No dia 20 de maio de 2006, o governo chinês finalmente conclui uma obra iniciada em 1993 e saiu propagandeando pelos quatro cantos do mundo: a Usina de Três Gargantas, instalada no Rio Yang-Tsé (Rio Azul) é a maior do mundo. Essa declaração bateu fundo nos nacionalistas mais exaltados, tanto aqui no Brasil como no Paraguai, já que até então este título pertencia à Itaipu Binacional, localizada no Rio Paraná, orgulho nacional. Desde a inauguração da usina chinesa, começou a discussão: de uma vez por todas, qual é a maior usina?
A resposta é: depende do critério. Para começar, se levarmos a palavra “maior” ao pé da letra, o título ainda pertence à Itaipu. Somados os comprimentos de todas as barragens, nossa usina tem 7.700m de comprimento (o equivalente ao comprimento de 77 campos de futebol), e 196m de altura (algo da altura de um prédio com cerca de 60 andares). A Três Gargantas, por sua vez, é praticamente da mesma altura (192m), embora também tenha lá mais de 50 andares, mas tem menos da metade da largura, “apenas” 2.300m.
É claro que não seria sensato chamá-la de maior pelo sentido literal, o que importa é o quanto se gera de energia. Mais uma vez, no entanto, caímos em uma dificuldade. Se considerarmos a capacidade máxima momentânea (o máximo de energia que se pode gerar em energia ao mesmo tempo), a Três Gargantas é mesmo a maior. Atualmente, a geração instantânea da usina chinesa, com suas 32 turbinas, é de 22.500 MW (Mega Watts). A Itaipu, por sua vez, conta com 20 turbinas, que totalizam uma capacidade instantânea de 14.000 MW. CONTINUE LENDO:
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