quarta-feira, 7 de março de 2012

Crosta continental- subducção- crosta oceânica


A espessura da crusta terrestre em km.
A crosta continental é a camada de rochas graníticas, sedimentares e metamórficas que forma os continentes e as zonas de baixa profundidade junto às suas costas, conhecidas como plataformas continentais. É menos densa que o material do manto e assim "flutua" sobre este. A crosta continental é também menos densa que a crosta oceânica, mas muito mais espessa; 20 a 80 km de espessura contra os 5 a 10 km da crusta oceânica. Cerca de 40% da superfície terrestre encontra-se coberta por crosta continental.
Como consequência da diferença de densidades, quando margens activas de crosta continental se encontram com crosta oceânica em zonas de subducção, a crosta oceânica é tipicamente subduzida em direção ao manto. Por causa da sua baixa densidade relativa, a crosta continental é raramente subduzida para o manto (um exemplo é a colisão de blocos continentais com grande espessamento local que pode causar a sua fusão a grande profundidade). Por esta razão, as rochas mais antigas do planeta situam-se nas zonas interiores dos continentes, os chamados cratões e não na repetidamente reciclada crusta (crosta) oceânica. A rocha continental mais antiga é o gneisse de Acasta com 4.01 biliões de anos enquanto a rocha oceânica mais antiga é do Jurássico.
A elevação das cadeias montanhosas está geralmente relacionada com a espessura crustal. Este fato é consequência da isostasia associada com a orogenia (formação de montanhas). A crusta (crosta) é espessada pelas forças compressivas produzidas pela subducção ou pela colisão continental. A flutuabilidade da crusta provoca o seu movimento ascendente e as forças de tensão colisional são equilibradas pela gravidade e erosão. Isto dá origem à formação de uma raíz sob as montanhas, que corresponde às zonas de crusta mais espessa.
As zonas mais delgadas da crusta continental situam-se nas zonas de rift onde a crusta é adelgaçada por estiramento e eventualmente rompida, sendo substituída por crusta oceânica. As orlas de fragmentos continentais formados desta forma (como por exemplo as margens do Oceano Atlântico) são chamadas margens passivas.
Discute-se se a quantidade de crusta continental ao longo do tempo aumenta, diminui ou se mantém. Um modelo sugere que até há 3.7 biliões de anos a crusta continental constituía apenas 10% da actual quantidade. Há cerca de 3 biliões de anos essa quantidade seria 25% da actual e após um período de rápido desenvolvimento crustal seria 60% do actual há 2.5 biliões de anos (Taylor e McLennan, 1995). O desenvolvimento da crusta continental parece assim ter ocorrido ao longo de breves episódios de alta actividade, num total de 5 episódios de maior produção ao longo do tempo geológico (ver gráfico).

terça-feira, 6 de março de 2012

A Era Cenozoica: a formação da paisagem atual.

A era cenozoica iniciou-se há 65 milhões de anos  e ainda hoje está, por assim dizer, em pleno vigor, portanto, trata-se da última etapa da nossa longa viagem através do nosso passado geológico. O Rio Grande do Sul vai adquirindo um aspecto cada vez mais familiar, ou seja, parecido com o atual. A serra basáltica, devido à erosão, fica individualizada, e é a erosão que expõe novamente rochas mais antigas, como as do escudo, e as rochas sedimentares, incluíndo-se aí o carvão. Com isso individualizam-se, ao longo dos milhões de anos da era cenozoica, as unidades geomorfológicas que hoje caracterizam o Estado. Por unidade ou província geomorfológica entende-se uma região caracterizada por um tipo especial de rocha, que em resposta à erosão forma um relevo típico. Temos a região central do estado, onde granitos e metamorfitos da época de colisão dos crátons formam um relevo de coxilhas, pontuado por elevações e terrenos maiores. Por outro lado temos uma região alta e relativamente plana ocupando praticamente a metade norte do Rio Grande do Sul- a Serra Gaúcha. Entre a região central a a Serra fica uma faixa de terreno menos acidentado, uma espécie de planície rebaixada, formada pelas rochas sedimentares da bacia do Paraná. Essa é chamada de Depressão Periférica, porque é topográficamente mais baixa que a área do Escudo e é periférica a este, ou seja, fica na margem do Escudo Sul-riograndense. Temos, portanto, o Escudo sul-riograndense, a Depressão Periférica e o Planalto. A Planície Costeira no litoral gaúcho está aí para ser aproveitado, e do jeito que cidades como Tramandaí e Capão da Canoa lotam nos meses de verão não se tem dúvida de que a praia é para nós gaúchos muito, mas muito importante.
img_1018_2.jpg - Egret in Flight on the Bay of Bengal

Fonte: Do Mar ao Deserto (Michel Holz)- Pg. 131

Quem já mandou no mundo?

Paulo D’Amaro
Hoje, a hegemonia mundial dos EUA parece incontestável e eterna. Mas, perto do reino do Egito, surgido há 5 mil anos e morto 3 mil anos depois, o domínio americano de algumas décadas não significa muito. Veja quanto duraram as principais civilizações e impérios que passaram pelo planeta desde o começo da história. Clique aqui.
42georgewbush.jpg - George W. Bushjohn_tyler_grave_3.jpg - President John Tyler Grave

segunda-feira, 5 de março de 2012

O SOLO E SUAS PROPRIEDADES

O solo se desenvolveu a partir de minerais e matéria orgânica,
um processo chamado de pedogênese. O solo bem formado é composto por três camadas chamadas
horizontes, e é considerado jovem quando só possui duas camadas.

TERRA ROXA OU TERRA VERMELHA?

Terra roxa é um tipo de solo vermelho muito fértil, caracterizado por ser o resultado de milhões de anos de decomposição de rochas basálticas. Essas rochas basálticas eram pertencentes à Formação Serra Geral e se originaram do maior derrame vulcânico que o planeta já presenciou, causado pela separação do antigo supercontinente Gondwana nos atuais continentes América do Sul e África, na Era Mesozóica. É caracterizado pela sua aparência vermelho-roxeada inconfundível, devido à presença de minerais de ferro.
No Brasil, esse tipo de solo aparece nas porções ocidentais dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, sul e sudoeste de Minas Gerais e sudeste do Mato Grosso do Sul, destacando-se sobretudo nos últimos quatro estados - Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul- por sua qualidade.
Historicamente falando, esse solo teve muita importância, já que, no Brasil, durante o fim do século XIX e o início do século XX, foram plantadas nestes domínios grandes lavouras de café, fazendo com que surgissem várias ferrovias e propiciando o crescimento de cidades como São Paulo, Londrina, Itu, Ribeirão Preto e Campinas. Atualmente, além do café, são plantadas outras culturas, como algodão, cana-de-açúcar e laranja.
O nome terra roxa é dado a esse tipo de solo devido aos imigrantes italianos que trabalhavam nas fazendas de café. Esses imigrantes referiam-se ao solo pelo nome terra rossa, já que rosso, em italiano, significa vermelho. Os brasileiros aportuguesaram o termo italiano, então, para terra roxa.
O solo de terra roxa também existe na Argentina, onde é conhecida como tierra colorada (terra vermelha). Está bastante presente nas províncias de Misiones e Corrientes.


Queridos (as) alunos (as), esta terra vermelha é uma das mais férteis do mundo, já que ela tem a capacidade  de produzir a soja, que é um grão usado em mais de 200 produtos que nós consumimos, e acreditem, na maioria dos casos nem temos consciência disso.
Lúcia Helena.

domingo, 4 de março de 2012

SUSTENTABILIDADE


Diversidades biológicas, culturais e tecnológicas devem ser levadas em consideração ao discutir sobre sustentabilidade.

A IMPORTÂNCIA DO BANHADO PARA A BIODIVERSIDADE

  • Os banhados formam-se em regiões planas resultantes de sedimentação ou encordoamentos paralelos à linha de costa, onde a água doce é represada e flui lentamente. A água que abastece os banhados provém de corpos hídricos próximos,como lagoas, lagunas, rios e/ou dos afloramentos do lençol freático e das precipitaçõespluviométricas. Os banhados podem ter comunicação direta com outros corpos hídricos, desenvolvendo-se na planície de inundação, ligando-se com lagoas e rios apenas no período das cheias, ou serem isolados. O padrão oscilatório natural das águas nos banhados alterna períodos de seca (verão), quando a água é evaporada total ou parcialmente, e períodos de cheia (inverno) decorrente das chuvas. Contudo, a vida nos banhados é perfeitamente adaptada a esse ciclo, havendo espécies que vivem no ecossistema durante os dois períodos e outras que o utilizam em apenas uma estação (IBAMA, 2000). [...]Os banhados também atuam como fonte e reservatório de carbono, pois, através da decomposição e respiração dos organismos, liberam para a atmosfera terrestregás metano (CH4) e gás carbônico (CO2) e, através do processo da fotossíntese, aprisionam o CO2. Tais processos atuam de maneira importante na composição de gases da atmosfera e em fenômenos globais, como o “efeito estufa” (IBAMA, 2000). Dentre as inúmeras importâncias aplicadas a este sistema estão a diversidade biológica, produtividade, armazenamento de água, controle de grandes inundações, recarga de aqüíferos subterrâneos, purificação da água e estabilidade climática; além de proporcionarem condições favoráveis à produção de peixes e à agricultura (Maltchik, 2003a).
Fonte de pesquisa: O Banhado no Rio Grande do Sul por:
Aline Beatriz Pacheco Carvalho 1Carla Penna Ozorio 2

Postagem em destaque

BRASIL: CRISE HÍDRICA E ENERGÉTICA

A 6ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – trará especialistas nacionais e internacionais para falarem de tem...