quarta-feira, 1 de julho de 2015

Entenda a crise da Grécia:


Atualmente, a Grécia enfrenta  uma das maiores dívidas com os seus credores a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu. Isso poderá resultar na saída do país da zona do euro e até mesmo do bloco da União Europeia. A dívida grega supera, em muito, o limite de 60% do PIB estabelecido pelo pacto assinado pelo país para fazer parte do euro. Atualmente, segundo a BBC, a Grécia deve um total de € 271 bilhões. A origem da atual crise se deu há dez anos, quando foi revelado por autoridades da Europa que o país havia maquiado suas contas ao longo de vários anos para conseguir entrar na zona do euro.


Nos últimos anos, a Grécia gastou além do que podia e pediu empréstimos volumosos para financiar suas despesas. Por esse motivo o país ficou refém da crescente dívida. Nesse sentido, os gastos públicos subiram a níveis altíssimos, com os salários do funcionalismo praticamente dobrando. A arrecadação do governo não acompanhou o ritmo, com evasão de impostos.



O governo da Grécia não aceita fazer as reformas exigidas pelos credores, o que piora mais a situação, pois esses não aceitam ceder a ajuda ao país sem que essas exigências sejam atendidas. Desta forma, essa situação, é vista como uma “queda de braço”, de acordo com o  embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).


A Grécia não aceita tais reformas porque vem passando por anos de “aperto” financeiro para sair da crise. O premiê Alexis Tsipras, líder do partido de esquerda radical Syriza, foi eleito com a promessa de acabar com a austeridade no país – ou seja, criticando as medidas de “aperto” do governo anterior. Agora, o líder se recusa a ceder às exigências por mais austeridade.


Uma das consequências para a Grécia poderia ser a saída do país da zona do euro, o que seria inédito na história do grupo europeu. “Nesse cenário, teríamos pela primeira vez um caso de ruptura, em que a Grécia seria desligada do sistema de créditos bancários do BCE. Todos os bancos gregos dependem da contínua assistência do BCE”, diz Ricupero.

A saída, se acontecer, não é automática, pois não existe mecanismo oficial de "expulsão" de um país. O que pode acontecer é a suspensão da Grécia do Eurogrupo e do Conselho do BC europeu, incentivando o país a deixar a região.
A situação poderia desencadear uma “corrida” das pessoas aos bancos para retirar seu dinheiro, com medo de que as instituições quebrem ou que comecem a haver impedimentos para fazer saques.

Na semana encerrada em 19 de junho, os gregos, assustados com as dificuldades das negociações, sacaram  bilhões de suas contas em bancos no país.

Se a Grécia for obrigada a deixar a União Europeia, ela abrirá a porta de saída que poderá ser utilizada para países que também têm dificuldades econômicas e com a economia mais frágil, como Irlanda, Portugal e Espanha. O fato desses países estarem em situação muito melhor que a da Grécia é ignorada pelo mercado. Mas se isso acontecer com a Grécia nada impede que aconteça o mesmo com eles.
Fonte: Globo.com G1  (adaptado)
SAIBA MAIS:
Crise na Grécia  
FOLHA UOL  

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Grécia está em moratória

O prazo para pagamento da parcela de 1,6 bilhão de euros devidos pela Grécia ao Fundo Monetário Internacional (FMI) terminou à meia-noite desta terça-feira em Bruxelas (1 h de quarta-feira no horário de Atenas, 19h no de Brasília), sem que o país tenha desembolsado os valores.
Tecnicamente, a Grécia está em default (moratória). Do ponto de vista formal, porém, o reconhecimento da moratória pelo FMI depende de uma notificação do ocorrido pela diretora-gerente, Christine Lagarde, aos organismos do fundo.
Fonte: clicRbstv

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