terça-feira, 7 de outubro de 2014

IMIGRANTES NO BRASIL (ganeses)/ DICAS ENEM 2014



Ganeses passam por dificuldades para chegar até Caxias do Sul, RS

Os ganeses que chegam ao Brasil em busca de uma vida melhor enfrentam inúmeras dificuldades até que o pedido de refúgio na Polícia Federal seja aceito. Além da longa viagem e das dificuldades com o idioma, muitos chegam a Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, apenas com a roupa do corpo e uma mochila, após gastar todas as economias da família com os custos de deslocamento e visto. Os gastos com a viagem, incluindo passagem aérea, passagem de ônibus, e visto saem de R$ 1.642 até R$ 3.668. Os ganeses fazem o trajeto pela Emirates Airlines ou pela Air Maroc. A primeira sai de Acra, capital de Gana, com conexão em Dubai, nos Emirados Árabes sai por R$ 1.350. A segunda opção de viagem, e mais cara, sai também de Acra e faz conexão em Rabat, capital do Marrocos, e chega a R$ 3.375.    

Alguns ganeses que vieram com o visto da Copa do Mundo não pagaram nenhuma taxa para obter permissão. Outros, que entraram com visto de turista, desembolsaram R$ 112. Além desses gastos, os ganeses que chegam a São Paulo são orientados pelo centro de atendimento a turistas no aeroporto a se dirigirem a um abrigo que recebe africanos. Nesse alojamento, eles são informados de que em Caxias do Sul é mais fácil de fazer os documentos para permanecer no Brasil. A viagem até a Serra gaúcha sai de R$ 100 a R$ 190. Eles negam a existência de intermediários e dizem que vieram por conta própria.

Os estrangeiros chegam a São Paulo e procuram imediatamente um local para que possam ficar. “A gente explica que é de Gana e não tem onde dormir”, revela um ganês que não quis se identificar. Segundo os africanos, existe uma república em São Paulo que permite que fiquem um ou dois dias. Entretanto, o tamanho da capital paulista assusta, e eles descobrem as dificuldades de se locomover na maior cidade do Brasil. "Foi difícil se achar em São Paulo. A cidade é muito grande. Não tinha onde ficar, o que comer, ninguém falava inglês", relata Bashiru Yakubu, de 28 anos.

Segundo as autoridades, promessas de trabalho, facilidades para conseguir o protocolo de refugiado e uma rede de assistência aos imigrantes são os principais atrativos de Caxias do Sul para os ganeses que desembarcam em busca de uma nova vida no Brasil, já que Gana vive uma crise econômica. A rapidez na emissão do protocolo de refúgio na cidade da Serra atrai imigrantes de vários estados do país, como Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Muitos chegam apenas para buscar o documento, sem interesse em permanecer na cidade.

Aproveitando o apelo da Copa do Mundo, os estrangeiros entraram no país com vistos de turista, válidos por 90 dias e concedidos pela embaixada brasileira em Acra, capital de Gana. Com o protocolo de asilo, eles podem permanecer legalmente no país até que o pedido seja analisado pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça.

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