As primeiras aldeias e cidades
surgiram no período neolítico (cerca de 3.500 anos a. C, na Mesopotâmia),
apesar de os fatores que as originaram terem surgido no paleolítico, quando o
ser humano começou a se relacionar com maior estabilidade em um determinado
lugar, seja para sepultar seus mortos, ter segurança e abrigo no caso das
cavernas. Também a domesticação de animais e a utilização de agricultura por
meio de mudas ajudaram o ser humano a se relacionar com maior intensidade e
tempo com um determinado local.
CIDADES ESPONTÂNEAS: são aquelas
que surgem lentamente, resultando do aumento progressivo de população e de
atividades econômicas na área. Podem ser originadas por meio de núcleos de
mineração, capelas, pousadas de gado, etc. São cidades que vão crescendo
naturalmente, sem planos ou projetos. A maioria das cidades do mundo surgiram
desta forma.
CIDADES PLANEJADAS: são aquelas que nascem com base num
planejamento e vão surgindo à medida que
o ser humano vai chegando. São aquelas cidades em que as construções a serem
erguidas obedecem a normas impostas, quanto ao recuo da rua, especificações
técnicas e finalidade. Boa parte das cidades paulistas e paranaenses que
surgiram com a marcha do café são cidades planejadas.
CIDADES ARTIFICIAIS: SÃO AQUELAS
QUE SÃO PRECEDIDAS DE PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÃO. Somente depois de prontas é
que são ocupadas. A cidade de Brasília é uma cidade artificial.
FATORES DE URBANIZAÇÃO:
Dois fatores marcaram a
urbanização: A Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial.
A Revolução Industrial foi o
principal fator de urbanização nos países europeus e nos Estados Unidos.
A Segunda Guerra Mundial marcou o
início da intensa urbanização que até hoje ocorre nos países subdesenvolvidos.
Também se nota que a urbanização
nos países de economia de mercado foi mais intensa e mais rápida do que nos
países de economia planificada.
A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA:
A urbanização brasileira é recente, pois
surgiu após a década de 40, resultado da implantação industrial sem ter sido
realizada a Reforma Agrária em seu sentido mais amplo. A industrialização
brasileira trouxe uma série de benefícios ao trabalhador urbano, como o salário
mínimo, férias remuneradas, aposentadoria, entre outros, que não foram estendidos
ao trabalhador rural. O acesso à escola e aos hospitais e empregos na indústria
e no comércio também passaram a ser maiores nas cidades, estimulando o intenso
êxodo rural.
O ÊXODO RURAL E SUAS CAUSAS:
Até a década de 40, a população
rural estava estabilizada em 70% do total da população brasileira. A partir daí
começa a declinar, igualando-se à população urbana na década de 60. Atualmente,
a população rural brasileira é inferior a 30% e a urbana, superior a 70%.
Entre as principais causas que
determinam o êxodo rural estão:
- precárias condições de trabalho
com desresppeito aos direitos trabalhistas;
- dispensa de mão-de-obra por
crises eventuais;
- mecanização e mudança de
atividade (agricultura para pecuária), liberaando mão-de-obra;
- divisão da propriedade por
herança ou crise financeira, tornando-a improdutiva;
- atração pela cidade;
Falta de apoio dos órgãos
governamentais para a agricultura familiar.
PROBLEMAS URBANOS:
O desemprego, subemprego,
moradia, infraestrutura urbana, inchaço urbano, violência urbana e má qualidade
dos serviços públicos.