domingo, 8 de janeiro de 2012

História do racismo no Brasil

O surgimento do racismo no Brasil começou no período colonial, quando os portugueses trouxeram os primeiros negros, vindos principalmente da região onde atualmente se localizam Nigéria e Angola.
Os negros foram trazidos ao Brasil para servirem de escravos nos engenhos de cana-de-açúcar, devido às dificuldades da escravização dos ameríndios, os primeiros habitantes brasileiros do qual se tem relato.
A Igreja Católica era contra a predação dos ameríndios, pois queria catequizá-los, assim obteriam novos adeptos a religião católica, já que a Europa passava por uma reforma religiosa em alguns países onde surgiam novas religiões. Em contrapartida a Igreja não se opunha à escravidão negra, pois acreditava que os trazendo da África para o Brasil seria mais fácil cristianizá-los e evitaria atritos com os interesses econômicos das potências européias que se declaravam católicas em uma época de reforma religiosa - neste sentido, o papa Nicolau V, em 1455, emitiu uma bula a favor da escravização negra por portugueses; mostrando completa falta de compromisso com seres humanos daquele continente, traindo os princípios que alicerçam o cristianismo.
Um mito muito divulgado é o de que a Igreja negava que negros tivessem alma, o que vai contra fatos como a canonização de santos negros como Santa Ifigênia e São Elesbão, que viveram na Antiguidade; entretanto esse aparente paradoxo encontra precedentes em decisões como a questão Joana D'Arc que foi executada pela igreja e posteriormente canonizada. Montesquieu, pensador iluminista, acreditava que os negros não tinham almas e que isto justificaria sua escravização.
Outras motivações para a escravidão negra foram o convívio com as doenças dos brancos e de seus animais, por terem contatos há séculos com povos brancos e a domesticação dos animais utilizados por eles, e juntamente com a motivação financeira, pois o tráfico negreiro foi a maior fonte de renda do período colonial.
Dom Pedro II se dedicou a pôr um fim à escravidão, com o que fazendeiros e políticos de todo o país discordavam. Paga um alto preço por isso e um golpe de estado o tira do poder e acaba com a Monarquia, no ano seguinte. O que se vê a partir de 1889 é um retrocesso na maneira com que os negros são tratados pelo governo, e a um primeiro momento se estabelece um regime, em essência, racialmente preconceituoso.
A abolição da escravatura brasileira foi um processo lento que passou por várias etapas antes sua concretização. Criaram-se leis com o intuito de retardar esse processo de abolição como a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários entre outras, as quais pouco favoreciam os escravos.
Quando finalmente foi decretada a abolição da escravatura, não se realizaram projetos de assistência ou leis para a facilitação da inclusão dos negros à sociedade, fazendo com que continuassem a ser tratados como inferiores e tendo traços de sua cultura e religião marginalizados, criando danos aos afrodescendentes até os dias atuais.
Durante o século XX, os negros brasileiros ainda enfrentaram muitas dificuldades para superarem as discriminações no mercado de trabalho e na sociedade em geral. Mesmo com o reconhecimento da igualdade formal perante a lei, na prática os negros não conseguiam facilmente as mesmas posições que os brancos, principalmente no plano econômico.
Diferentemente dos Estados Unidos onde o sentimento de ódio e de discriminação sempre foram mais latentes, no Brasil os negros foram vítimas do apartheid social que sempre sufocou o país, estabelecendo um grande distanciamento entre ricos e pobres.
Para além disso, o racismo no Brasil continuou ocorrendo de maneira velada no meio social nas últimas décadas do século XX. Mesmo após a promulgação da Constituição de 1988, que considera o racismo como "crime inafiançável e imprescritível", ainda se liam anúncios de empregos em jornais procurando pessoas de "boa aparência" o que, na realidade, significa uma recusa quanto à contratação de negros.
Recentemente, o governo brasileiro tomou medidas inéditas a fim de reduzir as desigualdades sociais entre brancos e negros, tendo estabelecido um sistema de cotas para afro-descendentes e estudantes provenientes de escolas públicas nos vestibulares das universidades federais.

Não somos racistas?

Por Wilian César 08/01/2012 às 09:29
Um artigo sobre o nojento caso de racismo contra um menino negro dentro do restaurante Nonno Paolo, na Zona Sul de São Paulo.
Foto: Daniela Souza/Diário de São Paulo
Para quem não sabe, “Não somos racistas” é o nome de batismo de um livro escrito pelo famigerado e bem sucedido diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel. Na obra, o autor defende com unhas e dentes a ideia de que o Brasil realmente é um país não-racista.
Esse texto poderia ser mais uma resenha elaborada a respeito de tal aberração literária, porém, melhor do que perder tempo com utopias é mergulhar de cabeça na realidade.
O real interesse desta postagem é comentar sobre o nojento caso de racismo vivenciado por uma criança negra dentro da Pizzaria Nonno Paolo, na Zona Sul de São Paulo. Tudo aconteceu na última sexta-feira de 2011, quando um casal de espanhóis resolveu levar o filho adotivo para almoçar no estabelecimento após um passeio no Parque do Ibirapuera.
Enquanto os pais se serviam no bufê, o garoto etíope , de seis anos, aguardava sentado na mesa. Ao se deparar com o menino sozinho, o gerente do restaurante se dirigiu até ele e o expulsou do local.
Quando o casal retornou estranhou o sumiço de Shimeles e começou a procurá-lo, depois que outros clientes informaram o que havia acontecido a criança foi encontrada chorando na calçada. Os três então voltaram chorando para a casa da tia-avó que vive no Brasil.
Indignada com a situação, dona Aurora voltou ao Nonno Paolo com os sobrinhos para entender o que aconteceu, o gerente então teria dito que havia confundido o menino com um pedinte, porque ele não respondeu quando foi indagado sobre o que queria ali.
Detalhe: A criança fala o idioma catalão e não entende português.
Nesse caso vergonhoso o país mais uma vez mostra a sua cara racista para o mundo. É uma tremenda hipocrisia o papo de que a igualdade racial já foi alcançada. O pensamento do gerente do Nonno Paolo está escondido dentro da alma de muitos brasileiros, não em todos, mais em boa parte.
Será que se o menino fosse um loirinho de olhos azuis nós estaríamos contando essa história aqui ?
Tomara que a nossa Justiça -famosa por impunidades em situações semelhantes- saiba punir de forma exemplar o preconceituoso da vez.
[PARA VER O VÍDEO DA MATÉRIA VISITE O BLOG]
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Sisu já recebeu quase 800 mil inscrições

Stênio Ribeiro*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) recebeu até o meio-dia de hoje (7) 798 mil inscrições de estudantes de todo o país. Eles vão concorrer às 108.552 vagas de 3.327 cursos, oferecidas por 95 instituições públicas de ensino superior. As inscrições, abertas à meia-noite de ontem (6), vão até a meia-noite da próxima quinta-feira (12).
O primeiro balanço divulgado pelo Ministério da Educação informa que não foi registrado qualquer problema de funcionamento do sistema, ao contrário de dificuldades operacionais verificadas em anos anteriores.
Ao acessar o sistema, o estudante deve escolher duas opções de curso, indicando a sua prioridade. Diariamente, o sistema divulga a nota de corte preliminar de cada curso com base na nota do Enem dos candidatos que pleiteiam as vagas. Durante esse período, o participante pode alterar essas opções se achar que tem mais chances de ser aprovado em outro curso ou instituição.
O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 15 de janeiro. Os estudantes aprovados deverão comparecer às instituições de ensino entre os dias 19 e 20 para fazer a matrícula. O participante que foi selecionado para a primeira opção de curso é retirado automaticamente do sistema e perde a vaga se não fizer a matrícula. Aqueles que forem selecionados para a segunda opção ou não atingirem a nota mínima em nenhum dos cursos escolhidos podem participar das chamadas subsequentes.
A segunda chamada está prevista para 26 de janeiro, com matrículas entre os dias 30 e 31. Caso ainda haja vagas disponíveis, o sistema gera uma lista de espera que será disponibilizada para as instituições de ensino preencherem as vagas remanescentes. O candidato interessado em participar dessa lista deverá pedir a inclusão entre 26 de janeiro e 1° de fevereiro.
*Colaborou Amanda Cieglinski//Edição: Graça Adjuto//Matéria alterada às 16h35 para corrigir informação.
Fonte: http://correiodobrasil.com.br/sisu-ja-recebeu-quase-800-mil-inscricoes/352976/

Inspiração para mudar o Brasil- VEJA

Prêmio "Jovens Inspiradores", realização de VEJA.com e Fundação Estudar, vai identificar e encorajar jovens com espírito de liderança, boas ideias e potencial para ocupar postos-chave para o progresso do país. Vencedores serão premiados com bolsas de estudo no exterior, orientação profissional e iPads

Confira o site do concurso
Confira o site do concurso: http://veja.abril.com.br/premio-jovens-inspiradores/index.html (Reprodução)
Desde o lançamento do real, em 1994, o Brasil acumulou uma série notável de conquistas políticas e sociais. Os avanços são percebidos tanto no país como no exterior, como mostrou reportagem de VEJA da semana passada. Mas não autorizam ufanismo: nada indica que o país alcançará uma padrão de vida europeu "dentro de dez a vinte anos", conforme o otimismo ingênuo do ministro Guido Mantega, da Fazenda, ao festejar a projeção de que o PIB brasileiro superou o britânico.
A verdade é que o país ainda tem um longo caminho pela frente se quiser melhorar seu 47º lugar no ranking de PIB per capita ou o 84º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano, da ONU. Para o Brasil se tornar um país mais moderno e justo, será necessário deslanchar reformas estruturais e desatar os muitos nós que ainda embaraçam o setor privado e público. É tarefa para gente ética, perseverante e que valoriza o conhecimento.
Onde estão essas pessoas? O que fazer para encorajá-las? É este o objetivo do prêmio Jovens Inspiradores, uma realização de VEJA.com e Fundação Estudar: identificar e incentivar jovens com espírito de liderança, boas ideias e potencial para desempenhar papéis-chave para o desenvolvimento brasileiro. Até outubro, ao longo de diversas etapas, o concurso vai selecionar estudantes universitários ou recém-formados de talento ímpar e premiá-los com bolsas de estudo no exterior, orientação profissional e iPads.
Brilho - Criada em 1991, a Fundação Estudar é uma trincheira da meritocracia. Ao longo de 20 anos, concedeu 519 bolsas de estudo por meio de rigorosos processos seletivos e firmou parcerias com centros de excelência no ensino superior mundial, como a Universidade Princeton, o MIT e a London Business School.
O prêmio Jovens Inspiradores terá igualmente um processo rigoroso de seleção, mas seu formato difere bastante do de um concurso por uma bolsa de estudo, uma vez que não se trata apenas de patrocinar a formação de um estudante, mas de motivar uma geração deles a refletir sobre o país. Para revelar boas histórias, multiplicar iniciativas e inspirar outros jovens, a triagem do concurso prevê diversas etapas de exposição na internet e interação com o público, que ao final poderá votar em seu candidato favorito.
"Não falta talento aos jovens brasileiros", diz Thais Junqueira, diretora-executiva da Fundação Estudar. "O Brasil é que não sabe o que fazer com jovens talentosos." Ela explica que o sistema educacional se dedica exclusivamente à média dos alunos e, ao contrário das nações desenvolvidas, negligencia dar apoio aos mais brilhantes. "É preciso orientar e prestigiar os jovens talentos", diz.
"Eu posso transformar o Brasil" - Concorrem ao prêmio candidatos brasileiros entre 16 e 30 anos que estejam cursando faculdade ou tenham até dois anos de formado. Os inscritos deverão redigir um ensaio sobre o potencial do Brasil e gravar um depoimento em vídeo de no máximo 1 minuto de duração respondendo à pergunta: "Quem eu sou e por que posso transformar o Brasil?".
Na fase seguinte, 50 semifinalistas se reúnem para uma oficina em São Paulo. Participarão de provas individuais e em grupo e assistirão a palestras com figuras proeminentes dos mundos da política, da ação social e dos negócios. Na última etapa, os concorrentes serão instados a elaborar uma estratégia de ação concreta para solucionar um problema da realidade brasileira. A proposta será apresentada ao corpo de jurados, num evento em São Paulo. Os dez finalistas ganharão um iPad cada. Três serão escolhidos vencedores e receberão, além do iPad, uma bolsa de estudo no exterior e um ano de orientação com profissionais renomados (mentoring).
Os candidatos também participarão da gravação de entrevistas e vídeos, que estarão disponíveis no site do concurso. Pela internet, o público poderá conhecer a rotina e as ideias de cada finalista, e escolher seu favorito. O mais votado receberá, adicionalmente ao prêmio de finalista, o Troféu Prêmio Voto Popular. As inscrições estão abertas no site http://veja.abril.com.br/premio-jovens-inspiradores/.

O papel do Brasil no debate climático

O maior desafio da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável — a chamada Rio+20, agendada para 20 de junho deste ano — talvez seja produzir um conjunto de ações capaz de implicar os países mais desenvolvidos na adoção de medidas concretas de proteção ao meio ambiente. Sim, porque as últimas três conferências climáticas (Copenhagen-2009, Cancún-2010 e Durban-2011) apresentaram poucos avanços práticos, a ponto de não haver instrumentos que obriguem os países a se comprometer com metas de redução das emissões de gases estufa e/ou desmatamento.  
Sede da conferência, o Brasil tem a responsabilidade de conduzir o processo preparatório, decidir sobre seu roteiro e organizar os trabalhos — em março acontece a penúltima reunião preparatória. Os dois temas centrais da Rio+20 são: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Judaísmo ortodoxo entre outros.

Os judeus são um grupo etno-religioso[12] e incluem aqueles que nasceram judeus e foram convertidos ao judaísmo. Em 2010, a população judaica mundial foi estimada em 13,4 milhões, ou aproximadamente 0,2% da população mundial total. Cerca de 42% de todos os judeus residem em Israel e cerca de 42% residem nos Estados Unidos e Canadá, com a maioria dos vivos restantes na Europa.[13] O maior movimento religioso judaico é o judaísmo ortodoxo (judaísmo haredi e o judaísmo ortodoxo moderno), o judaísmo conservador e o judaísmo reformista. A principal fonte de diferença entre esses grupos é a sua abordagem em relação à lei judaica.[14] O judaísmo ortodoxo sustenta que a Torá e a lei judaica são de origem divina, eterna e imutável, e que devem ser rigorosamente seguidas. Judeus conservadores e reformistas são mais liberais, com o judaísmo conservador, geralmente promovendo uma interpretação mais "tradicional" de requisitos do judaísmo do que o judaísmo reformista. A posição reformista típica é de que a lei judaica deve ser vista como um conjunto de diretrizes gerais e não como um conjunto de restrições e obrigações cujo respeito é exigido de todos os judeus.[15][16] Historicamente, tribunais especiais aplicaram a lei judaica; hoje, estes tribunais ainda existem, mas a prática do judaísmo é na sua maioria voluntária.[17] A autoridade sobre assuntos teológicos e jurídicos não é investida em qualquer pessoa ou organização, mas nos textos sagrados e nos muitos rabinos e estudiosos que interpretam esses textos.[18]

O inferno são os outros- VEJA 4 de janeiro de 2012

Fundamentalistas judeus chegam ao fundo do poço: atacam crianças.
Homens de preto que invocam leis religiosas para exibir que as mulheres andem em calçadas separadas. Passageiras de ônibus atacadas porque se recusam a sentar, segregadas nos bancos traseiros. Meninas a caminho da escola diariamente xingadas, cuspidas e alvejadas com ovos e até fezes. Aberrações assim acontecem não no Irã ou na Arábia Saudita, países dominados pelas correntes muçulmanas que interpretam de maneira mais restrita as regras sobre a separação entre homens e mulheres, mas em Israel. O comportamento brutal de uma minoria- ultraortodoxos judeus da tendência mais fundamentalista- virou uma questão da maioria dos israelenses na semana passada por causa da cena chocante de uma menininha de 8 anos chora de medo de andar até a escola, sabendo que vai ser agredida. Motivo: os ultraortodoxos da cidade de Beit Shemesh acham que a escola invadiu seu território e que as pequenas alunas deviam andar com as roupas até os pés. Homens adultos que atacam crianças são execráveis por quaisquer critérios culturais ou religiosos, incluindo uma boa parte dos próprios ultraortodoxos. Os seguidores puristas do judaísmo, chamados haredim, floresceram na Europa de séculos atrás e são identificados em qualquer parte do mundo por continuar a usar roupas da época- ternos, sobretudos e chapéus, tudo preto. Eram (e muitos continuam sendo) contra a moderna criação de Israel por acreditar que só a intervenção divina, através da vinda do Messias que os judeus religiosos continuam a esperar, poderia reconstituir a nação dos tempos bíblicos. A imagem de homens piedosos, dedicados exclusivamente ao estudo da Torá e do Talmude, os livros santos, não combina nada com cusparadas em meninas de 8 anos.

Postagem em destaque

BRASIL: CRISE HÍDRICA E ENERGÉTICA

A 6ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – trará especialistas nacionais e internacionais para falarem de tem...