terça-feira, 20 de setembro de 2016

A CONVENÇÃO DA BIODIVERSIDADE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL




Até 1993, não havia um acordo internacional quanto ao reconhecimento da soberania dos países possuidores de biodiversidade, como é o caso do Brasil.
Naquele ano, representantes de 160 países assinaram um documento chamado Convenção da Biodiversidade, no qual consta:
- a necessidade de conservação da biodiversidade;
- a exploração dos recursos naturais de forma sustentável, ou seja, racional, para que o meio ambiente natural seja preservado;
- a divisão justa dos benefícios obtidos através de pesquisas científicas, isto é, o país possuidor de uma planta da qual foi obtida uma substância para a fabricação de um medicamento terá participação nos lucros de sua comercialização..
Apesar do acordo, existe a biopirataria, ou seja, o “roubo de animais, plantas e conhecimentos tradicionais (principalmente das culturas indígenas) para fins de exploração comercial sem o consentimento ou controle dom país de origem e das suas comunidades locais.” (ISA. Almanaque Brasil socioambiental. São Paulo: ISA, 2005.p. 451.)
Pesquisadores estrangeiros e também biopiratas levam para fora do país seres vivos e deles extraem substâncias que são patenteadas, ou seja, a descoberta é registrada em nome da pessoa ou empresa que fez o registro, proibindo o seu uso por outros. Logo, o acordo da convenção é burlado.
Para assegurar que o Brasil não preca s direitos sobre sua biodiversidade ou sobre os resultados das pesquisas realizadas por empresas estrangeiras, em junho de 2000 o governo brasileiro publicou uma regulamentação que coloca em prática a Convenção da Biodiversidade.
 O desafio agora, entre outros, é fiscalizar o cumprimento da regulamentação, mas sobretudo incentivar a pesquisa científica nacional relativa à nossa biodiversidade. Isso nos tornaria menos dependentes de centros de pesquisas dos países desenvolvidos, dando-nos a verdadeira soberania sobre a questão. Afinal, temos pessoal qualificado e polos de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico de qualidade internacional; o que lhes falta é um maior apoio financeiro.
Entre esses polos de pesquisa, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), por exemplo, possui bancos de germoplasma, isto é, bancos de mudas e sementes de plantas nativas com a finalidade, não só de reprodução, mas também de proteção e criação de formas híbridas, ou seja, de novas plantas.

A BIODIVERSIDADE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO




Calcula-se que no Brasil existam mais de 50 mil espécies vegetais (22% do total do planeta), 524 espécies de mamíferos, 3 mil peixes, 1.622 de pássaros, 517 de anfíbios, 466 répteis, 10 a 15 milhões de insetos, além de milhões de espécies de microrganismos.
A Mata Atlântica é a floresta que apresenta a maior diversidade de vegetais da Terra. Estima-se que sejam mais de 25 mil espécies, muitas exclusivas do ecossistema. Para efeito de comparação, enquanto numa floresta de clima temperado na Europa existem em média dez espécies vegetais por hectare, na Mata Atlântica existem em média, 150.
A Floresta Amazônica possui cerca de 20% de todas as espécies vivas do planeta; desse total, aproximadamente 20 mil são de vegetais, 1.400 são peixes, 300 são mamíferos e 1.300 são pássaros, além de milhares de insetos, invertebrados e microrganismos. Muitas espécies vegetais e animais da Floresta Amazônica são endêmicas.
A biodiversidade do Cerrado, da Caatinga, do Pantanal, dos manguezais e dos campos é também muito grande. Como nem todas as espécies foram estudadas, ainda na se sabe quais substâncias podem ser extraídas delas para serem usadas como matéria-prima de medicamentos e outras substâncias ricas em vitaminas e proteínas para diversos usos. Pode ser que aí esteja a solução para a cura de várias doenças que afligem a humanidade.
A biodiversidade brasileira tem chamado a atenção de vários outros países, principalmente europeus e norte-americanos, que há tempos já devastaram os seus recursos biológicos e agora lançam seus olhos para o Brasil.
O uso das plantas para a elaboração de medicamentos é uma prática antiga. Com o desenvolvimento da biotecnologia, nos últimos anos esse fato se acentuou. Os denominados produtos fitoterápicos ganharam grande importância e suas vendas aumentaram de forma crescente. Até 1991, o faturamento mundial desse tipo de produto era de aproximadamente de 30 milhões de dólares. Nesse sentido, fica fácil de entender a corrida dos laboratórios, principalmente estrangeiros, na pesquisa de plantas, como também de animais e microrganismos. Os novos medicamentos representam “a galinha dos ovos de ouro” para as indústrias farmacêuticas.
Endêmica: refere-se à espécie vegetal ou animal que existe apenas em certa região da Terra.

FLORESTA AMAZÔNICA PROBLEMAS AMBIENTAIS
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA DO BRASIL

Fonte: Editora Moderna (Adaptado)

sábado, 10 de setembro de 2016

VÍDEO: ESCOLA DEBATE- CANAL FUTURA


SALA DEBATE CANAL FUTURA- ESCOLA SEM PARTIDO

DEBATE SOBRE ESCOLA SEM PARTIDO- VÍDEO



ESCOLA SEM PARTIDO- LEIA PRIMEIRO!!!

Alunos!
Tenho consciência que, como professora, sou formadora de opiniões, por esse motivo faço o possível para não interferir no processo de discernimento de meus alunos. E quero deixar claro que não estou me posicionando nem contra nem a favor da ESCOLA SEM PARTIDO, pois também estou estudando essa questão. Mas é minha obrigação mantê-los informados sobre o que acontece em âmbito local, regional e mundial.
Gostaria de salientar que, para opinar sobre determinado assunto, é de suma importância procurar várias fontes. Existem estudiosos no assunto tanto a favor como contra a escola sem partido. Nesse sentido, analise os dois lados, buscando sempre fundamentação teórica. A partir daí forme a sua opinião. O importante é respeitar quem pensa diferente e agir de forma consciente, lembrando-se sempre que o entendimento de algo polêmico leva tempo e que os dois lados da moeda tem alguma verdade que também deve ser analisada cuidadosamente. E o mais importante, mantenha a cabeça fria, pois somos seres inteligentes e como tais devemos agir com cautela. Bons estudos!
ESCOLA SEM PARTIDO
COMPETÊNCIA DAS ESFERAS: A lei aprovada em Alagoas foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin). O julgamento ainda não chegou ao fim, mas, no fim de julho, o governo federal em exercício se manifestou contra a lei. Por meio de um parecer, a Advocacia-Geral da União (AGU) classificou o projeto como inconstitucional.
De acordo com o órgão, o teor das novas regras altera o conteúdo da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), uma competência que não cabe aos estados, mas sim à União.
CONSTITUIÇÃO: A AGU também afirmou que a lei alagoana fere o artigo 206 da Constituição Federal, que garante a “pluralidade de ideias e de concepções pedagógicas” no ambiente escolar. A Promotoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal (MPF), por sua vez, divulgou uma nota técnica afirmando que os projetos de lei na Câmara dos Deputados também são inconstitucionais pelo mesmo motivo.
 “Pode um projeto de lei ordinária ficar alterando a Constituição? Eles excluem esta parte de ‘concepções pedagógicas’”, questiona Penna, da UFF. “Falam que o professor não tem liberdade de expressão no exercício da profissão. Isso é muito grave”, disse ele, em entrevista ao G1.
A procuradora Deborah Duprat, após publicar nota técnica sobre o projeto de lei da Câmara, na semana passada, afirmou que "a Constituição fala expressamente na liberdade de expressão do professor quando ela fala na liberdade de cátedra dele, e não poderia ser diferente", disse Deborah à reportagem. De acordo com ela, quando a Constituição cita a liberdade do professor de "divulgar o pensamento", está garantindo sua liberdade de expressão.
Nagib rebateu essa crítica por e-mail. Segundo ele, “liberdade de expressão é a liberdade de dizer qualquer coisa sobre qualquer assunto. Se o professor desfrutasse dessa liberdade em sala de aula, ele sequer poderia ser obrigado (como é) a transmitir aos alunos o conteúdo da sua disciplina: poderia passar todo o tempo de suas aulas falando e divagando sobre futebol, religião, cinema, novela etc. Ora, o simples fato de o professor ser obrigado a transmitir certo conteúdo aos alunos já demonstra que ele não desfruta da liberdade de expressão em sala de aula”.
NEUTRALIDADE: Duprat diz ainda que não existe ensino neutro. “Isso não existe no mundo real, todos estamos inseridos na sociedade, temos as nossas concepções, que vêm da família, do nosso entorno, do trabalho.”
 Sobre a neutralidade, Nagib afirma que “as ideologias existem e sempre existirão. Isto é apenas um fato”. De acordo com ele, "a perfeita neutralidade não existe. Mas isso não exime o professor (ou autor de livro didático) do dever profissional de persegui-la. Assim como a cobiça não legitima o roubo, a inexistência da neutralidade não legitima a doutrinação."
Outra organização que se manifestou contra o movimento “Escola sem Partido” foi o Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH), uma organização não-governamental sediada em Santa Catarina. A ONG denunciou o grupo para os relatores especiais das Nações Unidas para o Direito à Educação e para a Liberdade de Opinião e Expressão. Em um comunicado, o instituto afirmou que encaminhou a denúncia à relatoria em 18 de julho. Em nota, o IDDH afirmou que “resta clara que a preocupação de fundo não é garantir direitos, mas vigiar e cercear a liberdade de ensino nas escolas. Defendem que a educação moral, religiosa e política deve ser de responsabilidade exclusiva dos pais. O perigo é que, em nome da liberdade de crença e consciência dos estudantes, difundem a falsa ideia de que o aluno formará sua personalidade isento de reflexão e crítica. Ao proporem a neutralidade na escola, na verdade, visam anular a individualidade e o poder emancipatório do próprio aluno, ignorando sua condição de sujeito de direitos e questionando sua capacidade de formar opiniões próprias”.
Por e-mail, Nagib, líder do “Escola sem Partido”, respondeu à denúncia afirmando que o instituto diz se preocupar com a liberdade de expressão, mas não se preocupa com a violação à liberdade de consciência e de crença que, segundo ele, “milhões de estudantes” sofrem porque “são obrigados a escutar o discurso (ideológico, político, partidário, religioso ou moral) dos seus professores”. Segundo ele, essa liberdade “é a mais importante de todas as liberdades asseguradas pela Constituição Federal”. Ele também acusou o instituto de não se preocupar “com a violação ‒ pelo governo, pelas escolas e pelos professores ‒ do direito dos pais sobre a educação religiosa e moral dos seus filhos”.
 Qual é a posição do governo em exercício sobre o ‘Escola sem Partido’? (Foto: Editoria de Arte/G1)
 Em entrevista ao G1, o ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que a discussão sobre o "Escola sem Partido" ainda não foi feita dentro do governo, que ele defende uma educação "de qualidade, plural e que ofereça ao aluno a oportunidade de ter ampla visão de mundo e a acesso as diversas matizes do conhecimento, desenvolvendo senso crítico".
 “Conceitualmente, tenho a posição de que não será por meio de uma legislação assim que se resolve a questão”, afirmou o ministro da Educação. Leia a entrevista na íntegra
 O ministro Mendonça Filho falou ao G1 sobre o 'Escola sem Partido' 
 Mendonça Filho afirmou que o debate em torno do projeto de lei é “salutar para a sociedade e para o Congresso Nacional”, mas ressaltou a “quase impossibilidade de aplicabilidade de uma medida como essa”.
De acordo com o professor Clovis Gruner, caso a lei saia do papel, o professor teria de seguir um programa estabelecido consensualmente por um grupo de especialistas. “Eu não defendo que o professor possa dizer o que ele quiser em sala de aula, não é isso. Mas a escola não pode ser alheia à diversidade, inclusive geográfica e social. E se os projetos virarem lei, os conteúdos seriam ministrados sem ser contextualizados.” Além disso, segundo ele, “outro risco é o de criar uma geração de alunos dedo duros, de professores que eventualmente escapem [e comentem sobre algo proibido por lei]”.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A INFLUÊNCIA DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA ECONOMIA BRASILEIRA

O Brasil teve um processo de colonização promovido pelos portugueses, que acabou por envolver os povos indígenas e africanos.
É importante ressaltar que o Brasil teve uma colonização diferenciada da que ocorreu com o Canadá, Estados Unidos e Austrália, que tiveram uma colonização conhecida como de povoamento, já no nosso país, ocorreu a colonização de exploração.
Mas isso não significa que na colonização de exploração não houve povoamento, e que na colonização de povoamento, não havia pretensão.
Nesse sentido, pode-se dizer que a colonização brasileira incluiu o povoamento, isso porque, segundo importantes historiadores, Portugal jamais seria capaz de controlar um território com dimensões continentais como o Brasil sem criar uma população para zelar por ele.
No entanto, o que determinou, primeiramente, a diferença entre a colonização brasileira e outras diversas foi o grande interesse de Portugal por manter o controle sobre o território brasileiro e, em seguida, a forma como fazia isso. Portugal, ao contrário dos países do norte da Europa, que se industrializaram e se modernizaram, permaneceu como um país agrário por muito tempo, tendo como fonte de riqueza o processo de colonização.
Nesse contexto, a colonização do Brasil não só foi montada para exportar riquezas para a Europa como, para garantir o controle de Portugal sobre o território, foi caracterizada por uma elite fortemente ligada às grandes propriedades de terra, ao trabalho escravo e a uma economia voltada à exportação de bens primários.
Em suma, mesmo com o fim da colonização a economia brasileira mantém, na antiga Divisão Internacional do Trabalho (DIT), uma posição periférica na economia global.


Fonte: Poliedro- adaptado

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O TRABALHO INFANTIL NO BRASIL


Diariamente, milhares de crianças brasileiras acordam antes de amanhecer e deixam seus lares para enfrentar mais uma jornada de trabalho. Com essa rotina, muitas delas não têm tempo nem disposição para brincar, se divertir ou ir à escola.
Para muitas, o trabalho toma a maior parte do tempo, tira a possibilidade de um futuro melhor e impedem que seus sonhos sejam realizados.
O trabalho está entre os mais graves problemas sociais enfrentados pelo Brasil. Segundo pesquisas do IBGE, em 2009 havia cerca de 4,1 milhões de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos trabalhando. Esse número corresponde a aproximadamente 4,5% da população economicamente ativa do país.
Muitas crianças e adolescentes são obrigados a trabalhar desde cedo, porque precisam ajudar na renda da família.
Gráfico:
Perfil das crianças trabalhadoras no Brasil:
- 50% manuseiam algum tipo de produto ou equipamento perigoso.
- 33% trabalham oito horas ou mais por dia.
- 65% só trabalham e não estudam.
- 49% não recebem remuneração.
Grande número de crianças cumpre longas jornadas de trabalho, algumas vezes ultrapassando 40 horas semanais. Muitas não conseguem conciliar trabalho com os estudos, pois exercem atividades que exigem muito esforço e, por isso, ao final do período de trabalho, não têm mais disposição para estudar.
Além disso, grande parte dessas crianças lida com instrumentos perigosos, como foices, martelos, picaretas, fornos, etc., ou produtos químicos tóxicos, como defensivos agrícolas.
Dessa forma, elas realizam atividades insalubres, que podem colocar em risco sua integridade física e mental.
PROBLEMAS DE SAÚDE QUE UMA CRIANÇA PODE CONTRAIR DE ACORDO COM A ATIVIDADE EXERCIDA:
1-      Perda da visão provocada pelo trabalho em pedreiras.
2-      Perda da visão provocada pelo trabalho em pedreiras e em cerâmicas.
3-      Intoxicação por agrotóxicos provocada pelo trabalho da cultura da laranja, na cana-de-açúcar e na produção de seda.
4-      Problemas de coluna provocados pela cultura da laranja, em cerâmicas, na extração do sal e no garimpo do lixo.
5-      Problemas respiratórios provocados pelo trabalho em pedreiras e carvoarias.
6-      Cortes e mutilações.
7-      Intoxicação por alimentos deteriorados e por substâncias químicas, provocada pelo trabalho no garimpo do lixo.
8-      Picadas de insetos.
PESQUISA:
1-      Esse assunto é muito importante e polêmico uma vez que interfere nos direitos humanos. O Brasil, além de ter assinado a Declaração, possui uma legislação própria, que visa garantir os direitos da criança e do adolescente. Pesquise algumas leis na Constituição Federal e como elas tratam a questão do trabalho infantil. Faça uma resenha argumentativa.
2-      Em quais regiões brasileiras há o maior número de crianças trabalhadoras?
3-      Qual é o objetivo da Declaração Universal, quando e por quem foi criado esse documento?
4-      Como está distribuído o trabalho infantil no mundo, isto é, em todos os continentes?

5-      Procure notícias referentes ao trabalho infantil no Brasil e no mundo.

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