africanas, matando até 90% dos habitantes. Doença chegou aos EUA e Europa.
[...] Assustados por surtos de uma febre hemorrágica avassaladora, países da África eram vítimas na década de 70 de um vírus desconhecido e fatal. Em até 90% dos casos letal, dava os seus primeiros sinais com febre alta, vômitos e dores pelo corpo das pessoas, provocando erupções, hemorragias internas e externas. Sangrando e com diarreia, os pacientes chegavam a morrer em apenas três dias. Foi um cientista belga, recém-formado em medicina, que identificou, em 1976, o novo vírus, o Ebola, originário do Norte do Zaire (atual República Democrática do Congo). Peter Piot descobriu que o vírus, extramamente agressivo, era o causador da febre hemorrágica que havia matado pessoas que viviam às margens do Rio Ebola. No Sudão, o vírus também já havia deixado um rastro de centenas de mortos.[...]
MALÁRIA- (3 milhões de mortos por ano – Desde 1980)
História – Em 1880, foi descoberto o protozoário Plasmodium, que causa a doença. A OMS considera a malária a pior doença tropical e parasitária da atualidade, perdendo em gravidade apenas para a Aids.
Contaminação – Pelo sangue, quando a vítima é picada pelo mosquito Anopheles contaminado com o protozoário da malária.
Sintomas – O protozoário destrói as células do fígado e os glóbulos vermelhos e, em alguns casos, as artérias que levam o sangue até o cérebro.
Tratamento – Não existe uma vacina eficiente, apenas drogas para tratar e curar os sintomas.

 AIDS –(22 milhões de mortos – Desde 1981)
História – A doença foi identificada em 1981, nos Estados Unidos, e desde então foi considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde.
Contaminação – O vírus HIV é transmitido através do sangue, do esperma, da secreção vaginal e do leite materno.
Sintomas – Destrói o sistema imunológico, deixando o organismo frágil a doenças causadas por outros vírus, bactérias, parasitas e células cancerígenas.
Tratamento – Não existe cura. Os soropositivos são tratados com coquetéis de drogas que inibem a multiplicação do vírus, mas não o eliminam do organismo.

CORONAVÍRUS- (surge, provavelmente, pelo mercado de frutos do mar)- 2019-2020
Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os coronavírus comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente.

Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia.

Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS (
MERS-CoV).

 A propagação do novo coronavírus segue em ritmo acelerado. Além da Ásia, América do Norte e Europa já têm casos confirmados e aqui, no Brasil.
Na China, epicentro da crise, a situação se agrava: o número de infectados é superior a 4.500 casos e o de mortos, já passa de 130. O governo chinês restringiu os acessos de entrada e saída de Wuhan, cidade onde o vírus surgiu em humanos, e de toda província de Hubei, mas reconhece, que antes da medida, mais de 5 milhões de chineses já tinham deixado a região.
A epidemia chinesa ligou o sinal de alerta em economias de todo o mundo. Os preços das commodities caíram e as mais importantes bolsas de valores começaram a semana em queda acentuada. E o quadro pode se agravar.

 

China tem 909 mortes por coronavírus e atinge recorde em 1 dia; nº de novos casos se estabiliza

No Brasil, há 11 casos suspeitos; nenhum foi confirmado. Brasileiros que estavam na China chegaram ao país neste domingo e já estão em quarentena na Base Aérea de Anápolis (GO). Primeiro boletim médico aponta que nenhum deles apresenta sintomas.

Por G1
10/02/2020 08h45  Atualizado há uma hora

909 mortes por coronavírus na China; 1 morte nas Filipinas; 40.235 casos confirmados na China; 3.283 infectados já se recuperaram na China; 319 casos confirmados em outros 24 países, de acordo com a OMS. No Brasil, há 11 casos suspeitos e nenhum confirmado até as 13h30 deste domingo (9). O segundo hospital feito para tratar pacientes com coronavírus recebeu os primeiros pacientes no sábado.Cruzeiro japonês confirma 65 novos casos de coronavírus; total vai a 135.

DICAS DE LEITURA:

Giovanni Boccaccio

Giovanni Boccaccio foi um importante escritor e poeta italiano do século XIV. Sua principal obra é Decameron, um conjunto de histórias curtas (contos). Boccaccio é considerado, por muitos estudiosos, como um dos precursores do humanismo, que foi de extrema importância no Renascimento Italiano na literatura e também nas artes plásticas. É também considerado uma dos maiores contadores de historias da Europa do século XIV.

[...] Boccaccio nasceu na cidade de Certaldo (Itália) em 16 de junho de 1313. Faleceu, aos 61 anos, em sua cidade natal, em 21 de dezembro de 1375.
- Retratou, em seus contos de Decameron, a peste negra, que assolou a Europa em 1348.

- Boccaccio buscou dar utilidade prática para suas obras humanistas. [...]

Francesco Petrarca foi um poeta, orador e escritor humanista italiano. Um dos precursores do Renascimento italiano, bem como o fundador do Humanismo, a Petrarca está atribuída a criação e disseminação da forma fixa literária chamada “soneto” (poema formado por catorze versos).

[...] Francesco Petrarca nasceu em Arezzo, Itália, dia 20 de julho de 1304. Desde pequeno, sua família morou em diversas cidades francesas e italianas, uma vez que seu pai fora um exilado político. Estudou Direito em Montpellier, na França, curso que terminou em Bolonha, Itália, no ano de 1326.
Além disso, Petrarca estudou línguas, literatura, gramática, retórica e dialética. Durante sua vida, obteve grande influência na sociedade a partir do momento em que foi devoto da igreja, entrando para o Clero, em 1330. Já reconhecido como poeta e grande intelectual da época, Petrarca recebeu o título de “Poeta Laureado” em 18 de abril de 1341. Foi amigo do poeta italiano Giovanni Boccaccio (1313-1375), que o considerava seu mestre espiritual e cultural. [...]
Ruy Castro publicou o livro Metrópole a Beira Mar “O que aconteceu no Rio entre o carnaval de 1919 e a Revolução de 30?”
Obs. A Epidemia da gripe Espanhola estava no final e a população usou o carnaval de 2019 como forma de comemorar a vida.
Uma cidade em convulsão na imprensa, na literatura, na música popular, na ópera, no teatro, nas artes plásticas, no cinema, na caricatura, na praia, na ciência, na arquitetura, no futebol, na luta das mulheres, nos costumes, no sexo e nas drogas. Se o Brasil dos anos 20 ainda engatinhava rumo à modernização, o Rio de Janeiro tinha vida própria e já era sinônimo de arrojo e vanguarda.
É essa capital fervilhante o cenário e a protagonista do novo livro de Ruy Castro.
Em Metrópole à beira-mar, um de nossos maiores biógrafos faz uma saborosa reconstituição histórica dos anos loucos cariocas, entrelaçando eventos políticos e culturais à trajetória dos personagens — os lembrados e os esquecidos —, que fizeram e mudaram a história.
ANÁLISE CONTEXTUAL DE EXTREMA IMPORTÂNCIA.
FAK NEWS:
O Ebola que tem origem em regiões do continente africano de extrema pobreza terá como consequência, o preconceito, como se as epidemias fossem originárias, sempre, de países periféricos. O que não se confirma, pois a gripe espanhola espalhou-se por vários continentes, oriunda dos países do Norte. Trazendo, inclusive, para a América, matando milhares de índios, entre outros.
Assim como, a SARS (causada pelo corona vírus), a Peste Bubônica, o Corona vírus (2019) que surgiram na China, não significa dizer que a cultura chinesa seja a causadora. Devemos analisar que assim como ocorreu na China a epidemia poderia ter ocorrido em qualquer região do planeta. O fato é que nesse local se concentram o maior número de pessoas, ou seja, mais de 1bilhão e 300 mil, o que favorece a contaminação.
Sinofobia (por parte dos ocidentais); afirmar que o corona vírus veio do morcego quando todas as evidências levam ao mercado de frutos do mar.
É importante pesquisar em diversas fontes de informações.

Fontes: Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundação Oswaldo Cruz
Professora: Lúcia Helena Barbosa Ávila Blog: Geografia e Atualidades-  (lucinhahb.blogspot.com)

AS ONDAS DE URBANIZAÇÃO


A urbanização refere-se ao processo de crescimento das cidades tanto em população quanto em extensão territorial. Estando diretamente relacionada ao processo de industrialização, ela ocorre em ritmos diferentes nas diversas partes do globo, aprofundando - ainda mais - as disparidades socioeconômicas entre elas. Sendo assim, podemos entender o processo de urbanização a partir da divisão em duas ondas. A primeira onda de urbanização é voltada para os países desenvolvidos, os quais se desenvolveram de forma lenta e planejada desde meados do século XVIII, período de efervescência de grandes revoluções industriais. Nessa época, o crescimento urbano acompanhou a demanda crescente por empregos nas fábricas recém-instaladas; fato esse que gerou o aumento do êxodo rural. Já, os países subdesenvolvidos sofreram com a segunda onda de tal processo e convivem, até hoje, com os problemas que uma urbanização acelerada e desorganizada os trouxe, por exemplo, a macrocefalia urbana, causada pelo iminente "inchaço" dos grandes centros das cidades, obrigando a população - geralmente, mais pobre e de baixa renda - a se instalarem às margens da malha citadina.


Por: Vitor Colleto

Pontos-chave para o estudo da Crimeia!




Península do mar Negro, a Crimeia configura-se como uma região estratégica, principalmente, por representar o único porto de água quente para a Rússia e facilitar a movimentação de cargas, garantindo o controle do canal que liga o mar Negro ao mar de Arzov. A região que, ainda, tem grande importância comercial sempre foi alvo de trocas de domínios entre dois países - Rússia e Ucrânia. Em uma dessas transações, que ocorreu em 1954, a Rússia, governada por Nikita Kruschev, cedeu o território ultramarino, de maioria russa, à Ucrânia em um gesto simbólico de amizade. Porém, em novembro de 2013, após o discurso do então presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, em priorizar relações com a Rússia, ao invés de estreitar laços com a União Europeia, inicia-se uma profunda crise no país. Aproveitando-se da situação, na Crimeia, o parlamento local foi tomado por um comando pró-Rússia, o qual logo realizaram um referendo que decidiria pela separação da península da Ucrânia e anexação ao território russo, opção que acabou por vencer com mais de 95% dos votos, contudo uma pesquisa revelou que apenas 42% dos habitantes eram favoráveis ao desmembramento, o que levantou suspeitas na comunidade internacional de que o resultado do referendo possa ter sido manipulado. Como resultado, os Estados Unidos e a União Europeia reiteraram que a votação nunca será reconhecida pela comunidade internacional.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE ÁRABES E MUÇULMANOS?


.Enquanto árabe, além de ser um idioma, diz respeito a uma composição étnica presente no Oriente Médio, sobretudo na região da Península Arábica, e na parte setentrional do continente africano; muçulmano é o nome dado a quem pratica o Islamismo, a religião fundamentada nos princípios estabelecidos pelo profeta Maomé. Existem povos, portanto, que são árabes e não são muçulmanos, por exemplo, os cerca de 15 milhões de árabes cristãos do norte da África e de alguma porções do Oriente Médio. Por outro lado, há também os muçulmanos que não são árabes, situação que envolve a Índia, visto que é o maior país islâmico existente no mundo (174 milhões de muçulmanos). Cabe dizer, ainda, que a Índia conseguiu este feito mesmo não sendo um país de origem árabe e que não fala tal idioma, porém deve-se ter em mente que esse país detém uma população, majoritariamente, hindu.

Regionalização do Continente Africano

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Enquanto a África Setentrional ou do Norte, composta por Egito, Líbia, Argélia, Marrocos e Tunísia e banhada pelo mar Mediterrâneo, tem sua economia baseada na exploração do petróleo, característica atribuída principalmente à proximidade com o Oriente Médio, bem como por contar com o Canal de Suez, uma área estratégica de grande importância econômica e comercial para a região; a África Subsaariana, por sua vez, como o próprio nome já diz, compreende todos os demais países localizados abaixo do Deserto do Saara, incluindo àqueles que se localizam na faixa do Sahel (área de transição). Essa parte do continente, além de ser a mais extensa, concentra os maiores índices de pobreza extrema e carrega uma série de conflitos internos, devido ser constituída basicamente por várias tribos tradicionais que acabaram tendo suas divergências acentuadas com a chegada do colonizador europeu nos séculos XIX e XX. Essas disputas resultam em uma economia pouco desenvolvida e majoritariamente agrária.

Do ponto de vista étnico-religioso, a parte setentrional do continente é chamada como África Branca, pelo fato de a região abrigar povos descendentes de árabes e serem adeptos da religião muçulmana. Por outro lado, a parte austral pode ser denominada como África Negra.











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