Queridos (as) alunos (as), sabe-se que em termos de conteúdos a Geografia é muito rica, conceitos são milhares. Portanto não se pode decorar todos. Na verdade, faz-se necessário buscar entender o processo histórico, antes mesmo de tentar entender as transformações sócio-espaciais inerentes ao estudo da Geografia. Nesse sentido, é importante ressaltar a importância da investigação histórica de uma notícia recente, pois mais importante que saber o desfecho de um acontecimento atual é entender a origem de tal fato. Pensando nisso deve-se traçar uma linha do tempo pontuando os fatos históricos que influenciaram ou desencadearam mudanças ideológicas que, por sua vez, impulsionaram as transformações no espaço geográfico local, regional e global.
O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO NA EUROPA OCIDENTAL:
O processo de
industrialização ganhou grande impulso nos séculos XVIII e XIX na Europa, de
onde se espalhou para o resto do mundo. Além desse continente, apenas os
Estados Unidos e mais tarde, o Japão conseguiram alcançar o mesmo nível de
desenvolvimento industrial. Desde então, a atividade fabril progrediu muito,
levando vários países, sobretudo aqueles localizados na parte ocidental do continente , como a Inglaterra, Alemanha, França
e Itália, a se tornarem os mais industrializados do mundo..
De maneira geral, os
países da Europa desenvolvida apresentam, hoje, um setor secundário
extremamente diversificado e evoluído. Por isso, o parque industrial existente
na maioria desses países caracteriza-se pela presença de indústrias de base
(siderurgias, metalurgias e petroquímicas), de indústrias tradicionais
(têxteis, alimentícias e moveleiras) e também daquelas que empregam alta
tecnologia (informática, eletrônica e aeroespacial).
Entre as indústrias
europeias destacam- se as transnacionais, que atuam em diversos países,
inclusive no Brasil, e dominam uma parcela da produção mundial.
Alguns países da Europa desenvolvida, como Portugal Espanha e
Grécia, tiveram industrialização relativamente tardia, o que explica o fato de
apresentarem um setor secundário de menor peso, comparadas as demais nações
desenvolvidas do continente.
- Final do século XVIII:
a energia utilizada para movimentar as máquinas era obtida a partir da queima de carvão. Por isso
algumas regiões mais industrializadas de países como Alemanha, Inglaterra,
França e Bélgica localizam- se ao redor das grandes bacias carboníferas do
continente europeu.
- Século XIX : o carvão e
o petróleo em larga escala não foi suficiente para suprir a demanda do aumento
do consumo energético, levando os países a investir em usinas hidrelétricas e
nucleares (Alemanha, França e na Inglaterra).
A importância do mar do Norte:
O petróleo é a fonte de
energia mais utilizada nos países da Europa desenvolvida, porém o consumo é o
dobro do que é consumido internamente, obrigando esses países a importar
grandes quantidades de petróleo, sobretudo do Oriente Médio. Descobertas de
jazidas no mar do Norte (região de maior produção de petróleo) foi importante
para diminuir a dependência externa.
Principais jazidas
exploradas no mar do Norte localizam-se na plataforma continental de alguns
países, como Reino Unido, Dinamarca, Noruega e Holanda.
- Século XIX até início
do século XX: quase toda a Europa passou por um intenso êxodo rural-
dificuldades vividas pelos trabalhadores- emigração para a América do Norte e
do Sul. Hoje o processo de urbanização se estagnou (80% da população vive nas
cidades).
Portugal e Grécia
apresentam taxa de urbanização inferior, devido ao baixo índice de
industrialização e modernização no campo (cerca de 60% da população vive nas
cidades). Nesse sentido, observa-se a relação direta entre o processo de industrialização
e de urbanização mundial, assim como, a relação com o grau desenvolvimento dos
países.
Sintetizando: Os
critérios utilizados para regionalizar a Europa são baseados na economia, ou
seja, considerando o desenvolvimento industrial das nações europeias e seu
padrão de vida. Já os critérios usados até o final da década de 1980 estavam
ligados às diferenças geopolíticas da região: de um lado os países capitalista;
de outro , os países socialistas.
As maiores densidades
demográficas na Europa desenvolvida localizam-se, em geral, nas grandes
aglomerações urbano-industriais, isto é nas áreas economicamente mais
desenvolvidas do continente, como o Vale do Rio Reno, na Alemanha, e do rio Pó,
na Itália, e as metrópoles de Londres, na Inglaterra, e Paris, na França. As
menores densidades demográficas encontram-se nas regiões frias e montanhosas
dos Alpes e no norte da península Escandinava, áreas de florestas de coníferas
e de vegetação tundra.
A baixa taxa de
natalidade registrada na Europa deve-se à entrada em massa das mulheres no
mercado de trabalho (século XX), e aos altos custos de educação e vestuário.
Devido ao aumento da
população de idosos na Europa a comunidade europeia deverá elevar a idade
limite para a aposentadoria, como forma de onerar menos o tesouro desse bloco
econômico.
Os fatores que explicam
a elevada proporção de idosos em países europeus, como a Itália, estão
relacionados às baixas taxas de natalidade e o aumento da expectativa de vida.
Para um melhor entendimento do tema em questão, complemente seu estudo a partir dos itens abaixo:
1- A
relação industrialização- urbanização e grau de desenvolvimento econômico nos
países europeus e no restante do globo.
2- As
diferenças econômicas entre os países do Oeste e do Leste europeu.
3- As
mudanças ideológicas e de denominações da regionalização entre países
desenvolvidos e subdesenvolvidos pós- mundo bipolar (Guerra Fria- )
a- 1º
Mundo
b- 2º
Mundo
c- 3º
Mundo
d- Países
do Norte e Países do Sul
e- Países
centrais, periféricos e emergentes
4- Tríade
econômica mundial:
a- Japão-
1930- 1945/ dependência de recursos naturais estrangeiros/
tecnologia/exportações.
b- EUA:
a expansão da economia/ analisar a formação histórica do país e identificar os
fatores que contribuíram para o seu desenvolvimento.
Lúcia Helena