segunda-feira, 5 de março de 2012

TERRA ROXA OU TERRA VERMELHA?

Terra roxa é um tipo de solo vermelho muito fértil, caracterizado por ser o resultado de milhões de anos de decomposição de rochas basálticas. Essas rochas basálticas eram pertencentes à Formação Serra Geral e se originaram do maior derrame vulcânico que o planeta já presenciou, causado pela separação do antigo supercontinente Gondwana nos atuais continentes América do Sul e África, na Era Mesozóica. É caracterizado pela sua aparência vermelho-roxeada inconfundível, devido à presença de minerais de ferro.
No Brasil, esse tipo de solo aparece nas porções ocidentais dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, sul e sudoeste de Minas Gerais e sudeste do Mato Grosso do Sul, destacando-se sobretudo nos últimos quatro estados - Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul- por sua qualidade.
Historicamente falando, esse solo teve muita importância, já que, no Brasil, durante o fim do século XIX e o início do século XX, foram plantadas nestes domínios grandes lavouras de café, fazendo com que surgissem várias ferrovias e propiciando o crescimento de cidades como São Paulo, Londrina, Itu, Ribeirão Preto e Campinas. Atualmente, além do café, são plantadas outras culturas, como algodão, cana-de-açúcar e laranja.
O nome terra roxa é dado a esse tipo de solo devido aos imigrantes italianos que trabalhavam nas fazendas de café. Esses imigrantes referiam-se ao solo pelo nome terra rossa, já que rosso, em italiano, significa vermelho. Os brasileiros aportuguesaram o termo italiano, então, para terra roxa.
O solo de terra roxa também existe na Argentina, onde é conhecida como tierra colorada (terra vermelha). Está bastante presente nas províncias de Misiones e Corrientes.


Queridos (as) alunos (as), esta terra vermelha é uma das mais férteis do mundo, já que ela tem a capacidade  de produzir a soja, que é um grão usado em mais de 200 produtos que nós consumimos, e acreditem, na maioria dos casos nem temos consciência disso.
Lúcia Helena.

domingo, 4 de março de 2012

SUSTENTABILIDADE


Diversidades biológicas, culturais e tecnológicas devem ser levadas em consideração ao discutir sobre sustentabilidade.

A IMPORTÂNCIA DO BANHADO PARA A BIODIVERSIDADE

  • Os banhados formam-se em regiões planas resultantes de sedimentação ou encordoamentos paralelos à linha de costa, onde a água doce é represada e flui lentamente. A água que abastece os banhados provém de corpos hídricos próximos,como lagoas, lagunas, rios e/ou dos afloramentos do lençol freático e das precipitaçõespluviométricas. Os banhados podem ter comunicação direta com outros corpos hídricos, desenvolvendo-se na planície de inundação, ligando-se com lagoas e rios apenas no período das cheias, ou serem isolados. O padrão oscilatório natural das águas nos banhados alterna períodos de seca (verão), quando a água é evaporada total ou parcialmente, e períodos de cheia (inverno) decorrente das chuvas. Contudo, a vida nos banhados é perfeitamente adaptada a esse ciclo, havendo espécies que vivem no ecossistema durante os dois períodos e outras que o utilizam em apenas uma estação (IBAMA, 2000). [...]Os banhados também atuam como fonte e reservatório de carbono, pois, através da decomposição e respiração dos organismos, liberam para a atmosfera terrestregás metano (CH4) e gás carbônico (CO2) e, através do processo da fotossíntese, aprisionam o CO2. Tais processos atuam de maneira importante na composição de gases da atmosfera e em fenômenos globais, como o “efeito estufa” (IBAMA, 2000). Dentre as inúmeras importâncias aplicadas a este sistema estão a diversidade biológica, produtividade, armazenamento de água, controle de grandes inundações, recarga de aqüíferos subterrâneos, purificação da água e estabilidade climática; além de proporcionarem condições favoráveis à produção de peixes e à agricultura (Maltchik, 2003a).
Fonte de pesquisa: O Banhado no Rio Grande do Sul por:
Aline Beatriz Pacheco Carvalho 1Carla Penna Ozorio 2

Vídeo: Arenização


Queridos (as) alunos (as), qual é a diferença entre arenização e desertificação?

O QUE É ARENIZAÇÃO?


Ilustração: Daniel Rosini. Consultoria: Luiz Iria

Ilustração: Daniel Rosini. Consultoria: Luiz Iria

Arenização, ou formação de bancos de areia, é o processo de retirada de cobertura vegetal em solos arenosos, em regiões de clima úmido, com regime de chuvas constantes, como o sudoeste do Rio Grande do Sul (veja abaixo o processo que desencadeia o problema). Esse fenômeno não deve ser confundido com a desertificação, que ocorre em clima árido, semiárido e semiúmido e assemelha-se a uma seca prolongada e intensa.

Relevo
A arenização tem estreita relação com a geologia local e ocorre, necessariamente, em terrenos com desníveis, com partes altas e baixas.

Chuvas e vento
Temporais e ventos fortes retiram restos de vegetação e sedimentos do solo das áreas mais altas, depositando-os nas partes baixas do terreno.

Ação humana
O desmatamento e o uso inadequado do solo potencializam o depósito de sedimentos, dificultando o crescimento de nova vegetação na área.

Consequência Sem novas plantas, o terreno empobrece. Sua arenosidade natural é reforçada pelo acúmulo de sedimentos, o que forma os bancos de areia.

PARA SABER MAIS: NOVA ESCOLA

A FORMAÇÃO BOTUCATU

A Formação Botucatu é uma formação geológica da Bacia do Paraná, sendo constituída principalmente por arenitos quartzosos de granulação fina a média, de coloração vermelha, rósea ou amarelo-clara, bem selecionados, maturos, apenas localmente feldspáticos. Como estrutura característica desses arenitos, ocorre estratificação cruzada tangencial de grande porte. A Formação Botucatu é o resultado da grande desertificação do ainda continente Gondwana, o “deserto Botucatu”, semelhante ao deserto do Saara e com área superior a um milhão de km2. Os extensos campos de dunas, depositados por ação eólica, formaram os espessos pacotes de arenitos que hoje constituem o importante Aqüífero Guarani. A Formação Botucatu pertence à supersequência estratigráfica de segunda ordem denominada Superseqüência Gondwana III, tendo sido depositada do Jurássico ao Cretáceo e deve sua denominação à cidade de Botucatu, no estado de São Paulo, Brasil, aonde aflora. O primeiro trabalho que determinou a direção dos ventos, à época da deposição dos arenitos da Formação Botucatu, foi o trabalho de Bigarella e Salamuni, em 1961, estudando as estratificações cruzadas de paleo-dunas em 51 afloramentos localizados no Brasil e no Uruguai.
Fonte: Wikipédia
SAIBA MAIS:
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

O Aquífero Guarani

O termo aquífero Guarani foi proposto há alguns anos, numa reunião de pesquisadores de várias universidades de países do cone sul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai),  como uma forma de unificar a nomenclatura de um sistema aquífero comum a todos eles, e em homenagem à nação dos índios guaranis, que habitavam a área de sua abrangência. Anteriormente, este aquífero era conhecido aqui no Brasil pelo nome de Botucatu, pelo fato de que a principal camada de rocha que o compõe ser um arenito de origem eólica,  reconhecido e descrito pela primeira vez  no município de Botucatu, estado de São Paulo. 
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