sábado, 24 de setembro de 2022

A agricultura e a evolução das economias agrícolas

A agricultura foi evoluindo com o passar do tempo até se formatar em um sistema moderno/avançado de produção no campo tal qual conhecemos hoje. A seguir, entenda como esse processo aconteceu.

A agricultura, que qualifica com os adjetivos "agrícola" ou "agrário" parte considerável das práticas do setor primário da economia desenvolvidas no espaço rural (a outra parte é a pecuária), é entendida pelos geógrafos como sendo a atividade que tem por função a manipulação dos recursos do meio ambiente para elevar, ao máximo, a produção de alimentos e de matérias-primas. 

Ela é, também, vista como um processo que resulta de um conjunto de decisões por meio do qual os seres humanos buscam satisfazer suas necessidades e aspirações utilizando espécies de plantas (cultivares); em um primeiro momento, necessitando de espaços relativamente amplos da superfície terrestre e, hoje, com o incremento de tecnologias modernas e a introdução de técnicas próprias do modo de produção atual, pode ser realizada até em pequenos espaços.

Esse processo é tão importante, inclusive para o período atual, que nos permite falar em economias agrícolas (ou economias agrárias), economias estas que acompanham, quase que em perfeição, o limiar da História humana no planeta Terra. 

Acontece que, ao longo da história, o modo como os diferentes indivíduos e/ou grupos humanos foram lidando com o uso da terra foi se alterando, todos buscando maximizar as colheitas mantendo uma boa capacidade produtiva dos terrenos, seja para a própria subsistência, para o abastecimento do mercado interno ou para a exportação. 

Assim, pretendemos investigar o transcurso das atividades agrícolas com o passar do tempo. 

Ao que se sabe, as atividades agrícolas remontam há cerca de 10.000 anos, durante o período Neolítico. A partir de então, grupos humanos constituíram aldeias junto aos campos e se tornaram sedentários, isto é, passaram a se fixar em determinados lugares que ofereciam condições de sobrevivência deixando o nomadismo. (Curiosidade = esse processo de conversão do ser humano de nômade para sedentário encaminhou o surgimento das primeiras cidades, as cidades fluviais). No período, as primeiras espécies cultivadas foram os cereais: o trigo no Oriente Médio e na Europa, o arroz na Ásia e o milho na América. 

No entanto, no andar dos tempos, a agricultura sofreu uma série de transformações que afetaram as formas de vida de plantas (e também de animais) que servem às necessidades e aos desejos dos seres humanos. A domesticação de animais e plantas expandiu-se, assim como a extinção das espécies foi consequência da artificialização dos ecossistemas levada ao extremo.

A agricultura foi responsável por verdadeiras revoluções na forma de viver de homens e mulheres e nas suas relações com a natureza. Pela sua importância ambiental, social, econômica e cultural, a agricultura é uma das atividades mais significativas desenvolvidas pela humanidade, o que a torna emblemática na própria identidade de grupos nacionais, definindo sociedades, como, a civilização do milho, a civilização do trigo e etc. 

Dada a importância da agricultura para com o desenvolvimento das sociedades, o quadro abaixo ilustra e sintetiza a evolução das economias agrícolas em três momentos distintos: o pré-agricola, o primitivo e o moderno

Quadro-resumo sobre a evolução das economias agrícolas. - Copyright © 2022, Instagram @geography.planet (Por Vitor Colleto). Todos os direitos reservados.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Os sinônimos dos pontos cardeais. E mais: qual é a origem do nome dos pontos cardeais?

Saca só a curiosidade bacana essa do post e que vale a dica para salvarem e nunca mais esquecer, hein!? 

Os pontos cardeais e seus sinônimos 

Os pontos cardeais são os quatro rumos principais para indicar direção, relacionados com a posição do Sol: Norte, Leste, Sul e Oeste

São chamados de cardeais por serem as principais indicações de direção. O termo em português "cardeal" vem do latim cardinalis que significa principal ou essencial. 

Mas, você sabia que existem outros nomes utilizados para se referir a esses pontos? 

Sim, são os seus sinônimos que vale a pena você, caro leitor (a), ficar ligado, pois eles costumam aparecer frequentemente em provas.

Indo direto ao ponto (nesse caso, cardeal hehe), listamos a seguir os pontos cardeais e seus sinônimos.

  1. Ponto cardeal Norte (N): também chamado Setentrional ou Boreal;
  2. Ponto cardeal Sul (S): também chamado Meridional ou Austral;
  3. Ponto cardeal Leste ou Este (L ou E): também chamado Oriente, Nascente ou Levante; e
  4. Ponto Cardeal Oeste (O): também chamado Ocidente ou Poente.

Na sequência, de modo a deixar essa elucidação mais didática possível e que o aprendizado ocorra de forma memorável, segue 4 memes do Mr. McMahon a respeito dos sinônimos dos pontos cardeais. 

 
Meme: Mr. McMahon e os sinônimos dos pontos cardeais  - Copyright © 2022, Instagram @geography.planet (Por Vitor Colleto). Todos os direitos reservados.
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Convém, também, a informação de que os pontos cardeais são ilustrados pela rosa dos ventos, que também inclui os pontos colaterais e subcolaterais. 

Bônus: Qual é a origem do nome dos pontos cardeais? 


Primeiramente, o ponto cardeal “Leste” deriva da palavra em PIE (proto indo-europeu) para “alvorada”, pois a direção em que o Sol nasce é um dado astronômico óbvio para qualquer civilização – e essa foi a origem da ideia. 

Já o ponto cardeal “Oeste”, claro, se refere à direção oposta – e, portanto, ao período do dia oposto. O termo tem a mesma raiz da palavra “vespertino” (a conexão fica óbvia em inglês: west). Em PIE, *wes- era “noite” ou “poente”. 

O ponto cardeal “Norte” vem do PIE *ner-, que significava “esquerda”, porque é a direção que fica à nossa esquerda quando olhamos o Sol nascente.

Por fim, o ponto cardeal “Sul” deriva da mesma raíz da palavra “Sol” – porque, no Hemisfério Norte, o Sol do meio-dia se posiciona no céu mais caído para o Sul que para o Norte (ideia reforçada pelo fato de que outra palavra para Sul é “meridional”, que tem origem latina e também se refere ao meio-dia).

sábado, 18 de junho de 2022

O conceito de Rugosidade Espacial (revisita à obra de Milton Santos)

Como consta no título desse post, será feito aqui uma revisita à obra "A Natureza do Espaço", do ilustríssimo geógrafo crítico Milton Santos, para que seja possível o seu entendimento acerca do conceito de Rugosidade Espacial. E aí, curtiu!? Segue o texto! 

Sendo uma ciência em permanente transformação, a Geografia vem buscando avançar na lapidação de seus objetos e objetivos. No curso deste processo, muitos autores e autoras contribuíram para seu avanço, entre eles, destaca-se o geógrafo brasileiro Milton Santos, conceituado pensador de questões fundamentais desta disciplina e/ou ciência, como a determinação precisa do objeto de estudo da Geografia, sua epistemologia e também a definição de espaço geográfico. 

Para ele, a Geografia deve ocupar-se da análise dos sistemas de objetos e sistemas de ações, que são inseparavelmente aliados ao tempo e compõem o espaço geográfico que é o objeto de estudo da ciência geográfica. Sua principal ferramenta metodológica é o estudo da técnica. 

A técnica registra no espaço seus diferentes momentos e está embutida no trabalho humano realizado, permitindo a reconstituição de seu processo formador. 

Assim, a noção de rugosidade assume papel importante, pois auxilia na identificação das técnicas e conjunturas sociais de tempos precedentes. Nas próprias palavras de Milton Santos, "chamemos de rugosidade ao que fica do passado como forma, espaço construído, paisagem, o que resta do processo de supressão, acumulação, superposição, com que as coisas se substituem e acumulam em todos os lugares". 

Em outras palavras, entende-se por rugosidade como sendo um objeto geográfico que persiste na paisagem como algo arcaico, como uma herança do passado. E, tanto sua obsolescência, quanto sua existência, ou sua permanência, se devem a fatores de natureza técnica e geográfica. As rugosidades impõem, então, um processo de inércia espacial

Uma outra conceituação assinala que o termo "rugosidade" refere-se aquelas formas espaciais do passado que, por algum motivo, duraram mais do que as relações sociais que as produziram, acabando, assim, como uma “herança” para a sociedade do presente e do futuro, as quais estabelecerão uma nova relação com essa forma espacial do passado, alterando, muitas vezes, a sua função.

Em resumo, as rugosidades, estabelecidas espacialmente (aí o nome de Rugosidade Espacial), são as feições moldadas num tempo anterior e que se mantém impondo às ações atuais suas possibilidades enquanto construções espaciais, sendo, portanto, válida a analogia às rugas dos seres humanos as quais denotam o envelhecimento da pele. Cada dobra da ruga "reflete" uma experiência que fora sido vivida em tempos passados, e assim é que, também, as formas espaciais pretéritas cristalizam-se na paisagem geográfica. 

Ideia esta que pode ser sintetizada na afirmação do geógrafo que revisitamos à sua obra neste post em que ele afirma que "o espaço geográfico é uma acumulação desigual de tempos". 

Rugas na pele Vs Rugosidade Espacial (Milton Santos) - Copyright © 2022, Instagram @geography.planet (Por Vitor Colleto). Todos os direitos reservados.

Referência do post: 

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção. 4. Ed 7ª reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. 

quinta-feira, 24 de março de 2022

Você sabe o que (e quais) são os Usos Múltiplos da Água?

O dia 22 de março é o "Dia Mundial da Água". Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 1993, a data tem como objetivo promover a reflexão sobre a importância da água e do gerenciamento sustentável dos recursos hídricos.

Isto é, o dia da água, celebrado anualmente, reverbera a importância (e a necessidade) de sermos mais conscientes e cuidadosos com esse bem natural que, além de compor em torno de 70% de nosso corpo e ser essencial à vida, a água é a substância que cobre aproximadamente 70% da superfície terrestre, totalizando 1,4 bilhões de km3 que se renovam há bilhões de anos por meio do CICLO HIDROLÓGICO - o princípio unificador de todos os processos que envolvem a água em nosso planeta -.

Mas, afinal, como a água do mundo está distribuída?

De fato, o Planeta Terra é inundado por água, formando a hidrosfera (oceanos, mares e águas continentais), sendo coerente a alcunha Planeta Água. No entanto, embora nosso planeta seja o único que apresente o recurso natural água em seus 3 estados físicos, de toda a água disponível 97,5% é água salgada; apenas 2,5% é água doce.

Água doce esta que não se apresenta distribuída uniformemente, variando conforme a presença de ecossistemas nas diferentes regiões. A água doce pode ser encontrada em geleiras e neves eternas, águas subterrâneas, rios e lagos e outros reservatórios, sendo a encontrada em rios e lagos a que é a maior fonte de uso da água, inclusive no Brasil.

O Brasil está entre os países que mais concentram água doce no mundo, juntamente com Rússia, Canadá, Estados Unidos, Índia, Colômbia, República Democrática do Congo e China. Estes países juntos possuem cerca de 60% da água doce existente no planeta.

Distribuição da água no Planeta Terra - Copyright © 2021, Instagram @geography.planet (Por Vitor Colleto). Todos os direitos reservados.


Teoricamente, por ser um país abundante em recursos hídricos, representando cerca de 12% do total mundial, as preocupações e os problemas referentes aos usos da água (tema desse post!) parecem distantes da realidade de nosso país. Bom se fosse! É na prática, porém, que percebemos o quão o Brasil precisa avançar quando o assunto é o gerenciamento e o manejo adequado da água que, ao contrário do que possam pensar, NÃO é infinita, ela é um recurso natural finito com capacidade de autodepuração limitada.

Sem contar que o país disfruta de uma distribuição não uniforme dessa substância ao longo do território, o que assevera ainda mais a necessidade de um plano eficiente para gestão das águas. Vê-se um nítido contraste entre a distribuição de água e a distribuição populacional. De forma rápida, a Região Norte (que detém o maior volume de água doce do país - 68%) é a região com menor densidade demográfica; enquanto a Região Sudeste, a mais povoada do país, conta com apenas 6% da disponibilidade de recursos hídricos.

Daí observa-se, de uma vez por todas, a preciosidade de se estabelecer ações de gestão das águas nas políticas do território. Agora sim, apresentarei a você, caro leitor (a), os Usos Múltiplos da Água!

Usos Múltiplos da Água

A água, além de compor boa parte do planeta e do nosso corpo, garantindo a existência de vida, possui também inúmeras utilidades, estando presente em quase todas as atividades humanas que permitem o desenvolvimento de uma sociedade.

A atividade que mais consome água no mundo é a agricultura, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Quase 70% do consumo de água é voltado ao setor agrícola. A segunda atividade que mais consome água doce é a indústria, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, representando cerca de 22% do consumo e depois o abastecimento doméstico correspondendo a aproximadamente 8% do consumo.

No Brasil, cerca de 60% da água consumida é destinada ao setor agrícola; 17% ao setor industrial e 9% ao abastecimento doméstico. Aí entram de vez em cena o debate sobre os Usos Múltiplos da Água! =)

Isso porque, ao passo que a sociedade se torna mais desenvolvida e complexa, os usos múltiplos ficam também mais diversificados, dando margem a potenciais conflitos entre um uso e outro.

A denominação "usos múltiplos" da água referem-se aos usos para várias atividades simultaneamente, o que significa que a água de um corpo hídrico pode ser usada ao mesmo tempo para as seguintes atividades:

1. Abastecimento público (em áreas urbanas e rurais); 
2. Dessedentação de animais
3. Geração de energia (hidroeletricidade); 
4. Irrigação, utilizando-se de águas superficiais e subterrâneas; 
5. Recreação e Turismo
6. Navegação (hidrovias); 
7. Pesca e aquicultura
8. Indústrias; e
9. Mineração.

           Como essas atividades são feitas simultaneamente, produzindo inúmeros problemas relativos às demandas de água e também gerando conflitos entre os usos múltiplos, tal diversificação dá à gestão das águas a tarefa de otimizar os usos múltiplos, de modo a usar a água da forma mais eficiente e econômica possível.

        Ademais, há de se considerar que, para assegurar os usos múltiplos, a proteção dos recursos hídricos é prioritária. Desse modo, é importante que se preze pela manutenção da vazão ecológica do manancial, uma vez que, para cumprir suas funções e garantir a vida, é necessário que a água esteja disponível tanto em quantidade quanto em qualidade adequadas.

Para isso, em 1997, foi aprovada no Brasil a Lei 9.433 ("Lei das Águas"), que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, com o objetivo assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos, permitindo a utilização racional e integrada dos recursos hídricos e visando ao desenvolvimento sustentável. Uma de suas diretrizes é justamente garantir o uso múltiplo das águas, de maneira que todos os setores usuários tenham igualdade de acesso aos recursos hídricos.

A única exceção dessa regra está relacionada a situações de escassez, quando o uso prioritário da água passa a ser o consumo humano e a dessedentação de animais.

A fim de dar suporte à legislação federal, o estado do Rio Grande do Sul, por meio da lei estadual 10.350 de 1994, busca promover a harmonização entre os múltiplos e competitivos usos dos recursos hídricos e sua limitada e aleatória disponibilidade temporal e espacial através da instituição do sistema estadual de recursos hídricos, propondo os instrumentos para o seu planejamento e a sua gestão.

Ainda assim, o múltiplo uso não é uma questão consensual. Daí emergem os conflitos. Quanto maior a economia e o desenvolvimento social, maior será o número de usos múltiplos e, potencialmente, de conflitos. Entre esses usos conflitantes estão a recreação e o turismo e o uso industrial, pois, se a água estiver contaminada, há ameaças à saúde humana, por exemplo.

Observe a imagem que sintetiza a discussão a respeito dos usos múltiplos:

Usos Múltiplos da Água - Copyright © 2021, Instagram @geography.planet (Por Vitor Colleto). Todos os direitos reservados.

sexta-feira, 4 de março de 2022

O que é o "Sol da meia-noite"?

Como todos sabemos, o verão é uma das quatro estações do ano. A estação se inicia com o solstício de verão, que acontece em 21 de dezembro no Hemisfério Sul e no dia 21 de junho no Hemisfério Norte.

Resumidamente, as características principais dessa estação são: ocorrência de temperaturas mais elevadas; maior tempo de luz solar; e maiores níveis pluviométricos (chuvas). 

Isso porque, durante o verão, a alta incidência de radiação solar, causada pelo movimento de translação, faz com que as temperaturas médias nessas estação sejam mais altas. Estando o clima estando mais quente, aumenta-se o nível de evaporação dos corpos d’água (rios, lagos e mares), ocasionando o aumento de ocorrências e de volume de chuvas. 

Lembro, aqui, que o eixo de inclinação da Terra também é responsável por esses fatores. Mais especificamente, o eixo define qual hemisfério receberá mais luz solar no período.

Diante de tudo isso, o verão traz consigo fenômenos climáticos distintos. Um deles é “sol da meia-noite”.

Este fenômeno é observado durante os meses de verão em regiões de alta latitude, como o Círculo polar Ártico e Círculo Polar Antártico, localizados nos Hemisférios Norte e Sul, respectivamente.

Estas regiões recebem tanta luz solar durante o verão que ficam por diversos dias com ela presente durante o dia inteiro. Neste período, é possível observar o Sol em horários incomuns, como tarde da noite ou até mesmo em toda a madrugada. Ou seja, durante alguns dias, é possível ver o Sol por vinte e quatro horas nessas regiões!

Observe a imagem:
Pessoas aproveitando o “sol da meia-noite” na Finlândia, país localizado próximo ao Círculo Polar Ártico, uma das poucas regiões do globo na qual é possível observar o fenômeno - Foto/Reprodução da Internet.


Questão de Geografia – Enem 2019 – Sol da Meia Noite


Tente resolver! E, depois, desça o texto para conferir o gabarito!

Os moradores de Utqiagvik passaram dois meses quase totalmente na escuridão.

Os habitantes desta pequena cidade no Alasca, o estado dos Estados Unidos mais ao norte, já estão acostumados a longas noites sem ver a luz do dia. Em 18 de novembro de 2018, seus pouco mais de 4 mil habitantes viram o último pôr do sol do ano. A oportunidade seguinte para ver a luz do dia ocorreu no dia 23 de janeiro de 2019, às 13 h 04 min (horário local).

Disponível em: http://www.bbc.com. Acesso em: 16 de maio de 2019 (adaptado).

O fenômeno descrito está relacionado ao fato de a cidade citada ter uma posição geográfica condicionada pela

A) continentalidade.

B) maritimidade.

C) longitude.

D) latitude.

E) altitude.

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Resposta: Alternativa D.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Divisão Internacional do Trabalho (DIT) - Geografia e Atualidades

A Divisão Internacional do Trabalho – ou DIT - é a distribuição de papéis que os países exercem frente à ordem econômica mundial, isto é, a distribuição de atividades que cada país deve executar a fim de exportar a produção e suprir a necessidade mundial de um certo ingrediente, insumo ou produto.

No sistema capitalista, desde o seu processo de surgimento e expansão colonial a partir do século XVI (que é o embrião da DIT) e até suas respectivas fases (para conferir a publicação do Blog sobre as Fases do Capitalismo, clique aqui), há a tese de que não é possível para um único país dispor de todo os tipos de produções, matérias-primas e mercadorias. 

Assim, estabeleceu-se uma especialização produtiva que, apesar de sofrer alterações ao longo do tempo, obedece às importâncias econômicas das nações desenvolvidas e subdesenvolvidas. 

A seguir, confira suas etapas: 
  
Primeira DIT

É conhecida como a DIT do Imperialismo. Ela funcionava em um contexto no qual existiam muitas colônias nos continentes da Ásia e da África. A relação era parecida com a do Pacto Colonial. As colônias produziam matérias-primas para as suas metrópoles se desenvolverem. 

Segunda DIT

É conhecida como a DIT Clássica. Lembra-se, aqui, do processo de descolonização africana e asiática. Com esse evento, novas nações surgiram e foi preciso incluí-las na organização mundial do trabalho. Esse período é marcado pelo endividamento das nações subdesenvolvidas, graças ao alto número de empréstimos. 

Terceira DIT ou "Nova DIT"

É conhecida como DIT da Nova Ordem Mundial e é marcada pelo advento da Globalização. Nela, há novas modalidades de comercialização que vão além de matérias-primas e produtos industrializados. Há o pagamento dos empréstimos mencionados anteriormente, o surgimento de novas tecnologias e a ocorrência de royalties. Abaixo, observe as figura que demonstram de maneira ainda mais didática o modo como a DIT se define ao decorrer de sua evolução à medida que a sociedade também muda (historicamente e geograficamente):
Copyright © 2021, Instagram @geography.planet (Por Vitor Colleto). Todos os direitos reservados.
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