Município de Santo Ângelo
O município de Santo Ângelo localiza-se no estado do Rio Grande do Sul, pertencente à mesorregião do Noroeste do estado e à microrregião de Santo Ângelo. É o maior município da região das Missões com uma área de 680,498 km². Em termos populacionais possui uma população absoluta de 78.908 habitantes, sendo o segundo município mais populoso do Noroeste gaúcho (IBGE, 2014) e, por conseguinte, possui uma densidade demográfica equivalente a 115,96 hab./km². É popularmente chamado de "Capital das Missões", pois se destaca como um centro de serviços públicos, bem como por sediar vários órgãos das esferas estadual e federal.
Mapa: Localização de Santo Ângelo no Rio Grande do Sul.
A economia do município está baseada principalmente na exploração agropecuária, como, no cultivo da soja, do milho e do trigo. Já na pecuária, destacam-se as criações de bovinos e suínos. O comércio da cidade é bem estruturado, conta com inúmeras opções no setor de prestação de serviços, bons locais para entretenimento e lazer, boa gastronomia e hotelaria. Também apresenta o turismo como importante atividade econômica no município, sendo a Fenamilho Internacional o principal evento do município.
Em resultado disso, temos um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a R$1878,066 mil e um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) apontado como muito alto (0,821, segundo o PNUD).
Características físicas – O relevo do município é construído predominantemente por planaltos, já que temos a presença de áreas mais ou menos planas que apresentam médias altitudes, delimitações bem nítidas, geralmente compostas por escarpas, e são cercadas por regiões mais baixas. Há o predomínio da erosão. O clima é subtropical úmido (transição do clima tropical para o temperado, com as chuvas e estações do ano bem definidas). O solo é do tipo terra roxa ou terra vermelha, caracteriza-se por ser muito fértil, sendo resultado de milhões de anos de decomposição de rochas basálticas. A vegetação é rica e diversificada. Não há incidência de desertificação ou arenização.
O município divide-se em 14 distritos, além da sede. São eles: Buriti, Comandaí, Colônia Municipal, Rincão dos Mendes, Restinga Seca, Lajeado Cerne, Atafona, Ressaca da Buriti, Cristo Rei, Sossego, Rincão dos Roratos, União, Lajeado Micuim e Rincão dos Meotti. Aqui falaremos sobre o Distrito Buriti.
Distrito Buriti
O distrito Buriti é um dos quatorze distritos rurais do município de Santo Ângelo, na região Noroeste do Rio Grande do Sul.
História e criação - O distrito foi fundado como colônia de agricultores de origem alemã, na década de 1910. Ainda na condição de colônia, já contava com três casas comerciais, três serrarias, três moinhos, uma ferraria, uma marcenaria, um curtume, uma fábrica de aguardente e até um hotel. Em 17 de julho de 1956, foi reconhecido oficialmente, através da Lei Municipal nº 7.
Possui uma área de 41,4 km², com uma população absoluta de 684.756 habitantes e, em consequência uma densidade demográfica de 16,54 hab./km². Seus limites territoriais ou áreas limítrofes são os distritos Ressaca da Buriti, União, Restinga Seca, Atafona e o município de Vitória das Missões. O acesso ao distrito se dá pela Rodovia Municipal Elóy Nelson Pedrazza ou Estrada da Buriti.
O Monumento ao Colono e Motorista, o Santuário Nossa Senhora de Fátima de Buriti e o Templo da Comunidade Luterana são os pontos turísticos do distrito, além de todos os anos acontecer a famosa festa do Colono e Motorista.
Foto: Monumento ao Colono e Motorista.
Os setores econômicos são movidos na agricultura baseada no cultivo do trigo, da soja, do milho e do feijão. Na pecuária, pela criação de suínos, bovinos e aves. Na área industrial, pelas fábricas de cerâmica e de bomba de chimarrão. Já, no comércio pelos mini mercados, armazéns, lanchonetes, postos de combustíveis e por um posto de saúde, no setor de serviços.
As características físicas do Buriti são praticamente as mesmas do município de Santo Ângelo, clima subtropical úmido, relevo planalto com leves ondulações (coxilhas), vegetação rica e variada, solo do tipo terra roxa (muito fértil, próprio para a agricultura e criação de animais, argiloso), a hidrografia do local é baseada em dois cursos d’água, Arroio do Meio e Arroio Buriti, os quais são afluentes do Rio Ijuí, que por sua vez desagua no Rio Uruguai, o que forma a grandiosa Bacia do Rio da Prata ou Platina.
Sabemos que, atualmente as práticas agrícolas contribuem para a degradação do solo, entre os fatores que geram essa degradação podemos citar a erosão pluvial (quando falamos em forças da natureza) e a erosão antrópica, aquela feita por intervenção humana, como, o desmatamento que resulta na retirada da cobertura vegetal de uma área, portanto ela perde sua consistência, pois a água, que antes era absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar, o que pode causar instabilidade do solo e erosão. Além disso, outro fator determinante é a compactação (processo decorrente da manipulação intensiva, fazendo o solo perder sua porosidade pelo adensamento de suas partículas, na prática é acentuada pela utilização de máquinas agrícolas).
Vitor colleto dos Santos (colégio Tiradentes da Brigada Militar- Santo Ângelo RS).