domingo, 18 de dezembro de 2011

Escala Geológica de Tempo


Escala Geológica de Tempo(com conversão para 24 horas)
Eras
Períodos
I n í c i o
Duração
(horas)
  em anos
24 Horas
Cenozóica
Quaternário
1.800.000
23:59:25
0:00:35
Terciário
65.000.000
23:39:12
0:20:13
Mesozóica
Cretáceo
146.000.000
23:13:17
0:25:55
Jurássico
208.000.000
22:53:26
0:19:50
Triássico
245.000.000
22:41:36
0:11:50
Paleozóica
Permiano
286.000.000
22:28:29
0:13:07
Carbonífero
360.000.000
22:04:48
0:23:41
Devoniano
410.000.000
21:48:48
0:16:00
Siluriano
440.000.000
21:39:12
0:09:36
Ordoviciano
505.000.000
21:18:24
0:20:48
Cambriano
544.000.000
21:05:55
0:12:29
2.500.000.000
10:40:00
10:25:55
3.800.000.000
3:44:00
6:56:00
4.500.000.000
0:00:00
3:44:00
by Clóvis Ático Lima Filho

A Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos e durante todo esse tempo sofreu diversas transformações de amplitude global que deixaram marcas bastante definidas nas rochas que a compõem.
Identificando tais marcas, é possível hoje em dia dividir a  história da Terra em diversos períodos geológicos, distintos entre si, montando, assim, uma Escala Geológica de Tempo.
Nessa Escala representamos a passagem do tempo no sentido de baixo para cima, ficando na parte de baixo o representante mais velho. Esta, aliás, é a forma como as rochas normalmente se apresentam na natureza: a mais nova acima da mais velha.
Desta forma, na Escala à esquerda, a Era Arqueana é mais velha que a Proterozóica e é mais nova que a Hadeana.
Como é muito difícil raciocinar com intervalos de tempo da ordem de milhões de anos (veja a coluna 3), convertemos a nossa Escala Geológica em um período de apenas 24 horas (coluna 4)... na coluna 5 vemos a duração de cada período geológico na mesma escala de 24 horas.
Agora, vamos nos imaginar em uma máquina do tempo  que pode deslocar-se a uma absurda velocidade de 52.083 anos por segundo... dessa forma, a cada 19,2 segundos percorreremos um milhão de anos.
Iniciaremos, assim, a nossa viagem às 0:00 hs, quando a Terra foi formada (há 4,5 bilhões de anos), e vamos nos deslocar para o presente, de baixo para cima na Escala, até o fim do Quaternário, sabendo de antemão que levaremos exatas 24 horas nessa viagem virtual...

As primeiras 3:44 horas de nossa viagem serão, certamente, as mais monótonas de todas.
Veremos o planeta ser formada a partir de poeira e gás, resultando em uma massa disforme em ebulição - uma verdadeira visão do inferno (Hadeano), sendo bombardeada por uma incessante chuva de meteoros e cometas. Um importante evento, contudo, justificará a nossa espera, quando uma grande colisão com um planetóide errante arrancará milhões de pedaços do planeta. Parte desses destroços ficarão em sua órbita e acabarão por juntar-se, formando a nossa Lua.
Gradativamente o planeta perderá calor, permitindo que o vapor de água exalado dos vulcões e oriundos dos cometas forme as primeiras chuvas, de modo que por volta das 4:00 horas já veremos um imenso oceano cobrindo toda a Terra, ainda bastante quente (Arqueano)...
Fique atento agora, pois em algum momento entre as 5 e 6 horas da manhã, acontecerá um milagre: surgirão as primeiras formas de vida (as bactérias)... e que dominarão sozinhas o planeta até as 21:00 horas (fim do Proterozóico).
Até agora estivemos visitando o chamado Pré-Cambriano, que cobriu quase 90% da história da Terra (veja a Distribuição Percentual das Eras Geológicas).

A partir das 21:06 hs não poderemos nem piscar os olhos, pois tudo começará a acontecer de forma muito rápida. Entramos no Paleozóico (paleo  = antigo + zoico  = vida), que se estenderá até as 22:28 hs e que,  por ter sido tão rico em eventos, teve que ser dividido em 6 períodos bem distintos (veja a Escala à esquerda)...
A atividade vulcânica, no Paleozóico, está bem mais amena, alternando-se períodos de calmaria  com grandes explosões em todo o planeta.
Os primeiros peixes, esponjas, corais e moluscos surgirão ainda no Cambriano, mas teremos que esperar pelo menos 12 minutos (até o Ordoviciano) para vermos as primeiras plantas terrestres.
O clima irá mudar com tanta frequência que provocará sucessivas extinções em massa de espécies recém surgidas. Como agora as espécies passam a apresentar partes duras (conchas, dentes, etc.), algumas delas poderão ser preservadas como fósseis, possibilitando a sua descoberta e estudo por uma outra espécie ainda muito distante.
Finalmente os continentes serão invadidos por insetos... milhões e milhões de diferentes espécies de insetos, alguns dos quais sobreviverão até o fim da nossa viagem.
Fique atento ao período Devoniano (por volta das 21:50 hs) pois uma grande catástrofe ecológica irá dizimar quase 97% de todas as espécies existentes. Passados mais 10 minutos, no Carbonífero, grandes florestas  e pântanos serão formadas e destruídos sucessivamente, formando os depósitos de carvão explorados até hoje.

Às 22:41 hs entraremos na Era Mesozóica (a era dos repteis) que durará pouco menos que uma hora (180 milhões de anos).
No início do Mesozóico iremos assistir à formação de um supercontinente, chamado hoje de Pangea, que será depois dividido em dois grandes continentes que passarão a ser conhecidos como Laurásia, ao norte, e Gonduana, ao sul.
Assistiremos, também, ao surgimento de uma imensa variedade de dinossauros, herbívoros em sua maioria, que  reinarão no planeta durante mais de 160 milhões de anos.
Por volta das 23:39 hs, porém, um meteoro de pelo menos 15 km de diâmetro irá atingir a atual península de Yukatan (México) jogando bilhões de toneladas de poeira na atmosfera. Uma grande noite irá abater-se sobre o planeta, impedindo a fotossíntese das plantas, que não poderão alimentar os herbívoros, que por sua vez não poderão servir de alimento aos carnívoros...
Pelo menos a metade das espécies existentes irá ser extinta nessa grande catástrofe, inclusive todos os grandes dinossauros, abrindo espaço para que os mamíferos iniciem o seu reinado, que perdurará até os dias atuais...

Faltando pouco mais que 20 minutos para o fim da nossa viagem entraremos na Era Cenozóica, e assistiremos à fragmentação dos grandes continentes até a conformação atual.
A América do Sul irá separar-se da África, surgindo o Oceano Atlântico Sul; a Austrália será separada da Antártica e a América do Norte irá separar-se da Europa. Grandes cadeias de montanhas serão formadas nessa deriva continental e novos ecossistemas serão formados e isolados dos demais, permitindo a especialização de algumas espécies...
Por volta das 23:59:57 (150.000 anos atrás),  faltando apenas 3 segundos para o término de nossa exaustiva viagem, veremos os primeiros grupos de Homo Sapiens  caçando no continente africano. Essa nova espécie sobreviverá à última glaciação e migrará apressadamente para os demais continentes, sem se incomodar com as características particulares de cada ambiente nem com o delicado equilíbrio conseguido ao longo do tempo.
Dominará todas as outras espécies e até mesmo provocará o desaparecimento de algumas delas, e começará a usar a escrita e, portanto, a fazer História, no último décimo do último segundo...
Se for possível desacelerar a nossa máquina do tempo   nesse décimo de segundo final, talvez até consigamos ver o mais jovem dos mamíferos criar artefatos capazes de destruir tudo e, milagrosamente, lançar-se em direção ao espaço para deixar as suas primeiras pegadas na Lua...


Escala de tempo geológico representa a linha do tempo desde o presente até a formação da Terra, dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades, que se baseiam nos grandes eventos geológicos da história do planeta. Embora devesse servir de marco cronológico absoluto à Geologia, não há concordância entre cientistas quanto aos nomes e limites de suas divisões. A versão aqui apresentada baseia-se na edição de 2004 do Quadro Estratigráfico Internacional [1] da Comissão Internacional sobre Estratigrafia [2] da União Internacional de Ciências Geológicas.[3]

Dinossauros Bizarros

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fóssil de dinossauro do período triássico é encontrado no RS

Um fóssil do dicinodonte jachaleria candelariensis, dinossauro herbívoro que teria vivido há 220 milhões de anos, foi encontrado na cidade de Candelária, a 198km de Porto Alegre. A descoberta é a mais recente do Brasil dentro do período triássico. Segundo pesquisadores, trata-se da parte superior da mandíbula do animal.
O pesquisador Belermino Steffanelo, voluntário do Museu Aristides Carlos Rodrigues, encontrou o fóssil durante escavação nas margens da RSC 287, nas proximidades do Cerro do Botucaraí. O local é considerado um dos mais difíceis de serem explorados da cidade.
“Fomos fazer outro trabalho no local e acabamos encontrando o fóssil. Vamos regularmente até as localidades de afloramento, pois, com as chuvas e demais ações do tempo, acabamos sempre encontrando algo”, conta Steffanello.
O material foi encaminhado para o professor da UFRGS Cezar Schultz, especialista no assunto. O pesquisador destaca a importância da descoberta. “Esse material é correspondente ao período de tempo em que surgiu o grupo dos dinossauros. Há uma grande chance haver em Candelária um testemunho dos primeiros dinossauros que andaram sobre a terra”, afirma.
Descobertas de fósseis já fazem parte da rotina de Candelária. A cidade é localizada na faixa entre os municípios de Bom Retiro do Sul e Mata. A região é a única do país na qual já foram encontrados fósseis do período triássico.
No final de outubro, também foram encontrados fósseis pertencentes a um rincossauro. A descoberta aconteceu na RS 153, no município de Vale do Sol.

Telescópio faz imagem detalhada de uma das galáxias mais brilhantes

Galáxia do Escultor pode ser vista até de binóculo.
Imagem foi feita por telescópio terrestre, no Chile.
Os astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgaram nesta sexta-feira (16) aquela que pode ser a imagem mais detalhada já feita da galáxia do Escultor (também chamada de galáxia da Moeda de Prata), a 11,5 milhões de anos-luz da Terra.
Conhecida entre os cientistas pelo nome técnico NGC 253, ela é a uma das galáxias mais brilhantes do céu – atrás da gigante galáxia de Andrômeda, vizinha da nossa Via Láctea. Tão luminosa que pode ser vista de binóculo.
A imagem foi feita durante os testes com o telescópio terrestre VST, de 2,6 metros de diâmetro, o mais recente do observatório localizado no Chile. Com ela, os pesquisadores conseguem analisar a formação de novas estrelas nos braços em espiral. Ao fundo, é possível ver galáxias mais distantes.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Após plebiscito no Pará, propostas para criação de novos Estados ainda tramitam no Congresso

A criação de novos Estados no país não acaba com a decisão da população paraense que, por meio de plebiscito, rejeitou a divisão do Pará, o Congresso Nacional ainda tem vários projetos com esse objetivo. Só na Câmara dos Deputados, existem 14 proposições para a criação de novos Estados ou territórios. No Senado, cinco projetos tratam do assunto, sendo todos coincidentes com propostas que estão na Câmara, em tramitação ou arquivadas, mas com recurso de desarquivamento na mesa diretora.

A maior parte trata da divisão de quatro estados. No Amazonas, um projeto do Senado e um da Câmara propõem a criação de três territórios federais: do Rio Negro, de Juruá e do Alto Solimões. Existe também o que prevê o Estado do Solimões.

Em Mato Grosso, existem propostas para a criação do Estado do Araguaia e de Mato Grosso do Norte. No Maranhão, a ideia é ter o Maranhão do Sul. No Piauí, uma proposta na Câmara e outra no Senado pedem a criação do Estado da Gurgueia e, no Amapá, a proposta é para criar o território federal do Oiapoque. Também tramita a criação do Estado do Rio São Francisco, que incluiria 34 municípios baianos. Proposta apresentada este ano pelo deputado Oziel Oliveira (PDT-BA).

A Constituição prevê que os Estados só podem ser divididos ou unidos na formação de um novo território se a população diretamente envolvida concordar com a proposta. Por isso, assim como ocorreu no Pará, qualquer projeto de decreto legislativo mesmo aprovado pelo Congresso, um plebiscito terá que ser convocado para ouvir a população do estado envolvido.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Usina Belo Monte é mais barata e menos poluente, diz estudo.

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no Rio Xingu (PA), vai trazer menos impactos ambientais do que a utilização de alternativas com energias fósseis, e os custos serão menores do que outras fontes renováveis. A conclusão é do estudo Análise comparativa entre Belo Monte e empreendimentos alternativos: impactos ambientais e competitividade econômica, elaborado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).




Na análise, os professores Nivalde José de Castro, André Luis da Silva Leite e Guilherme Dantas avaliam quais seriam as fontes alternativas à Belo Monte para o atendimento da demanda crescente por energia e os impactos ambientais dessas fontes. Segundo eles, caso Belo Monte não viesse a ser construída, seria necessária a implementação de fontes alternativas que suprissem esta demanda, e elas teriam impactos ambientais maiores. Além disso, poderiam não ter consistência suficiente, em termos de segurança energética, para atender o crescimento da demanda por energia elétrica projetada para os próximos anos no Brasil.



"Belo Monte é uma obra eficiente, que tem que ser feita. O Brasil precisa de energia e qualquer nova unidade geradora de energia causa impacto ambiental", disse Castro à Agência Brasil. "Temos que analisar o custo-benefício em relação às outras fontes de energia. Nesse estudo fica claro que a hidrelétrica é a que apresenta o melhor custo-benefício", completou.



Os estudiosos apontam que o Brasil tem um grande potencial de fontes alternativas e renováveis de energia elétrica: eólica, biomassa e solar, mas a prioridade a essas fontes implicaria em perda de competitividade da economia brasileira, em função do diferencial de custos em relação à hidreletricidade. Também poderia haver problemas de garantia e segurança de suprimento em razão da sazonalidade e da intermitência dessas fontes alternativas.



"Desta forma, em um cenário em que não fosse construída a usina de Belo Monte, a construção de usinas termoelétricas seria obrigatória de forma a manter o equilíbrio e segurança entre a carga e a oferta de energia. A questão que se coloca é quais seriam os impactos ambientais das alternativas fósseis e a comparação dos mesmos com os impactos ambientais de Belo Monte", avalia o estudo.



A análise aponta também que os custos de mitigação dos impactos socioambientais da usina de Belo Monte são de cerca de R$ 3,3 bilhões, o que é inferior ao custo ambiental que uma térmica a gás natural ocasionaria, que seria de mais de R$ 24 bilhões. "Ou seja, a opção térmica possui um impacto ambiental quase oito vezes maior que o custo de mitigação ambiental de Belo Monte", resume.



Belo Monte é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deve ser concluída até 2015. Com potência instalada de 11,2 mil megawatts, será a maior hidrelétrica totalmente brasileira (Itaipu, que tem 14 mil megawatts de potência, é binacional) e a terceira maior do mundo.

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