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domingo, 4 de março de 2012
Qual a relação existente entre os recursos naturais e as diferentes formas de relevo?
O relevo, enquanto forma, não é explorado diretamente, mas favorece o aproveitamento de outros recursos. Outras vezes, o relevo potencializa o aproveitamento de recursos, como nos represamentos hidrelétricos.
Usina Hidrelétrica de Xingó (SE/AL/BA): 60 Km² da área inundada e capacidade instalada de 3.162 MW (www. chesf.gov.br)
Usina Hidrelétrica de Xingó (SE/AL/BA): 60 Km² da área inundada e capacidade instalada de 3.162 MW (www. chesf.gov.br)
Hidrelétrica de Xingó 1994. A Usina Hidrelétrica de Xingó está localizada entre os estados de Alagoas e Sergipe, situando-se a 12 quilômetros do município de Piranhas e a 6 quilômetros do município de Canindé de São Francisco.
A Usina de Xingó está instalada no São Francisco, principal rio da região nordestina, com área de drenagem de 609.386 km2 , bacia hidrográfica da ordem de 630.000 km2, com extensão de 3.200 km, desde sua nascente, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, em Piaçabuçu/AL e Brejo Grande/SE.
A posição da usina, com relação ao São Francisco, é de cerca de 65 km à jusante do Complexo de Paulo Afonso, constituindo-se o seu reservatório, face as condições naturais de localização, num canyon, uma fonte de turismo na região, através da navegação no trecho entre Paulo Afonso e Xingó, além de prestar-se ao desenvolvimento de projetos de irrigação e ao abastecimento d'água para a cidade de Canindé/SE.
A Usina de Xingó está instalada no São Francisco, principal rio da região nordestina, com área de drenagem de 609.386 km2 , bacia hidrográfica da ordem de 630.000 km2, com extensão de 3.200 km, desde sua nascente, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, em Piaçabuçu/AL e Brejo Grande/SE.
A posição da usina, com relação ao São Francisco, é de cerca de 65 km à jusante do Complexo de Paulo Afonso, constituindo-se o seu reservatório, face as condições naturais de localização, num canyon, uma fonte de turismo na região, através da navegação no trecho entre Paulo Afonso e Xingó, além de prestar-se ao desenvolvimento de projetos de irrigação e ao abastecimento d'água para a cidade de Canindé/SE.
Jurandyr Ross e a classificação do relevo brasileiro
Em 1989 o professor Jurandyr Ross elaborou uma outra classificação do relevo, dessa vez usando como critério três importantes fatores geomorfológicos:
- a morfoestrutura- origem geológica;
- o paleoclima- ação de antigos agentes climáticos;
- o morfoclima- influência dos atuais agentes climáticos.
Trata-se de uma divisão inovadora, que conjuga o passado geológico e o passado climático com os atuais agentes escultores do relevo. Com base nesses critérios, o professor Ross classifica três tipos de relevo:
- planaltos- porções residuais salientes do relevo, que oferecem mais resistência ao processo erosivo;
- planícies- superfícies essencialmente planas, nas quais o processo de sedimentação supera o de erosão;
- depressões- áreas rebaixadas por erosão que circundam as bordas das bacias sedimentares, interpondo-se entre estas e os maciços cristalinos. Esse três tipos de relevo compõem, em conjunto, 28 unidades, identificadas no mapa abaixo:
Fonte: geografia do Brasil, Jurandyr L. S. Ross, org.
COMPARAÇÃO ENTRE AS CLASSIFICAÇÕES DE AROLDO DE AZEVEDO E AB'SABER
Compare as duas classificações:
AROLDO DE AZEVEDO
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AZIZ AB’SABER
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Planaltos:
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Planaltos:
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1- das Guianas
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1- das Guianas, englobando a região serrana e o planalto Norte- Amazônico
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2- Brasileiro, subdividido em:
-Atlântico
- Central
- Meridional
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2- Brasileiro, subdividido em:
- Central
- Meridional
- Nordestino
- Serras e planaltos do Leste e do Sudeste
- do Maranhão-Piauí
3- Uruguaio-rio-grandense
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Planícies:
1- Amazônica
2- Do Pantanal
3- Costeira
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Planícies:
1- Planícies e terras baixas amazônicas
2- Planície do Pantanal
3- Planícies de terras baixas costeiras |
Queridos (as) alunos (as), é muito importante entender que a aprendizagem é fruto do “querer aprender,” e faz-se necessário estar constantemente pesquisando, ou seja, buscando mais de uma fonte de pesquisa (web, livros, jornais, revistas), isto é, diferentes opiniões. Cresce a necessidade de estar em sintonia com a ciência de referência, nesse caso, a Geografia.
sábado, 3 de março de 2012
Ab'Saber e a classificação do relevo brasileiro
No final da década de 1962, o professor Ab'Saber aperfeiçoou a divisão do professor Aroldo de Azevedo, introduzindo critérios geomorfológicos, especialmente as noções de sedimentação e de erosão. As áreas nas quais o processo de erosão é mais intenso do que a sedimentação foram chamadas de planaltos. As áreas em que os processos de sedimentação supera o de erosão foram denominadas planícies. Nota-se, assim, que essa classificação não leva em conta as cotas altimétricas do relevo, mas os aspectos de sua modelagem, ou seja, a geomorfologia.
Nessa classificação, o relevo brasileiro passa de 7 para 10 unidades. Isso em decorrência da compartimentação do Planalto Atlântico em Planalto Nordestino e Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste. Algumas outras áreas foram subdivididas, originando o Planalto do Maranhão-Piauí e o Uruguaio- Sul-rio-grandense.
Nessa classificação, o relevo brasileiro passa de 7 para 10 unidades. Isso em decorrência da compartimentação do Planalto Atlântico em Planalto Nordestino e Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste. Algumas outras áreas foram subdivididas, originando o Planalto do Maranhão-Piauí e o Uruguaio- Sul-rio-grandense.
Fonte de pesquisa: Aziz Nacib Ab'Saber, Domínios morfoclimáticos e províncias fitogeográficas do Brasil.
In: Revista Orientação.
Aroldo de Azevedo e a classificação do relevo brasileiro
Uma das mais antigas divisões do relevo foi na década de 1940 pelo professor Aroldo de Azevedo que serviu de base para todas as outras divisões feitas posteriormente. Ao elaborar sua divisão, ele levou em conta principalmente as diferenças de altitude. Desse modo as planícies foram classificadas como as partes do relevo relativamente planas com altitudes inferiores a 200 metros. Por sua vez, os planaltos foram considerados as formas de relevo levemente onduladas. Essa classificação divide todo o território brasileiro em planaltos, cuja área total ocupa 59% de toda a superfície do país, e planícies, que ocupam os 51% restantes.
Fonte de pesquisa: Aroldo de Azevedo, O planalto Brasileiro e o problema de classificação de suas formas de relevo.
In: Boletim da AGB, 1949.
A BASE DO TERRITÓRIO: A ESTRUTURA GEOLÓGICA DO TERRENO
Estrutura geológica é a base de um território. Corresponde à sua composição rochosa. Já o relevo é a forma apresentada pelo território aos nossos olhos: montanhas mais altas, montanhas rebaixadas, planícies, depressões. O território brasileiro é parte integrande da placa sul-americana. No Brasil só ocorrem dois dos três tipos de relevo encontrados na crosta terrestre:
1- MACIÇOS ANTIGOS OU ESCUDOS CRISTALINOS- são o embasamento mais antigo da crosta terrestre. Formados no período geológico Pré- cambriano, apresentam rochas cristalinas magmáticas e metamórficas. Os afloramentos dos escudos cristalinos correspondem a 36% do território brasileiro. São áres ricas em ocorrências minerais de grande valor comercial. Esses minerais podem ser não-metálicos, como o granito e as pedras preciosas, ou metálicos, como o ferro e a bauxita. Os materiais metálicos são abundantes no Brasil. Encontrados principalmente no Quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais, e na Serra dos Carajás, no Pará; o manganês, cujas principais jazidas situam-se no maciço do Urucum (MS) e na Serra do Navio (AP); a extração, porém, é maior em Conselheiro Lafayette (MG) e na Serra dos Carajas (PA); a bauxita, explorada no vale do rio Trombetas, no Pará, e a cassiterita, principalmente em Rondônia e Minas Gerais.
2- BACIAS SEDIMENTARES- formadas por rochas originárias da deposição de sedimentos nas concavidades da crosta terrestre. Por isso essas rochas recebem o nome de sedimentares, tendo sido formadas no Paleosoico, Mesosoico e Cenosoico a a partir de sedimentos transportados pelos agentes externos que moldam o relevo: chuva, vento, neve etc. Durante a era Mesosoica, quando a bacia sedimentar do Paraná estava sendo formada, ocorreu uma imensa atividade vulcânica no território brasileiro, sob a forma de imensos derrames de lava. Esses derrames vulcânicos formaram rochas basálticas, cuja a decomposição originou a terra roxa, solo extremamente fértil que determinou a vocação agropecuária do oeste do estado de São Paulo e norte do estado do Paraná. A bacia sedimentar do Paraná também se destaca por um imenso depósito de água potável. Trata-se do Aquífero Guarani, um gigantesco lençól frático que ocupa uma área de 1.200.000 Km² estendendo-se por terras brasileiras e dos outros três países do Mercosul.
3- DOBRAMENTOS MODERNOS OU MONTANHAS JOVENS: essas montanhas ocorrem nas áreas de contato entre placas tectônicas (o que não é o caso do Brasil) que são também os locais mais vulneráveis à pressão que ainda hoje é exercida pelas forças internas oriundas do magma. Nessas áreas, costumam ser frequentes abalos sísmicos (terremotos) e atividades vulcânicas (vulcões ativos).
Fonte: Geografia Geral e do Brasil- James e Mendes
Fonte: Geografia Geral e do Brasil- James e Mendes
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