domingo, 20 de janeiro de 2019

AGROPECUÁRIA NO MUNDO

A agropecuária a a partir do século XX sofreu inúmeras transformações, decorrentes da introdução de novas tecnologias. O agronegócio passou a dominar a produção em diversos países. Mas nos países subdesenvolvidos, as atividades agrícolas não gera alimentos suficientes para acabar com a fome e a miséria. Entretanto, diversos países emergentes se tornaram celeiros agrícolas e a exemplo do Brasil, a agricultura familiar responde por boa parte da produção de alimentos, como mandioca, café, milho,arroz, feijão, soja e leite.

As nações industrializadas apresentam alto grau de urbanização e agropecuária ocupa uma pequena parcela de mão-de-obra.
A maior parte dos países subdesenvolvidos não-industrializados possui baixos índices de urbanização. Outra parte conta com intensa urbanização em virtude do elevado êxodo rural, que se deve, entre outros fatores, ao baixo padrão de vida no campo.
Nos casos da África e da Ásia, grande parte da população economicamente ativa continua empregada no setor primário, embora esses continentes sejam os que mais apresentam problemas de fome e de subnutrição. Neles, a população rural ultrapassa a média de 62%, chegando a representar mais de 80% da população total em muitos países, como Burkina Faso, Burundi, Etiópia, Ruanda, Malavi, e Uganda, na África, e Butão, Nepal, Camboja e Laos, na Ásia.
A agricultura nos países subdesenvolvidos
Os sistemas agrícolas nativos asiático, africano e latino-americano, fundamentados na apropriação e na produção coletivas, foram desorganizados, d o século XVI, com a inserção destas regiões no modo de produção capitalista
Como consequência, em grande parte desses países predomina uma agricultura de subsistência complementar à plantation, esta última desenvolvida nas melhores terras. O aumento da produção se faz, na maioria das vezes pela extensão da área cultivada, pois não contam com capital e tecnologia modernizadora para promover aumento de produtividade. Esses países ainda constituem sociedades rurais de baixo poder aquisitivo, com mercado interno muito fraco e submissão ao mercado mundial de commodities.
Embora os produtos primários representem mais de 50% do PNB de muitos países (como Afeganistão, Burundi, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Etiópia, Guiné-Bissau, Laos, Libéria, Mianma, Serra Leoa e Somália), nem sempre eles são os maiores produtores ou exportadores
A agricultura nos países Desenvolvidos
A tecnologia empregada pelos países industrializados na agricultura permite grande produtividade e coloca muitos deles entre os maiores produtores e exportadores mundiais, como é o caso dos EUA.
Agrogropecuária dos Estados Unidos
O país é o principal representante da agricultura contemporânea, com produção excedente, especializada, e essencialmente especulativa e de mercado.
A partir da segunda metade do século XIX, a agricultura dos Estados Unidos alcançou grande desenvolvimento. A preocupação europeia com a produção industrial acarretou uma crise generalizada em sua produção agrícola.
Devido ao menor custo de produção em relação à Europa, países como EUA, Austrália, Argentina e Canadá passaram a conquistar o mercado europeu de produtos agropecuários.
O desenvolvimento da agricultura estadunidense resultou, portanto, de seu caráter competitivo no plano externo combinado a diversos outros fatores internos, como a abolição da escravatura, a agilidade governamental no processo de acesso à terra, o elevado contingente de imigrantes (sobretudo europeus), a conquista e a expansão territorial (disponibilidade de terras), as grandes extensões de solos férteis (principalmente pradarias) e a rápida modernização e mecanização da agricultura.
Com exceção das regiões Nordeste (de povoamento mais antigo e agricultura semelhante à europeia) e da região Sul (lavouras subtropicais de plantation), a agricultura estadunidense estruturou-se com base na produção especializada e na média e grande propriedade familiar, os farmers.
A produção especializada deu origem aos cinturões agrícolas (belts), tensas áreas do território destinadas ao cultivo de um produto principal (monocultura), nas quais se desenvolve uma moderna agricultura comercial, por exemplo, wheat belt (trigo), cotton belt (algodão), corn belt (milho) ranching belt (pecuária extensiva). A associação de produtores permite a integração entre agricultura, comércio e indústria, garantindo contratos de exportação, fornecimento de matérias-primas, utilização de tecnologia, máquinas etc. Os green belts ou cinturões verdes são pequenas propriedades, geralmente em torno das cidades, nas quais se pratica agricultura intensiva para abastecer os centros urbanos.
Apesar de contar com Limitações naturais (montanhas, temperaturas baixas), os Estados Unidos possuem disponibilidade de áreas agrícolas, coma as planícies e os baixos planaltos, regiões de solos férteis. A pecuária extensiva é desenvolvida nas regiões áridas e semi-áridas do Oeste, do país.
Apesar de a agropecuária participar em 2002 com apenas 2% do PBN dos Estados Unidos e absorver apenas 2% de sua população econômica ativa, o país é a principal potência agrícola atual, o maior produtor e mundial de alimentos. Sua agropecuária é muito produtiva, ocupando posição de vanguarda no desenvolvimento de técnicas modernas, como a biotecnologia.
A influência estadunidense no comércio agrícola internacional (preços e transações) é tão grande que qualquer mudança na sua política agrícola tem conseqüências mundiais.
Quanto aos demais países e regiões cujo sistema agrícola assemelha-se ao dos EUA (agricultura mecanizada, comercial e especializada), podemos citar Canadá, Austrália, África do Sul, Argentina, Região Centro-Sul do Brasil, todos exportadores de cereais (trigo, milho etc.) e outros produtos agropecuários (soja, carne, lã etc.) de grande consumo mundial.
A agricultura europeia
O primeiro período de grande desenvolvimento da agricultura europeia (por volta de 1780 a 1880) coincide coma primeira fase da Revolução Industrial. Este desenvolvimento deu-se principalmente graças à utilização de técnicas agrícolas como a rotação de culturas (técnica que alterna em uma mesma área culturas diferentes ou períodos de cultivo e de repouso, para não esgotar o solo e permitir que os nutrientes sejam repostos). Também se deveu à maior utilização de máquinas e ferramentas agrícolas (fornecidas pela indústria) e ao maior consumo de alimentos pela população. Entretanto, a concorrência cada vez maior dos produtos estrangeiros (mais baratos) levou a agricultura européia a uma grave crise, que teve início no final do século XIX.
O período posterior a essa crise generalizada (agravada pela Depressão econômica de 1929) foi marcado por uma reorganização e modernização da agropecuária européia, cujas principais características foram:
• substituição da tradicional policultura pela agricultura especializada de mercado (trigo, vinho, batata, entre outras);
• melhoria da infra-estrutura do setor agropecuário (armazéns, silos, estábulos, escoamento e comercialização da produção) e maior emprego da mecanização, da adubação química etc.;
• reagrupamento das propriedades (concentração fundiária), maior participação empresarial no setor, maior submissão do produtor ao capital e maior participação do Estado no financiamento da produção;
• difusão do cooperativismo agropecuário (em países como Dinamarca, Países Baixos, Suécia etc.) tanto na compra de insumos agropecuários (adubos, máquina etc.) quanto na comercialização dos produtos.
Essa grande modernização tornou a agricultura européia mais eficiente e competitiva. Entretanto, os países europeus ocidentais continuam sendo, em sua maioria, deficitários na produção de alimentos.
Apesar da modernização pela qual passou, a agricultura européia ainda emprega alguns métodos agrícolas clássicos, como a rotação de culturas e a associação agricultura-pecuária.
Mudanças na paisagem rural do mundo em transição: Rússia e China
Rússia
A partir da Revolução de 1917 a propriedade privada foi abolida na Rússia e as terras foram coletivizadas. Predominava o modelo de exploração agrícola baseado nos kolkhozes (fazendas coletivas) e nos sovkhozes (fazendas estatais).
A antiga-URSS chegou a se tornar uma das maiores potências agropecuárias do mundo (devido a fatores como grande extensão territorial, mão-de-obra numerosa, mecanização etc.), apesar das condições naturais desfavoráveis de grande parte de seu território (secas e invernos muito rigorosos) e da prioridade dada à produção industrial e bélica. A participação do capital estatal foi decisiva nesses avanços.
O período que antecedeu as reformas (1981-1985) que deram origem à transição para a economia de mercado, a União Soviética passou por uma série de insucessos nas colheitas, gastou suas reservas na importação de cereais e não investiu na modernização para ampliar a produção.
A partir de 1990, com os novos planos de transição para a economia de mercado, os kolkhozes foram desativados (alguns abandonados), as lavouras foram arrendadas às famílias e as terras do Estado foram privatizadas e distribuídas.
Em 1991 ocorreu a dissolução da União Soviética e a criação da CEI (Comunidade dos Estados Independentes).
Desde a década de 1990 têm sido elaborados planos de organização e modernização de empresas agrícolas adaptadas às regras de mercado. Apesar de todos os problemas, a Rússia, principal Estado da CEI, ainda é uma grande produtora agrícola, destacando-se na produção mundial de cevada, aveia, centeio (primeiro lugar mundial), batata (segundo lugar) e trigo (terceiro lugar).
CHINA
A Revolução Socialista de 1949, a agricultura passou a ser vista como a base do desenvolvimento da China. As terras e seu uso foram coletivizados. As tradicionais práticas de agricultura comunitária deram origem inicialmente às cooperativas agrícolas e, mais tarde (1957), às comunas populares (comunidades agrícolas coletivas).
Embora contando com o maior contingente populacional do mundo (mais de 1,3 bilhão de habitantes) e dispondo de condições naturais muito adversas na maior parte de seu território, o desempenho da agricultura chinesa no período pós-revolução foi sem dúvida excelente, contando com grandes projetos de irrigação e recuperação dos solos.
Em 1984 o governo chinês anunciou oficialmente um conjunto de reformas econômicas que vinham sendo experimentadas desde o final da década de 1970: permissão para a exploração individual ou familiar da agricultura, introdução do conceito de lucro nas atividades econômicas, adoção de tecnologias e capitais estrangeiros, estímulo à produtividade do trabalhador, flutuação dos preços, criação do cartão de crédito, criação da Bolsa de Valores, estímulo ao consumo etc.
Quanto à agricultura, e mais especificamente às comunas populares, a principal mudança foi a permissão dada às famílias de explorarem individualmente a terra e comercializarem diretamente a produção excedente. A produção passou a ter três destinos: uma parte é vendida ao Estado, outra é destinada à comunidade local e a terceira é comercializada livremente pela família produtora. Este sistema tem propiciado maior produtividade, maior produção e maiores ganhos.
A distribuição de terras para plantio PUBLICIDADE A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social. Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras para famílias camponesas.

AGRICULTURA FAMILIAR


Entende-se por agricultura familiar o cultivo da terra realizado por pequenos proprietários rurais, tendo como mão-de-obra essencialmente o núcleo familiar, em contraste com a agricultura patronal - que utiliza trabalhadores contratados (permanentes ou temporários) em propriedades médias ou grandes.
No Brasil, a agricultura familiar foi assim definida na Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar (e empreendedor familiar rural) aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:
I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;
II - utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento;
III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento
IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.
Segundo o economista Ricardo Abramovay, da FEA-USP, tal oposição é de natureza social - entre a agricultura que se apóia fundamentalmente na unidade entre gestão e trabalho de família e aquela em que se separam gestão e trabalho.  Para ele, o modelo adotado pelo Brasil, o patronal, não foi o que prevaleceu em países como os Estados Unidos, onde, historicamente, a ocupação do território baseou-se na unidade entre gestão e trabalho, e a agricultura baseou-se inteiramente na estrutura familiar.
A produção da agricultura familiar
Cerca de 60% dos alimentos consumidos pela população brasileira são produzidos por agricultores familiares. No Brasil, a agricultura familiar é responsável pela produção de 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café,  34% do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 60% do leite, 59% do plantel de suínos e 50% das aves.
Segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, 84,4% do total de propriedades rurais do país pertencem a grupos familiares. São aproximadamente 4,4 milhões de unidades produtivas, sendo que a metade delas está na Região Nordeste. Esses estabelecimentos representavam 84,4% do total, mas ocupavam apenas 24,3% (ou 80,25 milhões de hectares) da área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Já os estabelecimentos não familiares representavam 15,6% do total e ocupavam 75,7% da sua área.
Agricultura familiar - área x estabelecimento IBGE - 2006
De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar, aproximadamente 13,8 milhões de pessoas trabalham em estabelecimentos familiares, o que corresponde a 77% da população ocupada na agricultura.
Entre os estados brasileiros, a agricultura familiar tem especial destaque no Paraná. Das 374 mil propriedades rurais no Estado, 320 mil pertencem a agricultores familiares. Quase 90% dos trabalhadores estão vinculados à agricultura familiar. 1/3 das terras do. Estado são agricultáveis, e a maior parte está em propriedades com menos de 50 hectares.

RACISMO NO BRASIL

A questão racial é muito complexa, isso porque mexe com a cultura e origens dos indivíduos. Nesse sentido, é necessário buscar uma fundamentação científica em torno do tema para que não se faça julgamentos levianos ou superficiais.
Em se tratando do preconceito racial no Brasil, há que se dizer que o racismo existe, sim. No entanto, estudiosos afirmam que o nosso país não aplica o preconceito racial em relação ao outro, é a chamada democracia racial.
Em contrapartida, muitos pesquisadores relatam estudos que comprovam o racismo no Brasil em maior ou menor grau em diversas áreas da sociedade brasileira, como por exemplo, no trabalho, na educação, na política eleitoral, entre outros. Isso significa que se o Estado não assume o preconceito racial, ele não conseguirá cumprir as leis relacionadas à discriminação racial.
Mas é no mínimo contraditório, visto que somos um povo multirracial. Também é interessante ressaltar que o conceito de raça não pode ser aplicado devido à diversidade genética humana.
Mesmo assim, é fato que brancos, negros e índios continuam  se inserindo de forma diversa na sociedade brasileira.
O IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística classifica os brasileiros em cinco grandes grupos de cor: brancos, pardos, negros e amarelos. Não há critério objetivo de distinção entre as cores, podendo, assim, cada brasileiro declarar-se pertencente a qualquer uma dessas categorias. 

NOVAS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS


Fronteira agrícola é o avanço da unidade de produção capitalista sobre o meio ambiente, terras cultiváveis e/ou terras de agricultura familiar. A fronteira agrícola está ligada com a necessidade de maior produção de alimentos, criação de animais sob a demanda internacional de importação destes produtos.  Além disso, seu crescimento acelerado também está ligado pela ausência de políticas públicas eficazes onde a terra acaba sendo comprada barata e o controle fiscal inoperante
O Brasil possui 850 milhões de hectares em seu território. Estima-se que 350 milhões são agricultáveis. Cana-de-açúcar, e Soja ocupam em torno de 22 milhões e 8 milhões de hectares respectivamente. Já para a criação de gado, no território brasileiro cerca de 211 milhões de hectares são utilizados para a pastagem extensiva. Apesar do grande espaço a produtividade para cabeças de boi é considerada baixa, uma vez que temos poucas cabeças de boi por hectare. Para aumentar a produção de cereais e carne, agricultores e pecuaristas estendem a fronteira de suas fazendas adquirindo mais terras, a chamada fronteira agrícola.
O sensoriamento remoto no estudo do desmatamento da floresta amazônica por instituições americanas como Environmental Research Letters mostra que a soja é vetor que contribui para este aumento do espaço ocupado a sua produção. A produção de soja no Brasil vem exibindo crescimento elevado, com maior destaque após o início década de 1990. Esse crescimento conduziu o Brasil ao grupo dos maiores produtores e exportadores de soja do mundo. A forte expansão da produção ocorreu fundamentalmente com base em aumento da área plantada, tanto nas regiões tradicionais como nas “fronteiras agrícolas” do Cerrado brasileiro.    
Entre as novas áreas ocupadas destaca-se também a região do “MAPITO”  que reúne a primeira sílaba dos Estados que a compõem: Maranhão, Piauí, Tocantins, e quando se considera o Oeste da Bahia, conhecida como MAPITOBA, é a nova fronteira de desenvolvimento do país, a exemplo do que foi o Centro-Oeste nas últimas décadas.
Projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) indicam que essa região deverá produzir próximo de 20 milhões de toneladas de grãos em 2022. No ciclo 2011/12, o Mapitoba produziu 13,9 milhões de toneladas. Para se ter ideia do potencial da região, na temporada 2002/03 a safra era de 7,3 milhões. Ou seja, a colheita praticamente dobrou.
As áreas ocupadas nesses Estados têm algumas características essenciais para a agricultura moderna. São planas e extensas, solos potencialmente produtivos, disponibilidade de água e clima propício com dias longos e com elevada intensidade de sol. Além disso, os preços das terras nessas áreas, apesar de estarem em franca elevação, ainda são relativamente mais baixos do que os de outras regiões agrícolas do país. A limitação maior, no entanto, são as precárias condições de logística, especialmente transporte terrestre, portuário, comunicação e, em algumas  áreas, ausência de serviços financeiros.

ÊXODO RURAL

O êxodo rural é uma modalidade de migração caracterizada pelo deslocamento de uma população da zona rural em direção às cidades, é um fenômeno que ocorre em escala mundial.
O desencadeamento do êxodo rural é consequência, entre outros fatores, da implantação de relações capitalistas modernas na produção agropecuária, onde o modelo econômico privilegia os grandes latifundiários e a intensa mecanização das atividades rurais expulsa os pequenos produtores do campo. O intenso processo de mecanização das atividades agrícolas tem substituído a mão de obra humana. Os pequenos produtores que não conseguem mecanizar sua produção têm baixo rendimento de produtividade, o que os coloca em desvantagem no mercado. O êxodo rural provoca, na maioria das vezes, problemas sociais. Cidades que recebem grande quantidade de migrantes, muitas vezes, não estão preparadas para tal fenômeno. Os empregos não são suficientes e muitos migrantes partem para o mercado de trabalho informal e passam a residir em habitações sem boas condições (favelas, cortiços, etc).
Um grande êxodo rural ocorreu no Brasil entre as décadas de 1960 e 1980. O censo demográfico 2010 do IBGE mostrou que o número de pessoas que moram em áreas rurais continua diminuindo no país, porém num ritmo menor do que na década anterior. O Norte ainda atrai pessoas para a área rural principalmente pela mineração e, no Centro-Oeste, o movimento ocorre pelo forte desenvolvimento da agricultura da região.


REVOLUÇÃO VERDE


A Revolução Verde ocorreu a partir da década de 1960, baseada no incremento tecnológico visando a produção em grande escala. Consistiu no desenvolvimento biotecnológico para gerar uma variedade maior de cereais. Nesse período iniciou também a utilização de fertilizantes para um melhor rendimento dos vegetais.
A intenção primordial no aumento de oferta de alimentos era de combater a fome. Partia-se do pressuposto de que com uma grande produção de alimentos seria possível amenizar a problemática da fome, sem considerar, entretanto, de forma plena, a questão da distribuição dos recursos. A Revolução Verde não conseguiu eliminar o problema da fome, apesar de ter diminuído o problema em países Asiáticos.
A Revolução Verde favoreceu o aumento da produção, mas por outro lado provocou uma aceleração da desigualdade fundiária, as grandes propriedades rurais possuíam recursos financeiros para se modernizar e acompanhar as novas técnicas e tecnologias, já as pequenas propriedades se encontravam excluídas do processo de modernização, em razão da falta de apoio financeiro e técnico. Muitas vezes ocorre com esses pequenos proprietários a expropriação.
Na visão ambiental, o desenvolvimento da agropecuária tem provocado ao longo das ultimas décadas profundas alterações no meio ambiente, como o empobrecimento e perda de toneladas de solo, poluição, surgimento de erosões, poluição dos mananciais provocada por agrotóxico, criação de novas áreas de cultivo com derrubadas da cobertura vegetal natural e uma série de graves problemas ecológicos decorrente da prática da agricultura moderna.

sábado, 19 de janeiro de 2019

ATUALIDADES 2019- 1º TRIMESTRE


ATUALIDADES 2019/ 1º Trimestre - 5 temas:
1-      Fake News
Fake News em inglês significa “notícias falsas”.
Tanto as eleições que ocorreram nos Estados Unidos em 2016, elegendo Donald Trump, quanto as eleições presidenciais no Brasil, em 2018, tiveram uso massivo de Fake News, muitas vezes criadas pelos próprios candidatos.
É de suma importância entender como as Fake News acontecem, independente da ideologia, e os mecanismos que são utilizados para que elas sejam espalhadas.
Texto publicado pela BBC Brasil: “Por que o Brasil se transformou em terreno fértil para a difusão de notícias falsas durante as eleições”.
Além de falar sobre o caso específico das eleições, eles apontam quais elementos tornam o Brasil vulnerável às Fake News:
a)      Sociedade, política e acesso à internet
b)      Papel do WhatsApp
c)      Como a justiça enfrentou a difusão de notícias falsas

Vídeo sobre Fakenews
Para complementar seus estudos, assista ao debate da TV Cultura, que traz argumentações e aspectos interessantes sobre o tema:
Temas relacionados:
a)      Importância do Jornalismo
b)      Regulamentação das Mídias Sociais
c)      Marco Civil da Internet
d)     Utilização responsável das Mídias Sociais
e)      O fenômeno da pós-verdade

2-      Violência e Segurança
Por ano no Brasil ocorrem mais de 60 mil homicídios, esse é um dos problemas mais graves que nossa sociedade enfrenta.
A Revista Superinteressante fala sobre a origem da criminalidade. Acesse essa matéria no link abaixo:
O texto analisa as diversas abordagens possíveis para entender as origens da criminalidade.
Para facilitar o seu entendimento sobre o tema, assista o vídeo sobre Violência e Segurança Pública, com o especialista em segurança pública Renato Sérgio de Lima:
Temas relacionados:
Os temas a seguir estão diretamente relacionados à questão da segurança pública:
a)      Políticas de encarceramento
b)      Redução da maioridade penal
c)      Legalização do porte e da posse de arma de fogo
d)     Legalização das drogas
e)      Desmilitarização das polícias

3-      Ideologização da Sociedade
Muito se fala sobre ideologia atualmente, mas pouca gente sabe exatamente o que significa e quais as implicações reais da adoção de determinada ideologia por um grupo de pessoas.
Vídeo sobre Ideologia:
Temas relacionados:
a)      Falar de ideologia envolve também entender os seguintes temas:
b)      Ideologia de Gênero
c)      Escola sem partido
d)     Diferenças entre esquerda e direita

4- Imigração
O drama da imigração em massa chega ao Brasil, principalmente em 2018, após a Venezuela passar por uma catástrofe econômica e social.
Embora o Brasil já recebesse imigrante de outras partes do mundo (inclusive dos países em guerra do Oriente Médio), agora o volume de pessoas estrangeiras interessadas em viver no Brasil aumentou significativamente.
Como lidar com essa questão?
A matéria produzida pelo UOL TAB traz um enfoque bem interessante, mostrando os desafios da imigração Brasil x Venezuela.
As histórias contadas fazem referência ao estado de Roraima, um dos principais estados de destino dos venezuelanos.
Para entender melhor o tema, assista ao debate promovido pela TV Cultura:
Temas relacionados:
a)      Xenofobia
b)      Desemprego
c)      Protecionismo
d)     Globalização

4-      Autoestima, depressão e ansiedade
A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, 5,8% da população sofre com esse mal, que afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros.
Vídeo com o Dr Augusto Cury falando um pouco sobre ansiedade:
Temas derivados:
a)      Uso descontrolado de remédios psiquiátricos
b)      Busca pela felicidade
c)      Religiosidade

DICAS PARA APROFUNDAR TEMAS DE ATUALIDADES:
1 – Podcast  Mamilos
O Mamilos é um podcast que se propõe a entregar ao seu público informação com responsabilidade: “estudamos, ouvimos os dois lados, mergulhamos nos fatos para emergimos com reflexões. Nosso propósito é que, em contato com os conteúdos que produzimos, as pessoas possam se transformar e transformar o mundo a sua volta”.
2 –  Casa do Saber
O Canal de Vídeos Casa do Saber traz pílulas de comentários de professores renomados sobre temas de relevância contemporânea. Uma fonte para garantir uma visão sofisticada e original da realidade.
O Nexo é o principal site para leitura explicativa de conceitos e temas atuais. Eles têm como objetivo trazer contexto às notícias e ampliar o acesso a dados e estatísticas.
Fonte: Danilo Nascimento- Segredos de Concurso-
https://segredosdeconcurso.com.br/sobre/
Por: Lucinhahb.blogspot.com

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BRASIL: CRISE HÍDRICA E ENERGÉTICA

A 6ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – trará especialistas nacionais e internacionais para falarem de tem...