quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Agricultura irrigada

Irrigação é uma técnica utilizada na agricultura que tem por objetivo o fornecimento controlado de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência da plantação. Complementa a precipitação natural, e em certos casos, enriquece o solo com a deposição de elementos fertilizantes.

A agricultura irrigada tem sido apresentada como uma alternativa para quebrar o ciclo vicioso da pobreza e da exclusão social, principalmente onde se torna inviável a agricultura tradicional, e o conjunto de informações abaixo apresentadas justifica o caminho inexorável do nosso país na utilização de sistemas de irrigação na agricultura:

 
  
Os grandes desafios mundiais de produção de alimentos e agroenergéticos podem ser superados mais facilmente com a utilização da agricultura irrigada, pois, no início do século XXI, a superfície agrícola mundial onde foram plantados e colhidos produtos correspondeu a uma área da ordem de 1,532 bilhão de hectares, dos quais cerca de 278 milhões sob o domínio de sistemas de irrigação; desse total, a superfície produtiva agrícola sob sequeiro, em torno de 1,254 bilhão de hectares, foi responsável por 56% do total colhido, enquanto a superfície agrícola irrigada, embora correspondendo a apenas 18% da área total sob produção agrícola, possibilitou a obtenção de cerca de 44% do total colhido na agricultura;
Os cenários otimistas sobre a irrigação (FAO, 2002) indicam que a irrigação será responsável por 40% da expansão de área agrícola no período 1995-2030 e entre 50-60% do crescimento de produção de alimentos; estima-se que “no ano 2030 a metade de todos alimentos produzidos e dois terços de todos os cereais colhidos, sejam oriundos da agricultura irrigada”;
No Brasil, estima-se que os solos aptos para a agricultura irrigada situam-se em torno de 30 milhões de hectares, dos quais 4 milhões estão em produção com técnicas e sistemas de irrigação. Isto significa que vários milhões de hectares são passíveis de produção com esta tecnologia;

Mesmo representando pouco mais de 5% da área plantada do Brasil, cultivos irrigados produzem, aproximadamente, 16% do volume de alimentos e 35% do valor de produção. Vale lembrar que o agronegócio é responsável por 33% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros;
Apesar das sérias restrições climáticas da Região Nordeste do Brasil, que impedem o desenvolvimento da sua agropecuária em bases satisfatórias, o agronegócio da irrigação, a partir da garantia hídrica, apresenta-se como alternativa básica para a sustentabilidade do semi-árido brasileiro, ao oferecer vários benefícios característicos de uma economia moderna e pujante, ou seja: produção agrícola sem sazonalidade, geração de empregos estáveis, geração de divisas, modernização do meio rural, geração de tributos, redução do êxodo rural, expansão do PIB regional e melhoria da qualidade de vida da população. Os Pólos de Irrigação de Petrolina/Juazeiro, Jaguaribe/Apodi e Livramento/Dom Basílio demonstram o sucesso desta alternativa econômica;
Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Integração Nacional (MI), no período de outubro de 2004 a janeiro de 2005, 73 perímetros públicos de irrigação representavam 250 mil hectares dos 300 mil hectares sob administração pública. Neles, foram encontrados cerca de 100 mil hectares inexplorados, dos quais cerca de 60% nas mãos de produtores e 40% ainda por transferir. Essa área corresponde a 3% da área irrigada nacional e 34% da área construída com investimentos públicos e pode resultar em 100.000 empregos diretos e mais de 800.000 empregos indiretos.  http://www.integracao.gov.br/infraestruturahidrica/eventos/irrigacao/index.asp

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Reunião do Protocolo de Biossegurança de Cartagena.


O Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança é um tratado sobre biossegurança assinado durante a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) em Cartagena, Colômbia. Aprovado em 29 de janeiro de 2000 e em vigor desde setembro de 2003, o texto disciplina questões envolvendo o estudo, a manipulação e o transporte de organismos geneticamente modificados (OGM) entre os países membros do acordo.
Qual a sua opinião em relação ao Protocolo de Cartagena? O Brasil fez bem em assinar? Essa atitude protejerá a biodiversidade?


Rotulagem de transgênicos

Decisão da Justiça do Piauí determina que o governo federal torne obrigatória a inscrição "transgênico" em alimentos, independentemente do percentual de organismos geneticamente modificados em sua composição. 2:22 - Agência Brasil

Greenpeace: Transgênicos

Espaço geográfico e suas transformações- Revolução Tecnocientífica

AGROPECUÁRIA TRADICIONAL E MODERNA

1. Agricultura tradicional extensiva Característica de espaços com uma densidade populacional muito baixa, utiliza técnicas de cultivo elementares. O sistema mais habitual é a rotatividade de áreas cultivadas, que são semeadas durante um certo tempo e depois abandonadas para que os elementos nutritivos do solo se reconstituam de forma natural.
É praticada nas savanas e estepes das áreas tropicais e nas florestas equatoriais. Predomina nas bacias do Congo e do Amazonas, nas savanas africanas e nas grandes ilhas da Índia insular.

2. Pastoreio tradicional itinerante (gado nômade) Sistema de produção pecuária em franco desuso, praticado apenas em áreas muito secas, com baixa densidade populacional e sem meios de comunicação modernos. Localiza-se basicamente nas fronteiras desérticas do norte da África (algumas comunidades tribais africanas, como os mananciais da Tanzânia e do Quênia ou as tribos do sudoeste africano) e do Oriente Próximo, e nas zonas mais áridas da Ásia Central.
Os rebanhos deslocam-se procurando os pastos naturais que surgem nas regiões que recebem alguma chuva.
As famílias que vivem disso acompanham o gado em seus deslocamentos.
O cultivo em muitas das planícies que recebem chuvas estivais está provocando o desaparecimento desse sistema tradicional de pecuária.

3- Agricultura intensiva de subsistência (agricultura de jardinagem)
É um sistema agrícola de sociedades com grande crescimento populacional, pois responde à necessidade de se obter maiores quantidades de alimento. Seu objetivo é conseguir uma alta produtividade da terra por meio do trabalho de um grande número de pessoas. O exemplo mais característico é o arrozal da Ásia de Monções, que alimenta as maiores concentrações populacionais do mundo (China, Índia, países do sudeste asiático). Também apresentam características parecidas as áreas americanas de trópicos úmidos, onde se cultiva o milho.
As grandes densidades populacionais proporcionam mão- de- obra abundante para conseguir o máximo de produção por unidade de superfície ( um hectare, por exemplo).
Aproveita-se todo o adubo natural disponível ( de origem tanto vegetal como animal) e a força de tração animal do pouco gado do trabalho existente.

4. Agricultura de plantationLocalizada basicamente nas zonas tropicais, caracteriza-se por cultivos destinados a exportação (palmeira, café, chá, abacaxi, seringueira), para satisfazer a crescente demanda dos países desenvolvidos. As empresas multinacionais agroalimentares dominam o mercado mundial dos produtos de plantation, o que faz com que muitos Estados do Terceiro Mundo sejam submetidos a seus interesses.
Em geral, existem grandes investimentos, com milhares de hectares cultivados, como é o caso do café no Brasil ou do abacaxi na América Central. Essas grandes empregam técnicas modernas para aumentar a produção e melhorar a qualidade.  A agricultura de plantation tende à monocultura.
5. Agricultura mediterrâneaA agricultura mediterrânea apresenta um claro contraste entre a terra não-irrigada e a irrigada. Nas zonas de irrigação, geralmente planícies fluviais próximas às costas, há o cultivo intensivo de hortas. Na terra não-irrigada predominam os cereais e as culturas arbóreas (oliveiras, aveleiras, amendoeiras) e arbustivas (vinhas).
Atualmente, tende-se a reagrupar os cultivos em vastas zonas de monocultura para aumentar a rentabilidade. As condições climáticas, especialmente a falta de umidade do verão, levam à técnica de rotação de terras ou descanso. Nesses casos, podem ser associados o cultivo de cereais e a pecuária extensiva.

7. Pecuária extensivaA pecuária extensiva é realizada em imensas explorações de milhares de hectares e com dezenas de milhares de cabeças de gado. Não há utilização de fertilizantes para regenerar o solo, o que faz com que os rendimentos sejam muito baixos. Apesar disso, constitui a maior reserva de carne do mundo. Abarca extensas zonas do oeste dos Estados Unidos, o norte do México, a área mais seca dos pampas argentinos, diversas regiões do Brasil e os espaços mais secos da Austrália e da República da África do Sul. É uma pecuária de ovelhas e de gado bovino dedicada basicamente à produção de carne, lã e couro. O leite não pode ser aproveitado, por falta de uma rede de transporte adequada para sua distribuição. As crias e parte do rebanho são vendidas no início da estação seca, quado os pastos começam a se tornar escassos.

8. Pecuária intensivaA diferença fundamental com o sistema extensivo é que o período de déficit dos pastos é compensado pela produção de forragens, o que permite completar a alimentação do gado nos períodos de frio mais intenso. A pecuária intensiva localiza-se na zona de clima temperado oceânico do oeste da Europa (Alemanha, Países Baixos, Dinamarca, Escandinávia, Reino Unido e França), na Nova Zelândia, no nordeste dos Estados Unidos e no sudeste do Canadá. As precipitações,  regulares e pouco intensas, e a suavidade do clima permitem a existência de pradarias permanentes onde o gado pode pescar ao ar livre em grande parte do ano. essas condições naturais são especialmente adequadas para o desenvolvimento do gado bovino leiteiro. Com esse tipo de pecuária são obtidos altos rendimentos, devido a utilização de técnicas mais modernas de criação e seleção de gado.
9- Agricultura orgânica ou agricultura biológica é o termo frequentemente usado para designar a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas, nem de organismos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável. Este sistema de produção, que exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos e produtos reguladores de crescimento, tem como base o uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Pressupõe ainda a manutenção da estrutura e da profundidade do solo, sem alterar suas propriedades por meio do uso de produtos químicos e sintéticos.
A agricultura orgânica está diretamente relacionada ao desenvolvimento sustentável.
Princípios
  • O solo é considerado um organismo vivo, e dele deve ser retirado o mínimo possível;
  • Uso de adubos orgânicos de baixa solubilidade;
  • Controle com medidas preventivas e produtos naturais;
  • O mato (ervas daninhas) faz parte do sistema. Pode ser usado como cobertura de solo e abrigo de insetos
    O cinturão do sol (sun belt em inglês) é a região dos Estados Unidos da América que compreende o sul e sudoeste deste país. Essa região apresentou grande crescimento econômico e demográfico nos últimos anos, em comparação com o "cinturão da ferrugem" (rust belt em inglês, região que compreende o norte e nordeste dos EUA). A economia agrícola dos EUA é tradicionalmente dividida em cinturões (belts), como o cinturão do trigo (grain belt ou wheat belt), cinturão do algodão (cotton belt) e assim sucessivamente.Ao olhar no mapa dos Estados Unidos, vemos que a localização dos cinturões (belts) está vinculada a fatores como clima, relevo, aproximidade de mercado consumidor entre outros. Na evolução da indústria estadunidense, também pode-se dividir os períodos de industrialização em cinturões industriais. No seu início, a indústria dos EUA se aglomerou em torno das principais fontes de matéria prima, ou seja, em volta dos Grandes Lagos e próximo aos Montes Apalaches, local com grande concentração de carvão mineral, que fomentou principalmente a siderurgia e metalurgia dos EUA que, logo, deram origem às indústrias de bens de consumo duráveis como a automobilística em Detroit, por exemplo. Esta aglomeração industrial foi batizada de "Manufacturing belt" (atual "Rust Belt") e permaneceu concentrada no nordeste dos EUA até o advento dos fortes sindicatos e até o crescimento das grandes metrópoles como Nova Iorque, cuja principal conseqüência foi o aumento do custo de produção da indústria como impostos, aluguéis e salários altos exigidos pelos sindicatos cada vez mais poderosos.

Processo de modernização da agricultura mundial

A partir da Revolução Industrial iniciou-se uma grande mudança, de uma economia rural para uma economia urbano-industrial, a agricultura teve que se ajustar a novas necessidades impostas pela economia capitalista, produzir excedentes que se destinavam ao mercado onde a venda gera lucro, portanto é preciso produzir mais e de modo eficiente. Mas essa produção não é distribuída igualmente, existe um contraste muito grande entre os países desenvolvidos, que controlam as maneiras mais modernas de se desenvolver alimentos produzidos, e os países subdesenvolvidos, que não têm dinheiro para produzir nem mesmo para importar os alimentos que precisam.
Na Ásia mais de 80% da área cultivável já está sendo utilizada.
Na América Latina seria preciso derrubar florestas para conseguir novas áreas de cultivo o que iria agravar a questão ambiental.
Na África em alguns lugares as chuvas são insuficientes, e em outros, o solo está muito desgastado.
Quanto à eficiência, as inovações tecnocientíficas são controladas por empresas multinacionais que estão interessadas no lucro e não nos impactos ambientais e sociais que podem causar.
De 1950 para cá a agricultura vem registrando índices de produtividade cada vez mais altos devido à integração da agricultura e o setor industrial. A indústria passou a fornecer fertilizantes, sementes mais qualificadas, inseticidas, máquinas mais modernas. Os produtos agrícolas não são mais entregues na sua forma natural ao consumidor sendo adquiridas e processadas pela indústria.
Antigamente os produtores dependiam mais das forças da natureza, hoje em dia, eles dependem muito mais das máquinas e da tecnologia, é por esse motivo que a indústria e a agricultura se unem como numa fábrica formando o complexo industrial (integração entre indústria e agricultura).
Nos países desenvolvidos onde a indústria de bens de produção é mais avançada, a integração entre indústria e agricultura, ocorreu primeiro e com maior rapidez. Esse sistema cresceu tanto que hoje existem conglomerados que controlam a pesquisa, a produção de sementes, fertilizantes, pesticidas, máquinas agrícolas, armazenamento, transportes e distribuição nos supermercados.
No sistema alimentar mundial a comida típica de cada país vem cada vez mais cedendo espaço ao refrigerante e a pizza padronizada.
Os avanços da produção agropecuária fizeram mais do que mudar hábitos alimentares. Países desenvolvidos como Japão, Alemanha e Itália têm pouco espaço para a agricultura, grande população, nível de vida alto. Importam mais alimentos do que exportam. Alguns países subdesenvolvidos da África, do Oriente Médio e do Leste Europeu também são importadores. Os Estados Unidos, Canadá e a Austrália são grandes exportadores.

Postagem em destaque

BRASIL: CRISE HÍDRICA E ENERGÉTICA

A 6ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – trará especialistas nacionais e internacionais para falarem de tem...