Península do mar Negro, a Crimeia configura-se como uma região estratégica, principalmente, por representar o único porto de água quente para a Rússia e facilitar a movimentação de cargas, garantindo o controle do canal que liga o mar Negro ao mar de Arzov. A região que, ainda, tem grande importância comercial sempre foi alvo de trocas de domínios entre dois países - Rússia e Ucrânia. Em uma dessas transações, que ocorreu em 1954, a Rússia, governada por Nikita Kruschev, cedeu o território ultramarino, de maioria russa, à Ucrânia em um gesto simbólico de amizade. Porém, em novembro de 2013, após o discurso do então presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, em priorizar relações com a Rússia, ao invés de estreitar laços com a União Europeia, inicia-se uma profunda crise no país. Aproveitando-se da situação, na Crimeia, o parlamento local foi tomado por um comando pró-Rússia, o qual logo realizaram um referendo que decidiria pela separação da península da Ucrânia e anexação ao território russo, opção que acabou por vencer com mais de 95% dos votos, contudo uma pesquisa revelou que apenas 42% dos habitantes eram favoráveis ao desmembramento, o que levantou suspeitas na comunidade internacional de que o resultado do referendo possa ter sido manipulado. Como resultado, os Estados Unidos e a União Europeia reiteraram que a votação nunca será reconhecida pela comunidade internacional.
Por: Vitor Colleto
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