quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Reprovado no Enem

A quebra de sigilo em 2011 se deu porque questões usadas como pré-testes foram parar na prova oficial. O banco de questões do Enem não suporta a demanda. O PT esqueceu-se de cuidar desse particular no afã de "mostrar serviço" - um péssimo se
José Serra, ex-prefeito e ex-governador de São Paulo - O Estado de S.Paulo
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado pelo ex-ministro da Educação Paulo Renato de Souza, em 1998, como parte de um esforço para melhorar a qualidade das escolas desse ciclo educacional. Para isso precisava de um instrumento de avaliação do aproveitamento dos alunos ao fim do terceiro ano para subsidiar reformas no sistema. Iniciativas desse tipo também foram adotadas para o ensino fundamental e o universitário. Nada mais adequado que conhecer melhor o seu produto para adotar as terapias adequadas. O principal benefício para o estudante era avaliar o próprio conhecimento.
O Enem é uma prova voluntária e de caráter nacional. As questões são as mesmas em todo o Brasil. Sua expansão foi rápida: até 2002, cerca de 3,5 milhões de alunos já tinham sido avaliados. Note-se que Paulo Renato chegou a incentivar as universidades a levarem em conta o resultado do Enem em seus respectivos processos seletivos. Em 2002, 340 instituições já faziam isso.
Ainda que o PT e seus sindicatos tivessem combatido o Enem, o governo Lula manteve-o sem nenhuma modificação até 2008, quando o Ministério da Educação (MEC) anunciou, pomposamente, que ele seria usado como exame de seleção para as universidades federais, o que "acabaria com a angústia" de milhões de estudantes ao pôr fim aos vestibulares tradicionais. A partir dessa data, dados os erros metodológicos, a inépcia da gestão e o estilo publicitário (e só!) de governar, armou-se uma grande confusão: enganos, desperdício de recursos, injustiças e, finalmente, a desmoralização de um exame nacional.
O Enem, criado para avaliar o desempenho dos alunos e instruir a intervenção dos governos em favor da qualidade, transformou-se em porta de acesso - ou peneira - para selecionar estudantes universitários. Uma estupenda contradição! Lançaram-se numa empreitada para "extinguir os vestibulares" e acabaram criando o maior vestibular da Terra, dificílimo de administrar. A angústia de milhões de candidatos, ao contrário do que anunciou o então ministro Fernando Haddad, cresceu, em vez de diminuir. E por quê? Porque a um engano grave se juntou à inépcia.
Vamos ao engano. Em 2009 o Enem passou a usar a chamada Teoria da Resposta ao Item (TRI) para definir a pontuação dos alunos, tornados "vestibulandos". Mas se recorreu à boa ciência para fazer política pública ruim. A TRI mede a proficiência dos alunos e é empregada no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Sabe) desde 1995, prova que não seleciona candidatos - pretende mostrar o nível em que se encontra a educação, comparar as escolas e acompanhar sua evolução, para orientar as políticas educacionais.
Como o Enem virou prova classificatória, o uso da TRI, que não confere pontos aos alunos segundo o número de acertos (Teoria Clássica dos Testes), renovou a "angústia". O "candidato" não tem ideia de que pontuação lhe vão atribuir porque desconhece os critérios do examinador. Uma coisa é empregar a TRI para avaliar o nível dos jovens; outra, diferente, é fazer dela um mistério que decide seu destino. Na verdade, o "novo" Enem passou a usar a TRI para, simultaneamente, selecionar alunos, avaliar o desempenho das escolas, criar rankings, certificar jovens e adultos que não completaram o ensino médio e orientar o currículo desse ciclo. Não há exame no mundo com tantas finalidade discrepantes.
A Teoria Clássica dos Testes não distingue o acerto derivado do "chute" do decorrente da sabedoria. A TRI pode ser mais apropriada como forma de avaliar o nível da educação, mas como critério de seleção vira um enigma para os candidatos. Os vestibulares "tradicionais", como a Fuvest, costumam fazer sua seleção em duas etapas: uma primeira rodada com testes e uma segunda com respostas dissertativas - que não comportam o chute.
O Enem-vestibular do PT concentrou, ainda, na prova de redação a demonstração da capacidade argumentativa do aluno. Além de as propostas virarem, muitas vezes, uma peneira ideológica, assistimos a um espetáculo de falta de método, incompetência e arbítrio. O País inteiro soube de um aluno, em São Paulo, que recorreu à Justiça e sua nota, de "anulada", passou para 880 pontos - o máximo é mil. Outro, ao receber uma explicação de seus pontos, constatou um erro de soma que lhe roubava 20 pontos. Outros 127 estudantes conseguiram ter suas notas corrigidas. Atentem para a barbeiragem técnica: nos testes, recorre-se à TRI para que o "chute" não tenha o mesmo peso do acerto consciente, mas o candidato fica à mercê de uma correção marcada pelo subjetivismo e pelo arbítrio.
É conhecida também a sucessão de outros problemas e trapalhadas: quebra do sigilo em 2009, provas defeituosas em 2010 e nova quebra de sigilo em 2011. Além disso, os estudantes que, via Justiça, cobram os critérios de correção das redações costumam receber mensagens com erros grotescos de português. Todos nós podemos escorregar aqui e ali no emprego da norma culta. Quando, porém, um candidato questiona a sua nota de redação e recebe do próprio examinador um texto cheio de erros, algo de muito errado está em curso.
Se o MEC queria acabar com os vestibulares, não poderia ter criado "o" vestibular. Se o Enem deve ser também uma prova de acesso à universidade, não pode ser realizado apenas uma vez por ano - prometem-se duas jornadas só a partir de 2013. A verdade é que o governo não criou as condições técnicas rviço!
O ex-ministro Haddad, antes de deixar o cargo, fingiu confundir a crítica que fizeram a seu desempenho com críticas ao próprio Enem, o que é falso. Talvez seu papel fosse mesmo investir na confusão para tentar apagar as pegadas que deixou. O nosso papel é investir no esclarecimento.
Fonte:  ESTADÃO

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Entenda o cálculo do IDH e seus indicadores


O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede o nível de desenvolvimento humano dos países utilizando como critérios indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).
O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) a um (desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo, os países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano e países com IDH superior a 0,800 têm desenvolvimento humano considerado alto.
Para a avaliação da dimensão educação, o cálculo do IDH municipal considera dois indicadores com pesos diferentes. A taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade tem peso dois, e a taxa bruta de freqüência à escola peso um. O primeiro indicador é o percentual de pessoas com mais de 15 anos capaz de ler e escrever um bilhete simples, considerados adultos alfabetizados. O calendário do Ministério da Educação indica que, se a criança não se atrasar na escola, ela completará esse ciclo aos 14 anos de idade, daí a medição do analfabetismo se dar a partir dos 15 anos.
O segundo indicador é resultado de uma conta simples: o somatório de pessoas, independentemente da idade, que freqüentam os cursos fundamental, secundário e superior é dividido pela população na faixa etária de 7 a 22 anos da localidade. Estão também incluídos na conta os alunos de cursos supletivos de primeiro e de segundo graus, de classes de aceleração e de pós-graduação universitária. Apenas classes especiais de alfabetização são descartadas para efeito do cálculo.
Para a avaliação da dimensão longevidade, o IDH municipal considera o mesmo indicador do IDH de países: a esperança de vida ao nascer. Esse indicador mostra o número médio de anos que uma pessoa nascida naquela localidade no ano de referência (no caso, 2000) deve viver. O indicador de longevidade sintetiza as condições de saúde e salubridade do local, uma vez que quanto mais mortes houver nas faixas etárias mais precoces, menor será a expectativa de vida.
Para a avaliação da dimensão renda, o critério usado é a renda municipal per capita, ou seja, a renda média de cada residente no município. Para se chegar a esse valor soma-se a renda de todos os residentes e divide-se o resultado pelo número de pessoas que moram no município (inclusive crianças ou pessoas com renda igual a zero).
No caso brasileiro, o cálculo da renda municipal per capita é feito a partir das respostas ao questionário expandido do Censo - um questionário mais detalhado do que o universal e que é aplicado a uma amostra dos domicílios visitados pelos recenseadores. Os dados colhidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são expandidos para o total da população municipal e então usados para o cálculo da dimensão renda do IDH-M.
Fonte: TERRA TV

Posição País IDH

Posição     País     IDHAlto desenvolvimento humano
1     Islândia     0.968
2     Noruega    0.968
3     Canadá     0.967
4     Austrália   0.965
5     Irlanda      0.960
6     Holanda    0.958
7     Suécia     0.958
8     Japão      0.956
9     Luxemburgo     0.956
10     Suíça     0.955
11     França   0.955
12     Finlândia     0.954
13     Dinamarca     0.952
14     Áustria     0.951
15     Estados Unidos     0.950
16     Espanha     0.949
17     Bélgica     0.948
18     Grécia     0.947
19     Itália     0.945
20     Nova Zelândia     0.944
21     Grã-Bretanha     0.942
22     Hong Kong     0.942
23     Alemanha     0.940
24     Israel     0.930
25     Coréia do Sul     0.928
26     Eslovênia     0.923
27     Brunei     0.919
28     Cingapura     0.918
29     Kuait     0.912
30     Chipre     0.912
31     Emirados Árabes Unidos     0.903
32     Bahrein     0.902
33     Portugal     0.900
34     Qatar     0.899
35     República Tcheca     0.897
36     Malta     0.894
37     Barbados     0.889
38     Hungria     0.877
39     Polônia     0.875
40     Chile     0.874
41     Eslováquia     0.872
42     Estônia     0.871
43     Lituânia     0.869
44     Letônia     0.863
45     Croácia     0.862
46     Argentina     0.860
47     Uruguai     0.859
48     Cuba     0.855
49     Bahamas     0.854
50     Costa Rica     0.847
51     México     0.842
52     Líbia     0.840
53     Oman     0.839
54     Seychelles     0.836
55     Arábia Saudita     0.835
56     Bulgária     0.834
57     Trinidad e Tobago     0.833
58     Panamá     0.832
59     Antígua and Barbuda     0.830
60     São Cristóvão e Névis     0.830
61     Venezuela     0.826
62     Romênia     0.825
63     Malásia     0.823
64     Montenegro     0.822
65     Sérvia     0.821
66     Santa Lúcia     0.821
67     Belarus     0.817
68     Macedônia     0.808
69     Albânia     0.807
70     Brasil     0.807
71     Cazaquistão     0.807
72     Equador     0.807
73     Rússia     0.806
74     Ilhas Maurício     0.802
75     Bósnia-Hezergóvina     0


Fonte: http://www.sempretops.com/i

IDH- ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

 O IDH é o Índice de Desenvolvimento Humano que se refere às condições de vida de cada país.  Através do IDH eles dividem os países da seguinte forma:
*Países desenvolvidos que são aqueles com elevado desenvolvimento humanos
*Em desenvolvimento são os com desenvolvimento humano médio
*Subdesenvolvidos com desenvolvimento humano baixo.

O Brasil ocupa a 70º lugar na tabela do IDH e os dados que são levados em conta para se chegar a um número por país são:

*Dados de expectativa de vida ao nascer  
*Educação
*PIB (PPC) per capita (como um indicador do padrão de vida) recolhidos a nível nacional.

Os países membros da Organização das Nações Unidas são classificados de acordo com esses parâmetros. No ano passado algumas mudanças foram estipuladas para que fossem aplicadas no IDH ficando  da seguinte forma:  A partir do relatório de 2010, o IDH combina três dimensões:
*Uma vida longa e saudável, ou seja, expectativa de vida ao nascer
*O acesso ao conhecimento como anos médios de estudo e anos esperados de escolaridade
*Um padrão de vida decente: PIB (PPC) per capita
Fonte: REDE EDUCA

Pelo 2º ano, Brasil tem pior serviço público em relação à arrecadação de impostos

Austrália
164,18
Estados Unidos
163,83
Coreia do Sul
162,38
Japão
160,65
Irlanda
159,98
Suíça
157,49
Canadá
156,53
Nova Zelândia
156,19
Grécia
153,69
Eslováquia

FMI rebaixa previsão de crescimento da A.Latina para 3,6% em 2012

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou nesta terça-feira para baixo as perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina, para 3,6% em 2012, quatro décimos abaixo do projetado em setembro.

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Total de famílias endividadas recua em janeiro
A revisão do relatório semestral de "Perspectivas Econômicas Mundiais" situa o crescimento em 2013 em 3,9%, dois décimos abaixo da estimativa anterior do organismo.
Neste ano, a economia brasileira crescerá 3%, seis décimos abaixo da previsão de setembro, conforme o relatório que revisa para baixo tanto as economias avançadas quanto às emergentes.
No caso do Brasil, o FMI espera que o ano de 2013 encerre com alta do PIB de 4%, dois décimos abaixo do estimado anteriormente, embora acima dos 2,9% de 2011.
O FMI destacou na atualização de seu relatório fiscal, também publicado nesta terça-feira, que o Brasil manteve a disciplina orçamentária para apoiar uma política monetária expansiva como principal instrumento contra o negativo cenário global.
Com isso, o Brasil espera fechar 2012 com superávit orçamentário primário de 3,1% do PIB. O organismo lembrou as medidas de Brasília para apoiar a demanda de 0,2% do PIB.
No caso do México, o fundo espera que o crescimento se situe em 3,5% em 2012, um décimo a menos da previsão anterior, e mantenha o mesmo ritmo de aumento do PIB em 2013, o que representa um corte de dois décimos com relação ao cálculo de setembro.
Pelo relatório, espera-se que o crescimento nas economias emergentes, entre elas as latino-americanas, desacelere "pelo agravamento das condições externas e o enfraquecimento da demanda interna".
O FMI ressaltou que as projeções indicam que se intensificarão as políticas para enfrentar a crise na eurozona, o que coloca em risco o crescimento global.
A recomendação do fundo é que os países emergentes com menores pressões inflacionárias injetem liquidez para enfrentar a desaceleração global, mas levem em conta os riscos em setores superaquecidos como o imobiliário. EFE
Fonte: Yahoo Notícias

domingo, 22 de janeiro de 2012

Brasil é segundo país mais desigual do G20, aponta estudo

A desigualdade no Brasil é a segunda maior entre os países que compõem o G20. Apenas a África do Sul fica atrás em termos de desigualdade social. Este é o panorama traçado pela pesquisa "Deixados para trás pelo G20", elaborada pela Oxfam – entidade de combate à pobreza e a injustiça social atuante em 92 países.

Como base de comparação, a pesquisa também examina a participação na renda nacional dos 10% mais pobres da população de outro subgrupo de 12 países, de acordo com dados do Banco Mundial. Neste quesito, o Brasil apresenta o pior desempenho de todos, com a África do Sul logo acima.

A pesquisa afirma que os países mais desiguais do G20 são economias emergentes. Além de Brasil e África do Sul, México, Rússia, Argentina, China e Turquia têm os piores resultados. Já as nações com maior igualdade, são economias como França, Alemanha, Canadá, Itália e Austrália.

Mesmo estando nas últimas colocações, o Brasil é mencionado pela pesquisa como um dos países onde o combate à pobreza foi mais eficaz nos últimos anos. O estudo cita dados que apontam a saída de 12 milhões de brasileiros da pobreza absoluta entre 1999 e 2009.

A pesquisa prevê que, se o Brasil crescer de acordo com as previsões do FMI (3,6% em 2012 e acima de 4% nos anos subsequentes) e mantiver a tendência de redução da desigualdade e de crescimento populacional, o número de pessoas pobres cairá em quase dois terços até 2020, com 5 milhões de pessoas a menos na linha da pobreza.

Para o chefe do escritório da Oxfam no Brasil, Simon Ticehurst, é importante que o governo dê continuidade às políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e que o Estado intervenha para melhorar o sistema de distribuição. “Os mercados podem criar empregos, mas não vão fazer uma redistribuição (de renda)”, afirma.

Ticehurst diz que, para reduzir a desigualdade, o Brasil também precisa atacar as questões da sustentabilidade e da resistência a choques externos. “As pessoas mais pobres são as mais impactadas pela volatilidade do preço dos alimentos, do preço da energia, dos impactos da mudança climática. O modelo de desenvolvimento do Brasil precisa levar isso mais em conta.”

Para ele, a reforma agrária e o estímulo à agricultura familiar também são importantes para reduzir a desigualdade. “Da parcela mais pobre da população brasileira, cerca de 47% vive no campo. Além disso, 75% dos alimentos que os brasileiros consomem são produzidos por pequenos produtores, que moram na pobreza”, afirma TiceHurst.

“Não existe escassez de potenciais alavancas para políticas (de redução da desigualdade). Em vez disso, talvez exista uma escassez de vontade política”, diz o estudo.

Com informações da BBC Brasil
Fonte: site 15º núcleo CPERS/SINDICATO
Por Siden

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