domingo, 29 de novembro de 2015

QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE POBREZA URBANA E POBREZA RURAL?

As características entre pobreza rural e urbana são bastante diferentes. No setor primário (agricultura, pesca e extrativismo),  grande parcela da população ativa não tem rendimentos, pois os filhos jovens e as mulheres trabalham como ajudantes do chefe de família na própria terra ou nas colheitas das fazendas. Na área urbana, a totalidade da população ativa tem rendimentos e, por esse motivo, a linha de pobreza é definida em patamares de rendimento superiores aos da zona rural.



No entanto, o custo de vida nas cidades é mais elevado, pois todos os itens que compõem as necessidades indispensáveis para o indivíduo exigem dispêndios monetários. Na área rural, muitas vezes, roças familiares fornecem uma parte dos produtos de alimentação e, de modo geral, os custos com habitação e transportes são reduzidos.
Finalmente, a pobreza encontra-se disseminada por todo o país. Mas ao mesmo tempo, há uma geografia da pobreza muito nítida, que se exprime sob a forma de desigualdades regionais. a comparação entre os valores de IDH dos estados brasileiros sintetiza essas desigualdades.

Em 2000, entre os sete estados brasileiros com IDH inferior a 0,7, seis encontravam-se no Nordeste e um no Norte do Brasil. Com exceção do Distrito Federal, todas as unidades da federação com índice superior a 0,8 encontravam-se no Sudeste e no Sul. Santa Catarina, com 0,822, detinha o maior IDH do país. O menor era do Maranhão: 0,636. Entre as capitais, Florianópolis ostentava o maior índice (0,875), enquanto Maceió com o menor (0,739). São Caetano do Sul, município industrial do ABCD paulista, foi considerado o melhor do Brasil em termos de desenvolvimento humano, recebendo o índice de 0,919. Manari, no sertão de Pernambuco, foi considerado o pior, com índice de 0,467.


Fonte: Geografia Conexões- Adaptado.


sábado, 28 de novembro de 2015

Happy Birthday, Mary Elizabeth Winstead! 2015 ❤ ESTADOS UNIDOS- CALIFÓRNIA



Hoje, a Mary Elizabeth Winstead, uma das minhas atrizes favoritas está fazendo aniversário. Então, organizei um projeto para fazer um vídeo em homenagem a ela. Pedi à outros fãs que mandassem fotos e vídeos, editei, postei, e ela viu, curtiu, comentou, e sua mãe e irmã também. Estou muiiiiitooo feliz! Emoticon heart Emoticon heart  
Me sigam no Instagram: allformewins e arihbatr

Por: Ariadne Trápaga


Desenho pelo artista franksylar.










Emoticon heart Meffggffgfgg

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A ESCASSEZ DE ÁGUA NO BRASIL/ ENEM -2015


 
Queridos (as) alunos (as), para entender a escassez de água no Brasil, faz-se necessário considerar os fatores geográficos, políticos e climáticos que estão relacionados a essa questão.

Rio Paraíba do Sul com queimadas ao fundo, em Aparecida, São Paulo, Brasil.
 
De um modo geral, pode-se observar que 97,5% da água mundial é constituída por  água salgada, apenas 2,5% de água no mundo, corresponde a água doce, que é distribuída dessa forma:
a-      69,8% dessa água estão nas calotas polares.
b-      29% pertencem às águas subterrâneas- difícil extração
c-      0,3% da água mundial estão nos rios e lagos, destinadas para o consumo humano, agricultura e indústrias.
d-     0,9% em outros lugares.
Sendo que de toda a água doce existente no mundo, 11% está no Brasil. Nesse sentido, o Brasil é uma das maiores instâncias hidrominerais do mundo. Por que então vivemos nessa crise hídrica, uma das maiores da nossa história?
Podemos apontar várias causas para esse problema que afeta os brasileiros, mais especificamente na região Sudeste do nosso país.
 
Nos anos de 2014 e 2015 o Brasil teve uma alteração climática atípica. No início de 2014 ocorreram inundações nas regiões Sudeste e Central do Brasil. Também ocorreram inundações em Rondônia, Acre e parte do Mato Grosso. A inundação do rio Madeira que levou meses.
 
O processo normal de chuvas no Brasil seria um período de pluviosidade com pouca intensidade, seguido de secas, principalmente no Nordeste, porém as secas se intensificaram e se estenderam também para o Sudeste. Em consequência disso, alguns rios secaram ou diminuíram drasticamente a sua vazão, somado a isso, também, a falta de água nos reservatórios que abastecem as grandes cidades da região Sudeste, como por exemplo, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Quem são os grandes responsáveis e/ou responsável por essa falta de água no Brasil?
É justo culpar a natureza pela falta de água?
O conhecimento científico e a inovação tecnológica já não permitem culpar a natureza pelas catástrofes ocorridas, visto que a comunidade científica já tem tecnologia suficiente para prever as alterações climáticas em menor ou maior grau. Diante disso, o Poder Público deveria tomar as providências cabíveis, mas isso não ocorreu.
Na verdade, a crise hídrica que vivenciamos, atualmente, decorre da ineficiência da gestão pública.
As medidas do Poder Público estão acertadas?
Quem consome mais água doce no Brasil?
O maior consumidor de água doce no Brasil é a agricultura com 70% seguida da indústria que consome 22%, somente 8% para consumo humano, ou seja, 92% da água doce no Brasil não é destinada para o consumo humano.
Pela Constituição Federal de 1988, cabe aos governos estaduais a missão de gerir e administrar a captação e distribuição de água, embora o governo federal também precise atuar por intermédio do fornecimento de verbas públicas e obras interestaduais. Contrário a isso, o Poder Público argumenta que o cidadão precisa economizar água, visto que a água utilizada para irrigação e alguns setores industriais, não é tratada. No entanto, a captação da água para esses setores da economia (agricultura e indústria), competem com a captação necessária para as empresas de tratamento de água.
Soluções para resolver o problema da água:
A curto prazo- intervenção imediata:
1-      Garantir o abastecimento prioritário das residências, com racionamento programado que inclua todos os setores, principalmente a indústria, obrigando-a a reutilizar a água que consome.
2-      Fiscalizar com rigidez a captação da água utilizada na agricultura, evitando equipamentos e mecanismos de irrigação obsoletos que desperdiçam água.
3-      Garantir a manutenção efetiva da água nos centros urbanos. Sabe-se que 40% da água tratada é desperdiçada no transporte do reservatório até a residência.
4-      Campanhas educativas para o uso consciente da água. O desperdício da água e o seu uso irracional deve ser combatido.
 
A partir daí é possível concluir que a falta de água no Brasil, não afeta somente a disponibilidade de água tratada nas residências. As indústrias e a agricultura são os setores que mais poderão sofrer com o problema, o que pode acarretar impactos na economia como um todo. Lembrando que a maior parte das indústrias do país estão na região Sudeste. Além disso, é importante ressaltar que o principal modal energético do país é o hidrelétrico, que possui como ponto negativo justamente a dependência em relação a disponibilidade, de forma que uma seca extrema pode levar o país a um novo racionamento de energia, tal qual ocorrido em 2001.
 

sábado, 3 de outubro de 2015

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA / ENEM- 2015


Entende-se por transição demográfica a oscilação das taxas de crescimento e variações populacionais, consequência da evolução tecnológica ao longo do tempo (causada pela revolução industrial) que propiciou o acesso à saúde, a educação e as descobertas científicas. Isto é, com o avanço tecnológico e científico, urbanização e trabalho (com inclusão da mulher) a sociedade passou a fazer planejamento familiar e aprendeu a cuidar da saúde, diminuindo assim, a taxa de natalidade e mortalidade.

Esse conceito foi elaborado no ano de 1929 por Warren Thompson (1887-1973) para contestar matematicamente a Teoria Demográfica Malthusiana, por definir que não há um crescimento acelerado da população, mas sim oscilações periódicas, que alternam crescimentos e desacelerações demográficos, podendo envolver, inclusive, estágios de estabilidade.

Para melhor compreender o conceito de transição demográfica, é necessário ter noção de alguns conceitos demográficos, tais como a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.

Dividiu-se as oscilações entre mortalidade e natalidade, considerando o desenvolvimento das sociedades industriais, em quatro fases principais. Para melhor compreendê-los, observe o gráfico abaixo:





Fonte: Mundo Educação

1ª FASE (antes da revolução industrial): não havia saneamento básico, higiene e saúde precária. Os padrões morais da época permitiam o casamento precoce. Consequências: altas taxas de mortalidade e natalidade= crescimento vegetativo baixo.
2ª FASE (depois da revolução industrial): Conhecida como fase da explosão demográfica. A taxa de natalidade se mantém alta, mas a taxa de mortalidade tem uma queda, consequência das descobertas de medicamentos, como por exemplo, a penicilina. Explicando: é a chamada fase do BABY-BOOM, mas é causada pela queda da taxa de mortalidade, e não pela alta da taxa de natalidade= crescimento vegetativo alto.
3ª FASE: fase atual dos países emergentes, como por exemplo, o Brasil. É a fase adulta, ou seja, ainda não cessou a transição demográfica, mas caminha para a fase de envelhecimento da população, quando aumenta a expectativa de vida em consequência do avanço da medicina. Nessa fase diminui a taxa de natalidade e mortalidade devido a inserção da mulher no mercado de trabalho, e aumento da escolaridade. Industrialização, urbanização e avanço tecnológico propiciam melhor qualidade de vida e planejamento familiar.
4ª FASE: é a fase idosa, característica dos países desenvolvidos. Cessa a transição demográfica, a expectativa de vida é alta. A taxa de natalidade e mortalidade é baixa, devido ao alto desenvolvimento humano. Surgem as consequências: gastos com a previdência e diminuição da população economicamente ativa. A partir daí são criadas as políticas para solucionar esses problemas, como imigração dessa mão de obra, dos países subdesenvolvidos; incentivo de natalidade (países europeus e Japão, entre outros). A imigração pode causar a xenofobia, como por exemplo, na Europa.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

MERCOSUL- OBJETIVOS

Queridos (as) alunos (as)! No estudo da disciplina de Geografia, faz-se necessário, além do conteúdo geográfico, saber interpretar as questões relacionadas aos diferentes temas abordados. Nesse sentido, gostaria de frisar a importância da leitura no que se refere ao desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Por esse motivo gostaria de exemplificar analisando a seguinte questão:

1-                 Nos anos 90, os projetos de integração regional e formação de blocos econômicos passam a ser uma realidade. Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai formam, a partir de 1° de janeiro de 1995, uma zona de livre comércio – o Mercosul. Sobre este bloco regional, podemos afirmar:
I - o Mercosul procura estabelecer políticas comuns que permitam a livre circulação, entre países membros, de bens, capitais, serviços e trabalhadores.
II - a abertura econômica surgida com o Mercosul determinou uma reestruturação industrial e a adoção de novas estratégias de produção em razão da formação de um novo mercado de mais de 200 milhões de consumidores.
III - a desvalorização do real em relação ao dólar promoveu uma mudança nos fluxos comerciais entre Brasil e Argentina.
Está(ão) correta(s):
a) apenas a afirmativa I.
b) apenas a afirmativa III.
c) as afirmativas I e II.
d) as afirmativas II e III.

e) as afirmativas I, II e III.

Todas as questões estão corretas:
I- Apesar do Mercosul ainda estar no segundo estágio (União Aduaneira), esse é o principal OBJETIVO da criação do bloco.
II- Essa é uma exigência da globalização em prol da eficiência.
III- A desvalorização do real aumentou as tensões econômicas entre Brasil e Argentina.

PARA ENTENDER A QUESTÃO:
Leia atentamente o texto abaixo no que diz respeito aos objetivos do Mercosul e relacione com o atual estágio em que se encontra.

Objetivos do Mercosul



Trabalho elaborado por José Everaldo Ramalho - CNE lotado na Comissão do Mercosul

O Mercosul é um processo de integração econômica regional que objetiva a construção de um Mercado Comum, e as suas metas básicas, que constam do artigo 1º do Tratado de Assunção, podem ser assim alinhadas:
3.1 - eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no comércio entre os países membros; 
3.2 - adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC); 
3.3 - coordenação de políticas macroeconômicas; 
3.4 - livre comércio de serviços; 
3.5 - livre circulação de mão-de-obra; e 
3.6 - livre circulação de capitais.

A partir do quarto ano de sua existência, ou seja, em 1994, o Mercosul alcançou a condição de União Aduaneira, pois criou uma Tarifa Externa Comum (TEC) após haver eliminado grande parte das tarifas e das restrições não-tarifárias de cerca de 80% dos bens comercializados entre os Estados Partes. 
Em resumo, no estágio de União Aduaneira, os países membros estabelecem tarifas zero para o comércio intrazona e tarifas iguais para o intercâmbio comercial com terceiros países.

Em geral, os acordos de livre comércio prevêem a perspectiva de exclusão de certos produtos ou grupos de produtos, ao menos em suas fases iniciais, e os estudos efetivados pelo GATT (General Agreement on Tariffs and Trade), organização hoje transformada na OMC (Organização Mundial do Comércio), consideravam que uma Zona de Livre Comércio devia abarcar pelo menos 80% dos produtos comercializados entre os seus países membros. 
Assim, o Mercosul já é uma União Aduaneira, porque além da eliminação interna de barreiras tarifárias e de restrições não-tarifárias, adotou uma Tarifa Externa Comum, o que significa que todos os países membros têm de cobrar a mesma tarifa para um mesmo produto, quando essa mercadoria for importada de fora da zona econômica integrada de comércio. 
Enfim, o Mercosul cumpriu, até agora, os seus dois primeiros objetivos, ainda que de forma parcial: 
[...]  No entanto, para alcançar o estágio de Mercado Comum, o Mercosul ainda terá que concretizar quatro objetivos de grande envergadura, quais sejam: a coordenação de políticas macroeconômicas, a liberalização do comércio de serviços, a livre circulação de mão-de-obra e a de capitais. [...]

Continue lendo: CÂMARA DOS DEPUTADOS

domingo, 20 de setembro de 2015

ENEM 2015: GEOGRAFIA

Queridos (as) alunos (as)! É o que eu sempre digo, uma das características mais significativas do ENEM é a contextualização, ou seja, várias disciplinas interligadas num mesmo tópico. 
A disciplina de Geografia busca compreender as transformações dos espaços geográficos a partir das relações socioeconômicas e culturais de poder. 
Quando se afirma que a Geografia é o estudo das transformações ocorridas no espaço geográfico, está implícita a ideia de que esse mesmo espaço geográfico é também, consequência do processo histórico. Nesse sentido, faz-se o uso dos conhecimentos históricos, sociológicos e filosóficos, no que se refere a vida humana e as suas múltiplas facetas.
Como compreender a dinâmica geográfica?
A) Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social. 
B) Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
C)    Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos. 
D)    Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações. 
E)  Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial. 

Outro ponto muito importante, é compreender que a Geografia por ser uma disciplina que estuda as transformações do espaço geográfico, incluindo questões de atualidades, é imprescindível fazer uso da palavra GLOBALIZAÇÃO em todos os conteúdos evidenciados ao longo dos anos. Isto porque, globalização não é apenas um conceito, mas faz parte de um contexto histórico que vivenciamos cotidianamente nos diversos meios de comunicação. Pode-se usar outras denominações como por exemplo: interligação entre países, dependência entre nações (a partir do comércio), entre outros. Hoje mais do nunca vivemos em uma crise mundial, nenhum país está protegido. Tudo graças a globalização de informações, bens e serviços, facilitada pelas redes virtuais. 

Como estudar Geografia para o ENEM? 
1- Usar como espinha dorsal o livro didático. Mas, ATENÇÃO, apenas como suporte de pesquisa. A geografia é muito dinâmica, engana-se quem acha que decorar conceitos já é o suficiente para ter sucesso em uma prova. É de suma importância a pesquisa em diversos sites (oficiais) e de confiança. O mundo muda muito rapidamente e a Geografia muda junto!
2- Estar atento às informações em âmbito local, regional e mundial.
3- A partir das informações buscar conhecer o processo histórico de um fato ocorrido.
4- Relacionar conteúdos geográficos com outras áreas do conhecimento.
5- Leitura de jornais, revistas e livros, pois acelera o processo de aprendizagem, facilitando a interpretação de questões mais complexas, incluindo palavras desconhecidas.






REVOLUÇÃO FARROUPILHA

REVOLUÇÃO FARROUPILHA:
A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos eclodiu no Rio Grande do Sul entre os anos de 1835 e 1845. Foi liderada pela classe dominante gaúcha, formada por fazendeiros de gado, que usou as camadas pobres da população como massa de apoio no processo de luta.

CAUSAS:
Em meados de 1821 o governo central passou a impor a cobrança de taxas pesadas sobre os produtos rio-grandenses, como graxa, charque, couros, sebo, erva-mate, etc. 
No início da década de 1930, o governo aliou a cobrança de uma taxa extorsiva sobre o charque gaúcho a incentivos para a importação do importado do Prata. 
Concomitante a isso aumentou a taxa de importação do sal, insumo básico para a fabricação do produto. Além disso, se as tropas que lutavam nas guerras eram gaúchas, seus comandantes vinham do centro do país. Nesse contexto, foi grande a revolta da elite rio-grandense.


Em 20 de setembro de 1835, os rebeldes tomam Porto Alegre, obrigando o presidente da província, Fernandes Braga, a fugir para Rio Grande. Bento Gonçalves, que planejou o ataque, empossou no cargo o vice, Marciano Ribeiro. O governo imperial nomeou José de Araújo Ribeiro para o lugar de Fernandes Braga, mas este nome não agradou os farroupilhas (o principal objetivo da revolta era a nomeação de um presidente que defendesse os interesses rio-grandenses), e estes decidiram prorrogar o mandato de Marciano Ribeiro até 9 de dezembro. Araújo Ribeiro, então, decidiu partir para Rio Grande e tomou posse no Conselho Municipal da cidade portuária. Bento Manoel, um dos líderes do 20 de setembro, decidiu apoiá-lo e rompeu com os farroupilhas.
Bento Gonçalves então decidiu conciliar. Convidou Araújo Ribeiro a tomar posse em Porto Alegre, mas este recusou. Com a ajuda de Bento Manoel, Araújo conseguiu a adesão de outros líderes militares, como Osório. Em 3 de março de 1936, o governo ordena a transferência das repartições para Rio Grande: é o sinal da ruptura. Em represália, os farroupilhas prendem em Pelotas o conceituado major Manuel Marques de Souza, levando-o para Porto Alegre e confinando-o no navio-prisão Presiganga, ancorado no Guaíba.
Os imperiais passaram a planejar a retomada de Porto Alegre, o que ocorreu em 15 de julho. O tenente Henrique Mosye, preso no 8º BC, em Porto Alegre, subornou a guarda e libertou 30 soldados. Este grupo tomou importantes pontos da cidade e libertou Marques de Souza e outros oficiais presos no Presiganga. Marciano Ribeiro foi preso e em seu lugar foi posto o marechal João de Deus Menna Barreto. Bento Gonçalves tentou reconquistar a cidade duas semanas depois, mas foi batido. Entre 1836 e 1840 Porto Alegre sofreu 1.283 dias de sítio, mas nunca mais os farrapos conseguiriam tomá-la.
Em 9 de setembro de 1836 os farrapos, comandados pelo General Netto, impuseram uma violenta derrota ao coronel João da Silva Tavares no Arroio Seival, próximo a Bagé. Empolgados pela grande vitória, os chefes farrapos no local decidiram, em virtude do impasse político em que o conflito havia chegado, pela proclamação da República Rio-Grandense. O movimento deixava de ter um caráter corretivo e passava ao nível separatista.
Fonte: SÓ HISTÓRIA (ADAPTADO)




Postagem em destaque

BRASIL: CRISE HÍDRICA E ENERGÉTICA

A 6ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – trará especialistas nacionais e internacionais para falarem de tem...