quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha

O que foi 
- Também conhecida como Revolução Farroupilha, A Guerra dos Farrapos foi um conflito regional contrário ao governo imperial brasileiro e com caráter republicano. Ocorreu na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, entre 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845. 
Causas:
- Descontentamento político com o governo imperial brasileiro;
- Busca por parte dos liberais por maior autonomia para as províncias;
- Revolta com os altos impostos cobrados no comércio de couro e charque, importantes produtos da economia do Rio Grande do Sul naquela época;
- Os farroupilhas eram contários a entrada (concorrência) do charque e couro de outros países, com preços baratos, que dificultada o comércio destes produtos por parte dos comerciantes sulistas.
Os desdobramentos do conflito
- Em setembro de 1835, os revolucionários, comandados por Bento Gonçalves, tomaram a cidade de Porto Alegre, forçando a retirada das tropas imperiais da região.
- Prisão do líder Bento Gonçalves em 1835. A lidernça do movimento passa para as mãos de Antônio de Souza Neto.
- Em 1836, os farroupilhas obtem várias vitórias diante das forças imperiais.- Em 11 de setembro de 1836 é proclamada, pelos revoltosos, a República Rio-Grandense. Mesmo na prisão, os farroupilhas declaram Bento Gonçalves presidente.
- No ano de 1837, após fugir da prisão, Bento Gonçalves assume de fato a presidência da recém-criada República Rio-Grandense.
- Em 24 de julho de 1839, os farroupilhas proclamam a República Juliana, na região do atual estado de Santa Catarina.
O fim do movimento
- Em 1842, o governo imperial nomeou Duque de Caxias (Luiz Alves de Lima e Silva) para comandar uma ação com objetivo de finalizar o conflito separatista no sul do Brasil.
- Em 1845, após vários conflitos militares, enfraquecidos, os farroupilhas aceitaram o acordo proposto por Duque de Caxias e a Guerra dos Farrapos terminou.  A República Rio-Grandense foi reintegrada ao Império brasileiro.

SAIBA MAIS: http://www.sohistoria.com.br/ef2/revolucaofarroupilha/

A Casa das Sete Mulheres

A Casa das Sete Mulheres foi uma minissérie brasileira produzida pela Rede Globo e exibida entre 7 de janeiro e 8 de abril de 2003, às 23 horas, totalizando 52 capítulos.
Foi escrita por Maria Adelaide Amaral e Walter Negrão, com colaboração de Lúcio Manfredi e Vincent Villari, baseada no romance homônimo da escritora gaúcha Letícia Wierzchowski, e dirigida por Teresa Lampreia, com direção geral de Jayme Monjardim e Marcos Schechtmann, e direção de núcleo de Jayme Monjardim.
A minissérie apresentou Eliane Giardini, Camila Morgado, Samara Felippo, Mariana Ximenes, Daniela Escobar, Nívea Maria e Bete Mendes como as Sete Mulheres, e ainda Thiago Lacerda, Giovanna Antonelli e Werner Schünemann, como os grandes heróis da Revolução Farroupilha, vivendo seus personagens figuras verídicas, que complementaram a história do país, sendo os mesmos, grandes ícones nacionais.

Diferenças entre a minissérie e o romance.
Na adaptação do romance de Letícia Wierzchowski para a televisão, os autores e a emissora tomaram algumas liberdades que, no entender de estudiosos da cultura gaúcha, foram excessivas, tais como:
  • No romance, enfatiza-se o caráter conservador na educação das filhas dos estancieiros gaúchos no século XIX, assim como a pobreza e rotina de seu cotidiano (especialmente na situação de confinamento em que se encontravam). Relacionamentos amorosos eram tratados com recato. Na minissérie, o comportamento das personagens femininas pouco se diferencia do comportamento das mulheres nas novelas ambientadas no Rio de Janeiro do século XXI.
  • O isolamento das sete mulheres é enfatizado no romance e é essencial para o desenvolvimento dramático e psicológico das personagens. Visitas eram esporádicas; os acontecimentos externos permaneciam distantes; só ficavam conhecidos por meio de cartas e mensageiros. Na minissérie, para manter o interesse do público, a casa é palco de frequentes encontros e festas, e as personagens se envolvem diretamente em episódios da revolução.
  • O relacionamento de Manuela e Garibaldi foi descaracterizado. No romance, ambos rompem porque Manuela, uma personagem real, não teve coragem de deixar a casa e acompanhá-lo. Sofreu o resto da vida por isso: nunca se casou e teve uma vida solitária, sendo apontada nas ruas de Pelotas, onde foi morar, como a noiva de Garibaldi. Além disso, no romance, Anita é apenas citada, mas não aparece. Da mesma forma, na minissérie, após o rompimento ter sido mostrado tal como no romance, Manuela, ao saber do novo relacionamento de Garibaldi, vai a seu encontro, enfrenta Anita e se envolve nos combates da Revolução Farroupilha. Sem transição, torna-se uma personagem forte e decidida. Toma a decisão que Garibaldi esperava dela, e no romance não teve coragem de tomar. Esta mudança não passou despercebida dos espectadores da minissérie, que, em centenas de cartas e mensagens eletrônicas, pediam aos autores que no final Garibaldi e Manuela ficassem juntos.
  • A personagem Maria Gonçalves, no romance, se mostra como uma mulher gentil e meiga, que ama o marido; na minissérie, é desagradável com as três filhas e com o filho Antônio (cuja existência é ignorada na minissérie).
  • No romance, Manuela tem cerca de 15 anos; na minissérie, Manuela aparenta ter, no mínimo, 22 anos. A ordem de nascimento no romance também foi alterada na minissérie: o mais velho é Antônio (o qual não aparece na minissérie), Rosário, Mariana e Manuela; na minisérie, Manuela é mais velha que Rosário, que é mais velha que Mariana. Da mesma forma, Caetano possui 15 anos no romance, enquanto na minissérie sua idade é 19 anos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Conselho de Segurança da ONU discute amanhã criação do Estado da Palestina


Código Florestal mais justo

Conferência dos Bispos apoiará busca
por um Código Florestal mais justo

Flavia Bernardes
Por cinco votos a um, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) decidiu se aliar ao Comitê Brasil em Defesa das Florestas e apoiar a busca por um Código Florestal mais justo para o meio ambiente e para a sociedade. A idéia é que o apoio possibilite que a Igreja ajude o Comitê a levar informações sobre o Código Florestal para todo o País, conforme divulgado pela ONG Greenpeace, que também é contra a atual proposta de um novo Código Florestal para o País.

Com a aliança, a CNBB se junta a outras 140 organizações da sociedade civil contrárias ao projeto de lei que propõe mudar o atual Código Florestal. Segundo a entidade, a proteção das florestas está diretamente ligada à proteção à vida e, portanto, está disposta a colher assinaturas pelo País. Segundo a CNBB, o Congresso está surdo à voz do povo.
O secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, recém-nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília, afirmou que “o Código deve ser pensado para além de nossa geração, mas para as gerações futuras. Ele deve ser justo, ético e feito para nossos filhos e netos”.
No Espírito Santo, o tema, pouco discutido por vereadores, prefeitos, deputados e senadores, irá a debate em uma audiência pública no próximo dia 3 de outubro, às 14h, no Ministério Público Estadual (MPES), em Vitória.
Na ocasião, serão apresentados os danos que poderão advir ao meio ambiente no Estado caso as mudanças no Código Florestal sejam aprovadas como foram propostas. O MPES apresentará também dados científicos que indicam que o país pode resgatar passivos ambientais sem prejudicar a produção e a oferta de alimentos, ao contrário do que propõe o novo Código Florestal.
Se o novo Código Florestal proposto pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) for aprovado pelo Senado, os capixabas acompanharão o desaparecimento  de suas áreas de restinga, mangues e das matas nos topos de morros, segundo a promotora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, no Espírito Santo, Nícia Regina Sampaio.
Em coletiva, a promotora deixou clara a necessidade de a população se manifestar, antes que seja tarde demais.
No caso da aprovação do novo Código Florestal, os 92,78% dos imóveis rurais do Estado, por exemplo, estariam dispensados de preservar a Reserva Legal, hoje obrigatória, o que representará um contra-senso, já que irá proporcionar o desmatamento ao mesmo tempo em que o Estado capta recursos para recuperar a cobertura vegetal do Estado.
O projeto de reforma do Código Florestal poderá ser votado em até 20 dias na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado, já com contribuições para o aperfeiçoamento do texto. A previsão é do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), presidente da CCT, a segunda comissão do Senado que analisará a matéria. O projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), na última quarta-feira (21).

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?


A Expansão Islâmica

A Expansão Islâmica

Por Mônica Muniz

Após a morte do Profeta, seguiu-se um momento de confusão na recém formada comunidade islâmica. Eram muitos os problemas. A forma de sucessão não tinha sido definida claramente, o império expandia-se rapidamente, novos territórios iam sendo incorporados e algumas alianças que o Profeta havia estabelecido com as diversas tribos estavam ameaçadas. Algumas dessas tribos não rejeitavam o aspecto profético de sua mensagem, mas questionavam o poder político de Medina.

O processo de expansão das fronteiras era rápido e tornava-se necessário encontrar uma forma eficiente de governar uma tão grande extensão de terras. No início, a autoridade era exercida a partir de bases fortificadas construídas em pontos estratégicos. Na Síria já existiam algumas cidades, mas novos acampamentos foram criados em Basra e Kufa, no Iraque, em Fustat, no Egito, e outros na fronteira nordeste do Corassã, na Ásia. Esses campos eram centros de poder e atraíam imigrantes da própria Arábia e das terras conquistadas, e com o tempo, transformaram-se em cidades importantes. Esses assentamentos ligavam-se ao califado em Medina por intermédio de estradas internas. A comunidade estava composta por grupos heterogêneos. Faziam parte desses grupos antigos companheiros do Profeta, havia também um grande contingente da aristocracia de Meca e de famílias tradicionais da cidade de Taâ?Tif, próxima a Meca. Por outro lado, à medida que as conquistas prosseguiam, a comunidade ia incorporando outras tribos, que se mesclavam umas com as outras.
SAIBA MAIS: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=244
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As origens do Islamismo

Por Mônica Muniz

No século VII, a península arábica era habitada por povos que levavam uma vida nômade, divididos em tribos, incapazes de constituir uma federação mais ampla e estável. Ao sul da península, no Iêmen, havia formas de sociedades mais desenvolvidas. Importante porto, por ali passava todo o comércio vindo do Oriente, que ganhava o interior da península através de caravanas de cameleiros que iam até à Síria. Persas e etíopes disputavam a posse de pontos essenciais. Os sassânidas (persas) tinham o monopólio comercial do oceano Índico e queriam impedir a concorrência de Bizâncio que, pelo Egito, tentava infiltrar-se na região.



Península Arábica no século VII

SAIBA MAIS: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=225

O BRIC existe mesmo?

Por JOSE ANTONIO PINOTTI
O BRIC existe mesmo?. 15654.jpegMercado Comum Europeu, Nafta, OPEP e tantas outras siglas indicam grandes blocos econômicos reunidos e integrados para desenvolver áreas de interesses comuns.
Nesta linha o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai há mais de uma década criaram o Mercosul, diminuindo impostos para comércio mútuo e criando oportunidades. Com o tempo, as vantagens apareceram e outros países mais distantes e com menor afinidade associaram-se ao Mercosul, como México e Venezuela
Já o BRIC é muito mais um conceito do que um bloco integrado. Brasil, Rússia, India e China têm em comum o fato se serem vistos como mercados emergentes de grandes perspectivas para investidores internacionais.
Tal fato se deve às suas enormes áreas territoriais, suas grandes quantidades de reservas minerais, seu grande parque industrial de base instalado (siderúrgicas, metalúrgicas, geradoras elétricas, construção civil) e seu grande volume de exportação de commodities e importação de manufaturados complexos.

Além disto, no aspecto humano, estes países têm em comum suas culturas e línguas próprias, diferente de todos os países vizinhos e do seu próprio continente, formando um mercado peculiar e sua grande reserva de consumidores emergentes (população abaixo da linha de pobreza que vem ganhando poder de compra e alavancando o mercado interno). Porém o intercâmbio comercial e o conhecimento mútuo entre esses países ainda é muito pequeno perto do que poderia ser.
Brasil e China já são grandes parceiros comerciais, embora com uma relação um pouco tumultuada. A China é um grande consumidor de commodities minerais e agrícolas brasileiras, mas a importação dos seus manufaturados de baixo custo vêm destruindo alguns setores da economia brasileira, como por exemplo a área têxtil e de vestuários.
Isto obriga o governo brasileiro a impor cotas e outras barreiras comerciais, que acabam provocando outras retaliações e embargos do governo chinês. Brasil e Índia tem se aproximado ao longo dos anos buscando sinergia de negócios.
Embora as exportações e importações ainda não sejam tão expressivas, vários investimentos indianos começaram a entrar no Brasil, comprando indústrias e terras.
Porém Brasil e Rússia pouco interagem. Seus povos sabem muito pouco um sobre o outro. Nunca houve imigração considerável entre estes dois países que promovesse um intercâmbio de cultura, suas distâncias geográficas e culturais são enormes. Porém disto podem surgir grandes oportunidades de trocas de produtos, investimentos e conhecimentos, incrementando comércio, turismo, e outras parcerias.
Muitas vezes, analisando experiências em uma sociedade semelhante à nossa podemos entender melhor o funcionamento do nosso próprio mercado, aproveitando soluções criativas já testadas em outro lugar e antecipando e contornando problemas já vivenciados pelo outro.
Seria interessante se estes povos pudessem conhecer mais um sobre o outro. No Brasil estas informações são escassas e ultrapassadas. O pouco que se sabe da Rússia ainda se mistura com a época da União Soviética.
O brasileiro médio só sabe que a Rússia já foi comunista, tem um clima gelado e lá se bebe vodka e se come strogonoff. Creio que os russos também devam saber pouco sobre o Brasil, além do futebol e do carnaval.
Se formos analisar mais a fundo, Brasil e Rússia têm mais semelhanças entre si do que com a China e Índia. São países que antes desse boom emergente posterior à decada de 90, já tinham uma classe média estruturada, com um grau de educação e demanda de qualidade mais altos.
Podemos dizer que são mercados mais sofisticados e com uma percepção mais delineada dos seus gostos, que não se aculturaram tanto com a globalização recente. Ao mesmo tempo são países muito caros, não só quando comparamos seus custos internos com a Índia e China.
Os preços praticados no mercado interno são mais altos até do que os de países europeus ou norte-americanos, tornando algumas exportações de manufaturados pouco competitivas.
São países que passaram por muitos planos econômicos nas últimas duas décadas, onde o dinheiro perdeu sua referência e alguns segmentos da economia se inflacionaram de uma maneira desproporcional.

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