quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Haiti- História


Os primeiros humanos nesta ilha, conhecida como Quisqueya pelos índios arauaques (ou taínos) e caraíbas,[4] chegaram à ilha há mais de 7000 anos. Em 5 de dezembro de 1492, Cristóvão Colombo chegou a uma grande ilha, à qual deu o nome de Hispaniola. Mais tarde passou a ser chamada de São Domingos pelos franceses. Dividida entre dois países, a República Dominicana e o Haiti, é a segunda maior das Grandes Antilhas, com a superfície de 76.192 km² e cerca de 9 milhões de habitantes. Com 641 quilômetros de extensão entre seus pontos extremos, a ilha tem formato semelhante à cabeça de um caimão, pequeno crocodilo abundante na região, cuja "boca" aberta parece pronta a devorar a pequena ilha de La Gonâve. O litoral norte abre-se para o oceano Atlântico, e o sul para o mar do Caribe (ou das Antilhas).
A Ilha Hispaniola foi visitada por Cristóvão Colombo em 1492. Já no fim do século XVI, quase toda a população nativa havia desaparecido, escravizada ou morta pelos conquistadores.
A parte ocidental da ilha, onde hoje fica o Haiti, foi cedida à França pela Espanha em 1697. No século XVIII, a região foi a mais próspera colónia francesa na América, graças à exportação de açúcar, cacau e café.
Após uma revolta de escravos, em 1794, o Haiti tornou-se o primeiro país do mundo a abolir a escravidão. Nesse mesmo ano, a França passou a dominar toda a ilha. Em 1801, o ex-escravo Toussaint Louverture tornou-se governador-geral, mas, logo depois, foi deposto e morto pelos franceses. O líder Jean Jacques Dessalines organizou o exército e derrotou os franceses em 1803. No ano seguinte, foi declarada a independência (o segundo país a se tornar independente nas Américas) e Dessalines proclamou-se imperador.
Como forma de retaliação, em 1804, os escravistas europeus e estadunidenses mantiveram o Haiti sob bloqueio comercial por 60 anos.
Em 1815 Simon Bolívar refugiou-se no Haiti, após o fracasso de sua primeira tentativa de luta contra os espanhóis. Recebeu dinheiro, armas e pessoal militar, com a condição de que abolisse a escravidão nas terras que libertasse.
Posteriormente, para por fim ao bloqueio, o Haiti, sob o governo de Jean Pierre Boyer, cercado pela frota da ex-metrópole, concordou em assinar um tratado pelo qual seu país pagaria à França a quantia de 150 milhões de francos a título de indenização. A dívida depois foi reduzida para 90 milhões, mas assim mesmo isso exauriu a economia do país.
Após período de instabilidade, o Haiti foi dividido em dois e a parte oriental - atual República Dominicana - reocupada pela Espanha. Em 1822, o presidente Jean-Pierre Boyer reunificou o país e conquistou toda a ilha. Em 1844, porém, nova revolta derrubou Boyer e a República Dominicana conquistou a independência.
Da segunda metade do século XIX ao começo do século XX, 20 governantes sucederam-se no poder. Desses, 16 foram depostos ou assassinados. Tropas dos Estados Unidos da América ocuparam o Haiti entre 1915 e 1934, sob o pretexto de proteger os interesses norte-americanos no país. Em 1946, foi eleito um presidente negro, Dusmarsais Estimé. Após a derrubada de mais duas administrações governamentais, o médico François Duvalier foi eleito presidente em 1957. SAIBA MAIS: Wikipédia

Conselho de Imigração aprova restrição à entrada de haitianos.

No mesmo dia em que se completam dois anos desde o terremoto que devastou o Haiti, o Conselho Nacional de Imigração (Cnig) brasileiro concordou em restringir a cem o número mensal de vistos a serem concedidos a haitianos que queiram emigrar ao Brasil.
A medida é parte de uma proposta do Ministério da Justiça para regularizar a situação migratória de haitianos no Brasil, que ganhou a atenção da opinião pública por eles virem, muitas vezes, por rotas ilegais, intermediadas por coiotes (atravessadores), e se concentrarem em cidades amazônicas com poucas condições para abrigá-los.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que os haitianos que já se encontram no Brasil - número estimado pelo governo em 4 mil pessoas, dos quais 2.400 estariam em situação irregular - terão sua situação legalizada, recebendo autorização de residência que lhes dará direito a morar e trabalhar aqui.
O documento terá validade de cinco anos e para obtê-lo não será necessário comprovar qualificação ou vínculo com empresa. A limitação de emissão de vistos mensais vai vigorar nos próximos dois anos.
Com a resolução, os haitianos que quiserem vir ao Brasil em busca de um trabalho terão uma cota de cem vistos por mês, a serem concedidos pela Embaixada do Brasil em Porto Príncipe. Quem chegar sem documentos após a resolução corre o risco de ser deportado.
"O Brasil criou um canal adicional aos haitianos, além do canal tradicional de vistos (para quem já tem um vínculo empregatício no Brasil)", diz o secretário-executivo e ex-ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, em entrevista à BBC Brasil.

Esse tipo de atitude em que o governo de um país demonstra preocupação com o ser humano, independente de sua origem, realmente, me deixa muito feliz e, mais feliz ainda quando se trata do Brasil (meu país). Mas sempre tomando as medidas legais necessárias para a proteção de todos (estrangeiros e brasileiros). 
Lúcia Helena Barbosa Ávila

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Ordem Criminosa do Mundo / Globalização


Documentário exibido pela TVE espanhola, que aborda a visão de dois grandes humanistas contemporâneos sobre o mundo atual: Eduardo Galeano e Jean Ziegler.
Pode se dizer que há algo de profético em seus depoimentos, pois o documentário foi feito antes da crise que assolou os países periféricos da Europa, como a Espanha.
A Ordem Criminal do Mundo, o cinismo assassino que a cada dia enriquece uma pequena oligarquia mundial em detrimento da miséria de cada vez mais pessoas pelo mundo. O poder se concentrando cada vez mais nas mãos de poucos, os direitos das pessoas cada vez mais restritos. As corporações controlando os governos de quase todo o planeta, dispondo também de instituições como FMI, OMC e Banco Mundial para defender seus interesses. Hoje 500 empresas detém mais de 50% do PIB Mundial, muitas delas pertencentes a um mesmo grupo.

A primeira constituição brasileira History channel


1824: Uma contituição Antidemocrática

"Causa-me horror só ouvir falar em revolução".
Muniz Tavares, antigo revolucionário de 1817 na Assembléia Constituinte (21/mai/1823). Anais do Parlamento Brasileiro - Assembléia Constituinte, 1823, tomo I, Rio de Janeiro, pág. 90.

"Durante as discussões da Constituinte ficou manifesta a intenção da maioria dos deputados de limitar o sentido do liberalismo e de distingui-lo das reivindicações democratizantes. Todos se diziam liberais, mas ao mesmo tempo se confessavam antidemocratas e antirevolucionários. As idéias revolucionárias provocavam desagrado entre os constituintes. A conciliação da liberdade com a ordem seria o preceito básico desses liberais, que se inspiravam em Benjamim Constant e Jean Baptiste Say. Em outras palavras: conciliar a liberdade com a ordem existente, isto é, manter a estrutura escravista de produção, cercear as pretensões democratizantes".
Emília Viotti da Costa
Da Monarquia à República: Momentos Decisivos
Livraria Editora Ciências Humanas
São Paulo, 1979, pág.116, Segunda Edição.

O primeiro processo constitucional do Brasil iniciou-se com um decreto do príncipe D. Pedro, que no dia 3 de junho de 1822 convocou a primeira Assembléia Geral Constituinte e Legislativa da nossa história, visando a elaboração de uma constituição que formalizasse a independência política do Brasil em relação ao reino português. Dessa maneira, a primeira constituição brasileira deveria ter sido promulgada. Acabou porém, sendo outorgada, já que durante o processo constitucional, o choque entre o imperador e os constituintes, mostrou-se inevitável.

A abertura da Assembléia deu-se somente em 3 de maio de 1823, para que nesse tempo fosse preparado o terreno através de censuras, prisões e exílios aos opositores do processo constitucional.
SAIBA MAIS: HISTÓRIANET

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Mercúrio pode ser um dos culpados das grandes extinções

Cientistas já sabem bastante sobre a maior extinção da Terra que aconteceu 250 milhões de anos atrás quando rápidas mudanças climáticas varreram quase todas as espécies marinhas e a maioria das terrestres. Agora, eles descobriram um novo culpado provavelmente envolvido na destruição: um influxo de mercúrio no ecossistema.

"Ninguém havia pesquisado se o mercúrio era um culpado em potencial. Aquela foi a época da maior atividade vulcânica na Terra e sabemos hoje que a maior fonte de mercúrio vem das erupções", diz Steve Grasby, coautor do artigo publicado no Geology. "Estimamos que o mercúrio liberado poderia ser 30 vezes mais do que a atividade atual, tornando o evento catastrófico". Grasby é pesquisador da Natural Resources Canadá e professor da Universidade de Calgary.

Para Benoit Beauchamp, professor de geologia da Universidade de Calgary, o estudo é significativo porque pela primeira vez o mercúrio foi relacionado como causa da extinção massiva no final do período permiano.
      
              
Durante o final do permiano, o sistema que regula os oceanos ficou sobrecarregado com o mercúrio contribuindo para a perda de 95% da vida no mar.

"Tipicamente, algas enterram o mercúrio nos sedimentos, reduzindo o efeito nos oceanos", dizem os autores. "mas neste caso, a carga era tão grande que não foi possível conter os danos".

Cerca de 250 milhões de anos atrás, antes dos dinossauros  e quando toda a terra formava um grande continente, a maioria da vida nos oceanos e na Terra foi dizimada. A ideia aceita em geral é que erupções vulcânicas ajudaram a liberar CO2 e toxinas mortais.

A deposição de taxas de mercúrio poderia ter sido significativamente mais alta no fim do permiano comparada com a causada pelas emissões de hoje. Em alguns casos, níveis de mercúrios no oceano no fim do permiano eram similares àquelas encontradas perto de lagoas altamente contaminadas próximas a fundições, onde o sistema aquático é severamente danificado.

"Estamos aumentando os níveis com as emissões industriais. Isso serve de alerta para nós na Terra hoje", dizem os autores.

O estudo também mostra a tenacidade da vida. "É também a história de uma recuperação. Após a sobrecarga do sistema e da destruição da maioria das formas de vida, os oceanos ainda foram capazes de se limpar e começar uma nova fase de vida", dizem os autores.
SAIBA MAIS: ESTADÃO.COM.BR

DINOSSAUROS

Os dinossauros constituem uma superordem de membros de um grupo de arcossauros referente ao final do período Triássico (cerca de 225 milhões de anos atrás) e dominante da fauna terrestre durante boa parte da era Mesozóica, do início do Jurássico até o final do período Cretácico (cerca de 65 milhões de anos), quando da extinção de quase todas as linhagens, à exceção das aves – entendido por muitos cientistas como os únicos representantes atuais. Distinto de outros arcossauros por um conjunto de características anatômicas, entre as quais se destacam a posição dos membros em relação ao corpo – projetados diretamente para baixo – e o acetábulo (encaixe do fêmur na região da bacia) aberto, isto é, o fêmur encaixa-se em um orifício formado pelos ossos da bacia. A etimologia da palavra remete ao grego déinos, terrivelmente grande, saurós, lagarto, e, por extensão, réptil.
Historicamente a denominação do grupo (Dinosauria) foi criada pelo paleontólogo e anatomista inglês Richard Owen em Abril de 1842, na versão impressa de uma palestra conferida em 2 de Agosto de 1841 em Plymouth, Inglaterra, sobre fósseis britânicos de répteis e deriva dos termos em grego δεινός (deinos) "terrível, poderoso, grandioso" + σαῦρος (sauros) "lagarto". O grupo foi erigido para agrupar os então recém-descobertos Iguanodon, Megalosaurus e Hylaeosaurus. Apesar da natureza fragmentária dos fósseis, Owen pôde reconhecer que eram bastante distintos dos répteis (vivos e fósseis) até então conhecidos:
Espécies de dinossauro encontradas no sítio paleontológico Egg Mountain (Montanha dos Ovos), estado de Montana, EUA.
  • Eram grandes (outros grupos de répteis grandes eram conhecidos – crocodilos, mosassauros, plesiossauros e ictiossauros, mas estes eram aquáticos, ao contrário dos membros do novo grupo, eminentemente terrestres);
  • Possuíam um encaixe dos membros diferente: os ossos dos membros ficavam em uma orientação paralela em relação ao plano longitudinal do corpo (dirigidos diretamente para baixo), em vez da posição típica dos membros dos demais répteis – saindo perpendicularmente do corpo e se dobrando para baixo na região do cotovelo e do joelho (dirigidos lateralmente);
  • Altura, largura e rugosidades dos arcos neurais;
  • Costelas com terminação proximal (que se liga às vértebras) bifurcada (a costela apresenta um formato de um Y);
  • Coracóide largo e, por vezes, de padrão complexo;
  • Clavículas longas e finas;
  • Ossos dos membros proporcionalmente maiores, mas com paredes finas – indicando hábito terrestre.

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