Bonus
demográfico carece que o país invista nas
populações mais jovens, tenha um sistema de ensino de qualidade, um ambiente de
negócios que fomente a inovação e o empreendedorismo e boa governança dos
recursos públicos, atributos que nem sempre estão presentes por aqui. Nesse
sentido, faz-se necessário que determinado país tenha propriedade intelectual a
partir do desenvolvimento científico e tecnológico independente dos países
centrais.
Alguns países aproveitaram sua fase de bônus demográfico
para alavancarem suas economias, como China, Japão, Coreia do Sul e Cingapura,
entre as décadas de 1960 e 1990, mantendo suas economias elevadas por um grande
período enquanto estavam em transição demográfica.
A transição demográfica é quando as faixas etárias
onde estão concentradas a maior parte da população mudam, como por exemplo, é
previsto que na década de 2030 a maior parte da população
brasileira se encontre na faixa etária idosa, diminuindo a quantidade de
força de trabalho, já que hoje a mesma se encontra na adulta.
Com a faixa etária de crianças baixa, devido a
diminuição da taxa de fecundidade, o país perderá em números a população
ativa economicamente, o que acarretará em um problema econômico para o país,
como é visto atualmente em alguns países da Europa, onde a maior parte da
população se encontra na faixa etária idosa, e as arrecadações financeiras da
população trabalhadora não supre a necessidade de pagamentos de previdência da
população idosa, acarretando em problemas de gastos públicos.
No caso do Brasil, o país vem passando por uma
estagnação econômica, sendo visto que órgãos como o FMI (Fundo Monetário
Internacional) e o Banco Mundial afirmaram que o país perdeu a chance de
aproveitar o impulso do bônus demográfico para alavancar sua economia,
acreditando que são necessárias reformas para aumentar a produtividade e
corrigir o desequilíbrio nas finanças públicas. Ou seja, o Brasil não
aproveitou o bônus demográfico, e continuou pobre.
O bônus demográfico deve ser visto como uma
oportunidade única de elevação da economia antes da transição demográfica, onde
o país deve incentivar a educação, profissionalizar os jovens, investir em
meios que melhorem as formas de produção, focando no aumento da economia, mas
muitos países veem o alto número de jovens como um problema e não como uma
solução.
O Brasil corre o
risco de ser o primeiro país a envelhecer antes de enriquecer. Outros países já
passaram por processos de envelhecimento, como Japão, Espanha e Alemanha, mas
eles possuem uma situação social e econômica bastante diferente da brasileira.
O Bônus demográfico não acontece se não há
oportunidades para as pessoas em idade produtiva.
No Brasil, dez milhões de jovens são
nem nem, ou seja, nem trabalham e nem estudam. Os indicadores econômicos
são negativos há vários anos e a política tem sido uma usina de más notícias.
A
janela do bônus demográfico no Brasil e
na América Latina como um todo ainda está aberta, mas
não por muito tempo. Breve essa tendência vai se inverter e teremos uma
proporção menor de pessoas em idade produtiva. É necessário investir em
Educação, Inovação e no principal ativo da Economia do Futuro: o capital
humano, porque o bônus demográfico é um fenômeno histórico que não se repete.
Fontes:
InfoEscola e Revolução Prateada
Por:
lucinhahb