O Golpe de 1964 completa 50 anos.

Querido aluno, atualidades são fatos antigos que são revividos para que possamos entender as modificações do espaço geográfico e suas consequências em âmbito global, regional e local.

Nesse sentido, faz-se necessário buscar na pesquisa histórica, possíveis causas das transformações ideológicas e culturais ao longo do tempo e do espaço geográfico.

Em março de 1954, Getúlio Vargas evitou o golpe de Estado ao suicidar-se. Já em 1964, João Goulart (Jango), inspirando-se em Getúlio Vargas, não teve a mesma sorte, pois o contexto histórico era outro (pelo menos, aqui no Brasil). As Forças Armadas (um setor dela) aliando-se a um exército estrangeiro para derrubar o presidente, em nome da defesa da liberdade implantaram uma ditadura, gerando violência e ferindo a ética pública e a moral. 

No dia 19 de março, completa 50 anos a "Marcha com Deus pela Família e a Liberdade", que reuniu em São Paulo cerca de 200 mil pessoas, em sua maioria mulheres, e lançou  a campanha golpista nas ruas, inclusive, vieram centenas de mulheres do Rio Grande do Sul pedindo, aos gritos: "fora, Goulart! Prisão ao Brizola!". Pois era um contexto de Guerra Fria em que qualquer menção ao popular, mesmo um governo que tentasse implementar um projeto popular, era rapidamente identificado como comunista e contra a potência capitalista: os Estados Unidos. O embaixador dos Estados Unidos pediu "novos recursos" a Washington e preparou outra marcha para 2 de abril, no Rio de Janeiro, para atiçar o golpe.

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