segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O apocalipse de 2012 é uma “jogada de marketing”

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Crédito da imagem: DCL.
Desde que escrevi o primeiro artigo da série “O mundo não vai acabar em 2012" para o Universe Today em 2008, venho repetindo a mesma mensagem inúmeras vezes: os maias nunca previram o fim do mundo em 2012. E agora vou dizer mais uma vez, mas com o aval de outros especialistas: os maias nunca, JAMAIS, previram o fim do mundo em 2012.
Infelizmente, a ciência e a história têm sido distorcidas para satisfazer os apoiadores dessa falácia apocalíptica, e quando cientistas e arqueólogos intervêm para desacreditá-la, a culpa recai sobre algum tipo de conspiração global muito conveniente.
Afinal, de onde vem a ideia do apocalipse maia?
A contagem (mais) longa
A origem da multiplicidade de teorias sobre o “fim do mundo” em 21 de dezembro de 2012 é um calendário mesoamericano que previu o fim dos tempos. E um determinado calendário maia está no centro de todo esse alvoroço, já que, por um acaso numérico, ele “acabará” no ano que vem.
A civilização maia existiu de 250-900 d.C. e ocupava a atual área geográfica correspondente ao sul do México, Guatemala, Belize, El Salvador e parte de Honduras. Os arqueólogos que estudaram essa cultura fascinante conseguiram decifrar muitos de seus calendários, mas o que registra o período mais extenso – a “Contagem Longa” – foi o que disparou os alarmes.
A Contagem Longa foi criada pelos maias para que pudessem registrar a história e planejar eventos futuros (não muito diferente do calendário do seu iPhone).
Este calendário longo, constituído por um ciclo de 5.126 anos, era uma variação de outros calendários que os maias usavam na época. Alguns duravam menos de um ano (como o "Tzolk’in", que durava 260 dias), outros abrangiam décadas (como o "Calendário Circular”, que representa o ciclo de uma geração, por volta de 52 anos). Com notável engenhosidade, os maias criaram então o calendário de Contagem Longa, cuja base era numérica, similar a um antigo código binário.
SAIBA MAIS: DISCOVERY NOTÍCIAS

Tecnologia


Touch
Crédito: GizMag.
O que aconteceria se, ao tocar a tela do seu smartphone, tablet ou televisão, a tela também “tocasse” você?
A empresa de tecnologia tátil Senseg está desenvolvendo um sistema que faz exatamente isso, e recentemente, lançou o protótipo de um tablet que promete revolucionar a forma como interagimos com nossos dispositivos.
A Senseg chama o novo projeto de Feel Screen e garante que qualquer dispositivo de interface sensível ao toque pode produzir sensações táteis de alta fidelidade. Por exemplo, se você tiver uma imagem de uma lixa, poderás sentir a lixa quando tocar na tela.
Isso é possível porque os dispositivos Feel Screens incorpora um sistema baseado em um campo eletrostático, que produz níveis variáveis de atrito em diferentes partes da tela. Esse sistema utiliza uma corrente elétrica muito baixa que cria uma força de atração da tela para o dedo. A força pode ser modulada para gerar uma variedade de superfícies texturizadas, elevações, contornos e vibrações.
O segredo da Senseg é a tecnologia Tixel, um revestimento superfino que recobre a tela e transmite estímulos elétricos vibratórios. A empresa afirma que a Tixel pode ser adaptada a qualquer dispositivo e aplicada em quase todas as superfícies, planas ou curvas, duras ou moles.
Diferentemente das tecnologias táteis usadas nos joysticks de videogames, a Feel Screen não tem partes móveis, é totalmente silenciosa e oferece resposta imediata.
No momento, o sistema ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento, mas fique de olho: esta tecnologia estará chegando a uma tela perto de você no ano que vem. Enquanto isso, confira o vídeo da Cnet com o protótipo em ação.
[Fonte: GizMag]

domingo, 18 de dezembro de 2011

Cultura Afro-brasileira Recontar a história, valorizar a diversidade


Jornal Mundo Jovem - Novembro 2011
TICs: liberdade para a criatividade e a colaboração
O que faz com que a vida valha a pena?
Símbolo sexual: a beleza é algo relativo?
O Natal celebrado nas relações de apoio e solidariedade
A chegada dos negros ao Brasil deu-se no cenário cruel da escravidão. Mesmo assim, podemos dizer que a presença negra trouxe cor e alegria para a cultura brasileira. Nos últimos anos, através da ação do movimento negro e de conquistas na legislação, verificamos cada vez mais uma presença positiva dessa cultura no Brasil. É o que nos conta Isabel Aparecida dos Santos Mayer, Bel Santos, especialista em Pedagogia Social pela Universidade Salesiana de Roma. Ela atua no Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac), onde realiza formações para educadores incluírem na educação a história e a cultura da África e dos afro-brasileiros, conforme a Lei 10.639/03
Isabel Aparecida dos Santos Mayer (Bel Santos),
especialista em Pedagogia Social pela Universidade Salesiana de Roma.
Atua no Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac),
onde realiza formações para educadores.
Endereço eletrônico:
belsantos@uol.com.br

Escala Geológica de Tempo


Escala Geológica de Tempo(com conversão para 24 horas)
Eras
Períodos
I n í c i o
Duração
(horas)
  em anos
24 Horas
Cenozóica
Quaternário
1.800.000
23:59:25
0:00:35
Terciário
65.000.000
23:39:12
0:20:13
Mesozóica
Cretáceo
146.000.000
23:13:17
0:25:55
Jurássico
208.000.000
22:53:26
0:19:50
Triássico
245.000.000
22:41:36
0:11:50
Paleozóica
Permiano
286.000.000
22:28:29
0:13:07
Carbonífero
360.000.000
22:04:48
0:23:41
Devoniano
410.000.000
21:48:48
0:16:00
Siluriano
440.000.000
21:39:12
0:09:36
Ordoviciano
505.000.000
21:18:24
0:20:48
Cambriano
544.000.000
21:05:55
0:12:29
2.500.000.000
10:40:00
10:25:55
3.800.000.000
3:44:00
6:56:00
4.500.000.000
0:00:00
3:44:00
by Clóvis Ático Lima Filho

A Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos e durante todo esse tempo sofreu diversas transformações de amplitude global que deixaram marcas bastante definidas nas rochas que a compõem.
Identificando tais marcas, é possível hoje em dia dividir a  história da Terra em diversos períodos geológicos, distintos entre si, montando, assim, uma Escala Geológica de Tempo.
Nessa Escala representamos a passagem do tempo no sentido de baixo para cima, ficando na parte de baixo o representante mais velho. Esta, aliás, é a forma como as rochas normalmente se apresentam na natureza: a mais nova acima da mais velha.
Desta forma, na Escala à esquerda, a Era Arqueana é mais velha que a Proterozóica e é mais nova que a Hadeana.
Como é muito difícil raciocinar com intervalos de tempo da ordem de milhões de anos (veja a coluna 3), convertemos a nossa Escala Geológica em um período de apenas 24 horas (coluna 4)... na coluna 5 vemos a duração de cada período geológico na mesma escala de 24 horas.
Agora, vamos nos imaginar em uma máquina do tempo  que pode deslocar-se a uma absurda velocidade de 52.083 anos por segundo... dessa forma, a cada 19,2 segundos percorreremos um milhão de anos.
Iniciaremos, assim, a nossa viagem às 0:00 hs, quando a Terra foi formada (há 4,5 bilhões de anos), e vamos nos deslocar para o presente, de baixo para cima na Escala, até o fim do Quaternário, sabendo de antemão que levaremos exatas 24 horas nessa viagem virtual...

As primeiras 3:44 horas de nossa viagem serão, certamente, as mais monótonas de todas.
Veremos o planeta ser formada a partir de poeira e gás, resultando em uma massa disforme em ebulição - uma verdadeira visão do inferno (Hadeano), sendo bombardeada por uma incessante chuva de meteoros e cometas. Um importante evento, contudo, justificará a nossa espera, quando uma grande colisão com um planetóide errante arrancará milhões de pedaços do planeta. Parte desses destroços ficarão em sua órbita e acabarão por juntar-se, formando a nossa Lua.
Gradativamente o planeta perderá calor, permitindo que o vapor de água exalado dos vulcões e oriundos dos cometas forme as primeiras chuvas, de modo que por volta das 4:00 horas já veremos um imenso oceano cobrindo toda a Terra, ainda bastante quente (Arqueano)...
Fique atento agora, pois em algum momento entre as 5 e 6 horas da manhã, acontecerá um milagre: surgirão as primeiras formas de vida (as bactérias)... e que dominarão sozinhas o planeta até as 21:00 horas (fim do Proterozóico).
Até agora estivemos visitando o chamado Pré-Cambriano, que cobriu quase 90% da história da Terra (veja a Distribuição Percentual das Eras Geológicas).

A partir das 21:06 hs não poderemos nem piscar os olhos, pois tudo começará a acontecer de forma muito rápida. Entramos no Paleozóico (paleo  = antigo + zoico  = vida), que se estenderá até as 22:28 hs e que,  por ter sido tão rico em eventos, teve que ser dividido em 6 períodos bem distintos (veja a Escala à esquerda)...
A atividade vulcânica, no Paleozóico, está bem mais amena, alternando-se períodos de calmaria  com grandes explosões em todo o planeta.
Os primeiros peixes, esponjas, corais e moluscos surgirão ainda no Cambriano, mas teremos que esperar pelo menos 12 minutos (até o Ordoviciano) para vermos as primeiras plantas terrestres.
O clima irá mudar com tanta frequência que provocará sucessivas extinções em massa de espécies recém surgidas. Como agora as espécies passam a apresentar partes duras (conchas, dentes, etc.), algumas delas poderão ser preservadas como fósseis, possibilitando a sua descoberta e estudo por uma outra espécie ainda muito distante.
Finalmente os continentes serão invadidos por insetos... milhões e milhões de diferentes espécies de insetos, alguns dos quais sobreviverão até o fim da nossa viagem.
Fique atento ao período Devoniano (por volta das 21:50 hs) pois uma grande catástrofe ecológica irá dizimar quase 97% de todas as espécies existentes. Passados mais 10 minutos, no Carbonífero, grandes florestas  e pântanos serão formadas e destruídos sucessivamente, formando os depósitos de carvão explorados até hoje.

Às 22:41 hs entraremos na Era Mesozóica (a era dos repteis) que durará pouco menos que uma hora (180 milhões de anos).
No início do Mesozóico iremos assistir à formação de um supercontinente, chamado hoje de Pangea, que será depois dividido em dois grandes continentes que passarão a ser conhecidos como Laurásia, ao norte, e Gonduana, ao sul.
Assistiremos, também, ao surgimento de uma imensa variedade de dinossauros, herbívoros em sua maioria, que  reinarão no planeta durante mais de 160 milhões de anos.
Por volta das 23:39 hs, porém, um meteoro de pelo menos 15 km de diâmetro irá atingir a atual península de Yukatan (México) jogando bilhões de toneladas de poeira na atmosfera. Uma grande noite irá abater-se sobre o planeta, impedindo a fotossíntese das plantas, que não poderão alimentar os herbívoros, que por sua vez não poderão servir de alimento aos carnívoros...
Pelo menos a metade das espécies existentes irá ser extinta nessa grande catástrofe, inclusive todos os grandes dinossauros, abrindo espaço para que os mamíferos iniciem o seu reinado, que perdurará até os dias atuais...

Faltando pouco mais que 20 minutos para o fim da nossa viagem entraremos na Era Cenozóica, e assistiremos à fragmentação dos grandes continentes até a conformação atual.
A América do Sul irá separar-se da África, surgindo o Oceano Atlântico Sul; a Austrália será separada da Antártica e a América do Norte irá separar-se da Europa. Grandes cadeias de montanhas serão formadas nessa deriva continental e novos ecossistemas serão formados e isolados dos demais, permitindo a especialização de algumas espécies...
Por volta das 23:59:57 (150.000 anos atrás),  faltando apenas 3 segundos para o término de nossa exaustiva viagem, veremos os primeiros grupos de Homo Sapiens  caçando no continente africano. Essa nova espécie sobreviverá à última glaciação e migrará apressadamente para os demais continentes, sem se incomodar com as características particulares de cada ambiente nem com o delicado equilíbrio conseguido ao longo do tempo.
Dominará todas as outras espécies e até mesmo provocará o desaparecimento de algumas delas, e começará a usar a escrita e, portanto, a fazer História, no último décimo do último segundo...
Se for possível desacelerar a nossa máquina do tempo   nesse décimo de segundo final, talvez até consigamos ver o mais jovem dos mamíferos criar artefatos capazes de destruir tudo e, milagrosamente, lançar-se em direção ao espaço para deixar as suas primeiras pegadas na Lua...


Escala de tempo geológico representa a linha do tempo desde o presente até a formação da Terra, dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades, que se baseiam nos grandes eventos geológicos da história do planeta. Embora devesse servir de marco cronológico absoluto à Geologia, não há concordância entre cientistas quanto aos nomes e limites de suas divisões. A versão aqui apresentada baseia-se na edição de 2004 do Quadro Estratigráfico Internacional [1] da Comissão Internacional sobre Estratigrafia [2] da União Internacional de Ciências Geológicas.[3]

Dinossauros Bizarros

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fóssil de dinossauro do período triássico é encontrado no RS

Um fóssil do dicinodonte jachaleria candelariensis, dinossauro herbívoro que teria vivido há 220 milhões de anos, foi encontrado na cidade de Candelária, a 198km de Porto Alegre. A descoberta é a mais recente do Brasil dentro do período triássico. Segundo pesquisadores, trata-se da parte superior da mandíbula do animal.
O pesquisador Belermino Steffanelo, voluntário do Museu Aristides Carlos Rodrigues, encontrou o fóssil durante escavação nas margens da RSC 287, nas proximidades do Cerro do Botucaraí. O local é considerado um dos mais difíceis de serem explorados da cidade.
“Fomos fazer outro trabalho no local e acabamos encontrando o fóssil. Vamos regularmente até as localidades de afloramento, pois, com as chuvas e demais ações do tempo, acabamos sempre encontrando algo”, conta Steffanello.
O material foi encaminhado para o professor da UFRGS Cezar Schultz, especialista no assunto. O pesquisador destaca a importância da descoberta. “Esse material é correspondente ao período de tempo em que surgiu o grupo dos dinossauros. Há uma grande chance haver em Candelária um testemunho dos primeiros dinossauros que andaram sobre a terra”, afirma.
Descobertas de fósseis já fazem parte da rotina de Candelária. A cidade é localizada na faixa entre os municípios de Bom Retiro do Sul e Mata. A região é a única do país na qual já foram encontrados fósseis do período triássico.
No final de outubro, também foram encontrados fósseis pertencentes a um rincossauro. A descoberta aconteceu na RS 153, no município de Vale do Sol.

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