Chuvas orográficas são também chamadas de chuvas de relevo, por ocorrerem pela ação do relevo sobre o clima (lembre-se que o relevo é um dos fatores climáticos). Assim, quando uma massa de ar é "bloqueada" por uma área de altitude elevada (serras ou montanhas, por exemplo), é obrigada a se elevar para atravessá-la. Neste movimento ascendente induzido da massa de ar, a umidade satura o ar ao redor e provoca fortes índices de precipitação (no "barlavento" ). Em consequência, é comum que a região para onde a massa de ar úmido deveria ir (o "sotavento") apresente problemas de secas recorrentes.
Compreendeu a chuva orográfica? Mas, se você ficou com uma 'pulga atrás da orelha' para saber o que é "barlavento" e "sotavento", isso será resolvido agora. Preste atenção!
- Barlavento: lado para onde sopra o vento ("barra o vento");
- Sotavento: lado por onde sai o vento ("solta o vento").
Confira a imagem abaixo:
Imagem meramente ilustrativa. |
Na imagem, é possível visualizar de forma mais clara o mecanismo de formação das chuvas orográficas. Em relação ao clima e ao relevo, o ar que vai em direção à montanha, à barlavento, é forçado a subir e condensa-se, provocando as chuvas orográficas ('oro' vem de montanha; lembre-se de "orogênese"). Após passar a barreira de relevo (montanha) formada por movimentos orogenéticos das placas tectônicas, já desprovido de umidade, o ar passa à sotavento da montanha. Por isso, é frequente encontrar-se florestas à barlavento de uma montanha, e desertos à sotavento dela.
A exemplos de regiões que veem regularmente precipitação induzida por elevação orográfica, destacam-se o noroeste dos Estados Unidos e o sopé do Front Range, no norte do Colorado.