segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ESTADOS UNIDOS, UMA NOVA AMEAÇA PARA A AMÉRICA LATINA?

A América Latina  é a parte menos desenvolvida das  Américas. Foi explorada de todas as formas possíveis pelos europeus. Como um grupo de colônias, a América Latina compartilhou ancestrais comuns, bem como a mesma herança política. O colonialismo da Europa foi derrotado de modo a manter a soberania nacional e a democracia, mas um colonialismo diferente pode vir dos Estados Unidos. É necessário aos países da América Latina apoiarem uns aos outros contra essa nova ameaça.

No século XIX, a habilidade da Espanha e de Portugal para defender suas posses colonias havia enfraquecido. os exemplos das revoluções francesa e americana ajudaram a promover uma sucessão de levantes por toda a América Latina Colonial contra o domínio da Europa. Em 1830, a maior parte dessas colônias haviam alcançado independência formal. Só Porto Rico e Cuba se mantinham sob o domínio direto.
José Martí tornou-se um dos líderes da luta cubana pela independência. Mas, conforma crescia a luta contra o Império espanhol, por meio de uma série de levantes e guerras na segunda metade do século XIX, Martí abriu os olhos para uma ameaça muito maior à soberania da América Latina.

Ao norte, os Estados Unidos haviam lutado suas próprias batalhas pela independência quando os Treze Estados declaram sua liberdade do domínio colonial em 1776 e venceram a guerra DA INDEPENDÊNCIA AMERICANA em 1783. no final da Guerra Civil em 1865, a república unificada controlava boa parte do norte do continente e queria mais. Na Doutrina Monroe de 1823, o presidente americano James Monroe afirmou que os Estados Unidos seguiram se opondo ao colonialismo europeu e tratariam qualquer esforço adicional ao Velho Mundo em aumentar ou estabelecer colônias nas Américas como um ato de agressão. de forma crítica, a Doutrina Monroe identificou tanto a América do Norte quanto a do Sul como dependentes da proteção dos Estados Unidos.

UMA NOVA POTÊNCIA COLONIAL
A princípio, os revolucionários latino- americanos saudaram a Doutrina Monroe com entusiasmo. O líder venezuelano Simon Bolívar acreditava, no começo, que eles então tinham um poderoso aliado em sua luta pela liberdade. Conforme consolidava seu poder, porém, os Estados Unidos usaram cada vez mais a Doutrina para garantir seu controle sobre sua própria "esfera de influência".

Ao final de sua vida, Martí defendia uma resposta comum da América Latina em defesa das liberdades conquistadas a duras penas. Via uma ameaça à democracia na forma de uma nova e possível potência colonial ao Norte. Assim, ele ajudou a articular um tema comum do anti-imperialismo latino-americano para o próximo século e além: os Estados Unidos buscariam os seus próprios interesses econômicos e políticos, sem se importar com o impacto na América Latina.
Martí morreu em 1895. Três anos mais tarde, os Estados Unidos tomaram Cuba da Espanha. Desde a segunda Guerra Mundial, o país tem sido acusado de apoiar golpes militares e ditaduras na região.

Obs. Em 1973 o palácio presidencial do Chile foi atacado e o seu presidente socialista Salvador Allende, morto-- num golpe milittar, um de vários na América Latina apoiados pelos EUA.

Fonte: O Livro da Política- As Grandes Ideias de Todos os Tempos.

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