quarta-feira, 11 de abril de 2012

Principais produções agropecuárias no Brasil (parte I)

Trigo: o cultivo hoje se espalha por todo o país, graças ao investimento de capital e tecnologia que transformam as condições do solo e desenvolvem sementes adaptadas ao calor e à umidade de grande vparte do país. Vale ressaltar que ainda não somos autossuficientes na produção de trigo, necessitando sua importaçao frente aos EUA e a Argentina. Os estados brasileiros com maior produção são: Paraná, Rio Grande do Sul, e Santa Catarina.
Soja: introduzida no país pelos imigrantes japoneses a partir de 1908, atualmente é considerada um dos itens mais importantes da economia brasileira, sendo que no início visava apenas ao abastecimento deste mesmo grupo que a trouxe. A soja passou a ser cultivada associada ao trigo na forma de rotação de cultura ( a soja devolve os nutrientes À terra retirado pelo trigo), permitindo que se mantenha a produtividade agrícola na área sem gandes investimentos. Na década de 1970, devido a vários problemas climáticos nos EUA, houve uma forte valorização do produto no mercado mundial, associado à necessidade de o Brasil precisar de divisar no exterior, a soja passou a ser cultivada em grande escala, expandindo-se por todo o país ( a nossa produção coincide com a entressafa nos países do hemisfério Norte), aumentando assim as exportações por parte do Brasil (2º produtor mundial). A soja vem se destacando como um dos produtos agrícolas de maior crescimento em termos de cultivo no Brasil. Os principais estados produtores são: Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.
Milho: cultivado pelos indígenas brasileiros anterior a chegada dos portugueses, caraceriza-se como produto nativo da América plantado pelos povos pré-colombianos. N atualidade, o milho é cultivado em várias partes do planeta, sendo superado em termos de tonelagem, pelo trigo e pelo arroz. No Brasil, seu cultivo está associado também ao cultivo do feijão no mesmo espaço. Com o desenvolvimento industrial, o milho se destaca como importante matéria -prima para a fabricação de diversos produto (margarina, óleo, farinha, vinagre, flocos, ração animal), provocando assim uma modernização de seu cultivo para atender a demanda do mercado interno.
Arroz: Principal item da dieta dos brasileiros, cultivado inicialmente no século XVIII no interior do Maranhão. O arroz é cultivado: em áreas de várzea (áreas de alagamento); em áreas não alagadas, caracterizando arroz de sequeiro. Observa-se uma redução em termos área de cultivo, porém um acréscimo na produtividade, tendo como causa a modernização do cultivo.
Principais estados produtores: Rio Grande do Sul, Maranhão e Mato Grosso.
Cana-de - açúcar: Introduzida no Brasil pelos portuguees no período da colonização, o açúcar era uma mercadoria de alto valor no mercado europeu. Inicialmente cultivada no litoral brasileiro, teve grande produtividade na Zona da Mata Nordestina, em função das características físicas (clima tropical úmido, solo fértil e profundo), deixou marcas na organização social e econômica regionmal (latifúndio, monocultura e trabalho escravo). Com a crise cafeeira na década de 1930, a cana se expandiu para o interior de São Paulo, em substituição do café. Na década de 1970, comos choques do petróleo, o cultivo de cana-de-açúcar esteve voltado para a produção do álcool (PROÁLCOOL), provocando assim uma ampliação de seu cultivo no estado de São Paulo, fator este que levou o estado a maior produtor mundial. O cultivo da cana provocou alterações em toda a estrutura fundiária como: surgimento de trabalho temporário (boia-fria), formação de latifúndio, redução de produtos agrícolas alimentares (arroz, feijão...). Os principais estados produtores são: São Paulo, Alagoas e Pernambuco.

terça-feira, 10 de abril de 2012

A questão dos sem-terra

Atualmente no Brasil existe um contingente de aproximadamente 12 milhões de sem-terra. São 4,8 milhões de famílias de trabalhadores rurais que, não tendo acesso à propriedade, vivem em condições extremamente precárias, obrigando-se a um deslocamento constante pelas fazendas do interior brasileiro em busca de serviço. Esses números foram levantados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entidade que visa organizar politicamente a população rural para pressionar o governo a dar uma solução efetiva para o problema. Primeiramente, ocupar, nas regiões mais críticas, áreas de propriedades consideradas improdutivas, a fim de conseguir a sua desapropriação e o assentamento das famílias. Numa segunda etapa levar o governo a realizar uma verdadeira reforma agrária, abrangendo todas as terras improdutivas do país. Aquestão dos sem-terra, hoje, é uma das mais sérias do país. Sua origem remonta às primeiras décadas do século XVI, quando foram implantados os grandes latifúndios monocultores de cana-de -açúcar, no período da ocupação colonial do Brasil. O meio rural praticamente se manteve nas mesmas condições com a instalação do Império e da República. Sua integração ao processo de modernização do país só se iniciou de fato em 1930 com a crise do café- em parte pela derrocada econômica de antigos proprietários rurais, em parte pelas novas ideias trazidas pelos imigrantes, especialmente europeus. Na década de 1950 houve uma das primeiras iniciativas de organizar os trabalhadores rurais, no interior da região Nordeste, com a criação das Ligas Camponesas. Desde aquela época, com a expansão industrial do país, as transformações ocorridas no campo acentuaram os problemas sociais, intensificando o êxodo rural e a luta pela posse da terra. Criaram-se assim as condições para o surgimento dos Movimentos Estaduais dos Sem-Terra ( o primeiro deles no Rio Grande do Sul), no final da década de 1970. Em 1984, as principais lideranças reuniram-se e constituíram o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com o objetivo de organizar, em âmbito nacional, a luta dos trabalhadores rurais por uma reforma agfrária ampla e imediata.
coffeeplantation.jpg - coffee plantation (the smaller coffee bushes grow in the shade of the trees)
Café

Estrutura fundiária brasileira

O Brasil apresenta uma estrutura fundiária extremamente concentradora,ou seja, poucos possuem muita terra, muitos possuem pouquíssima terra e a maioria não possui terra nenhuma. Extensos latifúndios improdutivos, grandes monoculturas de exportação e milhões de trabalhadores sem-terra. Já em números de proprietários rurais, predominam os pequenos proprietários suas propriedades não ultrapassam 20 hectares, com péssimas condições de higiene, e alimentação. Além disso, há um alto índice de analfabetismo. Há regiões do país que desconhecem os processos de irrigação, fertilização e recuperação do solo. O analfabetismo prevalece e não existem escolas técnico-agrícolas. A má distribuição de terra no Brasil data do início da colonização europeia, quando a Coroa Portuguesa transplantou o sistema feudal inoperante da metrópole para as terras da Colônia, em que concedeu vastas sesmarias a indivíduos que estivessem em condições de investir na lavoura canavieira. A primeira modificação importante na legislação agrária do Brasil ocorreu durante a corte portuguesa em 1808, quando o príncipe regente D. João assinou decreto que permitia a concessão de sesmarias a estrangeiros. Os colonos, procedentes de vários países da Europa,  concentrados no sul do Brasil, deram início ao processo de formação da pequena propriedade agrária.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Avião movido à energia solar dará volta ao mundo

Um avião movido à energia solar, que já conseguiu três recordes mundiais, prepara-se para colocar seu nome mais uma vez no livro dos recordes. Os pilotos suíços Bertrand Piccard e Andre Borschberg estarão à frente do próximo voo do Impulso Solar – como é conhecida a aeronave –, que acontecerá em maio ou junho.
Eles pretendem voar mais de 2.500 quilômetros sem abastecer o tanque de voo uma única vez durante a viagem que levará dois dias. Mas essa jornada será apenas um ensaio geral para a volta ao mundo que eles pretendem dar em 2014.
Os pesquisadores responsáveis pelo Impulso Solar já investiram sete anos de trabalho no design da aeronave, o que inclui a envergadura de asa de um Airbus 340, o peso de um carro família e a potência de uma lambreta.


Grande massa de água profunda e fria está desaparecendo misteriosamente

A água mais fria que flui ao redor da Antártica, no Oceano Antártico, está desaparecendo misteriosamente a um ritmo elevado ao longo das últimas décadas.
Esta massa de água é chamada Água Antártica de Fundo, e é formada em alguns locais distintos onde a água do mar é esfriada pelo ar e mais salgada pela formação de gelo (que deixa o sal na água descongelada).
iceberg4.jpg - Icebergs in the sea
A água fria e salgada é mais densa que a água em torno dela, fazendo-a descer ao fundo do mar onde se espalha para o norte, enchendo a maior parte do oceano profundo em todo o mundo conforme lentamente se mistura com águas mais quentes acima dela.
Correntes do oceano profundo do mundo todo desempenham um papel fundamental no transporte de calor e carbono ao redor do planeta, o que ajuda a regular o clima da Terra.
Estudos anteriores indicaram que esta água profunda tornou-se mais quente e menos salgada ao longo das últimas décadas.
Agora, um novo estudo revelou que significativamente menos água desse tipo se formou durante este tempo também.
Oceanógrafos analisaram dados de temperatura coletados entre 1980 e 2011 a intervalos de 10 anos por um programa internacional de pesquisas oceanográficas no Oceano Antártico.
Eles descobriram que Água Antártica de Fundo foi desaparecendo a uma taxa média de cerca de 8 milhões de toneladas por segundo ao longo das últimas décadas.
O que está causando a redução e o que ela significa são coisas que os pesquisadores ainda não sabem. “Não temos certeza se a taxa de redução é parte de uma tendência de longo prazo ou de um ciclo”, disse o coautor do estudo, o oceanógrafo Gregory C. Johnson. CONTINUE LENDO:

Afinal, qual é a maior usina hidrelétrica do mundo?

No dia 20 de maio de 2006, o governo chinês finalmente conclui uma obra iniciada em 1993 e saiu propagandeando pelos quatro cantos do mundo: a Usina de Três Gargantas, instalada no Rio Yang-Tsé (Rio Azul) é a maior do mundo. Essa declaração bateu fundo nos nacionalistas mais exaltados, tanto aqui no Brasil como no Paraguai, já que até então este título pertencia à Itaipu Binacional, localizada no Rio Paraná, orgulho nacional. Desde a inauguração da usina chinesa, começou a discussão: de uma vez por todas, qual é a maior usina?
A resposta é: depende do critério. Para começar, se levarmos a palavra “maior” ao pé da letra, o título ainda pertence à Itaipu. Somados os comprimentos de todas as barragens, nossa usina tem 7.700m de comprimento (o equivalente ao comprimento de 77 campos de futebol), e 196m de altura (algo da altura de um prédio com cerca de 60 andares). A Três Gargantas, por sua vez, é praticamente da mesma altura (192m), embora também tenha lá mais de 50 andares, mas tem menos da metade da largura, “apenas” 2.300m.
É claro que não seria sensato chamá-la de maior pelo sentido literal, o que importa é o quanto se gera de energia. Mais uma vez, no entanto, caímos em uma dificuldade. Se considerarmos a capacidade máxima momentânea (o máximo de energia que se pode gerar em energia ao mesmo tempo), a Três Gargantas é mesmo a maior. Atualmente, a geração instantânea da usina chinesa, com suas 32 turbinas, é de 22.500 MW (Mega Watts). A Itaipu, por sua vez, conta com 20 turbinas, que totalizam uma capacidade instantânea de 14.000 MW. CONTINUE LENDO: hypescience

Plataforma Continental

Uma plataforma continental é uma plataforma submarina pouco profunda, localizada nas margens de um continente, que se inclina para o mar com um pendor suave que, em média, apresenta um ângulo de 0,1°[1]. Em direcção aos fundos oceânicos, a plataforma termina no talude continental, uma zona de acentuado pendor que marca a transição entre a crusta continental e a crusta oceânica.
A plataforma continental é relativamente larga (70 a 80 km em média, embora por vezes atingindo várias centenas de quilómetros), mas pouco profunda (de 0 a -130 ou -180 m)[2]. A área de plataforma é normalmente subdividida em plataforma continental proximal, plataforma continental média e plataforma continental distal, cada uma delas com as suas especificidades nos domínios da geomorfologia, da sedimentologia e da biologia marinha.

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