Queridos estudantes, as
discussões em relação aos problemas ambientais globais mostram visões diferentes
quanto às suas causas. Na perspectiva do desenvolvimento sustentável, a
principal ameaça ao meio ambiente em âmbito mundial não é o crescimento
demográfico dos países pobres, mas, sim, o alto padrão de consumo dos países
ricos.
Na verdade, os países
ricos foram os primeiros a se industrializar e, consequentemente, a impactar o
meio ambiente de forma mais profunda, incluindo a emissão de gases de efeito
estufa (GEE). Mas é importante englobar, também, os países em desenvolvimento
ou emergentes, como por exemplo, o Brasil no que se refere aos impactos
ambientais.
O ACORDO DO CLIMA
realizado na 21ª Conferência das
Partes (COP21) da UNFCCC em Paris tem por objetivo fortalecer
globalmente as ações contra a ameaça da mudança do clima e capacitar os países
para lidar de forma consciente com os impactos decorrentes dessas mudanças.
Esse acordo foi aprovado pelos 195 países Parte
da UNFCCC para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento
sustentável. O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura
média global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar
esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Nesse sentido, para que o mesmo comece a vigorar, é necessária a
ratificação de, pelo menos, 55 países responsáveis por 55% das emissões de GEE.
O secretário-geral da ONU, numa cerimônia em Nova York, no dia 22 de abril de
2016, abriu o período para assinatura oficial do acordo, pelos países
signatários. Este período se estende até 21 de abril de 2017.
Para o alcance do objetivo final do Acordo, os governos se envolveram na
construção de seus próprios compromissos, a partir das chamadas Pretendidas
Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC, na sigla em inglês). Por meio
das iNDCs, cada nação apresentou sua contribuição de redução de emissões dos
gases de efeito estufa, seguindo o que cada governo considera viável a partir
do cenário social e econômico local.
BRASIL
A INDC do Brasil corresponde a uma redução estimada em 66% em termos de
emissões de gases efeito de estufa por unidade do PIB (intensidade de emissões)
em 2025 e em 75% em termos de intensidade de emissões em 2030, ambas em relação
a 2005. O Brasil, portanto, reduzirá emissões de gases de efeito estufa no
contexto de um aumento contínuo da população e do PIB, bem como da renda per
capita, o que confere ambição a essas metas.
QUAL É A IMPORTÂNCIA DO AUMENTO DO EFEITO ESTUFA?
A partir de
estudos recentes o aumento da temperatura global entre 1 °C e 4 °C dentro de
trinta a cinquenta anos, embora essa variação pareça pequena, constitui, na
verdade, uma variação brutal que resultará em modificações mais ou menos
profundas no regime das precipitações e no ciclo natural da água, bem como a fusão
dos gelos das grandes calotas polares, o que provocará profundas alterações na
fauna e na flora e a elevação do nível dos oceanos. Submergindo vastas zonas
costeiras, a elevação do nível do mar provocará a emigração de dezenas de
milhões de pessoas, a redução das áreas de cultivo e a salinização das fontes
de água doce.
Os tratados e as conferências internacionais também se preocupam com os
possíveis prejuízos econômicos decorrentes de desastres ambientais causados ou
potencializados por conta dos efeitos do aquecimento global. Em 2020, um outro
tratado sobre o clima deverá ser assinado.
Durante
a ECO-92, as negociações para a Convenção sobre Mudanças Climáticas Globais
foram marcadas pela resistência dos Estados Unidos à fixação de limites
compulsórios para a emissão de gases de efeito estufa, proposta por países
subdesenvolvidos e pela União Europeia. Os grandes exportadores de petróleo tenderam
a se alinhar com Washington, enquanto pequenos países insulares da Oceania apareceram
como os maiores defensores de medidas severas contra as emissões. Pois muitos
desses países insulares, como as Ilhas Maldivas e Tuvalu, podem ter a
habitabilidade ameaçada, pois o aumento do nível do mar faria submergir grande
parte de seus territórios. Mas não foram fixados limites para as emissões.
Os
Estados Unidos recusavam-se a controlar as emissões de gases de efeito estufa,
receosos de que isso trouxesse a desaceleração econômica. Embora o governo
estadunidense tenha adotado um novo posicionamento, o acordo com a China
precisa ser ratificado pelo Congresso do país. Emissão de fumaça industrial na
Flórida (Estados Unidos, 2010).
SPUTNIK BRASIL:
"Durante a campanha, o agora Presidente Eleito Donald Trump atribuiu às regulações ambientais a causa da queda da indústria no país. Trump, que já chegou a afirmar que o aquecimento global era "uma invenção chinesa com objetivo de enfraquecer a economia americana", prometeu romper o Acordo do Clima de Paris, firmado no final de 2015 entre 195 países."
Mostrar mais: https://br.sputniknews.com/americas/201611106782683-trump-clima-acordos-cop22/
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FONTE: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE- ADAPTADO.